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AULA ATIVIDADE ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 
ATIVIDADE 
ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA ATIVIDADE ALUNO 
 
 
 
 
Disciplina: Gestão de Pessoas 
Teleaula: 04 
 
Título: Pesquisa de Clima Organizacional 
 
Prezado (a) aluno (a), 
Segue a Aula Atividade proposta: 
A aula atividade tem a finalidade de promover o autoestudo das competências e conteúdos 
relacionados à Aula 04 da Disciplina de Gestão de Pessoas 
 
Atividade 
Como instaurar um bom clima escolar em regiões vulneráveis 
Experiências de três instituições públicas de ensino mostram que o diálogo é um caminho 
eficaz nessa empreitada 
Por: Anna Rachel Ferreira 25 de Março de 2019. Acesso em 13 Jul. 2021. 
 
Visualize o cenário: uma escola ao lado de um presídio, em uma região de baixo poder 
aquisitivo em que pelo menos 40% dos alunos são atendidos por programas sociais 
promovidos pelo governo, alunos com histórico de violência vindos de medidas sócio 
educativas, o prédio é tão apertado que os estudantes não possuem pátio escolar para 
conviverem durante o momento do intervalo. Como você imagina o clima de uma escola 
assim? Provavelmente, não dos melhores. Mas, você pode se surpreender. GESTÃO 
ESCOLAR conversou com alunos e professores de três instituições de ensino com situações 
bem parecidas com a descrita acima e descobriu como, por meio do diálogo, elas se 
tornaram referência e orgulho para a comunidade escolar. 
 
Conversando sobre tudo 
Em Campinas, no interior paulista, a EMEF Dr. João Alves dos Santos, têm se dedicado a 
dar voz aos estudantes e incentivá-los a serem promotores de uma cultura de paz dentro e 
fora da escola. A unidade de período integral, que atende estudantes de todo o Ensino 
Fundamental em uma região periférica da cidade, possui 40% dos alunos do Ensino 
Fundamental 1 e 28% dos estudantes do Ensino Fundamental 2 atendidos por programas 
sociais do governo. Há 3 anos foram implementadas as equipes de ajuda na escola. 
AULA ATIVIDADE ALUNO 
 
 
 
 
Formadas por dois representantes de cada turma, elas são pessoas de confiança dos 
próprios alunos. “Os estudantes escolhem pelos critérios de confiabilidade e 
confidencialidade. Nós entendemos que há lugares e situações em que não estamos 
presentes e que os jovens não se sentirão confortáveis em conversar conosco. É nesse 
momento que entram as equipes”, explica o coordenador pedagógico José Luiz Pastre. 
A ideia dessas equipes é fazer com que alunos que se isolam encontrem uma turma. Outro 
propósito é evitar e intervir em situações de bullying. A professora Telma Vinha, da 
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que nessas situações a intervenção 
entre pares é muito mais eficiente do que a de um adulto. Após a eleição, os alunos tiveram 
a formação durante um sábado inteiro na unidade escolar. Nesse dia eles conversaram 
sobre a importância de ser confiável, como reconhecer comportamentos que indiquem que 
o aluno está passando por algum problema, os procedimentos que poderiam ser adotados 
em determinadas situações, como abordar o colega e em quais situações é necessário 
procurar a ajuda de um adulto entre outras questões. A formação prosseguiu de maneira 
continuada com encontros periódicos da turma para discutir o andamento das coisas, tirar 
dúvidas e se ajudar mutuamente. 
 
Claro que essa é uma ação isolada que não responde sozinha pelo clima positivo que a 
escola apresenta. Entre as iniciativas está a criação de um plano de convivência em que 
toda a equipe se reuniu para diagnosticar pontos sensíveis e criou estratégias para 
solucioná-los. A escola ainda buscou parcerias com organizações não governamentais e 
governamentais a fim de compreender melhor quem é a comunidade com a qual está lidando 
e ainda trouxe a professora Thaís Cristina Leite Bozza, da Faculdade de Educação da 
Unicamp, para desenvolver sua pesquisa de doutorado sobre violências virtuais com os 
alunos de 9º ano da escola. “A escola João Alves se mostrou um terreno fértil para o 
desenvolvimento desse trabalho, pois já atuava promovendo debates durante a disciplina de 
Convivência Ética e assembleias. Ou seja, era um local onde eu sabia que seria possível 
desenvolver um diálogo produtivo sobre violência online”, explica a doutoranda. 
Desde o segundo semestre de 2018, Thaís acompanha a turma promovendo discussões 
semanais sobre assuntos que envolvem seu tema de pesquisa. Padrão de beleza exposto 
nas redes sociais, a necessidade de like, a privacidade, o cyberbullying, as fake news são 
alguns dos tópicos em pauta. Em geral, a professora traz um caso real a ser discutido por 
toda a turma coletivamente. Na sequência, em grupos, os adolescentes analisam um caso 
mais assemelhado ao cotidiano deles. Depois eles ainda pesquisam nas redes sociais deles 
situações que já viram acontecer pensando nesses riscos e agressões a serem discutidas 
no encontro seguinte. Para encerrar, a professora faz uma abordagem teórica sobre o 
assunto tratado e a turma pensa em estratégias que pode colocar em prática para evitar tais 
situações. 
 
 
AULA ATIVIDADE ALUNO 
 
 
 
 
 
Comunidade Ativa 
 
Na EMEF/EJA Maria Pavanatti Favaro, também em Campinas, o espaço físico é restrito. 
Não há pátio escolar, por exemplo. Mas, isso não é motivo para uma comunidade menos 
afetiva e engajada. Muito pelo contrário, ali todos são ouvidos e participam do dia a dia das 
atividades e decisões. “Além de iniciarmos parceria com a Unicamp para estudarmos o clima 
escolar e desenvolvermos outras propostas, nós visamos utilizar as ferramentas 
disponibilizadas pelos próprios governos federal e municipal em favor da construção de uma 
comunidade democrática”, comenta o orientador pedagógico Robson Alexandre de Morais. 
 
Há oito anos, a unidade passou a oferecer atividades de contra turno por meio do programa 
Mais Educação. Algumas das atividades realizadas chegaram a ser premiadas como a 
Fanfarra e o grupo de hip hop dos estudantes. Essas ações foram o primeiro passo para que 
a escola fosse vista como um polo cultural importante para a população do entorno. Nesse 
período, a Comissão Própria de Avaliação (CPA), criada pela Secretaria de Educação do 
Município de Campinas foi se fortificando na unidade. “Nós nos reunimos semanalmente 
com os representantes de todas as turmas, professores, pais e funcionários para avaliar o 
andamento da escola, fazer revisões e propor melhorias”, explica Robson. 
 
Essas ferramentas funcionam baseadas em uma proposta pedagógica focada na relação 
amistosa entre alunos e funcionários e a gestão democrática aplicada a todos os níveis. 
Todas as turmas se reúnem três vezes por mês para rodas de conversa sobre temas de sua 
escolha que envolva convivência e uma vez por mês realiza assembleias, por exemplo. 
Quando as decisões tomadas nas assembleias de turma envolvem o contexto escolar mais 
amplo, elas vão para a assembleia geral. Recentemente, os alunos votaram pela ampliação 
do horário de intervalo e criaram um projeto de intervalo participativo. Por sugestão dos 
professores, a proposta foi inscrita no Prêmio Atitude Educação Feac e com o valor da 
premiação estão sendo comprados jogos, revistas, entre outros materiais para levar o projeto 
adiante. Uma das atividades propostas ficou tão famosa que alguns estudantes do 1º ao 5º 
ano têm comparecido no horário de contra turno para participar dela. “O xadrez se 
popularizou de uma maneira que eu não imaginava e eu fico emocionado de ver os alunos 
mais velhos ensinando os mais novos a jogar”, afirma o professor de Matemática Edson Dias 
dos Santos. 
Apesar de ter havido um grande corte no repasse de verbas do Mais Educação, a escola 
tem sempre se reinventado no intuito de envolver a comunidade. Atualmente, há uma 
competição anual em que uma das provas é a arrecadação de alimentos. “Cada grupo de 
estudantes recebe dez cópias do memorando da escola com todas as informaçõessobre a 
competição e a pontuação dos alimentos. No horário de contra turno eles batem na porta 
das casas do bairro pedindo que as pessoas contribuam com eles”, conta Edson. Ao final, 
AULA ATIVIDADE ALUNO 
 
 
 
 
são montadas cestas básicas a serem entregues para famílias com menor condição 
financeira e que, em muitos casos, são de alunos da própria escola. Edson conta que a 
experiência sempre o comove. “No ano passado, o menino disse a mãe que finalmente o 
papai Noel tinha chegado a casa deles e eles poderiam fazer uma ceia de Natal. Sempre 
que me lembro dessa cena, me emociono”, conta. 
 
Aprendizagem Cooperativa 
O Espaço Cooperativo de Aprendizagem Horizonte, em Poços de Caldas, Minas Gerais, 
nasceu da necessidade de atender estudantes acima de 15 anos com defasagem de três 
anos ou mais e ainda aqueles que estão cumprindo medida sócio-educativa. Atualmente a 
unidade atende 60 estudantes que são agrupados em três turmas independente do ano 
letivo. “Durante as avaliações diagnósticas percebemos que as dificuldades eram as 
mesmas, independente do ano em que estavam. Além disso, agrupados dessa maneira, eles 
não ficam se comparando porque todos são iguais”, comenta a coordenadora Flávia 
Camargo. 
 
O formato da unidade é inspirado em pesquisa da professora Díaz Aguado, da Universidade 
de Barcelona, na Espanha, trazida pela secretária de Educação da cidade, Flávia Vivaldi. 
“Fizemos um grupo de estudos com os professores que atuam na escola por cerca de quatro 
meses para podermos aplicar a metodologia de aprendizagem cooperativa com nossas 
turmas”, explica a secretária. As turmas estudam os conteúdos necessários a partir de temas 
de interesse deles mesmos. Do mesmo modo que decidem o que estudarão, também são 
eles que discutem e escolhem as regras de convivência da escola e foram eles que optaram 
por mudar o nome da escola no ano passado, por conta do trabalho diferenciado que é 
desenvolvido ali. 
Além da autonomia e participação oferecida aos estudantes, a unidade conta com o apoio 
de alunos de Psicologia que realizam uma terapia em grupo semanalmente com os 
adolescentes. “Percebemos que um dos fatores mais importantes era resgatar a 
autoconfiança desses jovens que já não acreditavam em si, no seu potencial e tinham 
vergonha de seu nível de aprendizagem”, comenta a coordenadora. Pensando de maneira 
integral nos estudantes que recebem, a coordenação da escola entendeu que era necessário 
agir em várias frentes. 
O resultado tem se mostrado em alunos que saíram do projeto para ingressar no Ensino 
Médio, um ganho de autoestima e, principalmente, a crença na escola renovada. Em uma 
das atividades realizadas com os alunos, eles produzem uma linha do tempo de suas vidas. 
Um dos adolescentes indicou a volta para a escola como um marco na vida dele. No final do 
ano, os jovens escrevem uma avaliação de como foi a experiência na escola e é comum que 
eles usem expressões do tipo “foi a melhor escola em que já estudei”, como escreveu o 
aluno Gabriel Lucas Pelegrino da Silva, ou que “é uma escola diferente em que a gente tem 
mais liberdade”, como afirmou o estudante Lucas Henrique Fernando Alves. 
AULA ATIVIDADE ALUNO 
 
 
 
 
 
Nenhuma ação produz um bom clima escolar sozinha. Por esse motivo é que a professora 
Telma Vinha recomenda o Plano de Convivência. “A única maneira de fazer ações assertivas 
é realizando um bom diagnóstico e desenvolvendo uma série de estratégias que, em 
conjunto, curtirão o efeito necessário. É preciso planejar a abordagem a ser realizada e não 
ficar somente em atividades e projetos isolados”, explica. Desse modo, não há escola 
impossível de se promover uma boa convivência entre pares e entre equipe e alunos. O que 
há é um trabalho longo a ser percorrido, mas que já se mostrou bastante frutífero. 
Fonte: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2145/como-instaurar-um-bom-clima-escolar-em-regioes-
vulneraveis - Acesso em 13 Jul.2021. 
 
QUESTÕES PARA REFLEXÃO 
• O texto acima trata do clima nas escolas pela perspectiva da relação entre os alunos, 
convido você para fazer uma relação com o ambiente organizacional, ou seja, 
transpor os aspectos apresentados para a realizada das relações entre os 
funcionários de uma organização que pode ser uma escola, uma indústria, um 
comércio ou uma prestadora de serviço tanto publica quanto privada. Neste sentido, 
a partir da leitura do texto, quais são os principais problemas enfrentados no ambiente 
escolar? Eles também podem acontecer nas relações entre os funcionários de uma 
organização? Como? 
• Como os problemas elencados acima prejudicam o clima no ambiente escolar entre 
os alunos e como pode prejudicar o ambiente de trabalho? 
• A cultura, tanto de um povo como de uma organização, é composta pelas crenças (o 
que as pessoas acreditam), valores (o que é valorizado), hábitos e rituais. Portanto a 
cultura influencia diretamente o clima. Neste sentido quais as crenças, valores, 
hábitos e rituais descritos no texto que podem contribuir para a melhoria do clima? 
• O texto trata também de algumas ferramentas utilizadas para a gestão do clima? 
Quais são elas e qual o objetivo de utilizá-las? 
 
Bom trabalho a todos! 
 
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2145/como-instaurar-um-bom-clima-escolar-em-regioes-vulneraveis
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