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RETOCOLITE ULCERATIVA
FISIOPATOLOGIA
· Fatores genéticos: mutação no gene IBD1 do cromossomo 16 que codifica a proteína NOD2/CARD 15 leva à Doença de Crohn ileal em 42% dos pacientes
· Fatores ambientais: zonas urbanas, nível socioeconômico mais alto, açúcar, tabagismo, ACO, AINEs, psicológico (estresse), infecções perinatais
· Tabagismo: fator de proteção na retocolite ulcerativa e de risco na doença de Crohn
· Agressão da mucosa, reação exacerbada por mecanismo autoimune por falha imunológica, levando à DII
CARACTERÍSTICAS
· Inflamação de reto e cólon
· Acomete somente mucosa, por isso não complica com fístula ou perfuração
· Acometimento contínuo do intestino, inicia no reto, podendo ou não atingir o cólon todo
· Muitos pacientes assintomáticos
· Períodos de crise e remissão
· Distribuição bimodal: 15-35 anos e 60-70 anos
· Mais comum em judeus e mulheres
· Doença pré-maligna, maior risco do que DC
· Comprometimento do cólon e reto, mas pode ter algum acometimento de íleo distal (Backwash – na colono vê-se um refluxo inflamatório no íleo terminal)
· Anatomopatológico (mucosa): enantema, edema, erosão, pseudopólipos
· Biópsia: abscesso de cripta é o achado mais específico
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
· Crises com pródromos
· Diarreia com cólica
· Sangue nas fezes
· Tenesmo 
· Febre e perda de peso
· Sensibilidade na FIE
· Manifestações extra-intestinais
CLASSIFICAÇÃO (COLONOSCOPIA)
· Colite ulcerativa distal: proctite ou retossigmoidite
· Colite ulcerativa esquerda: envolvimento até o ângulo esplênico
· Pancolite
DIAGNÓSTICO
· Colonoscopia
· Enema opaco: paredes afiladas, sem austrações, aspecto de cano de chumbo
COMPLICAÇÕES
· CA colorretal: após 8 anos de doença realizar colono anualmente
· Alto risco: relacionado à extensão da colite
· Mais agressivo e em paciente mais jovem
· Megacólon tóxico: dilatação aguda do cólon >6cm com toxicidade sistêmica
· Geralmente necessita tratamento cirúrgico: colectomia total com ileostomia
· Hemorragia maciça
TRATAMENTO
· Objetivos: induzir remissão e manter remissão
· Induzir remissão: corticoide em altas doses ou imunossupressores
· Manutenção: aminossalicilatos ou imunossupressores
· Clínico
· 1ª escolha: aminossalicilatos → sulfassalazina 2-4g, mesalazina (doença leve)
· Corticoides
· Enema de corticoide (se acometimento de reto e sigmoide)[
· Supositório de 5-ASA se intolerância à SSZ
· Imunossupressores: azatioprina, ciclosporina (casos graves)
· ATB: principalmente nos casos graves e fulminantes → aminoglicosídios, mtro, cipro
· Cirúrgico: 1/3 dos pacientes irão precisar de cirurgia
· Possibilidade de cura: proctocolectomia
· Em casos de emergência por complicação
· Dependentes de corticoides
· Indicações: falha no tratamento clínico, criança com retardo de crescimento, displasia ou câncer, megacólon tóxico, sangramento maciço
· Proctocolectomia total com anastomose íleoanal (bolsa ileal para diminuir diarreia) ou com ileostomia terminal: curativa
· Colectomia total com anastomose ileorretal: manter vigilância do reto, não cura doença
· Cirurgia de urgência: colectomia total com sepultamento do coto retal e ileostomia terminal

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