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REFLEXOS PRIMITIVOS E POSTURAIS E SUAS FASES DE DESENVOLVIMENTO NOS BEBÊS

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REFLEXOS PRIMITIVOS E POSTURAIS E SUAS FASES DE DESENVOLVIMENTO NOS BEBÊS
 
	Nome do reflexo 
	Fase de aparecimento
	Fase de desaparecimento
	Patologia que altera
	
	
	
	
	Reflexos primitivos
	
	
	
	
	
	
	
	De moro
	0 mês 
	6º mês
	Paralisia de Erb
	De alarme 
	7º mês 
	10º mês 
	
	De busca
	0 mês 
	11º mês 
	
	De sucção
	0 mês 
	3º mês 
	
	Palmar mental
	0 mês 
	2º mês 
	
	Palmar mandibular
	0 mês 
	3º mês 
	
	De preensão palmar 
	0 mês 
	4º mês 
	atraso no desenvolvimento motor ou de hemiplegia, quando ocorre em um único lado.
	De Babinski
	0 mês 
	3º mês 
	
	De preensão plantar
	4º mês 
	12º mês 
	
	Tonico do pescoço
	0 mês 
	6º mês 
	paralisia cerebral (falta de controle dos centros cerebrais superiores sobre os inferiores.)
	
	
	
	
	Reflexos posturais
	
	
	
	
	
	
	
	Endireitamento labiríntico 
	2º mês 
	6º mês 
	
	Endireitamento óptico
	6º mês 
	12º mês 
	
	Flexão
	3º mês 
	12º mês 
	
	Paraquedas e extensão 
	4º mês 
	12º mês 
	
	Endireitamento do pescoço 
	0 mês 
	6º mês 
	
	Endireitamento do corpo 
	6º mês 
	12º mês 
	
	De engatinhar 
	0 mês 
	3º mês 
	
	De caminhar
	0 mês 
	5º mês 
	
	De nadar 
	0 mês 
	5º mês 
	
	
	
	
	
REFLEXOS PRIMITIVOS
Os reflexos primitivos estão estreitamente associados com a obtenção de nutrição e proteção pelo bebê. Eles surgem durante a vida fetal e persistem até́ o primeiro ano.
Para despertar os reflexos de Moro e de alarme, coloca-se o bebê na posição supino e dá-se um tapinha em seu abdome ou produz-se alguma sensação de insegurança de apoio
Ele também pode ser autoinduzido por um som alto ou quando o bebê tosse ou espirra.
No reflexo de Moro, há extensão e abaulamento dos braços e esticamento dos dedos das mãos. As pernas e os dedos do pé́ executam as mesmas ações, porém com menos vigor. Após, os membros retornam à posição flexionada normal, junto ao corpo. 
O reflexo de alarme é similar ao de Moro em todos os aspectos, exceto por envolver a flexão dos membros sem extensão previa.
A persistência do reflexo além do sexto mês pode ser indicativa de disfunção neurológica. 
Reflexos de busca e sucção
Os reflexos de busca ou descoberta e de sucção permitem ao recém-nascido a obtenção de nutrição da mãe. Em resultado da estimulação dá área em torno da boca (reflexo de busca), o bebê vira a cabeça na direção da fonte da estimulação.
A estimulação dos lábios, gengivas, língua ou palato duro provoca um movimento de sucção (reflexo de sucção) na tentativa de receber nutrição. O reflexo de sucção tem duas fases – expressiva e de sucção.
Durante a fase expressiva, o mamilo é apertado entre a língua e o palato. Durante a fase de sucção, é produzida pressão negativa na cavidade bucal.
Reflexos mãos-boca
Dois reflexos mãos-boca são encontrados em recém-nascidos. 
O reflexo palmar-mental, provocado quando se esfrega levemente a base da palma, causa contração dos músculos do queixo, erguendo-o. Esse reflexo tem sido observado em recém-nascidos, mas desaparece relativamente cedo.
O reflexo palmar-mandibular ou reflexo de Babkin, como as vezes é chamado, surge quando é aplicada pressão à palma das duas mãos. As respostas incluem abrir a boca, fechar os olhos e flexionar a cabeça para a frente. Esse reflexo começa a diminuir durante o primeiro mês após o nascimento e, geralmente, não é mais observado após o terceiro mês.
Reflexo de preensão palmar
Durante os primeiros dois meses, o bebê comumente mantém as mãos bem fechadas. Quando há́ estimulação da palma, a mão se fecha com força em torno do objeto, sem o uso do polegar. A pegada fica mais apertada quando é exercida força contra os dedos flexionados. Com frequência, a pegada é tão forte que o bebê consegue sustentar o próprio peso quando suspenso
Reflexos de Babinski e preensão plantar
Em recém-nascidos, o reflexo de Babinski é evocado pelo toque na sola dos pés. A pressão causa a extensão dos dedos do pé́. Quando o sistema neuromuscular amadurece, o reflexo de Babinski cede espaço ao reflexo plantar, uma contração dos dedos em resposta à estimulação da sola do pé́.
O reflexo de Babinski normalmente está presente ao nascimento, mas cede espaço, em torno do quarto mês, ao reflexo de preensão plantar, que pode persistir até por volta do décimo segundo mês. 
O reflexo plantar de preensão pode ser facilmente provocado pela pressão dos polegares contra o terço anterior do pé do bebê. A persistência do reflexo de Babinski além do sexto mês é indicativo de uma lacuna desenvolvimento.
Reflexos tônicos assimétrico e simétrico do pescoço
O reflexo tônico assimétrico do pescoço é, provavelmente, o mais pesquisado na literatura terapêutica. Para evocá-lo, um examinador treinado coloca o bebê na posição supina e vira o pescoço dele de modo que a cabeça fique voltada ora para um lado, ora para o outro. Os braços assumem posição similar à do esgrimista “en garde”. Ou seja, o braço se estende do lado do corpo para o qual a cabeça está voltada, e o outro braço assume uma posição bem flexionada. Os membros inferiores ficam em posição similar à dos braços. O reflexo tônico simétrico do pescoço pode ser provocado na posição sentada, com apoio. A extensão da cabeça e do pescoço produz a extensão dos braços e a flexão das pernas. Quando a cabeça e o pescoço são flexionados, os braços flexionam-se e as pernas estendem-se
REFLEXOS POSTURAIS
Os reflexos posturais lembram os movimentos voluntários posteriores. Eles permitem, de forma automática, que o indivíduo mantenha a posição ereta em relação ao seu ambiente. Os reflexos posturais são encontrados em todos os bebês normais durante os primeiros meses do pós-natal e podem, em alguns poucos casos, persistir durante todo o primeiro ano. 
Reflexos de endireitamento labiríntico e óptico
Os reflexos de endireitamento labiríntico e óptico são provocados quando o bebê é mantido na posição ereta e inclinado para a frente, para trás ou para os lados. A criança responde com a tentativa de manter a posição ereta da cabeça, 
movimentando-a na direção oposta à do movimento do tronco.
O reflexo de endireitamento óptico é similar ao de endireitamento labiríntico, exceto pelo fato de que é possível observar que os olhos seguem a condução da cabeça para cima.
O reflexo de endireitamento labiríntico surge pela primeira vez em torno do segundo mês e persiste até cerca de 6 meses de idade, quando a visão geralmente se torna um fator importante. O reflexo continua ao longo do primeiro ano como reflexo de en- direitamento óptico. Esse último, junto com seu similar mais primitivo, ou seja, o reflexo de en- direitamento labiríntico, ajuda o bebê a colocar a cabeça e o corpo na posição ereta e a manter essa posição e contribui para o movimento do bebê para a frente, que ocorre em torno do final do primeiro ano.
Reflexo de flexão
O reflexo de flexão dos braços é uma tentativa involuntária, por parte do bebê, de manter a posição ereta.
Reflexos de paraquedas e de extensão
As reações de paraquedas e de extensão são movimentos protetores dos membros na direção da força aplicada. Esses movimentos reflexos ocorrem em resposta a uma força de aplicação súbita ou quando o bebê não consegue mais manter o equilíbrio. Os reflexos de proteção dependem da estimulação visual e, portanto, não ocorrem no escuro. Eles podem ser uma forma de reflexo de susto.
A reação de paraquedas para a frente pode ser observada quando o bebê é mantido verticalmente no ar e, em seguida, inclinado em direção ao solo. Ele estende os braços para baixo, em uma aparente tentativa de amortecer a suposta queda.
Reflexos de endireitamento do pescoço e do corpo
O reflexo de endireitamento do pescoço é observado quando o bebê é colocado na posição supina, com a cabeça voltada para o lado. O restante do corpo movimenta-se de modo reflexo na mesma direção da cabeça. Primeiro os quadris e as pernas viram-se de modo alinhado, segui-dos pelo tronco. No reflexo de endireitamento do corpo, acontece o reverso. Quando testado na posição deitado de lado, com as pernas e o tronco voltados para o lado, o bebê vira a cabeça de modo reflexo na mesma direção e corrige a posição do corpo, buscando o alinhamento com a cabeça. O reflexo de endireitamento do pescoço desaparece em torno dos 6 meses de idade. O reflexo de endireitamento do corpo emerge em torno do sexto mês e persiste até cerca dos 18 meses. O reflexo de endireita- mento do corpo forma a base do movimento vo- luntário de rolar, que ocorre a partir do final do quinto mês.
Reflexo de engatinhar
O reflexo de engatinhar é observado quando o bebê é colocado na posição pronada e aplica- -se pressão à sola do seu pé. De modo reflexo, ele assume uma posição de engatinhar, usando tanto os membros superiores como os inferiores. A pressão na sola de ambos os pés gera o retor- no da pressão por parte do bebê. A pressão na sola de um dos pés produz o retorno da pressão e um empurrão extensor da perna oposta.
Reflexo primário de marcha automática
Quando seguramos o bebê na posição ereta, com o peso do corpo sustentado em uma su- perfície plana, ele responde “andando” para a frente. Esse movimento de andar envolve apenas as pernas.
Reflexo de nadar
Quando colocado na posição pronada dentro ou sobre a água, o bebê exibe movimentos rítmicos
Referência: GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C.; GOODWAY, Jackie D. (Comp.). Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 7. ed. Porto Alegre – Rs: Amgh Editora, 2013. 487 p.
Citação com autor incluído no texto: Gallahue, Ozmun e Goodway (2013)

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