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A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS E QUALIDADE DE VIDA Acadêmico¹ Raimundo Nonato Alves Tutor Externo² João Delino de Sousa RESUMO O presente relatório consiste em relatar as experiências vividas durante as atividades proposto pela disciplina Estágio Supervisionado l. As atividades que posteriormente serão relatadas ocorreram na turma do 6º ano do Ensino Fundamental II durante o turno da manhã, na Escola Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental Joelina Ribeiro Ramos Viana, rua Neon Sales Lopes 75, Bairro Bailarina na cidade de Acaraú - CE, nos dias 01 a 30 de Maio de 2021. A instituição possui no total de 556 alunos divididos nos turnos manhã e tarde, na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I e II (1° ano ao 9°ano). O estágio foi dividido em duas etapas cruciais, o período de observação que ocorreu nos dias 01 à 03 de maio, onde observei a estrutura física, equipe constituinte da escola. Em seguida, realizei o período de observação virtual nos dias 04 à 30 de maio de 2021, onde foi observado a metodologia adotada em período de pandemia do professor que é as aulas remotas via whatsapp. Palavras-Chaves: Ensino Fundamental, Estágio, Formação 1. INTRODUÇÃO Com o surgimento das novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) são modificadas diversas práticas e estilos de vidas. As escolas sendo instituições pautadas no compromisso com a formação de sujeito, “não podem ignorar o que se passa no mundo, principalmente as novas tecnologias, que transformam não só nossa maneira de se comunicar, mas também se trabalhar e pensar” (PERRENOUD, 2000, p.125). Pensa-se que é na escola onde muitas crianças tem oportunidade realizar atividades físicas planejadas e dirigidas. Estas são de grande importância, pois ajudarão as crianças a interagirem com o mundo que as cercam promovendo o desenvolvimento psicomotor, o conhecimento corporal, e também ensinando e 2 aprimorando seus valores éticos, morais, sociais, políticos e culturais. Partindo desse pressuposto, justifica-se a realização do presente projeto. O que nos resta é encontrar maneiras de minimizarmos o efeito da pandemia sobre os alunos e garantirmos o direito à aprendizagem, com essa visão justifica-se a escolha da área de concentração sugeridas pela universidade. A escolha foi Metodologias de ensino e aprendizagem de Educação Física, especificamente em tempo de pandemia, reforçando ainda essa escolha principalmente pelo tema: A prática de atividades físicas e qualidade de vida. 2. ÁREA DO CONHECIMENTO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Quando se refere ao papel da Educação Física escolar no sentido da promoção da saúde, o seu principal intuito é o de oferecer uma fundamentação teórica e prática que oportunize aos alunos informações quanto à importância da prática de atividades físicas para a saúde não somente na idade escolar, mas também na fase adulta. Guedes (1999) observa que essa fundamentação carece de uma adequação dos currículos de Educação Física, pois em muitos casos, preocupa-se apenas em destacar a competência atlética, quando, no sentido de conscientizar os alunos sobre a promoção da saúde, deve-se priorizar o acesso a informações quanto aos objetivos da prática de atividades físicas. Para Santos, Carvalho e Garcia Júnior (2007), o movimento pode ser considerado inerente da saúde. Entretanto, os mesmos autores observam que, em diversas ocasiões, o mesmo é descuidado das aulas de Educação Física escolar. Também apontam que o acesso aos meios de locomoção e uma alimentação irregular e excessivamente calórica são responsáveis por um aumento de casos de sobrepeso e obesidade. Em todas as áreas existem temas que são considerados importantes ou fundamentais. Dentre os diversos conteúdos da Educação Física, a atividade física é obviamente um dos seus principais, sendo assim um elemento fundamental. Porém, este deve ser compreendido, acima de tudo, como uma prática que objetive a opção de hábitos saudáveis. “O êxito adquirido pela escola que, citando o discurso tradicional, investiu numa perspectiva que possibilitou à escola validar o discurso da cultura corporal e da Educação Física para a cidadania e a importância da atividade física”. Darido destaca algumas abordagens que na sua perspectiva 3 predominam no espaço escolar e que apresentam um diálogo com a questão da qualidade de vida: Saúde Renovada e PCNs.(DARIDO, 2003) De acordo com os PCNs, a Educação Física escolar é responsável pela formação dos alunos para que os mesmos sejam capazes de participar de atividades corporais, valorizarem as manifestações da cultura corporal e adotar hábitos saudáveis, relacionando-os com a saúde e a melhoria da qualidade de vida (BRASIL,1998). Destacam-se como principais aspectos da proposta dos PCNs o princípio da inclusão, as dimensões dos conteúdos e a utilização de temas transversais, dentre eles a saúde. De acordo com os PCNs (BRASIL, 1998), a saúde está associada ao exercício da cidadania, com a capacitação dos indivíduos a se apropriarem de conceitos e a adotar hábitos saudáveis no contexto em que estão inseridos. A saúde passou a solicitar, segundo Rigo e Santolin (2012), uma atenção especial por parte da escola e da Educação Física escolar após ser compreendida como um dos temas transversais abordados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e, posteriormente, diante do Decreto 6.289/07, responsável pela execução do Programa Saúde na Escola (PSE). Sobre isso Figueiredo, Machado e Abreu (2010) comentam que técnicos da área da saúde compreendem a educação em saúde em ambiente escolar apenas como intervenções pontuais e que devem sim, estar presente no currículo na condição de abordagem transversal e interdisciplinar, conforme preconizam os PCNs. Os mesmos autores observam ainda que a relação entre a Saúde e a Educação nem sempre é considerada como satisfatória, pois quando compreendida numa perspectiva médica, a educação em saúde demonstra pouca eficácia no sentido de promover bons hábitos e mudanças de atitudes que acarretem a melhoria da qualidade de vida. A Educação Física escolar, de acordo com Santos, Carvalho e Garcia Júnior (2007), não deve se limitar aos conteúdos relacionados aos esportes, mas também objetivar a conscientização por parte do discente dos hábitos benéficos à sua saúde, além de proporcionar aos mesmos o prazer, a autoconfiança e a compreensão quanto aos seus deveres e direitos como cidadão. 4 Por meio de ações promovidas pelo professor, as aulas de Educação Física podem oportunizar ações que permitem a reflexão que envolve a relação entre a teoria e a prática de atividades físicas, bem como os hábitos alimentares que influenciam o bem-estar do indivíduo. Para Santos, Carvalho e Garcia Júnior (2007), o professor não precisa desenvolver todos os aspectos teóricos em relação aos temas referidos, mas que tenha como objetivo a discussão sobre os benefícios da prática de atividades físicas desde a infância até a idade adulta, dando à Educação Física o privilégio de disciplina que cuida da saúde dos indivíduos de maneira preventiva, cuidando, com alicerce teórico, do desenvolvimento das habilidades físicas e de hábitos salutares que podem combater a obesidade. 3. VIVÊNCIA DO ESTÁGIO A instituição que acolheu este momento tão importante para a formação acadêmica que é o estágio. O estágio supervisionado é um momento do curso de graduação que possibilita o aluno colocar em prática a teoria aprendida em sala de aula. Ele é importante para que haja uma vivência da profissão, aquisição de experiência e desenvolvimento de habilidades. Foi a EEIEF Joelina Ribeiro Ramos Viana, localizada na Rua Neon Sales Lopes 75, Bairro Planalto da Bailarina, Acaraú- Ceará, a referida atende alunos do Ensino Infantil ao 9º ano, para este momento foi selecionado a turma do 6º ano (Turma Única)que funciona no turno matutino. Para realização do Estagio I, primeiramente foi realizada a coleta de dados da escola, entrevistas com o professor titular Matheus Bezerra Bernadino CREF 009643-G/CE junto com o Diretor Professor Lucas e finalizando com a observação das aulas por meio de aulas remotas via WhatsApp. A turma observada foi o 6º ano que consta 39 alunos, as aulas foram ministradas toda sexta-feira no horário: 07:00 – 09:00 horas sendo 2 horas aulas por semana. Como produto educacional foi produzido uma trilha de aprendizagem que segundo Freitas (2002), trilhas de aprendizagem são caminhos alternativos e flexíveis para promover o desenvolvimento pessoal e profissional. Nesse sentido, Junqueira (2000,p.) cita que aprender pode ser entendido como “aumentar a competência por meio da experiência adquirida ao seguir uma trilha”. 5 Essa trilha pensada visa o ensino e vivencia da prática da atividade física de maneira lúdica e interdisciplinar, buscou-se como fontes: livros, vídeos, revistas, jornais, internet, portanto todo material gráfico e digital que pudesse nos auxiliar nesse momento teórico de construção. 4. IMPRESSÕES DO ESTÁGIO: (CONSIDERAÇÕES FINAIS) O que pude perceber é que o estágio é o maior contato com as escolas, chegamos cheios de expectativas, medos e ansiedades. Mas ao longo do processo, com a convivências entre as crianças e professores regentes, o medo vai desaparecendo e vamos conquistando a confiança de assumir a profissão, certos dilemas vão aumentando e vamos aprender como tomar as decisões corretas e embora algumas só possa ser constatada com um certo tempo depois ficamos com aquela sensação de satisfação, fazendo a coisa certa e assim vamos desenvolver os saberes docentes tão necessário nesse momento. Por fim, a realização do estágio se tornou um momento crucial para a formação do profissional da educação, pois só o acadêmico que tem um contexto com essa realizada que pode ocupar o espaço educacional, analisando a realidade escolar e seus problemas diários. É suma importância que os professores se conservem sempre atualizados e informados para conseguir acompanhar essa geração. No entanto, considerando-se os aspectos observados e vivenciados no tempo do estágio supervisionado na Turma do 6º ano, comprova-se que é uma etapa crucial para a formação docente, juntamente com as experiências a conquistadas, fortalecerá a base da pratica educativa, nesse aspecto nos conduz a realidade da pratica docente. Essa experiência proporcionou uma ampla visão do que será trabalha a realidade do dia a dia escolar das crianças, juntando a teoria com a pratica docente. Despertando-nos a refletir sobre os vários conflitos que iremos bater de frente na educação. O estágio em si foi bastante produtivo, pois aprendi a selecionar materiais, com previa de definição dos conteúdos que serão trabalhados, percebendo como trabalhar a faixa etária das crianças. Constatei que o professor tem que estar preparado para possíveis casualidades que venham a surgir sem previsões. Ao 6 planejar atividades, temos que argumentar estratégias que serão possíveis no segundo plano, para conseguir efetivar o objetivo com sucesso. Todos os dias, as aulas conseguiram ser finalizada com o objetivo planejado, isso se deve ao um planejamento bem elaborado e bem aplicado nas aulas. Essa experiência permite testar na pratica nos nossos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de Licenciatura em Educação Física, refletindo sobre como e em que devemos melhorar nossa atuação profissional. Este estágio, foi de uma importância ímpar, pois proporcionou chances de refletirmos sobre a realidade do sistema educacional e com ele pude ter uma base para minha formação profissional, possibilitando um desempenho melhor do meu papel com educador na decadência da educação brasileira. REFERÊNCIAS BARBOSA, C. L. A. Educação física escolar: as representações sociais. Rio de Janeiro: Shape, 2001. ASSIS, S. Reinventando e esporte: possibilidades da prática pedagógica. 3 ed. Campinas: Autores Associados, 2010. DARIDO, S. C. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. DARIDO, S. C. Educação física e temas transversais na escola. Campinas: Papirus, 2012. FIGUEIREDO, T. A. M.; MACHADO, V. L. T.; ABREU, M. M. S. A saúde na escola: um breve resgate histórico. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 397- 402, 2010. ALVES, U. S. Não ao sedentarismo, sim à saúde: contribuições da Educação Física escolar e dos esportes. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 31, n. 4, p. 464-9, 2007. FREITAS, Isa Aparecida. Trilhas de desenvolvimento profissional: da teoria à prática. In: Anais do 26º ENANPAD. Salvador: ANPAD, 2002. FREITAS, Isa; BRANDÃO, Hugo. Trilhas de Aprendizagem como estratégia de desenvolvimento de competências. Online. Disponível em: <http:// www.anpad.org.br /d iversos/ t raba lhos/EnANPAD/enanpad_2005/GPR/ 2005_GPRA316.pdf> Acesso em: 04 Maio. 2021. GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Educação para a saúde mediante programas de educação física escolar. Motriz, Rio Claro, v. 5, n. 1, p. 10-4, jun., 1999. http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2005/GPR/2005_GPRA316.pdf http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2005/GPR/2005_GPRA316.pdf http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2005/GPR/2005_GPRA316.pdf 7 KRUG, R. R.; MARCHESAN, M.; ACOSTA, M. A. A contribuição da educação física escolar para um estilo de vida ativo. Revista Linhas, Florianópolis, v. 13, n. 2, p. 200- 14, jul./dez., 2012. PERRENOUD, Philippe. As dez novas competências para ensinar. Trad. Patricia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed, 2000. RIGO, L. C.; SANTOLIN, C. B. Combate à obesidade: uma análise da legislação brasileira. Movimento. Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 279-96, abr./jun., 2012. TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo. Metodologia do trabalho acadêmico. Indaial: UNIASSELVI, 2011. SANTOS, A. L.; CARVALHO, A. L.; GARCIA JÚNIOR, J. R. Obesidade infantil e uma proposta de educação física preventiva. Motriz, Rio Claro, v. 13, n. 3, p. 203-13, 2007. 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Acadêmico¹ Raimundo Nonato Alves 1. INTRODUÇÃO 2. ÁREA DO CONHECIMENTO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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