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MATEMÁTICA III 1 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA INTRODUÇÃO ..................................................................................... 2 NOÇÕES BÁSICAS ............................................................................. 2 POSIÇÃO DE UM PONTO EM RELAÇÃO AO SISTEMA ................... 3 DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS ................................................... 5 RAZÃO DE SECÇÃO ......................................................................... 13 DIVISÃO DE UM SEGMENTO NUMA RAZÃO DADA ....................... 14 PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO ................................................ 15 CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS ....................... 18 EQUAÇÃO GERAL DA RETA ............................................................ 22 EQUAÇÃO REDUZIDA DA RETA ...................................................... 28 EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA DA RETA .............................................. 33 EQUAÇÃO PARAMÉTRICA............................................................... 34 POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS NO PLANO ................... 37 CONDIÇÃO DE PARALELISMO ........................................................ 45 CONDIÇÃO DE PERPENDICULARISMO ......................................... 48 ÂNGULO FORMADO POR DUAS RETAS ........................................ 52 DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA ............................................... 53 ÁREA DA REGIÃO TRIANGULAR ..................................................... 58 RESPOSTAS ..................................................................................... 61 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 67 No final das séries de exercícios podem aparecer sugestões de atividades complementares. Estas sugestões referem-se a exercícios do livro “Matemática” de Manoel Paiva fornecido pelo FNDE e adotado pelo IFMG – Campus Ouro Preto durante o triênio 2015-2017. Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 3. CASSIO VIDIGAL 2 IFMG – CAMPUS OURO PRETO INTRODUÇÃO Em 1637, o matemático e filósofo francês Renée Descartes publicou seu grande trabalho O Discurso sobre o Método, em que são estabelecidas as bases filosóficas de seu método para o estudo das ciências, o chamado método cartesiano, até hoje presente na organização do conhecimento em muitas áreas. No apêndice, Descartes ilustra o seu método apresentando a “Géométrie”, que foi o passo inicial no estabelecimento de relações mais estreitas entre a Álgebra e a Geometria. O trabalho contém uma teoria para equações algébricas associadas a curvas planas – por exemplo, equações de segundo grau associadas a parábolas. Alguns anos mais tarde, um outro matemático francês, Pierre Fermat, publicou um trabalho onde também relacionou equações a retas, às curvas que chamamos cônicas e a outras curvas até então pouco conhecidas. Tem-se registros de que as idéias iniciais de Fermat sobre a Geometria Analítica são, na verdade, anteriores ao trabalho de Descartes, mas esses registros só foram encontrados e publicados em 1769, após a sua morte. A Geometria Analítica, trata, portanto, desde a sua origem, das relações entre as equações algébricas e os objetos geométricos, buscando a simplificação técnica dos problemas geométricos e a interpretação geométrica dos resultados obtidos nos cálculos algébricos. Os cálculos e a descrição dos objetos geométricos ficam mais simples com os recursos algébricos da teoria das matrizes associados aos processos de resolução de equações. As técnicas da Geometria Analítica desempenham um papel fundamental ainda hoje, por exemplo, no desenvolvimento da Computação Gráfica. As telas dos nossos computadores são modelos da estrutura do plano cartesiano com um número finito de pontos, que é sempre mencionado quando escolhemos a configuração da tela. Aumentando o número de pontos, melhoramos a qualidade da imagem do monitor ou da impressão dessa imagem. Nas muitas utilizações de recursos de imagens, como na tomografia ou na localização por satélite, essa organização é fundamental para uma interpretação precisa dos resultados obtidos. A nomenclatura da Geometria Analítica (coordenadas, abscissas, ordenadas, etc.) foi introduzida por Leibniz, que e inspirou na terminologia adotada pelos gregos em seus cálculos geométricos. As bases da Geometria Analítica estão, portanto, contidas nos trabalhos desses três grandes matemáticos - Descartes, Fermat e Leibniz - e foram posteriormente adotadas por Euler ao formalizar o conceito de função. NOÇÕES BÁSICAS Consideremos dois eixos x e y perpendiculares em O, os quais determinam um plano . Dado um ponto P qualquer tal que P , conduzamos por eles retas x’ e y’ tais que: x' // x e y’ // y. Denominemos P1 a intersecção de x com y’ e P2 a intersecção de y com x’. MATEMÁTICA III 3 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA Nestas condições, definimos: a) abscissa de P é o número real xp = OP1. b) ordenada de P é o número real yp = OP2. c) coordenadas de P são os números reais xp e yp geralmente indicados na forma de um par ordenado (xp, yp) onde xp é o primeiro termo. d) o eixo das abscissas é o eixo Ox . e) o eixo das ordenadas é o eixo Oy. f) sistema de eixos cartesianos ortogonais (ou sistema ortonormal ou sistema retangular) é o sistema xOy. g) a origem do sistema é o ponto O. h) plano cartesiano é o plano . Ex.: Vamos localizar no plano cartesiano os pontos A(2, 0); B(0, 3), C(2, 5), D(-3, 4), E(-7, -3), F(4, -5), G( 2 5 , 2 9 ), H( 2 5 , 2 9 ); Entre o conjunto de pontos do plano e o conjunto de pares ordenados (x, y), existe uma correspondência biunívoca, ou seja, para cada ponto do plano existe um único par ordenado e para cada par ordenado existe um único ponto no plano. A principal consequência desta propriedade é o fato de: “dar um ponto” significa dar um par ordenado (xp, yp); “pedir um ponto” significa pedir um par de coordenadas (xp, yp); Todo ponto P procurado representa duas incógnitas: xp e yp. Notemos que os pares ordenados A1(3, 5) e A2(5, 3) são diferentes visto que a ordem em que os termos são apresentados difere dois pares ordenados. Na figura abaixo você pode ver a representação destes dois pontos no plano. De forma geral, se a b então (a, b) (b, a). POSIÇÃO DE UM PONTO EM RELAÇÃO AO SISTEMA Os eixos x e y dividem o plano cartesiano em quatro regiões chamadas QUADRANTES que recebem os nomes indicados na figura: CASSIO VIDIGAL 4 IFMG – CAMPUS OURO PRETO Sendo P um ponto qualquer do plano cartesiano temos que: 00. pp yexQuadIP 00. pp yexQuadIIP 00. pp yexQuadIIIP 00. pp yexQuadIVP Existem ainda os pontos que estão sobre os eixos, assim: P pertence ao eixo das abscissas se a ordenada é nula: 0 pyOxP P pertence ao eixo das ordenadas se a abscissa é nula: 0 pxOyP Destas propriedades temos que os pontos que estão no eixo vertical são do tipo (0, a) e os pontos do eixo horizontal são do tipo (a, 0). O pontos do tipo (a, a) formam um conjunto de pontos chamado de bissetriz dos quadrantes ímpares. Observe a figura: Assim, temos que pp yxbP 13 Os pontos do tipo (a, -a) formam um conjunto de pontos chamado de bissetriz dos quadrantes pares. Observe a figura: Assim, temos que pp yxbP 24 Se uma reta é paralela ao eixo das abscissas, então todos os seus pontos possuem a mesma ordenada. Se uma reta é paralela ao eixo das ordenadas, então todos os seus pontos possuem a mesma abscissa. Também valem as recíprocas das duas propriedades acima. 01) Dados os pontos 5;5A , 6;6 B , 5,2;5,2 C , 1,9;1,9D , 0;0E , 0;2,7F , 5;0 G , 0;3H, 2;0I , 3; J , 2;2 K e 4 18 ; 2 9 L , pergunta-se: quais pontos são pertencentes: a) ao primeiro quadrante? b) ao segundo quadrante? MATEMÁTICA III 5 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA c) ao terceiro quadrante? d) ao quarto quadrante? e) ao eixo das abscissas? f) ao eixo das ordenadas? g) à bissetriz dos quadrantes ímpares? h) à bissetriz dos quadrantes pares? 02) Localize no plano cartesiano, os 12 pontos dados na questão anterior: DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS Dados os pontos A(x1; y1) e B(x2; y2), calculemos a distância d entre eles: 1º caso: AB é horizontal: 12 xxd AB 2º caso: AB é vertical: 12 yydAB CASSIO VIDIGAL 6 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 3º caso: AB é oblíqua: 212 2 12 yyxxdAB Demonstração: O triângulo ABC é retângulo em C, assim, pelo teorema de Pitágoras temos que: 222 BCACAB ddd Como 11, yxA , 22 , yxB e 12 , yxC , então: 212 2 12 2 12 2 12 2 yyxxd yyxxd AB AB Observação: a notação de módulo em 12 xx e 12 yy foi desconsiderada pois, ao elevar ao quadrado o resultado é positivo ou nulo. Ex.(1): Calcule a distância entre os pontos A(- 3, 6) e B(3, -2). 10 100 6436 86 2633 22 22 2 12 2 12 AB AB AB AB AB AB d d d d d yyxxd Observação: Convém destacar que a ordem dos termos nas diferenças das abscissas ou das ordenadas não influi no cálculo de d já que inverteria apenas o sinal das diferenças e, quando elevado ao quadrado, esse sinal é desconsiderado. Ex. (2): A distância entre os pontos A(a – 1, 1) e B(-1, 2) é 3. Determine a. 22 8 8 19 21113 2 2 22 2 12 2 12 a a a a a yyxxdAB MATEMÁTICA III 7 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 03) Calcule a distância entre os pontos dados: a) 7,3A e 4,1B b) 1,3 E e 5,3F c) 5,2 H e 0,0O d) 2,0 M e 2,5 N e) 3,3 P e 3,3Q f) 0,4C e 3,0D g) 3,1K e 4,1L 04) Qual a distância do ponto (10, -24) à origem? CASSIO VIDIGAL 8 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 05) Calcular a distância entre os pontos A(a-3, b+4) e B(a+2, b-8) 06) Calcular o perímetro do triângulo ABC sendo dados A(2, 1), B(-1, 3) e C(4, -2). 07) Mostre que o triângulo de vértices A(2, 2), B(-4, -6) e C(4, -12) é retângulo. 08) Qual vértice o triângulo ABC citado na questão anterior determina o ângulo reto? MATEMÁTICA III 9 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 09) Dados A(4, 5), B(1, 1) e C(x, 4), determine x de forma que o triângulo ABC seja retângulo em B. 10) Dados A(x, 5), B(-2, 3) e C(4, 1), obter x forma que A seja equidistante de B e C. CASSIO VIDIGAL 10 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 11) Obter P pertencente ao eixo das abscissas de forma que o ponto P seja equidistante de A(1, 3) e B(-3, 5). 12) Determinar o ponto P da bissetriz dos quadrantes pares que equidista dos pontos A(8, -8) e B(12, -2). 13) Dados os pontos A(8, 11), B(-4, -5) e C(-6, 9), obter o circuncentro do triângulo ABC. (A resolução desta questão encontra-se na secção de respostas) MATEMÁTICA III 11 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 14) Dados os pontos M(a, 0) e N(0, a), determinar P de modo que o triângulo MNP seja equilátero. 15) Dados os pontos B(2, 3) e C(-4,1), determinar o vértice A pertencente ao eixo das ordenadas sabendo que ABC é retângulo em A. CASSIO VIDIGAL 12 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 16) Dados A(-2, 4) e B(3, -1) vértices de um quadrado, determinar os outros dois vértices. 17) Dados A(8, 7) e C(-2, -3), extremidades da diagonal de um quadrado, calcular as coordenadas dos outros dois vértices. ______________________ ATIVIDADES COMPLEMENTARES Pág. 38 – Exercício R.2 Pág. 39 – Exercícios 1 a 6 ______________________ MATEMÁTICA III 13 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA RAZÃO DE SECÇÃO Dados três pontos distintos e COLINEARES A, B e C, chama-se razão de secção do segmento AB pelo ponto C o número real r tal que: CB AC d d r Existem duas formas de se determinar este r. A primeira forma é através da fórmula da distância como apresentado na definição acima, assim, sendo A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3), temos: 223 2 23 2 31 2 31 yyxx yyxx r A segunda forma, é por meio do Teorema de Talles. Observe agora a ilustração: Pelo teorema de Talles, podemos escrever: 23 31 23 31 yy yy xx xx r Devemos ficar atentos apenas quando o segmento considerado for paralelo a um dos eixos coordenados. Note que, caso o segmento seja vertical, temos x1 = x2 = x3. Desta forma, 31 xx e 23 xx são, ambos iguais a zero e a fração 23 31 xx xx fica indeterminada, assim, usamos 23 31 yy yy r . Situação semelhante ocorre quando o segmento for horizontal. Pelo mesmo motivo, faremos 23 31 xx xx r . Ex.:Dados A(3, 7), B(5, 11) e C(6, 13), determine a razão entre os comprimentos dos segmentos AC e BC. Resolução: A partir das abscissas, temos: 3 1 3 56 63 23 31 xx xx r A partir das ordenadas, temos: 3 2 6 1113 137 23 31 yy yy r Era natural que em ambas as situações, encontrássemos o mesmo resultado e, daí, concluímos que um segmento tem o triplo do comprimento do outro. Desconsiderando o módulo na expressão apresentada acima, é possível, a partir do sinal de r, determinar a posição de C em relação ao segmento AB, assim, considerando A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3), e fazendo 23 31 23 31 yy yy xx xx r temos que: i) Cr 0 é interior a AB ii) Cr 0 é exterior a AB iii) ACr 0 iv) Cr 1 é médio de AB v) 1, rC CASSIO VIDIGAL 14 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 18) Tome três pontos quaisquer da reta abaixo e verifique, com números, a validade das afirmações do final da página anterior: DIVISÃO DE UM SEGMENTO NUMA RAZÃO DADA Dados A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3), calculemos as coordenadas (x3, y3) do ponto C que divide o segmento AB numa razão r ( 1r ). Temos: 213 2133 3123 3123 23 31 1 xrxrx xrxxxr xxxrxr xxxxr xx xx r 213 2133 3123 3123 23 31 1 yryry yryyyr yyyryr yyyyr yy yy r Ex.1: Obter as coordenadas do ponto C que divide AB na razão 2 sendo A(1, 5) e B(4, 17). Resolução: 13 3 39 12 1725 1 3 3 9 12 421 1 21 3 21 3 r yry y r xrx x Assim, temos que C(3, 13) 1 21 3 r xrx x 1 21 3 r yry y MATEMÁTICA III 15 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA Ex.2: Obter as coordenadas do ponto C que divide BA na razão 2 sendo A(1, 5) e B(4, 17). Resolução: 9 3 27 12 5217 1 23 6 12 124 1 21 3 21 3 r yry y r xrx x Assim, temos que C(2, 9) Observe que o ponto que divide o segmento AB na razão 2 é diferente do ponto que divide o segmento BA na mesma razão 2. 19) No plano cartesiano , localize os pontos A(1, 5) e B(4, 17) dados no exemplo anterior e a seguir interprete os pontos C1 e C2 que dividem, respectivamente, os segmentos AB e BA na razão 2, PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO O ponto médio de um segmento é, como o próprio nome diz, o ponto que divide um segmento em duas partes iguais, ou seja, cuja razão entre seus comprimentos seja r = 1. Substituindo na fórmula que já temos fazendo x3 = xm, y3 = ym e r = 1, temos: 11 1 1 21 21 3 xx x r xrx x m 2 21 xxxm 11 1 1 21 21 3 yy y r yry y m 2 21 yyym Ex.: Obter o ponto médio do segmento AB sendo A(7, -2) e B(-3, 14). Resolução: 2 2 37 mx e 6 2 142 my Logo, M(2, 6) 20) Sendo 3,2A , 2,1 B e 3 1 , 3 4 C , determine a razão entre os segmentos AC e BC. CASSIO VIDIGAL 16 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 21) Determinar as coordenadas dos pontos que dividem o segmento AB em três partes iguais sendo A = (-1, 7) e B = (11, -8). 22) Determinar os pontos que dividem AB em quatro partes iguais quando A = (-1, -3) e B = (23, 33). 1 Mediana de um triângulo é o segmento de reta cujas extremidades são um vértice do triângulo e o ponto médio do lado oposto. 23) Até que ponto o segmento de extremos A(1, -1) e B(4, 5) deve ser prolongado para que seu comprimento triplique? 24) Calcular o comprimento da mediana1 AM do triângulo ABC cujos vértices são os pontos A(0, 0), B(3, 7) e C(5, -1). MATEMÁTICA III 17 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 25) De um triângulo ABC são conhecidos o vértice A = (2, 4), o ponto M(1, 2) médio do lado AB e o ponto N(-1, 1) médio do lado BC. Determine o perímetro deste triângulo. (A resolução desta questão encontra-se na secção de respostas) 26) Sendo M(2, 1), N(3, 3) e P(6, 2) os pontos médios, respectivamente, dos lados AB, BC e CA, determine as coordenadas dos vértices A, B e C. CASSIO VIDIGAL 18 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 27) Num triângulo ABC são dados: i) A(2, 0) ii) M(-1, 4) ponto médio de AB iii) dAC = 10 iv) dBC = 210 Obtenha o vértice C. ______________________ ATIVIDADES COMPLEMENTARES Pág. 40 – Exercício R.4 Pág. 41 – Exercícios 7 a 11 ______________________ CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS Observe a figura: Se os três pontos A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3), estão alinhados, então satisfazem à seguinte condição: 32 21 32 21 yy yy xx xx . Note que 1 2 1 2 2 3 2 3 1 2 2 3 2 3 1 2 1 2 1 3 2 2 2 3 2 1 2 2 3 1 3 2 1 2 1 3 2 3 2 1 3 1 3 2 1 2 2 3 3 1 1 3 2 1 3 2 x x y y x x y y x x y y x x y y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y x y 0 Por outro lado, sabemos que: 1 1 2 2 3 3 1 2 2 3 3 1 1 3 2 1 3 2 x y 1 D x y 1 x y 1 x y x y x y x y x y x y Assim, podemos dizer que os três pontos A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3), estão alinhados quando: 1 1 2 2 3 3 x y 1 D x y 1 0 x y 1 MATEMÁTICA III 19 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA Observação: Este determinante acima fica facilmente verificado também em duas situações específicas: 1º Se dois dos pontos coincidirem, teremos duas linhas iguais e consequentemente, D = 0. 2º Se a reta for vertical (ou horizontal) as três ordenadas (ou abscissas) serão iguais. Como já temos uma coluna onde os três termos são iguais a 1, passaremos a ter duas colunas onde uma é combinação linear da outra, e assim, mais uma vez, D = 0. Ex.1: Mostrar que os pontos A(-1, 1), B(1, 3) e C(7, 9) estão alinhados. Resolução: 1 1 1 1 3 1 7 9 1 1 3 1 1 1 7 1 1 9 1 3 7 1 9 ( 1) 1 1 1 3 7 9 21 9 1 Logo, A, B e C estão alinhados. Ex.2: Determine k pra que os pontos A(k, k), B(3, 1) e C(7, -3) estejam alinhados. Resolução: k k 1 3 1 1 0 7 3 1 k 7k 9 7 3k 3k 0 8k 16 0 8k 16 k 2 Resposta: k = 2 28) Os pontos A(1; 3), B(2; 5) e C(49; 100) são colineares? 29) Determinar y para que os pontos A(3; 5), B(-3, 8) e C(4, y) estejam alinhados. CASSIO VIDIGAL 20 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 30) Mostrar que A(a; 2a – 1), B(a + 1; 2a + 1) e C(a + 2; 2a + 3) são colineares para qualquer valor de a real. 31) Para que valores de a existe o triângulo MNP onde M(0, a), N(a, -4) e P(1, 2)? 32) Dados A(1, 1) e B(10, -2), obter o ponto da reta AB que intercepta o eixo das abscissas. 33) Dados os pontos A(3, 1) e B(5, 5), determinar o ponto do eixo OY que também pertence à reta AB. MATEMÁTICA III 21 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 34) Dados A(2, -3) e B(8, 1) determinar o ponto em que a reta que passa por A e B intercepta a bissetriz dos quadrantes ímpares. 35) Sendo A(7, 4) e B(-4, 2), determinar o ponto de intersecção entre a reta que passa por A e B e a bissetriz dos quadrantes pares. 36) Dados A(-3, 4), B(2, 9), C(2, 7) e D(4, 5), determinar a intersecção entre as retas AB e CD. 37) Determinar m e n de tal forma que P(m, n) seja colinear, simultaneamente, com A(-1, -2) e B(2, 1) e com C(-2, 1) e D(1, -4). CASSIO VIDIGAL 22 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 38) Determinar o ponto P da reta AB que está à distância 5 da origem onde A(0, -25) e B(-2, -11) ______________________ ATIVIDADES COMPLEMENTARES Pág. 46 – Exercícios 20 a 23 ______________________ EQUAÇÃO GERAL DA RETA A toda reta r do plano está associada uma equação na forma ax + by + c = 0 onde a, b e c são números reais e a e b não são simultaneamente nulos. Qualquer par ordenado (x, y) que satisfaz a equação citada representa um ponto de r. Dados os pontos A(x1, y1) e B(x2, y2), consideremos um ponto genérico G(x, y) pertencente à reta determinada por A e B, então podem os escrever que: 0 1 1 1 22 11 yx yx yx e, desenvolvendo o determinante, temos 012122121 yxyxxyyxxyyx 012211221 yxyxxxyyyx e, por fim, fazendo ayy 21 , bxx 12 e cyxyx 1221 , temos: 012211221 cba yxyxxxyyyx 0 cbyax que é chamada de EQUAÇÃO GERAL da reta. MATEMÁTICA III 23 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA É importante destacar, que, a partir do que vimos, qualquer reta possui uma equação geral e esta pode ser encontrada a partir de dois de seus pontos. Vale ressaltar também que uma mesma reta pode assumir equações diferentes visto que a equação encontrada depende dos pontos A(x1, y1) e B(x2, y2) considerados. Entretanto, independente dos pontos escolhidos, as diferentes equações de uma mesma reta são equivalentes, daí concluímos que uma reta r do planoestá associada à um conjunto de equações equivalentes e que um conjunto de equações equivalentes está associado à uma reta. O coeficientes a e b não serão simultaneamente nulos se os pontos A(x1, y1) e B(x2, y2), forem distintos, observe: BA xxxxb yyyya 2112 2121 00 00 Ex.1: Escrever a equação da reta que passa pelos pontos A(5, -1) e B(2, 3). Resolução: 0 1 132 115 yx 0253215 yxyx 01734 yx Logo, a equação procurada é 01734 yx . Observações: 1. Note que não é necessário fazer o esboço da reta em questão para encontrar sua equação. 2. É possível verificar se a resposta está correta substituindo as coordenadas dos dois pontos A e B dados na equação encontrada, veja: Para A(5, -1): 00 017320 0171354 01734 yx Para B(2, 3) 00 01798 0173324 01734 yx Como, em ambos os casos, encontramos igualdades verdadeiras, podemos afirmar que a resposta está correta. O que acabamos de fazer é, na verdade, uma forma de verificar se um ponto A pertence a uma reta r. Vale ainda ressaltar que podemos multiplicar ambos os termos da equação encontrada por um número real qualquer diferente de zero. Isto apenas nos entregará uma outra equação da mesma reta. Assim, multiplicando os dois termos por -1, encontramos: 01734 101734 yx yx Ex.2: Encontre a equação da reta da figura abaixo: CASSIO VIDIGAL 24 IFMG – CAMPUS OURO PRETO Resolução: Para escrever a equação devemos escolher dois pontos da reta, vamos tomar, neste exemplo, os pontos B(-2, 1) e E(6, 5). 0 1 156 112 yx 0625610 yxyx 01684 yx Vamos, agora, escolher outro par de pontos: faremos com os pontos A(-6, -1) e D(4, 4). 0 1 144 116 yx 0464424 yxyx 020105 yx Note que a equação encontrada foi diferente mas as duas são equivalentes, veja: 042 5020105 401684 yx yx yx Logo, a equação da reta da figura e 042 yx . ___________________________ Nesta vídeo-aula, podemos ver uma forma diferente de se encontrar a equação geral de uma reta a partir de dois pontos conhecidos. 39) Determinar as equações das retas suporte dos lados do triângulo ABC determinado pelos pontos A(0, 0), B(1, 3) e C(4, 0). MATEMÁTICA III 25 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 40) Determinar a equação da reta definida pelos pontos 2 5 , 2 7 A e 2 7 , 2 5 B . 41) A reta determinada por A(a, 0) e B(0, b) passa por C(3, 4). Qual a relação entre a e b? CASSIO VIDIGAL 26 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 42) A reta determinada por A(p, q) e B(3, -2) passa pela origem. Qual a relação entre p e q? 43) Prove que os pontos A(a; b+c), B(b; a+c) e C(c; a+b) são colineares e determine a equação de reta que os contém. MATEMÁTICA III 27 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 44) Dados A(-5, -5), B(1, 5), C(19, 0) e r:5x – 3y = 0, verificar se r passa pelo baricentro do triângulo ABC. ______________________ ATIVIDADES COMPLEMENTARES Pág. 60 – Exercício 06 ______________________ 45) Desenhar no plano cartesiano as retas cujas equações são dadas a seguir: r: y = 2x s: x + y = 5 t: x – y + 5 = 0 u: x + y + 3 = 0 v: 2y + x = 0 w: x – y – 4 = 0 CASSIO VIDIGAL 28 IFMG – CAMPUS OURO PRETO EQUAÇÃO REDUZIDA DA RETA Dada a equação geral de uma reta não vertical r: ax + by + c = 0 como a apresentada na página 2 desta mesma apostila, vamos isolar y: b c x b a y caxby cbyax 0 Fazendo b a m e b c n , temos nmxyr : denominada equação reduzida da reta. Os dois coeficientes que apareceram na equação reduzida merecem um estudo especial. Acompanhe: Sejam A(x1; y1) e B(x2; y2) dois pontos de uma reta r: ax + by + c = 0 e o ângulo formado entre r e o eixo das abscissas no sentido positivo. temos que: 12 12 xx yy AC BC tg pelo que foi definido na página 2, temos que 12 yya e 12 xxb . Assim, podemos reescrever a expressão acima substituindo, em seguida, a e b: 1 22 1 2 1 2 1 y yy y a x x x x b como está definido acima, b a m , assim, concluímos que: tgm daí m ser chamado de coeficiente angular da reta ou simplesmente de declividade. Para r vertical, temos x = 0 logo não há como representar esta reta por meio de uma equação reduzida visto que, inclusive, m não é definido para este tipo de reta. Falando ainda da equação y = mx + n, fazendo x = 0, temos y = n, assim podemos concluir que a reta cruza o eixo das ordenadas no ponto (0, n) daí n ser chamado de coeficiente linear da reta. A interpretação correta destes dois coeficientes é de suma importância para a perfeita localização de uma reta no plano. Ex.1: Reescrever na forma reduzida a equação da reta r dada por 0623: yxr . Resolução: 3 2 3 632 0623 xy xy yx Logo, 3 2 3 : xyr Ex.2: Escrever a equação reduzida da reta que passa por A(0, 3) e B(-1, 0). Resolução: Como a reta passa pelo ponto (0, 3) já sabemos que n = 3. Falta determinar o valor de m que pode ser encontrado fazendo-se x y : 3 10 03 ba ba xx yy x y m Assim, a equação procurada é y = 3x+3 MATEMÁTICA III 29 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA Ex.3: Obter a equação reduzida da reta que passa pelo ponto K(3, -1) e forma 45º com o eixo OX. Resolução: 1 º45 m tgm tgm Já sabemos que m = 1, agora, tomando um ponto genérico (x, y) podemos escrever: 4 31 1 3 1 xy yx x y Assim, a equação procurada é y = x + 4. Ex.4: Escrever a equação reduzida da reta que passa pelos pontos A(-3, 2) e B(5, -4). Resolução: Podemos substituir as coordenadas dos pontos em y = mx + n e resolver um sistema, veja: Para A(-3, 2), temos 2 = -3m + n. Para B(5, -4) temos -4 = 5m + n. 4 3 68 45 23 45 23 mm nm nm nm nm 4 1 2 4 3 323 nnnm Logo, 4 1 4 3 xy Observação: Os 4 exemplos acima podem ser resolvidos de várias outras formas mas o objetivo foi mostrar apenas algumas soluções. Nesta vídeo-aula, podemos ver uma forma diferente de se encontrar a equação reduzida de uma reta a partir de dois pontos conhecidos. CASSIO VIDIGAL 30 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 46) Determine o coeficiente angular da reta que passa por (0, 2) e (5, 1) e a seguir escreva sua equação reduzida. 47) Obtenha a equação reduzida da reta que possui coeficiente linear -2 e coeficiente angular -3. 48) Dentre os pontos A(5; -1), B(1; -5), C 3; 3 1 e D 2; 2 1 quais pertencem à reta da questão anterior? 49) Escreva a equação reduzida da reta que passa pelo ponto 3;5 e forma, com o eixo das abscissas um ângulo de 60º no sentido positivo. MATEMÁTICA III 31 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 50) Determine as equações reduzida e geral de uma reta que passa pela origem e pelo ponto 1; 2 7 . 51) Determine os coeficientes angular e linear da reta de equação 3x + 4y – 12 = 0 52) Encontre a tangente do ângulo indicado na figura. 53) Qual a equação da reta mostrada na figura abaixo? CASSIO VIDIGAL 32 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 54) Determine a equação da reta que passa por P(2, 3) e pelo ponto Q simétrico de P em relação à origem. 55) Dados B(-3, -9) e C(-4, 2), determine a equação da reta que passa pelo ponto médio de BC e tem declividade 2 3 . MATEMÁTICA III 33 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 56) Na figura, OABC é um quadrado. Determine as equações das retas AB e BC. 57) Qual a área do quadrado OABC da questão anterior? EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA DA RETA Consideremos uma reta que intercepta os eixos cartesianos nos pontos P(p, 0) e Q(0, q) distintos, como na figura: A equação da reta é: 0 10 10 1 p q yx → 0 pqpyqx → → pqpyqx → pq pq pq pyqx 1 q y p x Esta equação é denominada equação segmentaria. Ex.1: Obter a equação geral da reta que intercepta o eixo Ox no ponto P(2, 0) e o eixo Oy no ponto Q(0, -3). Resolução: Como temos os pontos de interseção da reta com os eixos, podemos partir da ideia de equação segmentária. 1 2 3 3 2 6 6 6 3 2 6 3 2 6 0 x y x y x y x y Assim, a equação procurada é 3x – 2y – 6 = 0. CASSIO VIDIGAL 34 IFMG – CAMPUS OURO PRETO Ex.2: Sendo P(p, 0) e Q(0, q) os pontos de intersecção da reta 0ax by c onde 0a b c com cada um dos eixos coordenados, escreva p e q em função e a, b e c. Resolução: Se P e Q pertencem à reta, então: 0 0 ... c a p b c p a 0 0 ... c a b q c p b Ex.3: Qual a equação segmentaria da reta de equação geral 4x – 9y + 5 = 0? Resolução: 4 9 5 0 4 9 5 4 9 5 5 5 5 1 5 5 4 9 x y x y x y x y Esta é a equação que estamos procurando e concluímos que a reta intercepta os eixos nos pontos 5 ,0 4 P e 5 0, 9 Q . EQUAÇÃO PARAMÉTRICA As equações geral, reduzida e segmentária relacionam diretamente entre si as coordenadas (x, y) de um ponto genérico da reta. As equações paramétricas dão as coordenadas (x, y) de um ponto qualquer da reta em função [geralmente linear] de uma terceira variável t chamada de parâmetro. Assim, temos que: 1 2x f t e y f t A partir destas equações paramétricas, encontramos a equação geral isolando e eliminando o parâmetro t. Ex.1: Qual a equação geral da reta onde 2 5 t x e 3 1y t ? Resolução: Isolando o parâmetro t em ambas as equações, temos: 2 2 5 5 2 5 1 3 1 3 1 3 t x t x t x y y t t y t Comparando as equações, obtemos: 1 5 2 3 15 6 1 15 5 0 y x x y y Assim, a equação procurada é 15 5 0y . OBSERVAÇÃO IMPORTANTE Como forma geral, no caso em que é dada a equação de uma reta numa determinada forma e pedida em outra, tal mudança deve ser feita passando pela forma geral. Veja este exemplo: Ex. Determine a equação reduzida da reta 1 2 : 2 4 t x r t y . Resolução: Vamos em princípio escrever a equação geral de r: 1 1 2 1 2 2 2 4 2 4 2 4 4 2 1 2 2 4 3 0 t x t x t x t y y t t y y x x y MATEMÁTICA III 35 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA Agora vamos passar para a forma segmentária: 2 4 3 0 2 4 3 2 4 3 3 3 3 1 3 3 2 4 x y x y x y x y Aí está, então, a equação segmentária de r. DICA: Compare a forma paramétrica e a segmentária de reta r e tira algumas conclusões. 58) Determinar a equação reduzida da reta AB quando A = (-1, 1) e B = (7, 25). 59) Dados A(3, 10) e B(-6, -5), determinar a equação segmentária da reta AB. 60) Determinar a equação geral das retas abaixo: a) CASSIO VIDIGAL 36 IFMG – CAMPUS OURO PRETO b) c) 61) Quais as coordenadas do ponto de intersecção com o eixo horizontal da reta do item c) acima? MATEMÁTICA III 37 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 62) Dadas as equações paramétricas de uma reta 5 3 : 2 4 x t r y t , determinar a equação segmentária de r. 63) Achar as coordenadas do ponto de intersecção entre as retas r e s onde: ` 3 ` 3 : : 2 2 x t x u r t e s u y t y u POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS NO PLANO Dadas duas retas r e s cujas equações são: 1 1 1 2 2 2 : : r a x by c s a x b y c elas podem ocupar três posições relativas no plano cartesiano. Essas posições podem ser definidas com base na quantidade de pontos em comum entre as retas, isto é: r e s concorrentes ↕ um ponto em comum r s r e s paralelas distintas ↕ nenhum ponto em comum r s r e s coincidentes ↕ Infinitos pontos em comum r s Obs: Com o símbolo r s indicaremos que as retas r e s são concorrentes, com o símbolo r s indicaremos que r e s são paralelas e distintas e com r s , indicaremos que r e s são coincidentes. É importante destacar ainda que r // s indica r s ou r s . CASSIO VIDIGAL 38 IFMG – CAMPUS OURO PRETO Todo ponto comum a r e s é solução de um sistema linear formado pelas equações das retas r e s: 1 1 1 2 2 2 : : r a x b y c s a x b y c Se o sistema é possível e determinado, a única solução será o ponto de intersecção das retas r e s. Caso o sistema não apresente solução, podemos concluir que as retas são paralelas e distintas e, por fim, se o sistema for indeterminado, as retas r e s são coincidentes. Vamos “resolver” o sistema acima a fim de entender a caracterização da posição relativa entre duas retas a partir dos coeficientes a, b e c de suas equações gerais: 1 1 1 2 2 2 : 1 : 2 r a x b y c s a x b y c fazendo 21 b e 12 b , temos: 1 2 1 2 2 1 2 1 1 2 1 2 1 2 2 1 2 1 1 2 3 a b x bb y b c a b x bb y b c x a b a b b c b c agora, fazendo 21 a e 12 a , obtemos: 1 2 2 1 2 1 1 2 1 2 1 2 1 2 2 1 1 2 2 1 4 a a x a b y a c a a x a b y a c y a b a b a c a c e, assim, temos que: 2 1 1 2 1 2 2 1 3 : b c b c de x a b a b e 1 2 2 1 1 2 2 1 4 : a c a c de y a b a b Assim, se 1 2 2 1 0 a b a b podemos afirmar que x e y são únicos, logo r e s são concorrentes: 1 1 1 2 2 1 1 2 2 1 2 2 0 a b a b a b a b a b a b Por outro lado, se 1 2 2 1 0 a b a b o sistema será indeterminado ou impossível: se 2 1 1 2 0 b c b c e 1 2 2 1 0 a c a c o sistema será indeterminado e r e s serão coincidentes; se 2 1 1 2 0 b c b c ou 1 2 2 1 0 a c a c então o sistema é impossível e as retas r e s são paralelas distintas: 1 1 1 2 1 1 2 1 2 2 1 2 2 2 0 0 a b c b c b c e a c a c a b c 1 1 1 2 1 1 2 1 2 2 1 2 2 2 0 0 a b c b c b c ou a c a c a b c e, desta forma, podemos resumir: r s 1 1 2 2 a b a b r s 1 1 1 2 2 2 a b c a b c r s 1 1 1 2 2 2 a b c a b c Ex.1: Verificar a posição relativa das retas r e s em cada caso: a) r: x + 2y + 3 = 0 e s: 2x + 3y + 4 = 0 Resolução: 1 1 2 2 1 2 2 3 a b a b r e s são concorrentes b) r: x + 2y + 3 = 0 e s: 3x + 6y + 1 = 0 Resolução: 1 1 1 2 2 2 1 2 3 3 6 1 a b c a b c r e s paralelas distintas c) r: x + 2y +3 = 0 e s: 2x + 3y + 4 = 0 Resolução: 1 1 1 2 2 2 1 2 3 2 4 6 a b c a b c r e s paralelas coincidentes MATEMÁTICA III 39 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA Ex.2: Verificar a posição relativa das retas r: x + y + m = 0 e s: x + y + 2 = 0. Resolução: 1 1 2 2 1 1 1 1 a b a b r e s são paralelas Para m = 2 temos r s (coincidentes) Para m ≠2 temos r s (paralelas distintas) 64) Achar a intersecção entre as retas : 2 3 0 r x y e : 2 3 5 0 s x y . 65) As retas suportes dos lados do triângulo ABC são :3 4 0 AB x y , : 4 3 0 AC x y e : 7 0 BC x y . Encontre os vértices deste triângulo. 66) Mostre que as retas : 2 3 1 0 r x y , : 0 s x y e : 3 4 1 0 t x y concorrem num mesmo ponto. CASSIO VIDIGAL 40 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 68) Mostre que as retas : 2 0 r x y , : 2 8 0 s x y e : 1 2 1 8 0 t k x k y concorrem num mesmo ponto P, ∀ k ∈ ℝ 68) Determine k para que as retas de equações x + 2y – 2k = 0, kx – y – 3 = 0 e 2x – 2y – k = 0 sejam concorrentes no mesmo ponto, MATEMÁTICA III 41 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 69) Mostre que as retas : 2 3 0r x y , : 2 1 3 2 5 0s m x m y e : 2 5 0t x y são concorrentes num mesmo ponto, qualquer que seja m. 70) Determine a de modo que as retas : 3 0r x y a , : 3 1 0s x y e 5 1 0x y sejam suportes para os lados de um triângulo. CASSIO VIDIGAL 42 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 71) Em cada caso, determine a equação da reta que passa pelo ponto P e é paralela à reta r: a) P(1, 2) e :8 2 1 0 r x y b) P(2, 5) e : 1 2 3 x y r c) P(4, -4) e : 5 0 r x y d) P(-1, 3) e : 2 5 7 0 r x y MATEMÁTICA III 43 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA e) P(-4, 2) e : 2 0 r y f) P(2, -5) e : 2r x 72) Determine o perímetro do triângulo ABC que verifica as seguintes condições: O vértice A pertence ao eixo OX O vértice B pertence ao eixo OU A reta BC tem equação 0x y A reta AC tem equação 2 3 0x y CASSIO VIDIGAL 44 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 73) Dadas as retas: : 2 3 0 : 2 3 0 : 2 5 0 : 2 4 3 0 : 3 6 3 : 4 2 6 r x y s x y t x y u x y v x y z x y Determine a posição relativa entre: r e s r e t r e u r e v r e z s e t s e u s e v s e z t e u t e v t e z u e v u e z v e z 74) Quando nos deparamos com a equação 2x + 6y – 10 = 0 temos o hábito de dividir todos os coeficientes por 2 a fim de simplificar os coeficientes. Neste caso, obtemos a equação x + 3y – 5 = 0. Verifique se as duas equações representam ou não a mesma reta. MATEMÁTICA III 45 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA CONDIÇÃO DE PARALELISMO Dadas duas retas r e s, não verticais, são paralelas se, e somente se, seus coeficientes angulares são iguais. / / r sr s m m Demonstração: 1 2 1 2 / / r s r s tg tg m m Ex.1: Verificar se as retas : 3 6 1 0r x y e : 2 4 7 0s x y são paralelas. Resolução: Vamos escrever as duas equações na forma reduzida: Reta r: 3 6 1 0 6 3 1 3 1 6 1 1 2 6 x y y x x y y x 1 2 rm Reta s: 2 4 7 0 4 2 7 2 7 4 1 7 2 4 x y y x x y y x 1 2 sm Como mr=ms, podemos afirmar que r//s. Ex.2: Escrever a equação da reta s que passa pelo ponto (3, -1) e é paralela á reta : 2 3 6 0r x y . Resolução: Vamos, em princípio, encontrar a inclinação da reta r escrevendo sua equação reduzida: 2 3 6 0 3 2 6 3 2 6 2 6 3 2 2 3 x y y x y x x y y x assim, concluímos que 2 3 rm . Como r sm m pois s deve ser paralela a r, já conhecemos a inclinação de s e um de seus pontos. Usaremos agora o mesmo princípio visto nos exemplos 3 e 4 das páginas 145 e 146: 12 3 3 2 6 3 3 2 3 9 0 p s p y y m x x y x x y x y daí, a equação procurada é : 2 3 9 0s x y . Obs.: Existe uma outra forma de resolver esta questão e partiremos da ideia de que duas retas paralelas, quando escritas na forma geral ( 0ax by c ) possuem os coeficientes a e b iguais diferenciando apenas o coeficiente c caso não sejam coincidentes. Daí substituímos as coordenadas do ponto P em r deixando c como incógnita, observe: 2 3 0 2 3 3 1 0 6 3 0 9 0 9 x y c c c c c por fim, substituímos 9c na primeira linha a fim de encontrarmos a equação e fica : 2 3 9 0s x y . CASSIO VIDIGAL 46 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 75) Determinar a equação da reta s que contém P(-5, 4) e é paralela à reta de equações paramétricas 3 : 2 5 x t r y t 76) Determinar a equação da reta que passa por P(-5, 2) e é paralela à reta definida por 1 6 , 2 5 A e 3 4 , 2 5 B . MATEMÁTICA III 47 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 77) Determinar a equação da reta que passa pelo ponto de intersecção das retas r e t e é paralela à reta s. Dados: : 1 2 2 x y r , 3 : 2 3 x t s y t e : 3 4 0t x y . 78) Dois lados de um paralelogramo ABCD estão contidos nas retas : 2r y x e : 2s x y . Dado o vértice (5, 4)A , determine os vértices B, C e D. CASSIO VIDIGAL 48 IFMG – CAMPUS OURO PRETO CONDIÇÃO DE PERPENDICULARISMO Duas retas r e s são perpendiculares entre si se, e somente se, o produto de seus coeficientes angulares for igual a -1. 1r sr s m m Demonstração: Conforme o caso, das figuras acima, tiramos: 2 1 2 ou 1 2 2 Pois o ângulo externo é igual a soma dos ângulos externos não adjacentes, lembra-se? Então: 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 2 cot 1 1 1r s tg tg tg g tg tg tg tg m m r s Observação: Existem duas formas práticas de determinar se duas retas são perpendiculares: 1. A partir de suas equações reduzidas : r rr y m x b e : s ss y m x b , as retas r e s serão perpendiculares se: 1 r s m m 2. A partir de suas equações gerais : 0r r rr a x b y c e : 0s s ss a x b y c , as retas r e s serão perpendiculares se: 0r s r sa a b b Ex.1: Verificar se as retas : 3 2 1 0r x y e : 4 6 3 0s x y são perpendiculares. Resolução: 3 2 3 2 1 2 34 2 6 3 r r r s s s a m b a m b logo, as retas r e s são perpendiculares. Ex.2: Escreva a equação da reta s que passa pelo ponto (6, -1) e é perpendicular à reta : 3 2 1 0r x y . Resolução: 3 2 3 2 1 1 2 3 r r r s r s a m b m m m 1 2 6 3 3 3 2 12 2 3 15 0 s y m x y x x y Assim, a equação procurada é : 2 3 15 0s x y Ex.3:Qual a equação da reta mediatriz do segmento AB onde A = (3, 2) e B = (-4, 6)? Resolução:Primeiramente vamos encontrar o ponto médio do segmento AB. 3 4 1 2 2 Mx 2 6 4 2 My 1 , 4 2 M MATEMÁTICA III 49 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA Agora calculamos a inclinação da reta que passa por A e B. 2 6 4 4 3 4 7 7 AB ABm m A inclinação da reta r, perpendicular àquela determinada por A e B pode ser encontrada a partir de 1 r AB m m , assim: 4 7 1 7 4 rm Por fim, vamos escrever a equação da reta r que passa por 1 , 4 2 M e tem inclinação 7 4 rm : 7 4 14 2 7 7 4 16 2 49 7 4 0 2 y x x y x y 14 8 49 0x y 79) Mostre que as retas : 1 7 9 x y r e : 9 7 x y s são perpendiculares. 80) Determinar a equação da reta que passa pelo ponto P e é perpendicular à reta r em cada caso: a) P(-3, 2) e : 3 4 4 0r x y b) P(2, 6) e : 2 3 0r x y c) P(1, 4) e : 1 0r x y CASSIO VIDIGAL 50 IFMG – CAMPUS OURO PRETO d) P(3, 5) e : 4 0r y 81) Dadas as retas 2: 0r p x py p e : 3 1 7 0s x p y , determine p de forma que r e s sejam perpendiculares. 82) Determinar a projeção ortogonal do ponto P(-7, 15) sobre a reta 2 : 3 x t r y t . MATEMÁTICA III 51 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 83) Determinar a projeção do ponto P(3, 2) sobre a reta : 1 0r x y . 84) Determinar o ponto Q, simétrico de 3, 2P em relação á reta r: x + y – 1 = 0. CASSIO VIDIGAL 52 IFMG – CAMPUS OURO PRETO ÂNGULO FORMADO POR DUAS RETAS Consideremos duas retas concorrentes r e s, oblíquas aos eixos coordenados e não perpendiculares entre si, de coeficientes mr e ms respectivamente. A tangente do ângulo formado entre elas pode ser encontrada a partir de mr e ms. 1 tg tg tg tg tg tg tg 1 r s r s m m tg m m Observações: 1. Se r e s forem paralelas, mr = ms e = 0. 2. Se r e s são perpendiculares, mrms = -1 e = 90º. 3. Se uma das retas for vertical, temos: 90º 90º 90º cotg 1 tg tg tg tg tg 1 s tg m Ex.: Determinar o ângulo agudo formado entre as retas : 4 3 5r y x e : 2 7 0s x y . Resolução : 4 3 5 4 3 15 3 11 3r r y x y x y x m : 2 7 0 2 7 2s s x y y x m 3 2 5 1 3 2 5 1 45º tg tg Observação: As retas r e s deste exemplo formam dois ângulos: um de 45 e outro de 135º. Pense nisso e justifique a presença do módulo na fórmula a que chegamos na coluna ao lado. 85) Determinar o ângulo agudo formado entre as retas : 4 6r y x e 1 : 3 5 4 s y x . MATEMÁTICA III 53 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 86) Determinar a tangente do ângulo agudo formado pelas retas r: y = 7 e s:2x – 3y + 5 = 0. 87) Determinar a equação da reta que passa pelo ponto P(2, 1) e forma um ângulo de 45º com a reta de equação y = 5x + 3. DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA Sabemos que calcular a distância entre um ponto P e uma reta r é, na verdade, encontrar a MENOR distância entre P e r e isto pode ser feito encontrando-se a distância de P até sua projeção ortogonal P’ em r. Uma outra forma de encontrar tal distância é aplicando uma fórmula de demonstração não tão simples a ponto de não caber neste curso mas que pode ficar como pesquisa para interessados. Dados um ponto P(xP, yP) e uma reta r: ax + by + c = 0, a distância entre P e r pode ser encontrada a partir de: Pr 2 2 P Pax by c d a b Ex.1: Determinar a distância entre o ponto P(3, -1) e a reta : 2 4 0r x y . Resolução: Pr 2 2 3 2 1 4 3 3 5 551 2 d Assim, a distância procurada é 3 5 5 u. c. Ex.2: Encontrar a distância ente as retas : 2 3 10 0r x y e : 2 3 6 0s x y . Resolução: Se r e s são duas retas paralelas, então a distância entre elas é igual à distância entre um ponto e r e a reta s, assim, vamos encontrar um ponto qualquer de r e achar a distância deste ponto até s. Determinando um ponto de r: Fazendo, arbitrariamente, x = -1, temos 2 1 3 10 0 3 12 0 3 12 4 ( 1, 4) y y y y P CASSIO VIDIGAL 54 IFMG – CAMPUS OURO PRETO Agora vamos, aplicando a fórmula, calcular a distância de ( 1, 4)P à reta : 2 3 6 0s x y : Pr 2 2 2 1 3 4 6 4 4 13 13132 3 d Logo, a distância procurada é 4 13 13 u. c. 88) Nos seguintes casos, calcule a distância de P e r: a) P(0, 3) e r: 4x + 3y + 1 = 0 b) P(1, -5) e r: 3x – 4y – 2 = 0 c) P(3, -2) e r: 2x + y + 6 = 0 d) P(6, 4) e r: y – 2 = 0 89) Sendo P a intersecção a reta r: x + y – 4 = 0 e o eixo das abscissas e s a reta de equação 3x – 4y + 10 = 0, determine a distância entre P e s. MATEMÁTICA III 55 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 90) Determine a distância entre as retas paralelas : 4 3 9 0r x y e : 4 3 6 0s x y . 91) Determine k sabendo que a distância entre o ponto P(0, k) e a reta : 4 3 2 0r x y é 2, 92) Se a distância de P(k, 2) à reta : 3 4 40 0r x y é 4 unidades, qual o valor de k? CASSIO VIDIGAL 56 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 93) Qual a distância do ponto A(8, 7) à reta determinada pelos pontos B(7, -2) e C(-2, 3)? 94) Os pontos A(1, -2), B(9, 3) e C(-1, 4) são vértices de um triângulo. Quanto mede a altura relativa ao lado BC? MATEMÁTICA III 57 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 95) As retas : 5 3 7 0r x y , : 4 17 0s x y e : 3 11 23 0t x y são suportes dos lados de um triângulo. Determine a altura relativa ao lado definido pela reta t. 96) Calcule a área do ABC definido pelos pontos A(1, -2), B(9, 3) e C(-1, 4). (Dica: chame o lado BC de base e a distância do ponto A à reta BC de altura e, a seguir, faça S = b x h) CASSIO VIDIGAL 58 IFMG – CAMPUS OURO PRETO ÁREA DA REGIÃO TRIANGULAR No último tópico da apostila anterior vimos que o determinante 1 1 2 2 3 3 x y 1 x y 1 x y 1 é igual a zero se, e somente se, os pontos 1 1A(x , y ) , 2 2B(x , y ) e 3 3C(x , y ) estão alinhados. Caso estes pontos não estejam alinhados, eles formarão os vértices de um triângulo e esse mesmo determinante ajudará a encontrar a área deste triângulo. Chamando de D o determinante acima e de S a área do triângulos de vértices A, B e C temos que: 1 1 2 2 3 3 x y 1 D x y 1 x y 1 e 1 S D 2 Ex.: Calcule a área do ABC definido pelos pontos A(1, -2), B(9, 3) e C(-1, 4). Resolução: 1 2 1 D 9 3 1 58 1 4 1 1 S 58 29 2 Assim, a área do ABC é 29 u. a. 97) Calcule a área do triângulo que tem como vértices, os pontos A(4, 0), B(-1, 1) e C(-3, 3). 98) Um triângulo com vértices nos pontos A(5, 3), B(4, 2) e C(2, k) tem área igual a 8. Calcule k.MATEMÁTICA III 59 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 99) As retas suporte dos lados de um triângulo, tem como equações r : y 5 0 , s : x 2y 1 0 e t : x 2y 7 0 . Calcule a área deste triângulo. 100) Sabendo que os pontos A(m, m), B(m, -m) e C(0, 0) são vértices de um triângulo, determine sua área em função de m. CASSIO VIDIGAL 60 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 101) Calcule a área do quadrilátero definido pelos pontos A(-2, -1), B(2, -2) C(-1, 4) e D(11, 5). 102) Mostre que o segmento que une os pontos médios de dois lados de um triângulo: a) é paralelo ao terceiro lado. b) tem comprimento igual à metade do comprimento do terceiro lado. MATEMÁTICA III 61 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 103) Sendo A, B e C os vértices que um triângulo e M, N e P os pontos médios de cada lado, determine a razão entre as áreas dos triângulos ABC e MNP. RESPOSTAS 01) a) A, J e L b) D c) B d) C, e K e) E, F, H f) E, G, I g) A, B, E, L h) C, D, E, K 02) 03) a) 13 b) 6 c) 29 d) 5 e) 26 f) 5 g) 5 04) 26 05) 13 06) 25132 07) demonstração 08) B 09) Resolução Dados A(4, 5), B(1, 1) e C(x, 4), determine x de forma que o triângulo ABC seja retângulo em B Se é retângulo em B, então AC é hipotenusa e AB e BC são catetos. Assim: 𝑑𝐴𝐶 2 = 𝑑𝐵𝐶 2 + 𝑑𝐴𝐵 2 (√(4 − 𝑥)2 + (5 − 4)2) 2 = (√(1 − 𝑥) 2 + (1 − 4)2) 2 + (√(4 − 1) 2 + (5 − 1)2) 2 (4 − 𝑥)2 + (5 − 4)2 = (1 − 𝑥)2 + (1 − 4)2 + (4 − 1)2 + (5 − 1)2 16 − 8𝑥 + 𝑥2 + 1 = 1 − 2𝑥 + 𝑥2 + 9 + 9 + 16 −6𝑥 = 18 𝑥 = 3 CASSIO VIDIGAL 62 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 10) Resolução Dados A(x, 5), B(-2, 3) e C(4, 1), obter x forma que A seja equidistante de B e C. Resolução Equidistante significa MESMA DISTÂNCIA. Isso quer dizer que 𝐷𝐴𝐵 = 𝐷𝐴𝐶 então: √(𝑥 + 2)2 + (5 − 3)2 = √(𝑥 − 4)2 + (5 − 1)2 Elevando os dois lados ao quadrado (podemos fazer isso porque como estamos trabalhando com distâncias, sabemos que só estamos lidando com números positivos) (𝑥 + 2)2 + (5 − 3)2 = (𝑥 − 4)2 + (5 − 1)2 𝑥2 + 4𝑥 + 4 + 4 = 𝑥2 − 8𝑥 + 16 + 16 12𝑥 = 24 𝑥 = 2 11) Resolução Se P pertence ao eixo das abscissas, então ele é o tipo (x, 0) Se é P equidistante de A e B, então √(1 − 𝑥)2 + (3 − 0)2 = √(−3 − 𝑥)2 + (5 − 0)2 (1 − 𝑥)2 + (3 − 0)2 = (−3 − 𝑥)2 + (5 − 0)2 1 − 2𝑥 + 𝑥2 + 9 = 9 + 6𝑥 + 𝑥2 + 25 −8𝑥 = 24 𝑥 = −3 12) P(-5, 5) 13) Resolução O circuncentro (Centro da circunferência circunscrita ao triângulo) é um ponto equidistante dos três vértices. Tomando P(x, y) e fazendo dPA = dPB, temos 22 118 yx 22 54 yx 2222 54118 yxyx 121226416 22 yyxx 2510168 22 yyxx 411081852216 yxyx 01443224 yx 01843 yx Fazendo agora dPB = dPC, temos: 22 54 yx 22 96 yx 2222 9654 yxyx 2510168 22 yyxx 81183612 22 yyxx 117181241108 yxyx 076284 yx 0197 yx Montando um sistema com as duas equações lineares encontradas temos: 197 1843 0197 01843 yx yx yx yx x = 2 e y = 3 Assim, temos P(2, 3) 14) Resolução Chamaremos P de (x, y). Se o triangulo é equilátero, então 𝑑𝑀𝑁 = 𝑑𝑀𝑃 = 𝑑𝑁𝑃, assim: √(𝑎 − 0)2 + (0 − 𝑎)2 = √(𝑎 − 𝑥)2 + (0 − 𝑦)2 = √(0 − 𝑥)2 + (𝑎 − 𝑦)2 Da segunda igualdade: √(𝑎 − 𝑥)2 + (0 − 𝑦)2 = √(0 − 𝑥)2 + (𝑎 − 𝑦)2 (𝑎 − 𝑥)2 + (0 − 𝑦)2 = (0 − 𝑥)2 + (𝑎 − 𝑦)2 𝑎2 − 2𝑎𝑥 + 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑥2 + 𝑎2 − 2𝑎𝑦 + 𝑦2 2𝑎𝑥 = 2𝑎𝑦 𝑥 = 𝑦 MATEMÁTICA III 63 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA Agora trabalharemos com a primeira igualdade: √(𝑎 − 0)2 + (0 − 𝑎)2 = √(𝑎 − 𝑥)2 + (0 − 𝑦)2 (𝑎 − 0)2 + (0 − 𝑎)2 = (𝑎 − 𝑥)2 + (0 − 𝑦)2 𝑎2 + 𝑎2 = 𝑎2 − 2𝑎𝑥 + 𝑥2 + 𝑦2 𝑥2 + 𝑦2 − 2𝑎𝑥 − 𝑎2 = 0 Como 𝑥 = 𝑦, 𝑥2 + 𝑥2 − 2𝑎𝑥 − 𝑎2 = 0 2𝑥2 − 2𝑎𝑥 − 𝑎2 = 0 Δ = (−2𝑎)2 − 4 ∙ 2 ∙ (−𝑎2) = 4𝑎2 + 8𝑎2 = 12𝑎2 𝑥 = 2𝑎 ± √12𝑎2 2 ∙ 2 = 2𝑎 ± 4𝑎√3 4 = 𝑎 ± 2𝑎√3 2 𝑥1 = 𝑎 + 2𝑎√3 2 𝑒 𝑥2 = 𝑎 − 2𝑎√3 2 Assim, o ponto P pode ser dado por ( 𝑎+2𝑎√3 2 , 𝑎+2𝑎√3 2 ) ou ( 𝑎−2𝑎√3 2 , 𝑎−2𝑎√3 2 ) 15) Resolução Se é retângulo em A, então 𝑑𝐵𝐶 2 = 𝑑𝐴𝐵 2 + 𝑑𝐴𝐶 2 Vamos chamar A de (x, y), assim: (√(2 + 4)2 + (3 − 1)2) 2 = (√(𝑥 − 2)2 + (𝑦 − 3)2) 2 + (√(𝑥 + 4)2 + (𝑦 − 1)2) 2 (2 + 4)2 + (3 − 1)2 = (𝑥 − 2)2 + (𝑦 − 3)2 + (𝑥 + 4)2 + (𝑦 − 1)2 36 + 4 = 𝑥2 − 4𝑥 + 4 + 𝑦2 − 6𝑦 + 9 + 𝑥2 + 8𝑥 + 16 + 𝑦2 − 2𝑦 + 1 2𝑥2 + 2𝑦2 + 4𝑥 − 8𝑦 − 10 = 0 𝑥2 + 𝑦2 + 2𝑥 − 4𝑦 − 5 = 0 Se A pertence ao eixo das ordenadas, então 𝑥𝐴 = 0, logo: 02 + 𝑦2 + 2 ∙ 0𝑥 − 4𝑦 − 5 = 0 𝑦2 − 4𝑦 − 5 = 0 𝑦1 = −1 𝑒 𝑦2 = 5 Assim, 𝐴 = (0, −1) ou 𝐴 = (0, 5) 16) 9,34,8 DeC ou 1,76,2 DeC 17) 3,8 e 7,2 18) Questão aberta. 19) Questão aberta. 20) 2 21) Resolução Observe a figura que ilustra a questão Assim, podemos afirmar que C é ponto médio de AD e D é ponto médio de CB. Baseado nisso, podemos escrever que: (primeiro trabalharemos com as abscissas) 𝑥𝐴 + 𝑥𝐷 2 = 𝑥𝐶 → −1 + 𝑥𝐷 = 2𝑥𝐶 → −2𝑥𝐶 + 𝑥𝐷 = 1 𝑥𝐶 + 𝑥𝐵 2 = 𝑥𝐷 → 𝑥𝐶 + 11 = 2𝑥𝐷 → 𝑥𝐶 − 2𝑥𝐷 = −11 Montando um sistema com as equações encontradas: { −2𝑥𝐶 + 𝑥𝐷 = 1 𝑥𝐶 − 2𝑥𝐷 = −11 → ⋯ → 𝑥𝐶 = 3 𝑒 𝑥𝐷 = 7 Agora seguiremos o mesmo procedimento em termos das ordenadas 𝑦𝐴 + 𝑦𝐷 2 = 𝑦𝐶 → 7 + 𝑦𝐷 = 2𝑦𝐶 → −2𝑦𝐶 + 𝑦𝐷 = −7 𝑦𝐶 + 𝑦𝐵 2 = 𝑦𝐷 → 𝑦𝐶 − 8 = 2𝑦𝐷 → 𝑦𝐶 − 2𝑦𝐷 = 8 Montando um sistema com as equações encontradas: { −2𝑦𝐶 + 𝑦𝐷 = −7 𝑦𝐶 − 2𝑦𝐷 = 8 → ⋯ → 𝑦𝐶 = 2 𝑒 𝑦𝐷 = −3 CASSIO VIDIGAL 64 IFMG – CAMPUS OURO PRETO Assim, os pontos C e D possuem coordenadas (3, 2) e (7, -3) respectivamente 22) (5, 6), (11, 15) e (17, 24) 23) Observemos a figura que ilustra a questão: Na figura, B é médio de AC e C é médio de BD. Se estender o segmento AB até C, o segmento dobra de tamanho. Estendendo até D, o segmento triplica de tamanho (na direção de B). Se B é médio de AC, então 1 + 𝑥𝐶 2 = 4 → ⋯ → 𝑥𝐶 = 7 𝑒 −1 + 𝑦𝐶 2 = 5 → ⋯ → 𝑦𝐶 = 11 Logo 𝐶 = (7, 11) Se C é médio de BD, então 4 + 𝑥𝐷 2 = 7 → ⋯ → 𝑥𝐷 = 10 𝑒 4 + 𝑦𝐷 2 = 11 → ⋯ → 𝑦𝐷 = 18 Assim, as coordenadas do ponto D são (10, 18). Observação: este problema possui outras respostas e outras formas de resolver. Esta é UMA DAS possíveis respostas pois existem infinitas formas de estender o segmento e ele triplicar de tamanho. 24) Resolução: A mediana AM liga o vértice A ao ponto médio do lado BC. Médio de BC: 𝑥𝑚 = 𝑥𝐵 + 𝑥𝐶 2 → 𝑥𝑚 = 3 + 5 2 → 𝑥𝑚 = 4 𝑦𝑚 = 𝑦𝐵 + 𝑦𝐶 2 → 𝑦𝑚 = 7 − 1 2 → 𝑦𝑚 = 3 Logo o ponto M tem coordenadas (4, 3) Agora vamos determinar a distância entre A e M para encontrar o comprimento da mediana em questão 𝑑𝐴𝑀 = √(0 − 4) 2 + (0 − 3)2 = ⋯ = 5 Resposta: 5 25) Resolução: Se M é ponto médio de AB, então: 0 2 4 2 2 0 2 2 1 2 B BBA m B BBA m y yyy y x xxx x Assim, temos B = (0, 0) Se N é ponto médio de BC, então: 2 2 0 1 2 2 2 0 1 2 C CCB m C CCB m y yyy y x xxx x Assim, temos c= (-2, 2) Perímetro = dAB + dAC + dBC 52202422 2282020 52200402 22 22 22 BC AC AB d d d 25222254 522252 BCACAB ddd Resposta: 2522 26) A(5; 0), B(-1; 2) e C(7; 4) 27) C(10; 6) ou C(-6, -6) 28) Não 29) 9 y 2 30) (Demonstração) 31) a -1 e a 4 32) (4, 0) 33) (0, -5) 34) (-13, -13) 35) 30 30 , 13 13 36) Resolução Consideremos o ponto P (x, y) como sendo a interseção entre as retas. Assim, MATEMÁTICA III 65 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA P está alinhado com AB e também com CD. Desta forma: 1) Considerando os pontos A, B e P | −3 4 1 2 9 1 𝑥 𝑦 1 | = 0 → ⋯ → −5𝑥 + 5𝑦 − 35 = 0 → −𝑥 + 𝑦 − 7 = 0 2) Considerando os pontos C, D e P | 2 7 1 4 5 1 𝑥 𝑦 1 | = 0 → ⋯ → 2𝑥 + 2𝑦 − 18 = 0 → 𝑥 + 𝑦 − 9 = 0 Vamos, agora, montar um sistema com as duas equações encontradas: { −𝑥 + 𝑦 − 7 = 0 𝑥 + 𝑦 − 9 = 0 → ⋯ → 𝑥 = 1 𝑒 𝑦 = 8 Logo o ponto de intersecção entre as retas é 𝑃(1, 8) 37) 1 m 2 e 3 n 2 38) Resolução O ponto P tem coordenadas (x, y). 1) Se pertence à reta AB, está alinhado com A e B, então | 0 −25 1 −2 −11 1 𝑥 𝑦 1 | = 0 logo, −14𝑥 − 2𝑦 − 50 = 0 e, consequentemente, 7𝑥 + 𝑦 = −25 2) Se está a uma distância 5 da origem, então 𝑑𝑂𝐴 = √(𝑥 − 0) 2 + (𝑦 − 0)2 = 5 e, daí, tiramos que 𝑥2 + 𝑦2 = 25. Montando, agora, um sistema com as equações de 1) e 2), temos: { 7𝑥 + 𝑦 = −25 𝑥2 + 𝑦2 = 25 → ⋯ → 𝑥 = −4 𝑒 𝑦 = 3 𝑜𝑢 𝑥 = −3 𝑒 𝑦 = 4, Assim, o problema tem duas respostas: 𝑃1 = (−4, 3) e 𝑃1 = (−3, 4). 39) AB: 3x – y = 0; BC: x + y – 4 = 0; e AC: y = 0 40) x – y – 1 = 0 41) 3b + 4a – ab = 0 42) 2p + 3q = 0 43) x + y – (a + b + c) = 0 44) G r 45) 46) 5 1 m ; 2 5 x y 47) 23 xy 48) B e C 49) 363 xy 50) xy 7 2 e 072 yx 51) Coef. Angular 4 3 e Coef. Linear: 3 52) 5 3 53) 2x + y + 2 = 0 54) xy 2 3 55) 6x – 4y + 7 = 0 56) AB: y = x + 6 BC: y = –x – 6 57) 18 u. a. 58) y=3x+4 CASSIO VIDIGAL 66 IFMG – CAMPUS OURO PRETO 59) 1 3 5 x y 60) a)3x – 3y + 6 = 0 b) x – 2y – 2 = 0 c) 3x + 2y + 4 = 0 61) 4 0, 3 62) 12613 5 x y 63) (3, 2) 64) (1, 1) 65) A(0, 0); B(4, 3); e C(3, 4) 66) (demonstração) 67) Resolução: Em princípio vamos obter a intersecção entre r e s: 2 0 4 2 2 8 0 x y x e y x y Vamos agora verificar se P(4, 2) pertence à reta t: 1 2 1 8 0 1 4 2 1 2 8 0 4 4 4 4 8 0 0 0, k x k y k k k k k 68) 2k ou 3 2 k 69) (Demonstração) 70) 7a e a 71) a) 4 6 y x b) 3 8 2 y x c) y x d) 2 17 5 5 y x e) 2y f) 2x 72) Resolução: 0 , 2 3 0 , 3,0 A A A A A A A A OX y A x y A AC x y A x y A 0 , 0 , 0,0 B B B B B B B B OY x B x y B BC x y B x y B 2 3 0 , 0 , 1,1 C C C C C C C C C AC x y C x y C BC x y C x y C Perímetro: 2 2 2 2 2 23 0 2 1 1 1 3 2 5 AB AC BCd d d 73) r e s → Concorrentes r e t → Paralelas distintas r e u → Concorrentes r e v → Concorrentes r e z → Paralelas coincidentes s e t → Concorrentes s e u → Concorrentes s e v → Paralelas distintas s e z → Concorrentes t e u → Concorrentes t e v → Concorrentes t e z → Paralelas distintas u e v → Concorrentes u e z → Concorrentes v e z → Concorrentes 74) Você deve vericar que as retas são coincidentes. 75) s: 5x + 3y + 13 = 0 76) 2x + y + 8 = 0 77) x – y – 14 = 0 78) (4, 2)B , (0, 0)C e (1, 2)D 79 Demonstração 80) a) 4 3 15 0x y b) 2 14 0x y c) 5 0x y d) 3 0x MATEMÁTICA III 67 GEOM. ANALÍTICA – PONTO E RETA 81) 1 4 p 82) 62 93 ' , 13 13 P 83) ' 2, 3P 84) 1, 4Q 85) 90º 86) 2 3 87) 3 4 2 y x e 2 1 3 3 y x 88) 4 3 89) a) 2 c) 2 5 b) 21 5 d) 2 90) 22 5 91) 4 ou 8 3 92) 52 3 ou 4 93) 43 106 53 94) 58 89 89 95) 23 130 65 96) 29 97) 4 98) -16 ou 16 99) 84,5 100) m2 101) 48 102) Demonstração 103) Demostração REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DANTE, Luiz Roberto; Matemática, Volume dois. São Paulo, Atica, 2005. IEZZI, Gelson e outros; Fundamentos da Matemática Elementar, Volume 4. São Paulo, Atual, 5ª edição, 1977. Links dos vídeos sugeridos nesta apostila: http://vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br/distancia- entre-dois-pontos vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br/alinhamento-de- tres-pontos
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