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A AUTONOMIA DE PROFESSORES - JOSÉ CONTRERAS - CAP 03 E 07

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A AUTONOMIA DE 
PROFESSORES
JOSÉ CONTRERAS
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OS VALORES DO PROFISSIONALISMO E A PROFISSIONALIDADE DOCENTE
• A profissionalidade docente e as qualidades do trabalho educativo
• Autonomia do professor: É praticamente impossível realizar todas as funções necessárias para
o bom desempenho do trabalho educativo, se não se dispõe da capacidade de decidir de modo
responsável a adequação entre o propósito educativo e a realidade concreta na qual ele tenta
se realizar. A educação requer responsabilidade e não se pode ser responsável se não se é
capaz de decidir, seja por impedimentos legais ou por falta de capacidades intelectuais e
morais.
• Profissionalização: pode ser uma forma de defender não só os direitos dos professores, mas da
educação.
• Popkewitz: (...) os docentes devem desempenhar seu trabalho com autonomia, integridade e
responsabilidade. (...) é preciso que os docentes acrescentem suas habilidades de
desenvolvimento e implantação do currículo; as sociedades modernas necessitam de práticas
educativas que fomentem o pensamento crítico, a flexibilidade e um certo ceticismo diante dos
modelos sociais, todas elas necessidades que se relacionam com o grau de autonomia e com as
atribuições dos professores.
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• Profissionalidade – Gimeno: Expressão da especificidade de atuação dos professores na
prática, ou seja, o conjunto de atuações, habilidades, conhecimentos, atitudes e valores ligados
a elas, que constituem a prática específica de ser professor.
• A profissionalidade se refere às qualidades da prática profissional dos professores em
função do que requer o trabalho educativo.
• Ao considerar esse conceito de profissionalidade, é possível recuperar a ideia do docente
como profissional sem nos limitar à reivindicação de valores que tradicionalmente se
associam à retórica da profissionalização.
• As qualidades da profissionalização fazem referência, em todos os casos, àquelas que
situam o professor ou professora em condições de dar uma direção adequada à sua
preocupação em realizar um bom ensino.
• As qualidades profissionais que o ensino requer estão em função da forma em que se
interpreta o que deve ser o ensino e suas finalidades e, evidentemente, sobre este ponto,
abre-se um leque de posições e análises. No entanto, em qualquer caso, reflete-se uma
tensão entre o que os professores são como profissionais, o que o ensino é como prática
real e concreta e o que seria uma aspiração educativa em ambos os aspectos.
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• Três importantes dimensões da profissionalidade
• A obrigação moral
• O compromisso com a comunidade
• A competência profissional
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• A obrigação moral
• O ensino supõe um compromisso de caráter moral para quem a realiza.
• Preocupações do professor: é preciso atender o avanço na aprendizagem de seus alunos,
enquanto não se pode esquecer das necessidades e do reconhecimento do valor que,
como pessoas, lhe merece todo o alunado.
• Tom (1984): O ensino como um trabalho moral:
• A) atua-se em relação de desigualdade com os alunos, a qual apenas se sustenta
porque se confia em que essa desigualdade não será usada contra a parte mais fraca
da relação, mas, ao contrário, para que possam desenvolver recursos e capacidades
que os tornem independentes;
• B) pretendem-se coisas que só adquirem sentido a partir de uma perspectiva moral:
exerce-se influência sobre outros, pretende-se ensinar coisas que só podem ser
justificadas por seu desejo, por seu valor.
• A consciência moral sobre o próprio trabalho traz emparelhada a autonomia como valor
profissional. Apensas a partir da assunção autônoma de seus valores educativos e de sua
forma de realiza-los na prática pode-se entender a obrigação moral. Enquanto obrigação
moral autônoma, a profissionalidade docente exige dos professores sua consciência e
desenvolvimento sobre o sentido do que é desejável educativamente.
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• O compromisso com a comunidade
• Essa dimensão da profissionalidade docente deriva da relação com a comunidade social na
qual os professores devem realizar sua prática profissional.
• A educação não é um problema da vida privada dos professores, mas uma ocupação
socialmente encomendada e responsabilizada publicamente. Isto obriga que as práticas
profissionais não se constituam como isoladas, e sim como partilhadas. Somente nos
contextos sociais, públicos, a obrigação ética pode alcançar sua dimensão adequada.
• Os processos de deliberação moral não são processos algorítmicos de aplicação de regras,
e sim de interpretação do que significam os valores e princípios à luz do caso, e o caso à luz
dos princípios.
• A estipulação, a partir dos aparelhos administrativos, do currículo das escolas reduz a
participação da sociedade a procedimentos burocratizados, forçando os professores ao
papel de funcionário obediente e ao resto da sociedade ao de espectadores.
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• A competência profissional
• A competência profissional transcende o sentido puramente técnico do recurso didático.
• A competência profissional não se refere apenas ao capital de conhecimento disponível,
mas também aos recursos intelectuais de que dispõe com objetivo de tornar possível a
ampliação e desenvolvimento desse conhecimento profissional, sua flexibilidade e
profundidade.
• A competência profissional é uma dimensão necessária para o desenvolvimento do
compromisso ético e social, porque proporciona os recursos que a tornam possível. Mas, é,
ao mesmo tempo, a consequência destes compromissos, posto que se alimenta das
experiências nas quais se devem enfrentar situações e dilemas e conflitos nos quais está
em jogo o sentimento educativo e as consequências da prática escolar.
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AS CHAVES DA AUTONOMIA DOS PROFESSORES
• A autonomia como reivindicação trabalhista e exigência educativa
Especialista técnico Profissional reflexivo Intelectual crítico
Obrigação 
moral
Rejeição de problemas normativos. Os
fins e valores passam a ser resultados
estáveis e bem definidos, os quais se
espera alcançar.
O ensino deve guiar-se pelos valores
educativos pessoalmente assumidos.
Definem as qualidades morais da relação e
da experiência educativas.
Ensino dirigido à emancipação individual e
social, guiada pelos valores de racionalidade,
justiça e satisfação.
Compromisso 
com a 
comunidade
Despolitização da prática. Aceitação das
metas do sistema e preocupação pela
eficácia e eficiência em seu êxito.
Negociação e equilíbrio entre os diferentes
interesses sociais, interpretando seu valor e
mediando política e prática entre eles.
Defesa de valores para o bem comum (justiça,
igualdade e outros). Participação em
movimentossociais pela democratização.
Competência 
profissional
Domínio técnico dos métodos para
alcançar os resultados previstos.
Pesquisa/reflexão sobre a prática.
Deliberação na incerteza acerca da forma
moral ou educativamente correta de agir em
casa caso.
Autorreflexão sobre as distorções ideológicas e
os condicionantes institucionais.
Desenvolvimento da análise e da crítica social.
Participação na ação política transformadora.
CONCEPÇÃO DA 
AUTONOMIA 
PROFISSIONAL
Autonomia como status ou como
atributo. Autoridade unilateral do
especialista. Não ingerência. Autonomia
ilusória: dependência de diretrizes
técnicas, insensibilidade para os dilemas,
incapacidade de resposta criativa diante
da incerteza.
Autonomia como responsabilidade moral
individual, considerando os diferentes pontos
de vista. Equilíbrio entre a independência de
juízo e a responsabilidade social. Capacidade
para resolver criativamente as situações-
problema para realização prática das
pretensões educativas.
A autonomia como emancipação: liberação
profissional e social das opressões. Superação
das distorções ideológicas. Consciência crítica.
Autonomia como processo coletivo
(configuração discursiva de uma vontade
comum), dirigido à transformação das condições
institucionais e sociais do ensino.
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• Proletarização do ensino: Indica a perda de autonomia no trabalho como perda humana em si, que
supõe realizar uma tarefa reduzida ao seguimento de prescrições externas, perdendo o significado
do que se faz e as capacidades que permitiam um trabalho integrado, com uma visão de conjunto e
decisão sobre seu sentido. A desqualificação, a rotina, o controle burocrático, a dependência de um
conhecimento alheio legitimado e a intensificação conduzem à perda de autonomia, perda que é
em si mesma um processo de desumanização no trabalho.
• Os valores educativos, que guiam teoricamente a prática do ensino, transformam-se em condutas e
resultados previstos. Os valores e pretensões que deveriam agir como orientadores internos da
prática, ao transformarem-se em resultados previsíveis, se comportam como orientadores externos
que instrumentalizam a própria prática; por meio da qual a perda de autonomia dos modos de
controle técnico e burocrático leva consigo a instrumentalização da prática.
• A relação entre autonomia e profissionalidade é, ao mesmo tempo, uma reivindicação da
dignidade humana das condições trabalhistas dos professores e uma reivindicação de
oportunidade para que a prática de ensino possa se desenvolver de acordo com determinados
valores educacionais, valores que não sejam coisificados em produtos e estados finais, mas que
atuem como elementos constitutivos, como orientadores internos da própria prática.
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Autonomia como qualidade da relação 
profissional
Autonomia como distanciamento crítico Autonomia como consciência da parcialidade e 
de si mesmo
Ninguém pode assumir pelo professor o
juízo e a decisão diante das situações que
requerem uma atuação em sala de aula
A autonomia, como os valores morais em
geral, não é uma capacidade individual, não
é um estado ou um atributo das pessoas,
mas um exercício, uma qualidade da vida
que vivem. A autonomia é uma qualidade
circunstancial.
Decisão autônoma: é um exercício crítico de
deliberação levando em conta diferentes
pontos de vista. A autonomia não é uma
definição das características dos indivíduos,
mas a maneira com que estes se constituem
pela forma de se relacionarem.
O modelo do especialista técnico sugere
uma imagem de autonomia como status
pessoal de independência, de resistência às
influências (distanciamento, isolamento).
A autonomia não é estática, não é um status
de separação e sim uma dinâmica de relação,
e são as qualidades dessa relação que
permitem o próprio desenvolvimento da
autonomia.
Uma autonomia madura requer um processo
de reflexão crítica no qual as práticas, valores
e instituições sejam problematizados.
Autonomia como processo de emancipação:
pelo qual se pode ultrapassar as
dependências ideológicas que impedem a
tomada de consciência. O ensino deixa de ser
mero processo de socialização e de
reprodução
A autonomia deve ser entendida como a
independência intelectual que se justifica
pela ideia da emancipação pessoal da
autoridade e do controle repressivo, da
superação das dependências ideológicas ao
questionar criticamente nossa concepção de
ensino e da sociedade.
Todo o conjunto de categorias e avaliações
revela posições variadas em relação a múltiplos
aspectos do que constitui a vida das pessoas.
Não se pode reduzir o problema de uma
perspectiva crítica a uma construção única e
unificada.
Aceitar a pluralidade, a diversidade de
perspectivas e avaliações, e o diálogo é a única
forma de aproximar-se da compreensão
compartilhada, sem colocar em crise o respeito
por esta mesma pluralidade.
Embora se suponha que a autonomia
profissional questione o sentido educativo de
nossas práticas e daquilo que dificulta sua
realização, também significa a segurança de que
a resposta a essa pergunta é sempre parcial.
Embora possa parecer paradoxal, a autonomia
está ligada à consciência de nossa insuficiência.
Isso nos obriga a ampliar a nossa compreensão
e busca de relação com os outros, de outras
posições e outras parcialidades.
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QUESTÃO 01
José Contreras (2002) relaciona autonomia dos professores e profissionalidade. Esta é entendida
como as qualidades necessárias ao próprio trabalho de ensinar. Ao defender uma concepção do
ensino enquanto profissão, ele ressalva três dimensões básicas da profissionalidade por sua
importância para conceber o problema da autonomia, quais sejam
a) o controle ideológico; o controle técnico no ensino e a luta contra a proletarização dos
professores.
b) o controle sobre o conhecimento; o profissional reflexivo e a responsabilidade social.
c) a reflexão crítica; a consciência da parcialidade de si mesmo e a capacidade de reivindicação
trabalhista.
d) a obrigação moral; o compromisso com a comunidade e a competência profissional.
e) a emancipação; a autonomia das decisões profissionais e a irredutibilidade técnica do ensino.
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QUESTÃO 02
Para José Contreras (2002), a autonomia, no contexto da prática do ensino, deve ser entendida como um
processo de construção permanente no qual devem se conjugar, se equilibrar e fazer sentido muitos
elementos. Já a profissionalidade é a defesa das qualidades necessárias ao próprio trabalho de ensinar.
Segundo o autor, a relação entre autonomia e profissionalidade é uma
a) correspondência entre as características que se identificam com o que deva ser a profissão e o
atendimento às prescrições legais e burocráticas necessárias ao bom desenvolvimento da função docente.
b) necessidade mais educativa e menos trabalhista que diz respeito à maneira pela qual a autonomia dos
professores deve ser entendida, em consonância com a ideologia do profissionalismo.
c) exigência do reconhecimento social e escolar de determinadas competências como exclusividade
profissional dos professores em situações nas quais eles não podem nem devem ser substituídos.
d) reivindicação da dignidade humana das condições trabalhistas dos professores e uma reivindicação para
que a prática de ensino se desenvolva a partir de valores educacionais que não sejam coisificados.
e) defesa de que a prática profissionalseja guiada por critérios estabelecidos pelo próprio grupo profissional,
em vez de pela obediência a diretrizes externas e autoritárias.
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QUESTÃO 03
Contreras (2002), ao analisar a autonomia dos professores, afirma que a autonomia profissional não
só define a necessidade de mediar interesses, mas também de uma distância crítica em relação aos
interesses da comunidade. Para o autor, a autonomia profissional
a) propicia uma liberdade ao professor de modo que não tenha que prestar contas sobre suas
decisões em sala de aula.
b) faz com que a prática do professor em sala de aula seja permeada pela reprodução dos valores da
sociedade.
c) passa a ser o elemento condutor de toda a dependência do professor e da comunidade escolar às
ideologias do Estado.
d) revela o que os professores são como profissionais e o que o ensino é como prática real e
concreta.
e) faz com que o ensino ultrapasse as limitações ao estabelecer um compromisso com valores
educativos.
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QUESTÃO 04
José Contreras conceitua a autonomia profissional de acordo com três modelos de professores:
especialista técnico, profissional reflexivo e intelectual crítico. Para o autor, a concepção de
autonomia do profissional reflexivo é a autonomia como
a) Emancipação
b) Status
c) Processo coletivo
d) Atributo
e) Responsabilidade moral individual
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QUESTÃO 05
Para Contreras (2002), a autonomia, no contexto da prática de ensino, deve ser entendida como um
processo de construção permanente no qual devem se conjugar, equilibrar-se e fazer sentido muitos
elementos. A autonomia no ensino
a) pode ser descrita, justificada e reduzida a uma definição autoexplicativa
b) é o desenvolvimento dos aspectos pessoais, os próprios compromissos profissionais
c) é o desenvolvimento dos aspectos de relacionamento
d) é tanto um direito trabalhista como uma necessidade educativa
e) pode ser relacionada com a defesa profissional de valores
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QUESTÃO 06
A autonomia profissional dos docentes desenvolve-se, de forma consciente e explícita, no contexto
das relações, de proximidade e distância, com a sociedade variada e complexa. Com relação à
autonomia profissional, Contreras (2002) apresenta três modelos de professores, sendo que o
modelo de profissional intelectual crítico, em seu compromisso com a comunidade
a) busca a negociação e o equilíbrio entre os diferentes interesses sociais, interpretando seu valor e
mediando política e prática entre eles
b) defende os valores para o bem comum (justiça, igualdade etc.), participando de movimentos
sociais pela democratização
c) luta pela despolitização da prática docente, aceitando as metas do sistema e preocupando-se
com a eficácia e a eficiência em sua atividade
d) prioriza a pesquisa e a reflexão sobre sua prática docente, envolvendo-se de forma comedida nas
questões sociais que interferem em sua atuação
e) recorre aos recursos técnicos disponíveis para solucionar os problemas profissionais e alcançar os
resultados esperados pela população.
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QUESTÃO 07
A formação continuada não objetiva somente qualificar a escola, mas especialmente contribuir
para a qualificação dos professores. A formação inicial não consegue dar conta de todas as
demandas profissionais, desse modo, os professores precisam buscar formação constantemente. A
formação inicial e continuada possibilita a constituição do professor, incentivando sua autonomia.
De acordo com Contreras (2012), a relação entre autonomia e profissionalidade corresponde à
a) Práticas de autonomia na instituição escolar, no quesito de que a coordenação pedagógica da
escola, determine as metodologias e ofereça um aparato técnico metodológico comum a todos
os professores
b) Profissionalização do professorado para que atendam as demandas atuais da sociedade,
reproduzindo os conhecimentos e não seguindo modismos sócio culturais
c) Uma reivindicação da dignidade humana das condições trabalhistas dos professores e uma
reivindicação de oportunidade para que a prática de ensino possa se desenvolver de acordo com
determinados valores educacionais e que atuem como orientadores da própria prática
d) Oferta de formação continuada que deve obrigatoriamente ser propiciada pela escola, dando
liberdade e autonomia aos professores que não desejarem participar.
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QUESTÃO 08
A garantia da autonomia docente é uma luta histórica dos professores, enquanto princípio necessário
à educação de qualidade. Porém, é um tópico cercado de tensões e polêmicas. Assinale a alternativa
a seguir que apresenta a perspectiva de Contreras (2002) acerca do tema.
a) A fim de que não haja interferência nas escolhas que o professor realiza em sala de aula, a
autonomia deve garantir seu isolamento no fazer pedagógico
b) O discurso da autonomia é incompatível com a profissionalidade do professor, pois desconsidera
processos coletivos de planejamento, treinamento e gestão de pessoas na escola
c) A autonomia põe em risco as obrigações morais da profissionalidade docente, o que deve ser
corrigido pela adesão do professor a um código de condutas profissionais oferecido pela escola
d) O professor deve, em nome da autonomia docente, rechaçar a influência da comunidade sobre o
seu trabalho, já que a moralidade de seu ofício é de ordem pessoal
e) A competência profissional só pode ser desenvolvida quando há autonomia para que o professor
possa tomar decisões e refletir sobre suas consequências.
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QUESTÃO 09
Contreras (2002) apresenta três dimensões da profissionalidade por sua importância para conceber o
problema da autonomia a partir de uma perspectiva educativa: a) a obrigação moral; b) o
compromisso com a comunidade; c) a competência profissional. A profissionalidade dos professores
diante do legítimo direito da comunidade a intervir na educação consiste em
a) reconhecer que o cuidado e a preocupação com o bem-estar do alunado obedece a um
compromisso com a ética da profissão
b) um maior controle dos professores sobre o seu trabalho, responsabilidade naquilo que faz e
compromisso com a comunidade.
c) interpretar as expectativas sociais como parte de seu trabalho na determinação do currículo
d) uma consonância entre as características do posto de trabalho e as exigências que a dedicação a
tarefas educativas leva consigo.
e) decidir de modo responsável a adequação entre o propósito educativo e a realidade concreta na
qual ele tenta se realizar.
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QUESTÃO 10
Contreras (2002, cap. 7) aprofunda a análise do conceito da autonomia de professores, percorrendo sua
vinculação com três diferentes modelos de professores: o especialista técnico, o profissional reflexivo e o
intelectual crítico, e, “cruzando” cada um deles com as dimensões da profissionalidade do professor: obrigação
moral, compromisso com a comunidade e competência profissional. Rios (2001, cap. 3) desenvolve uma
reflexão em relação à competência do professor, sobre o que seria uma docênciada melhor qualidade,
explicitando dimensões dessa competência: a técnica, a estética, a política e a ética.
Nessas duas preciosas contribuições, encontra-se a valorização
a) do aprimoramento técnico da ação docente, graças ao qual os professores lograrão prestígio profissional e
autonomia.
b) do compromisso de qualificar a prática educativa mediante crítica consciente e compartilhada, com vistas
ao bem comum
c) da reflexão individual sobre a própria prática pedagógica, indispensável para conquistar a autonomia
profissional
d) da delimitação administrativa das funções docentes e da vigilância democrática de seu cumprimento por
parte da sociedade
e) da participação política dos professores, reunidos em corporações, as quais buscam benefícios, mas
também fazem formação.
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GABARITO
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2. D
3. E
4. E
5. D
6. B
7. C
8. E
9. E
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