Sentença e recurso Civil

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1 Sentença
A- Definição e classificação: 
B- Sentença definitiva e terminativa:
C- Estrutura da sentença
D- Efeitos
2 Coisa julgada
A- Coisa julgada formal e material
B- Limites da coisa julgada
3 Teoria geral dos recursos
A- Principio dos recursos
B- Pressupostos
C- Efeitos
D- Limites
E- Remessa necessária
4 Processos no Tribunal
A- Precedentes 
B- Incidente de resolução de demanda repetitiva
C- Conflito de competência
5 Embargos de declaração
 6 Apelação
7 Agravo de instrumento
8 Agravo interno
9 Embargos infringentes de oficio (Incidente de colegialidade)
10 Recurso especial e recurso extraordinário
11 Recurso Ordinário
12 Embargos de divergência
13 Reclamação
14 Ação rescisória
Sentença/ Fase decisória: Art. 203 CPC
A sentença não põe fim ao processo na medida em que é possível a interposição de recursos.
2.2. Sentença Definitiva e Sentença Terminativa.
Sentença definitiva é aquela que resolve o mérito da lide, satisfazendo a obrigação jurisdicional que lhe foi imposta pelo pedido do autor. Trata-se da sentença final de mérito e baseia-se no artigo 487, CPC.
Esta sentença declara alguma questão de ordem processual.
Sentença terminativa é aquela que implica em alguma das hipóteses do artigo 485, CPC e, por sua vez, não põe fim a lide, não resolvendo o mérito. Em geral, essa sentença declara alguma questão de ordem processual.
O juiz declarará a existência de alguma irregularidade processual.
2.3 Estrutura da sentença.
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - Relatório: Juiz fará um resumo do que ocorreu no processo
II - Fundamentação ou motivação: O juiz apresentará os fundamentos de fato e de direito sobre os quais os juizes apoia a decisão. Toda decisão deve ser fundamentada. (Art. 93 CF, Inc IX e Parag. 1 Art. 489)
III - Dispositivo da sentença: O juiz responde ao pedido formulado pelo autor acolhendo-o ou rejeitando-o, em parte ou na sua totalidade.
Art. 492
Sentença Ultra, extra e Cita petita
Julgamento Ultra Petita: Na sentença ultra petita, o defeito é caracterizado pelo fato de o juiz ter ido além do pedido do autor, dando mais do que fora pedido. o juiz concede ao autor a tutela jurisdicional pedida, o gênero do bem da vida pretendido, mas extrapola a quantidade indicada pelo autor.
Extra Petita: É a decisão que concede algo diferente do que foi pedido pelo autor. Portanto, quando a sentença não respeita a certeza do pedido gera vício que a torna nula, sendo extra petita sempre que conceder ao autor algo estranho à certeza do pedido.
Citra Petita: Sentença citra petita é aquela que não examina em toda a sua amplitude o pedido formulado na inicial (com a sua fundamentação) ou a defesa do réu.
Art. 492 CPC/2015
É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único - A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
Fato novo após a propositura da ação
O fato novo pode ser acolhido pelo magistrado no julgamento do pedido.
Art. 493
- Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
Pedido genérico
Pedido genérico, é aquele que falta a definição da quantidade ou qualidade, sendo certo somente em relação ao gênero.
Em regra, cabe ao autor determinar pedido certo e determinado.
Excepcionalmente admite-se um pedido genérico, principalmente quando não se tem conhecimento da extensão do dano. O juiz pode julgar o pedido e o valor deverá ser definido em liquidação de Sentença para que se possa iniciar a execução da Sentença.
  
Efeitos da sentença
Conceito:
1. Sentença Declaratória: É a sentença pelo qual o magistrado declara a existência ou inexistência da relação jurídica, ou da autenticidade ou falsidade de documento.
2. Exemplo: Usucapião, Investigação de paternidade.
3. 
4. Sentença constitutiva: Além da declaração do direito, há a constituição de novo estado jurídico, ou a criação ou a modificação de relação jurídica. Exemplos: divórcio; anulatória de negócio jurídico; rescisão de contrato e anulação de casamento.
5. 
6. Sentença condenatória: É aquela em que o juiz, além de declarar um direito em favor do autor, também concede a ele a possibilidade de valer-se da sansão executiva.
7. Exemplos: Sentença de uma ação indenizatória.
8. 
9.  4. Sentença mandamental: é aquela que, além de declaração, contém uma ordem. Exemplos: reintegração de funcionário público no seu cargo por força de mandado de segurança e ordem para expedição de certidão.
5. Executivo Lato Sensu: o preceito determina o que deve ser cumprido. É o caso da sentença que determina o despejo, a reintegração de posse e a imissão de posse. No caso, o comando jurisdicional determina, por ele mesmo, o cumprimento satisfativo da pretensão.
Exemplo: Ações de despejo, ação possessória.
Coisa julgada
O conceito de coisa julgada está previsto no artigo 502 do Código de Processo Civil, que a descreve como sendo uma autoridade que impede a modificação ou discussão de decisão de mérito da qual não cabe mais recursos.
4. Art. 502
- Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.
5. 
6. Coisa Julgada Formal: é a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo processo, como consequência da preclusão dos recursos. Depois de formada a coisa julgada, o juiz não pode mais modificar sua decisão, ainda que se convença de posição contrária a que tinha anteriormente adotado.
7. Coisa julgada Material: a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.  Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.
Sentenças terminativas têm por consequência a extinção do processo sem a resolução do mérito e se operam pelos motivos elencados no art. 485 do Código de Processo Civil. ... Em outras palavras, os efeitos desse tipo de sentença são preclusivos, operam somente em relação ao processo em questão.
Sentença definitiva é a que resolve o mérito. Por meio desse ato, denominado sentença, o juiz aplica o Direito objetivo, de caráter geral, ao caso concreto. Em outras palavras, o juiz cria norma especial para dirimir o litígio entre as partes, baseada no Direito objetivo.
24/08
Limite objetivo da coisa julgada 
Atinge o dispositivo da sentença, ou seja, o pedido da ação. 
Art. 503 CPC A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.
Também se aplica essa regra a questão prejudicial decidida expressa e incidentalmente no processo. Ex: Autor move a ação de alimentos e o réu na contestação alega que não é obrigado a pagar já que não é o pai do autor.
Haverá também coisa julgada sob o pedido da recovenção. Para que haja coisa julgada material deverão estar presente as exigências dos arts. 1,2 e 3 do par. 1° do Art. 503.
§ 1º - O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:
I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;
II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
Limite Subjetivo da coisa julgada 
A sentença faz coisa julgada para as partes que atuaram naquela demanda.
Art. 506 CPC A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
Ex.: Determinado executado apresenta defesa alegando que o seu imóvel não pode ser penhorado pois é um bem de família, o executado não obtém êxito na sua defesa, o imóvel penhorado é de copropriedade com a esposa do executado, que não é parte da ação. 
Neste caso, a esposa pode entrarcom embargos de terceiros.
Teoria Geral dos Recursos 
Conceito: É um remédio voluntário e idôneo a ensejar a reforma a invalidação , o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se questiona.
O despacho, por força do Art. 1001 CPC, não pode ser objeto de recurso.
Rol dos Recurso. Att. 994, CPC
Classificação: 
1- TOTAIS OU PARCIAIS: Pode se questionar total ou parcialmente a decisão decorrida.
Art. 1002 – A decisão pode ser impugnada no todo a em parte.
2- FFUNDAMENTAÇÃO LIVRE OU VINCULADA: No de fundamentação livre, basta o inconformismo sem que haja a necessidade de se demonstrar o cabimento para determinar matéria. No de fundamentação vinculada o decorrente deve demonstrar que o recurso está questionando determinada matéria que a lei assim exige. 
Ex.: Recursos extraordinários e especiais (art 102/105 da CF)
3- PRINCIPAL OU ADESIVO: O principal pressupõe a manifestação imediata é o adesivo depende da postura da parte contrária à do conteúdo de decisão. Art. 997- Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
Ex. Ação de indenização para condenação do réu ao pagamento de R$ 100,000, cujo pedido foi acolhido em parte e o requerimento foi condenado a pagar R$ 50,000. Neste caso há um julgamento com sucumbência para o autor e para o réu que permite a aplicação da regra contida no parágrafo 1° do 997.
Prazo, 15 dias úteis.
Todo recurso de apelação tem uma resposta denominada contrarazoes, cujo prazo também é de 15 dias.
O autor opta por não apelar e aguardar eventual apelação do réu. Após a interposição da apelação por parte do réu, o autor será intimado para apresentar as contrarrazões à apelação do réu. Nesse prazo ele pode, se entender viável, interpor a apelação adesiva em peça processual distinta das contrarrazões. Esta apelação adesiva fica subordinada às regras do parágrafo 2° e do seu respectivo inciso III do Art. 997.