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A AUTONOMIA DE PROFESSORES JOSÉ CONTRERAS L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m OS VALORES DO PROFISSIONALISMO E A PROFISSIONALIDADE DOCENTE • A profissionalidade docente e as qualidades do trabalho educativo • Autonomia do professor: É praticamente impossível realizar todas as funções necessárias para o bom desempenho do trabalho educativo, se não se dispõe da capacidade de decidir de modo responsável a adequação entre o propósito educativo e a realidade concreta na qual ele tenta se realizar. A educação requer responsabilidade e não se pode ser responsável se não se é capaz de decidir, seja por impedimentos legais ou por falta de capacidades intelectuais e morais. • Profissionalização: pode ser uma forma de defender não só os direitos dos professores, mas da educação. • Popkewitz: (...) os docentes devem desempenhar seu trabalho com autonomia, integridade e responsabilidade. (...) é preciso que os docentes acrescentem suas habilidades de desenvolvimento e implantação do currículo; as sociedades modernas necessitam de práticas educativas que fomentem o pensamento crítico, a flexibilidade e um certo ceticismo diante dos modelos sociais, todas elas necessidades que se relacionam com o grau de autonomia e com as atribuições dos professores. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m • Profissionalidade – Gimeno: Expressão da especificidade de atuação dos professores na prática, ou seja, o conjunto de atuações, habilidades, conhecimentos, atitudes e valores ligados a elas, que constituem a prática específica de ser professor. • A profissionalidade se refere às qualidades da prática profissional dos professores em função do que requer o trabalho educativo. • Ao considerar esse conceito de profissionalidade, é possível recuperar a ideia do docente como profissional sem nos limitar à reivindicação de valores que tradicionalmente se associam à retórica da profissionalização. • As qualidades da profissionalização fazem referência, em todos os casos, àquelas que situam o professor ou professora em condições de dar uma direção adequada à sua preocupação em realizar um bom ensino. • As qualidades profissionais que o ensino requer estão em função da forma em que se interpreta o que deve ser o ensino e suas finalidades e, evidentemente, sobre este ponto, abre-se um leque de posições e análises. No entanto, em qualquer caso, reflete-se uma tensão entre o que os professores são como profissionais, o que o ensino é como prática real e concreta e o que seria uma aspiração educativa em ambos os aspectos. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m • Três importantes dimensões da profissionalidade • A obrigação moral • O compromisso com a comunidade • A competência profissional L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m • A obrigação moral • O ensino supõe um compromisso de caráter moral para quem a realiza. • Preocupações do professor: é preciso atender o avanço na aprendizagem de seus alunos, enquanto não se pode esquecer das necessidades e do reconhecimento do valor que, como pessoas, lhe merece todo o alunado. • Tom (1984): O ensino como um trabalho moral: • A) atua-se em relação de desigualdade com os alunos, a qual apenas se sustenta porque se confia em que essa desigualdade não será usada contra a parte mais fraca da relação, mas, ao contrário, para que possam desenvolver recursos e capacidades que os tornem independentes; • B) pretendem-se coisas que só adquirem sentido a partir de uma perspectiva moral: exerce-se influência sobre outros, pretende-se ensinar coisas que só podem ser justificadas por seu desejo, por seu valor. • A consciência moral sobre o próprio trabalho traz emparelhada a autonomia como valor profissional. Apensas a partir da assunção autônoma de seus valores educativos e de sua forma de realiza-los na prática pode-se entender a obrigação moral. Enquanto obrigação moral autônoma, a profissionalidade docente exige dos professores sua consciência e desenvolvimento sobre o sentido do que é desejável educativamente. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m • O compromisso com a comunidade • Essa dimensão da profissionalidade docente deriva da relação com a comunidade social na qual os professores devem realizar sua prática profissional. • A educação não é um problema da vida privada dos professores, mas uma ocupação socialmente encomendada e responsabilizada publicamente. Isto obriga que as práticas profissionais não se constituam como isoladas, e sim como partilhadas. Somente nos contextos sociais, públicos, a obrigação ética pode alcançar sua dimensão adequada. • Os processos de deliberação moral não são processos algorítmicos de aplicação de regras, e sim de interpretação do que significam os valores e princípios à luz do caso, e o caso à luz dos princípios. • A estipulação, a partir dos aparelhos administrativos, do currículo das escolas reduz a participação da sociedade a procedimentos burocratizados, forçando os professores ao papel de funcionário obediente e ao resto da sociedade ao de espectadores. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m • A competência profissional • A competência profissional transcende o sentido puramente técnico do recurso didático. • A competência profissional não se refere apenas ao capital de conhecimento disponível, mas também aos recursos intelectuais de que dispõe com objetivo de tornar possível a ampliação e desenvolvimento desse conhecimento profissional, sua flexibilidade e profundidade. • A competência profissional é uma dimensão necessária para o desenvolvimento do compromisso ético e social, porque proporciona os recursos que a tornam possível. Mas, é, ao mesmo tempo, a consequência destes compromissos, posto que se alimenta das experiências nas quais se devem enfrentar situações e dilemas e conflitos nos quais está em jogo o sentimento educativo e as consequências da prática escolar. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m AS CHAVES DA AUTONOMIA DOS PROFESSORES • A autonomia como reivindicação trabalhista e exigência educativa Especialista técnico Profissional reflexivo Intelectual crítico Obrigação moral Rejeição de problemas normativos. Os fins e valores passam a ser resultados estáveis e bem definidos, os quais se espera alcançar. O ensino deve guiar-se pelos valores educativos pessoalmente assumidos. Definem as qualidades morais da relação e da experiência educativas. Ensino dirigido à emancipação individual e social, guiada pelos valores de racionalidade, justiça e satisfação. Compromisso com a comunidade Despolitização da prática. Aceitação das metas do sistema e preocupação pela eficácia e eficiência em seu êxito. Negociação e equilíbrio entre os diferentes interesses sociais, interpretando seu valor e mediando política e prática entre eles. Defesa de valores para o bem comum (justiça, igualdade e outros). Participação em movimentossociais pela democratização. Competência profissional Domínio técnico dos métodos para alcançar os resultados previstos. Pesquisa/reflexão sobre a prática. Deliberação na incerteza acerca da forma moral ou educativamente correta de agir em casa caso. Autorreflexão sobre as distorções ideológicas e os condicionantes institucionais. Desenvolvimento da análise e da crítica social. Participação na ação política transformadora. CONCEPÇÃO DA AUTONOMIA PROFISSIONAL Autonomia como status ou como atributo. Autoridade unilateral do especialista. Não ingerência. Autonomia ilusória: dependência de diretrizes técnicas, insensibilidade para os dilemas, incapacidade de resposta criativa diante da incerteza. Autonomia como responsabilidade moral individual, considerando os diferentes pontos de vista. Equilíbrio entre a independência de juízo e a responsabilidade social. Capacidade para resolver criativamente as situações- problema para realização prática das pretensões educativas. A autonomia como emancipação: liberação profissional e social das opressões. Superação das distorções ideológicas. Consciência crítica. Autonomia como processo coletivo (configuração discursiva de uma vontade comum), dirigido à transformação das condições institucionais e sociais do ensino. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m • Proletarização do ensino: Indica a perda de autonomia no trabalho como perda humana em si, que supõe realizar uma tarefa reduzida ao seguimento de prescrições externas, perdendo o significado do que se faz e as capacidades que permitiam um trabalho integrado, com uma visão de conjunto e decisão sobre seu sentido. A desqualificação, a rotina, o controle burocrático, a dependência de um conhecimento alheio legitimado e a intensificação conduzem à perda de autonomia, perda que é em si mesma um processo de desumanização no trabalho. • Os valores educativos, que guiam teoricamente a prática do ensino, transformam-se em condutas e resultados previstos. Os valores e pretensões que deveriam agir como orientadores internos da prática, ao transformarem-se em resultados previsíveis, se comportam como orientadores externos que instrumentalizam a própria prática; por meio da qual a perda de autonomia dos modos de controle técnico e burocrático leva consigo a instrumentalização da prática. • A relação entre autonomia e profissionalidade é, ao mesmo tempo, uma reivindicação da dignidade humana das condições trabalhistas dos professores e uma reivindicação de oportunidade para que a prática de ensino possa se desenvolver de acordo com determinados valores educacionais, valores que não sejam coisificados em produtos e estados finais, mas que atuem como elementos constitutivos, como orientadores internos da própria prática. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m Autonomia como qualidade da relação profissional Autonomia como distanciamento crítico Autonomia como consciência da parcialidade e de si mesmo Ninguém pode assumir pelo professor o juízo e a decisão diante das situações que requerem uma atuação em sala de aula A autonomia, como os valores morais em geral, não é uma capacidade individual, não é um estado ou um atributo das pessoas, mas um exercício, uma qualidade da vida que vivem. A autonomia é uma qualidade circunstancial. Decisão autônoma: é um exercício crítico de deliberação levando em conta diferentes pontos de vista. A autonomia não é uma definição das características dos indivíduos, mas a maneira com que estes se constituem pela forma de se relacionarem. O modelo do especialista técnico sugere uma imagem de autonomia como status pessoal de independência, de resistência às influências (distanciamento, isolamento). A autonomia não é estática, não é um status de separação e sim uma dinâmica de relação, e são as qualidades dessa relação que permitem o próprio desenvolvimento da autonomia. Uma autonomia madura requer um processo de reflexão crítica no qual as práticas, valores e instituições sejam problematizados. Autonomia como processo de emancipação: pelo qual se pode ultrapassar as dependências ideológicas que impedem a tomada de consciência. O ensino deixa de ser mero processo de socialização e de reprodução A autonomia deve ser entendida como a independência intelectual que se justifica pela ideia da emancipação pessoal da autoridade e do controle repressivo, da superação das dependências ideológicas ao questionar criticamente nossa concepção de ensino e da sociedade. Todo o conjunto de categorias e avaliações revela posições variadas em relação a múltiplos aspectos do que constitui a vida das pessoas. Não se pode reduzir o problema de uma perspectiva crítica a uma construção única e unificada. Aceitar a pluralidade, a diversidade de perspectivas e avaliações, e o diálogo é a única forma de aproximar-se da compreensão compartilhada, sem colocar em crise o respeito por esta mesma pluralidade. Embora se suponha que a autonomia profissional questione o sentido educativo de nossas práticas e daquilo que dificulta sua realização, também significa a segurança de que a resposta a essa pergunta é sempre parcial. Embora possa parecer paradoxal, a autonomia está ligada à consciência de nossa insuficiência. Isso nos obriga a ampliar a nossa compreensão e busca de relação com os outros, de outras posições e outras parcialidades. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 01 José Contreras (2002) relaciona autonomia dos professores e profissionalidade. Esta é entendida como as qualidades necessárias ao próprio trabalho de ensinar. Ao defender uma concepção do ensino enquanto profissão, ele ressalva três dimensões básicas da profissionalidade por sua importância para conceber o problema da autonomia, quais sejam a) o controle ideológico; o controle técnico no ensino e a luta contra a proletarização dos professores. b) o controle sobre o conhecimento; o profissional reflexivo e a responsabilidade social. c) a reflexão crítica; a consciência da parcialidade de si mesmo e a capacidade de reivindicação trabalhista. d) a obrigação moral; o compromisso com a comunidade e a competência profissional. e) a emancipação; a autonomia das decisões profissionais e a irredutibilidade técnica do ensino. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 02 Para José Contreras (2002), a autonomia, no contexto da prática do ensino, deve ser entendida como um processo de construção permanente no qual devem se conjugar, se equilibrar e fazer sentido muitos elementos. Já a profissionalidade é a defesa das qualidades necessárias ao próprio trabalho de ensinar. Segundo o autor, a relação entre autonomia e profissionalidade é uma a) correspondência entre as características que se identificam com o que deva ser a profissão e o atendimento às prescrições legais e burocráticas necessárias ao bom desenvolvimento da função docente. b) necessidade mais educativa e menos trabalhista que diz respeito à maneira pela qual a autonomia dos professores deve ser entendida, em consonância com a ideologia do profissionalismo. c) exigência do reconhecimento social e escolar de determinadas competências como exclusividade profissional dos professores em situações nas quais eles não podem nem devem ser substituídos. d) reivindicação da dignidade humana das condições trabalhistas dos professores e uma reivindicação para que a prática de ensino se desenvolva a partir de valores educacionais que não sejam coisificados. e) defesa de que a prática profissionalseja guiada por critérios estabelecidos pelo próprio grupo profissional, em vez de pela obediência a diretrizes externas e autoritárias. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 03 Contreras (2002), ao analisar a autonomia dos professores, afirma que a autonomia profissional não só define a necessidade de mediar interesses, mas também de uma distância crítica em relação aos interesses da comunidade. Para o autor, a autonomia profissional a) propicia uma liberdade ao professor de modo que não tenha que prestar contas sobre suas decisões em sala de aula. b) faz com que a prática do professor em sala de aula seja permeada pela reprodução dos valores da sociedade. c) passa a ser o elemento condutor de toda a dependência do professor e da comunidade escolar às ideologias do Estado. d) revela o que os professores são como profissionais e o que o ensino é como prática real e concreta. e) faz com que o ensino ultrapasse as limitações ao estabelecer um compromisso com valores educativos. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 04 José Contreras conceitua a autonomia profissional de acordo com três modelos de professores: especialista técnico, profissional reflexivo e intelectual crítico. Para o autor, a concepção de autonomia do profissional reflexivo é a autonomia como a) Emancipação b) Status c) Processo coletivo d) Atributo e) Responsabilidade moral individual L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 05 Para Contreras (2002), a autonomia, no contexto da prática de ensino, deve ser entendida como um processo de construção permanente no qual devem se conjugar, equilibrar-se e fazer sentido muitos elementos. A autonomia no ensino a) pode ser descrita, justificada e reduzida a uma definição autoexplicativa b) é o desenvolvimento dos aspectos pessoais, os próprios compromissos profissionais c) é o desenvolvimento dos aspectos de relacionamento d) é tanto um direito trabalhista como uma necessidade educativa e) pode ser relacionada com a defesa profissional de valores L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 06 A autonomia profissional dos docentes desenvolve-se, de forma consciente e explícita, no contexto das relações, de proximidade e distância, com a sociedade variada e complexa. Com relação à autonomia profissional, Contreras (2002) apresenta três modelos de professores, sendo que o modelo de profissional intelectual crítico, em seu compromisso com a comunidade a) busca a negociação e o equilíbrio entre os diferentes interesses sociais, interpretando seu valor e mediando política e prática entre eles b) defende os valores para o bem comum (justiça, igualdade etc.), participando de movimentos sociais pela democratização c) luta pela despolitização da prática docente, aceitando as metas do sistema e preocupando-se com a eficácia e a eficiência em sua atividade d) prioriza a pesquisa e a reflexão sobre sua prática docente, envolvendo-se de forma comedida nas questões sociais que interferem em sua atuação e) recorre aos recursos técnicos disponíveis para solucionar os problemas profissionais e alcançar os resultados esperados pela população. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 07 A formação continuada não objetiva somente qualificar a escola, mas especialmente contribuir para a qualificação dos professores. A formação inicial não consegue dar conta de todas as demandas profissionais, desse modo, os professores precisam buscar formação constantemente. A formação inicial e continuada possibilita a constituição do professor, incentivando sua autonomia. De acordo com Contreras (2012), a relação entre autonomia e profissionalidade corresponde à a) Práticas de autonomia na instituição escolar, no quesito de que a coordenação pedagógica da escola, determine as metodologias e ofereça um aparato técnico metodológico comum a todos os professores b) Profissionalização do professorado para que atendam as demandas atuais da sociedade, reproduzindo os conhecimentos e não seguindo modismos sócio culturais c) Uma reivindicação da dignidade humana das condições trabalhistas dos professores e uma reivindicação de oportunidade para que a prática de ensino possa se desenvolver de acordo com determinados valores educacionais e que atuem como orientadores da própria prática d) Oferta de formação continuada que deve obrigatoriamente ser propiciada pela escola, dando liberdade e autonomia aos professores que não desejarem participar. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 08 A garantia da autonomia docente é uma luta histórica dos professores, enquanto princípio necessário à educação de qualidade. Porém, é um tópico cercado de tensões e polêmicas. Assinale a alternativa a seguir que apresenta a perspectiva de Contreras (2002) acerca do tema. a) A fim de que não haja interferência nas escolhas que o professor realiza em sala de aula, a autonomia deve garantir seu isolamento no fazer pedagógico b) O discurso da autonomia é incompatível com a profissionalidade do professor, pois desconsidera processos coletivos de planejamento, treinamento e gestão de pessoas na escola c) A autonomia põe em risco as obrigações morais da profissionalidade docente, o que deve ser corrigido pela adesão do professor a um código de condutas profissionais oferecido pela escola d) O professor deve, em nome da autonomia docente, rechaçar a influência da comunidade sobre o seu trabalho, já que a moralidade de seu ofício é de ordem pessoal e) A competência profissional só pode ser desenvolvida quando há autonomia para que o professor possa tomar decisões e refletir sobre suas consequências. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 09 Contreras (2002) apresenta três dimensões da profissionalidade por sua importância para conceber o problema da autonomia a partir de uma perspectiva educativa: a) a obrigação moral; b) o compromisso com a comunidade; c) a competência profissional. A profissionalidade dos professores diante do legítimo direito da comunidade a intervir na educação consiste em a) reconhecer que o cuidado e a preocupação com o bem-estar do alunado obedece a um compromisso com a ética da profissão b) um maior controle dos professores sobre o seu trabalho, responsabilidade naquilo que faz e compromisso com a comunidade. c) interpretar as expectativas sociais como parte de seu trabalho na determinação do currículo d) uma consonância entre as características do posto de trabalho e as exigências que a dedicação a tarefas educativas leva consigo. e) decidir de modo responsável a adequação entre o propósito educativo e a realidade concreta na qual ele tenta se realizar. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m QUESTÃO 10 Contreras (2002, cap. 7) aprofunda a análise do conceito da autonomia de professores, percorrendo sua vinculação com três diferentes modelos de professores: o especialista técnico, o profissional reflexivo e o intelectual crítico, e, “cruzando” cada um deles com as dimensões da profissionalidade do professor: obrigação moral, compromisso com a comunidade e competência profissional. Rios (2001, cap. 3) desenvolve uma reflexão em relação à competência do professor, sobre o que seria uma docênciada melhor qualidade, explicitando dimensões dessa competência: a técnica, a estética, a política e a ética. Nessas duas preciosas contribuições, encontra-se a valorização a) do aprimoramento técnico da ação docente, graças ao qual os professores lograrão prestígio profissional e autonomia. b) do compromisso de qualificar a prática educativa mediante crítica consciente e compartilhada, com vistas ao bem comum c) da reflexão individual sobre a própria prática pedagógica, indispensável para conquistar a autonomia profissional d) da delimitação administrativa das funções docentes e da vigilância democrática de seu cumprimento por parte da sociedade e) da participação política dos professores, reunidos em corporações, as quais buscam benefícios, mas também fazem formação. L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m GABARITO 1. D 2. D 3. E 4. E 5. D 6. B 7. C 8. E 9. E 10. B L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m L ic en se d t o L u ci an a C o n ce iç ão F ra n ci sc o G o n ça lv es - lu ci an ac fg 11 06 @ h o tm ai l.c o m
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