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Sistema Global de proteção aos Direitos Humanos → ONU.🌎 ● 1945 - Carta de San Francisco (Pós II guerra). ● 1948 - Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) ● 1966 - PIDCP e PIDESC (vigor em 1976) ● 1966 - 1º Protocolo facultativo ao PIDCP - institui o comitê de monitoramento dos Direitos Humanos (vigor em 1976). ● 2008 - Protocolo facultativo do PIDESC - institui o comitê de Direitos Econômicos e Sociais. - Além da Carta da Onu e os documentos que a integram, o sistema global possui tratados temáticos (racial, mulher tortura, crianças, refugiados, PCD, etc), e documentos de soft law (declarações, princípios básicos, regras mínimas, etc). órgãos principais órgãos subsidiários Assembleia Geral Alto comissariado (ACNUDH) Conselho de Segurança Programa da ONU para o meio ambiente (PNUMA) Conselho Econômico e Social Corte Internacional de Justiça Secretariado Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. Convencionais Extraconvencionais Base normativa: Tratados. Órgãos de monitoramento: respectivos comitês. Exemplos dos mecanismos convencionais: Relatórios Periódicos, Petições Individuais e Interestatais, nos quais o comitê emite recomendações gerais). . Base normativa: resoluções dos órgãos políticos da ONU, a partir de interpretação da Carta de DH. Exemplos dos mecanismos extraconvencionais: Revisão Periódica Universal (monitorada pelo Conselho de Direitos Humanos). Procedimento do sistema de relatórios (mecanismo convencional não contencioso): 1. O Estado apresenta o relatório ao secretário geral da ONU 2. O relatório é apresentado ao comitê 3. O comitê, antes do período das sessões (onde o examinará oficialmente), nomeia um relator, que elabora uma “lista de questões” pedindo informações adicionais ao Estado. 4. O comitê busca outras fontes de informações (relatórios alternativos/ shadows reports). 5. Exame oficial do relatório mediante diálogo construtivo entre comitê e Estado, que pode enviar delegação para acompanhar as sessões. 6. Aprovação das observações finais do comitê, com recomendações de medidas concretas, se for o caso. OBS: se o Estado não apresenta os relatórios periódicos, os comitês adotam o procedimento de exame se valendo das informações prestadas por outros órgãos da Onu, ongs, indivíduos, etc. ● Outro mecanismo convencional não contencioso é o sistema de inquérito, por meio do qual os comitês, a partir do recebimento de informações confiáveis, podem iniciar uma apuração. ● O sistema de relatórios periódicos é inserido nos tratados de DH como cláusula obrigatória. ● As petições individuais e interestatais são cláusula facultativa, EXCETO na convenção para eliminação de todas as formas de discriminação racial. Tratados temáticos da ONU - principais aspectos: 📖 Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. - Convenção internacional para eliminação de todas as formas de discriminação racial. ● Adotada em 1966 pela AGNU (assembleia geral das nações unidas). ● Ratificação pelo Brasil: 1969 (na ditadura militar) ● Conceito de discriminação racial: “Qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseadas em raça, cor, descedência ou origem nacional ou étnica que tenha por objetivo ou efeito anular ou restringir o reconhecimento, gozo, exercício, num mesmo plano (em igualdade de condição), de direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio de sua vida”. ● Ações afirmativas são convencionais contando que, tais medidas não conduzam, em consequência, à manutenção de direitos separados para diferentes grupos raciais e não prossigam após terem sido alcançados seus objetivos. ● Mandado internacional de criminalização para qualquer difusão de ideias baseadas na superioridade ou no ódio raciais, qualquer incitamento à discriminação racial (...) ● Órgão de monitoramento: comitê para eliminação da discriminação racial - composto por 18 especialistas independentes. ● Mecanismos de proteção: relatórios periódicos; petições interestatais (obrigatório) e petições individuais (Brasil reconheceu e ratificou em 2003). Questão de prova: (FCC - 2018 - DPE-MA - Defensor Público) A convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial, A) inclui no âmbito da “discriminação racial”, que busca eliminar, aquela baseada em raça, cor, etnia, religião, descendência e origem nacional. B) obriga os Estados-Membros a oferecer proteção especial aos grupos étnicos historicamente vitimizados por discriminação violenta, destinando, se as circunstâncias o exigirem, parte de seu território, para assentamento seguro e protegido destas populações. C) prevê a criação do Comitê sobre a Eliminação da Discriminação Racial, cuja jurisdição se limita à análise de relatórios periódicos dos Estados-Membros, vedado, em qualquer caso, o recebimento e o exame de denúncias enviadas por indivíduos ou grupos de indivíduos pertencente a algum dos Estados-Membros. D) obriga os Estados-Membros, em qualquer circunstância, a adotarem ações afirmativas de caráter permanente que assegurem aos grupos historicamente discriminados, pelo exercício de direitos e privilégios distintos, a igualdade no gozo ou exercício de direitos humanos e liberdades fundamentais. Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-dpe-ma-defensor-publico E) não se aplica às distinções, exclusões, restrições e preferências feitas por um Estado-Membro entre cidadãos e não-cidadãos. ● - Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres: ● Adotada pela AGNU em 1979. O Brasil assinou em 1981 com reservas ( com relação à igualdade entre homens e mulheres nos direitos de liberdade de movimento e liberdade de escolha de residência e domicílio e com relação às medidas para eliminar a discriminação no casamento e nas relações familiares) - retiradas em 1994 - promulgação da convenção no Brasil em 2002. ● o Art. 2.a da Convenção estabelece o compromisso dos Estados de consagrarem, se ainda não o tiverem feito, em suas constituições nacionais ou em outra legislação apropriada, o princípio da igualdade entre homem e mulher e, assegurar por lei, outros meios apropriados à realização pratica desse princípio. ● Órgão de monitoramento - comitê sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher - Prevê apenas os relatórios periódicos como mecanismo de proteção. ● Protocolo facultativo: previu o mecanismo das petições individuais e o procedimento de inquérito (que pode ser objeto de reserva). ● Brasil: aceitou a competência do comitê para receber e processar petições individuais em 2002. Também já foi responsabilizado perante este órgão no caso Alyne Pimentel. Questão de prova ( FCC - 2019 - DPE-SP - Defensor Público): Desde a década de 1990, o Brasil estabeleceu uma política de ação afirmativa para aumentar o número de mulheres no Poder Legislativo. Na ADI 5617 o STF decidiu que a distribuição de recursos do Fundo Partidário destinado ao financiamento das campanhas eleitorais direcionadas às candidaturas de mulheres deve ser feita na exata proporção das candidaturas de ambos os sexos, respeitado o patamar mínimo de 30% de candidatas mulheres previsto no art. 10, parágrafo 3º , da Lei nº 9.504/97. Em meio à polêmica causada pelas chamadas “candidaturas-laranjas” de mulheres nas eleições de 2018, foi proposto no Senado Federal projeto de lei que revoga a obrigatoriedade de os partidos preencherem 30% de suas candidaturas com um dos sexos. Sobre a política de cotas para as candidaturas de mulheres, é correto afirmar que: I. encontra suporte na Convençãopara Eliminação de Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Convenção CEDAW) que determina a adoção pelos Estados-Partes de medidas especiais de caráter temporário destinadas a acelerar a igualdade de fato entre o homem e a mulher e na Constituição Federal de 1988 ao prever a igualdade entre mulheres e homens. II. a Constituição Federal de 1988 prevê a igualdade entre mulheres e homens, e não há nela ou na legislação infraconstitucional nenhum impeditivo para a candidatura de mulheres, portanto, seria desnecessária para aumentar o número de mulheres parlamentares. III. a destinação de recursos financeiros equivalentes às mulheres para as campanhas eleitorais, respeitado o patamar mínimo de 30%, foi um aperfeiçoamento na política de ação afirmativa para aumentar a participação das mulheres, pois sem recursos equivalentes não seria atingido o objetivo de acelerar a igualdade material. IV. o Brasil ocupa a 133º posição em ranking mundial de representatividade feminina na Câmara dos Deputados, segundo pesquisa produzida pela Inter-Parlamentary Union. No Senado, dos 54 senadores eleitos em 2018, apenas 7 são mulheres. A política de cotas para mulheres seria mais efetiva se houvesse reserva de assentos. Está correto o que se afirma APENAS em: A) I, III e IV. B) II e IV. C) I e III. D) I, II e IV. E) II e III. - Convenção contra a tortura ou outras penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes: ● Adotada pela AGNU em 1984. O Brasil aderiu e a internalizou em 1991. ● Conceito de tortura para a convenção: ○ Qualquer ato capaz de provocar dores ou sofrimento agudo. ○ objetivo de obter informações ou confissões OU de castigar, intimidar ou coagir, por ato que ela (vítima) ou terceira pessoa tenha cometido, OU, por qualquer motivo baseado em discriminação. ○ Necessário que o agente que pratica a conduta seja um funcionário público ou pessoa no exercício de funções públicas (OBS: a lei brasileira admite tanto funcionário público quanto particular como sujeito ativo do crime de tortura). Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. ● A convenção prevê que o direito de não ser torturado é absoluto (não admite nenhuma exceção). ● A convenção proíbe a devolução, expulsão ou extradição de pessoa que possa vir a ser submetida à tortura no destino (princípio do non refoulement). ● Mandado internacional de criminalização. ● Órgão de monitoramento: comitê contra a tortura. ● Mecanismos de proteção: a) relatórios periódicos; b) procedimentos de inquérito; c) petições interestatais; d) petições individuais. (Atenção que a própria convenção contra a tortura previu 3 mecanismos de proteção, sendo que apenas os relatórios periódicos são obrigatórios). ● Protocolo facultativo (2002) → sistema de visitas regulares efetuadas por órgãos nacionais e internacionais independentes, a lugares onde pessoas são privadas de liberdade (Brasil aderiu em 2007). ● OBS: O protocolo facultativo também criou um segundo mecanismo de proteção: Subcomitê de prevenção da tortura e tratamentos ou penas cruéis desumanas ou degradantes: objetivo de visitar os lugares de provação da liberdade e colaborar com os Estados partes na criação, manutenção e fortalecimento dos mecanismos preventivos nacionais. ○ Em 2 de agosto de 2013, foi aprovada a Lei n. 12.847, que instituiu o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura – SNPCT, com o objetivo de fortalecer a prevenção e o combate à tortura. Esse sistema é composto pelo (i) Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura – CNPCT, pelo (ii) Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura – MNPCT, pelo (iii) Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária – CNPCP e pelo órgão do Ministério da Justiça responsável pelo sistema penitenciário nacional, atualmente o (iv) Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN. (RAMOS, André de Carvalho)1 Questão de prova (DPE/BA, 2021): A Lei n° 12.847/2013 criou o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, responsável pela prevenção e combate à tortura e a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura visa dar cumprimento ao que está previsto expressamente A) na sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Favela Nova Brasília. B) na Convenção Internacional contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou 1 RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos. 7. ed., Saraiva, São Paulo, 2020. Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. Degradantes. C) no Protocolo Facultativo à Convenção Internacional contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. D) na Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura. E) na Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas. Conforme prevê a Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, NÃO são considerados como tortura dores ou sofrimentos (FCC - 2019 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas). A) que sejam consequência unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram. B) produzidos por agentes públicos com o intuito de obter informações essenciais para segurança nacional, saúde ou vida de um número indeterminado de pessoas, esgotadas outras alternativas. C) de natureza mental, moral ou psicológica produzidos em meio a situações de conflito deflagrado ou emergência pública. D) decorrentes de condições inadequadas de encarceramento, ainda que sistemáticas, graves e maciças. E) produzidos em contextos de dominação quando diretamente relacionados com a violência estrutural baseada na idade, gênero e etnia (CESPE - 2019 - CGE - CE - Auditor de Controle Interno - Fomento ao Controle Social). Acerca da Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e de suas disposições, julgue os itens que se seguem. I A referida convenção entrou em vigor no Brasil alguns anos após a promulgação da Constituição Federal de 1988. II Essa convenção não se opõe à utilização excepcional de tortura em caso de ameaça ou estado de guerra, instabilidade política interna, atos comprovados de terrorismo ou uso de armas de destruição em massa. III Policiais e outros encarregados de custódia, interrogatório ou tratamento de pessoa submetida a qualquer forma de prisão, detenção ou reclusão que eventualmente participarem de treinamento sobre a proibição de aplicar tortura receberão incentivos salariais como forma de ampliar a divulgação da referida convenção no território nacional. IV A referida convenção prevê que cada Estado-parte assegurará à vítima de ato de tortura o direito à reparação Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-cge-ce-auditor-de-controle-interno-fomento-ao-controle-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-cge-ce-auditor-de-controle-interno-fomento-ao-controle-social justa e adequada dos danos sofridos, incluídos os meios necessários para a mais completa reabilitação possível, e, em caso de morte da vítima como resultado de ato de tortura, seus dependentes terão direito à indenização. Estão certos apenas os itens A) I e III. B) I e IV. C) II e IV. D) I, II e III. E) II, III e IV. - Convenção sobre os direitos da criança: ● adotada pela AGNU em 1969. O Brasil aderiu em 1990. ● Considera criança todo ser humano com menos de18 anos (salvo se com a legislação nacional a maioridade seja alcançada antes). ● Órgão de monitoramento - comitê para os direitos da criança. ● Mecanismos de proteção - sistema de relatórios periódicos. ● Protocolo facultativo nº 1 → relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados (Adotado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 25 de maio de 2000; promulgado pelo Decreto nº 5.006, de 8 de março de 2004). ● Protocolo facultativo nº2 → referente à venda de crianças, prostituição e pornografia infantis (Adotado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 25 de maio de 2000; promulgado pelo Decreto nº 5.007, de 8 de março de 2004) ● Protocolo facultativo n° 3 → relativo aos Procedimentos de Comunicação (Adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 19 de dezembro de 2011; assinado pelo Brasil em 28 de fevereiro de 2012.) Prevê o mecanismo das petições individuais (Brasil assinou mas não ratificou). Questão de prova (DPE/BA -2021): Dentre os tratados de proteção de direitos humanos, a Convenção Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. Internacional sobre Direitos das Crianças é aquela que goza do maior número de ratificações. Desse modo, considere as assertivas abaixo. I. A realização de comunicações interestatais e o recebimento de denúncias individuais pelo Comitê sobre Direitos das Crianças foi objeto do último Protocolo Facultativo à Convenção Internacional sobre Direitos das Crianças aprovado. II. A prostituição e a pornografia infantis foram, em conjunto com a venda de crianças para quaisquer fins, objetos de um mesmo Protocolo Facultativo à Convenção Internacional sobre Direitos das Crianças. III. A idade mínima de envolvimento de crianças em conflitos armados está prevista no texto da Convenção Internacional sobre Direitos das Crianças, sendo objeto de declaração facultativa pelo Estado. IV. O primeiro Protocolo Facultativo à Convenção Internacional sobre Direitos das Crianças se voltou à idade mínima para a responsabilização penal, sem prejuízo do sistema de responsabilização juvenil. Está correto o que se afirma APENAS em A) I, II e III. B) I e II. C) II e III. D) III e IV. E) I, II e IV. Nos termos expressos da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, os Estados Partes buscarão promover o estabelecimento de uma idade (FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto). A) mínima antes da qual se presumirá que a criança não tem capacidade para infringir as leis penais. B) acima da qual não se imporá qualquer medida de cuidados familiares alternativos sem o expresso consentimento da criança. C) abaixo da qual não se exigirá consentimento da criança para que receba tratamento médico, psicológico ou funcional visando a promoção de sua saúde física e mental. D) mínima para que o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da criança não sejam considerados infração à lei penal vigente no Estado. E) antes da qual os pais e outras pessoas responsáveis pela criança não poderão, por ato de disposição de vontade, antecipar a maioridade civil da criança. - Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência: ● Adotada pela AGNU em 2007. ● Convenção e protocolo facultativo internalizados pelo Brasil em 2008 - ratificação e 2009 promulgação pelo Dec. 6.949, pelo rito do art. 5§ 3º da CF = Status de emenda à Constituição. ● A implementação da Convenção é monitorada pelo chamado sistema de relatórios periódicos, por meio dos quais os Estados se Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2020-tj-ms-juiz-substituto obrigam a enviar informes, nos quais devem constar as ações que realizaram para a obtenção do respeito e garantia dos direitos humanos. No caso da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, foi criado o Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência composto por 18 especialistas independentes (a periodicidade na apresentação dos relatórios é feita da seguinte forma: em primeiro lugar, há o relatório inicial que deve ser entregue após dois anos da ratificação da Convenção; após este relatório, outro deve ser entregue a cada quatro anos). ● De acordo com o Protocolo Facultativo (assinado na mesma ocasião da convenção), o Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, criado pela Convenção, pode receber e considerar comunicações (petições individuais) submetidas por pessoas ou grupos de pessoas. Resumo: Convenção e protocolo facultativo = mesma ocasião. O Brasil ratificou e promulgou ambos pelo rito do art. 5º, § 3º, CF. A convenção criou o comitê e o mecanismo dos relatórios periódicos. O protocolo facultativo criou o mecanismo de petições individuais. Conceito de pessoa com deficiência: “aquelas que têm impedimento de longo prazo de natureza física, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Conceito de adaptação razoável “modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou indevidos,quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades fundamentais”. - Convenção internacional para a proteção de todas as pessoas contra os desaparecimentos forçados: ● Adotada pela AGNU em 2007 ● O Brasil promulgou em 2016 (Dec.8.726/2016). ● Conceito: “ Entende-se por desaparecimento forçado a prisão, detenção, o sequestro, ou qualquer outra forma de privação da liberdade que seja perpetrada por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas, agindo com a autorização ou aquiescência do Estado, e a subsequente recusa em admitir a privação de liberdade ou a ocultação do destino ou o Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. paradeiro da pessoa desaparecida, privando-a assim da proteção da Lei”. ● A Convenção não admite exceções ao direito (ex.? guerra, instabilidade política, etc). ● Prevê mandado internacional de criminalização (ainda não cumprido pelo Brasil). ● Prevê também que os Estados que decidirem aplicar ao crime o regime de prescrição, devem adotar um prazo longo e que se inicie no momento em que cessar o desaparecimento forçado. ● Órgão de monitoramento: Comitê contra desaparecimentos forçados. ● Mecanismos de proteção: relatórios periódicos; ação urgente de pedido de busca e localização de vítima desaparecida; petições individuais e interestatais (* dependem de aceitação pelo Estado e o Brasil ainda não aceitou; visita ao Estado parte com autorização deste. - Segundo a doutrina o desaparecimento forçado atinge três níveis de consequências: 1º a vítima, 2º seus familiares e 3º a sociedade, pelo direito de conhecer a verdade dos fatos. (FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto): Segundo o disposto no Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto n° 6.949/2009) acerca das comunicações submetidas ao Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, por pessoas ou grupo de pessoas que aleguem serem vítimas de violação das disposições da Convenção por Estados-Partes, A) devem ter sido esgotados todos os recursos internos disponíveis, ainda que a tramitação desses recursos se prolongue injustificadamente. B) é admissível a comunicação anônima. C) os fatos que motivaram a comunicação podem ter ocorrido antes da entrada em vigor do Protocolo para o Estado-Parte em apreço, ainda que não mais continuem ocorrendo. D) o fato de a comunicação estar precariamente fundamentada ou não suficientemente substanciadanão impede a sua admissibilidade. E) a comunicação será inadmissível quando a mesma matéria já tenha sido ou esteja sendo examinada sob outro procedimento de investigação ou resolução internacional. A propósito da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo (Decreto n° 6.949/2009), A) a aprovação havida por meio de Decreto Legislativo do Congresso Nacional com o quórum qualificado de maioria absoluta dos membros de suas Casas assegura-lhe o status de norma supralegal Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2019-mpe-mt-promotor-de-justica-substituto no ordenamento jurídico brasileiro. B) os Estados-Partes reconhecerão que as pessoas com deficiência gozam de capacidade legal limitada, em desigualdade de condições com as demais pessoas em todos os aspectos da vida. C) as pessoas com deficiência deverão ter assegurado acesso ao ensino primário inclusivo, de qualidade e gratuito, e ao ensino secundário, em desigualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem. D) os Estados-Partes tomarão todas as medidas apropriadas para assegurar o pleno desenvolvimento, o avanço e o empoderamento das mulheres, a fim de garantir-lhes o exercício e o gozo dos direitos humanos e liberdades fundamentais estabelecidos na Convenção. E) o Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência poderá receber comunicações submetidas por pessoas ou grupo de pessoas que aleguem serem vítimas de violação das disposições da Convenção, referentes a qualquer Estado, signatário ou não do Protocolo Facultativo à Convenção. Responder Legenda: ● precisam de aceitação pelo Estado. ● decorre automaticamente da convenção Resumo feito com base em anotações das aulas do Curso de Direitos Humanos ministrado pelo curso CEI em 2019. As atualizações posteriores foram devidamente observadas.
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