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Malária: Características e Diagnóstico

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Malária
características gerais:
· Concentração na região amazônica e no Maranhão;
· Maior responsável é o Plasmodium vivax;
· 1960-1980 houve uma tentativa de erradicar a doença:
1. Adicionar a cloroquina ao sal de cozinha
2. Todo paciente com febre era tratado com cloroquina;
· Obs.: o Plasmodium falciparum adquiriu resistência a cloroquina.
3. Uso do DDP (inseticida) na parede das residências que ficava por 6 meses;
· Obs.: esse inseticida era altamente tóxico: matava animais domésticos e deixava doente crianças e idosos.
4. Diagnóstico precoce e tratamento das pessoas contaminadas são usadas ATUALMENTE.
· 5 agentes etiológicos do gênero Plasmodium: falciparum (resistente a cloroquina), vivax, malariae, ovale (África) e knowlesi (era típica de macacos, presente do Sudeste asiático, sensível a cloroquina).
· Vetor mais importante é a fêmea do Anopheles darlingi ou mosquito prego (fica semelhante a um prego quando realiza o repasto)
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO:
· Mais frequente é pela picada do mosquito;
· Transfusão sanguínea: quase inexistente;
· Compartilhamento de seringas;
· Acidentes em laboratórios: reduzida pelos EPIs;
· Infecção congênita: raríssima, pois o parasito não atravessa a placenta;
CICLO BIOLÓGICO:
· Forma infectante para o homem: esporozoíto
· A fêmea infectada pica o ser humano e libera os esporozoítos;
· Esporozoítos tem como célula-alvo os hepatócitos precisam entrar na célula em 30 minutos ou então serão destruídos pelo sistema imune;
· Obs.: nessa fase, o paciente não apresenta sintomas;
· Dividem-se binariamente para originar os merozoítos (10-15 dias)
· Hepatócitos se rompem e liberam os merozoítos na corrente sanguínea;
· Obs.:P. vivax e P. ovale possuem formas que ficam latentes no fígado, hispnozoítos, que podem trazer uma nova infestação ao hospedeiro após o tratamento (a droga para hipnozóitos não é muito eficaz)
· Hemácias são infectadas pelos merozoítos e realizam outra divisão binaria;
· Destruição dos eritrócitos e infecção de outras hemácias por merozoítos, mas alguns merozoítos se transformam em gametócitos;
· Gametócitos infectam os mosquitos durante o repasto;
· Forma infectante para o mosquito: gametócitos
· Migram para o intestino do Anopheles e realizam fecundação para originar o ovo-zigoto;
· O ovo migra para o estomago e se diferencia em cisto repleto de esporozoítos;
· Quando o cisto rompe, os parasitos vão para as glândulas salivares do mosquito;
patogenia:
· Destruição dos eritrócitos parasitados em 24 -72 horas anemia severa
· Toxicidade resultante da liberação de citocinas resposta inflamatória sistêmica causa endotélio toxicidade (lesão do endotélio, espessamento da parede dos vasos, formação de coágulos, hemorragia pelo uso de todos os fatores de coagulação)
· P. falciparum sequestram eritrócitos e realizam a citoaderência adesão a parede endotelial obstrução do capilar.
· Obs.: P. vivax e P. ovale só entram em eritrócitos jovens = baixa parasitemia.
· P. malarie entra em hemácias adulta, mas libera poucos parasitas por hemácia.
resistência a malária:
· Algumas pessoas não possuem o receptor especifico para que o Plasmodium vivax entre nas hemácias ausência da proteína do Grupo DUF na superfície da hemácia (mais comum na raça negra);
· Anemia falciforme possui hemácias ricas em hemoglobina S (não é favorável ao parasito);
· Baixo PABA (ácido parabenobenzoico), principalmente, em recém-nascidos com ingestão exclusiva de leite;
· Presença de hemoglobina F em recém-nascidos;
· Mae que teve malária durante a gestação e passa os anticorpos para o filho.
quadro clínico:
· Muito semelhante ao quadro de muitas viroses no início;
· Rompimento das hemácias começa o acesso malárico calafrio intenso, sudorese profusa e febre (dura aproximadamente 1 hora);
malária não-complicada:
· Sintomas iniciais + acesso malárico;
· Esplenomegalia discreta, anemia, leucopenia, plaquetopenia, proteinúria, hipoalbuminemia, hepatomegalia;
· Indicado o diagnóstico nessa fase.
malária complicada:
· Geralmente pelo P. falciparum;
· Malária cerebral, insuficiência renal aguda, edema pulmonar agudo, hipoglicemia (comum em crianças e quadros cerebrais), icterícia (hemólise excessiva) e hemoglobinúria (sangue na urina).
· Mais complicada em crianças após 6 meses e menores de 5 anos e em gestantes.
diagnóstico:
clínico:
· Sintomas semelhantes a outras doenças;
· Olhar a epidemiologia do local;
· Informações sobre uso de objetos perfurantes contaminados
laboratorial:
· Gota espessa ou esfregaço sanguíneo;
· Diferencia a espécie de Plasmodium;
· Malariae é muito semelhante ao vivax, por isso é subnotificado;
· PCR
· Caro e demorado;
· Não disponível em todos os laboratórios;
· Imunocromatográfico/ teste rápido:
· Resultado em 10 minutos;
· Malária por falciparum ou não;
tratamento:
· Cloroquina:
· Não é usado para o P. falciparum;
· Usado para o P. vivax associado a primaquina (trata os hispnozoítos);
· Não causa toxicidade.
· Para P. falciparum:
· Artesumato + merfloquina
· Artemeter + lumefantrina
· Não tem vacina para profilaxia
· Doxicilina é usada como profilaxia para pessoas que vão viajar para áreas endêmicas
· Uso de repelente é essencial: mosquito faz repasto das 17-20 horas e as 5- 8 horas.

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