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11/03/2021 1 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem FALANDO DE TRABALHO DE PARTO E PARTO 1 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem Prof. Ms. Jacira Contino Pereira Disciplina: CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE DA MULHER II Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem ENFERMEIRA OBSTETRA 2 Segundo a OMS o Enfermeiro Obstetra é o profissional com o perfil mais apropriado para intervir no trabalho de parto e parto normal sem distócia, podendo acompanhar as parturientes em tempo integral, fazendo com que o parto e o nascimento sejam uma experiência positiva. Lei 7498: “Compete a enfermeira, como membro da equipe de saúde, prestar assistência a gestante, parturiente, ao recém nascido e a puérpera, acompanhar a evolução do trabalho de parto e a execução do parto sem distócia.” Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem 3 DEFINIÇÃO DE PARTO É um processo fisiológico pelo qual o útero gravídico expulsa os produtos da concepção: feto, líquido amniótico, placenta e membranas, a partir da 22ª semana de IG, com peso superior a 500g. 11/03/2021 2 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem 4 OBJETO OU PASSAGEIRO – é o feto TRAJETO – é o espaço percorrido pelo feto. O trajeto se divide em: DURO – formado pelas estruturas ósseas (ilíacos, sacro e coccígeo); MOLE – conjuntos musculares; MOTOR – é o útero Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem TRIPLO OU TRÍPLICE GRADIENTE DESCENDENTE Durante o trabalho de parto a onda contrátil tem origem no marca-passo uterino, localizado entre as implantações das tubas uterinas PRIMEIRA LEI O impulso elétrico nasce no fundo uterino SEGUNDA LEI A contração tem um sentido de direção, de cima para baixo TERCEIRA LEI A intensidade das contrações é maior em cima do que em baixo Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem 6 Tipos de Pelve 11/03/2021 3 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem Maternas ELEVAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL – acontece a partir do retorno do volume sanguíneo circulante na musculatura uterina no momento da contração, indo para a circulação sistêmica; ELEVAÇÃO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA – mecanismo compensatório do aumento do volume circulante; COMPRESSÃO UTERINA SOBRE A AORTA – reação mecânica, devido a compressão dos grandes vasos, sobre a coluna vertebral. EFEITOS GERAIS DAS CONTRAÇÕES UTERINAS Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem Direta na apresentação: • Graus variados de edema • Caput succedaneaum ( coleção de líquido seroso em região subcutânea) • Bossa serossanguinolenta – (coleção de líquido seroso e/ou com sangue em região do periósteo) • Hemorragia intracraniana • Compressão do cordão umbilical FETAIS Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem •Descida do fundo uterino •Respiração fica mais fácil •Aumento da lordose •Polaciúria •Aumento das secreções vaginais •Perda de peso •Liberação do tampão mucoso •Sinais de sangue •Dor lombar persistente FENÔMENOS QUE ANTECEDEM O TRABALHO DE PARTO 11/03/2021 4 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem • Contrações dolorosas, rítmicas 2 em 10’ exemp. DU = 2/10’/35’’ • Colo apagado e dilatado para 2cm nas primíparas; • Constituição da bolsa das águas (descida) DIAGNÓSTICO DO TRABALHO DE PARTO Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem PERÍODOS CLÍNICOS DO TRABALHO DE PARTO São fenômenos maternos de modificação do trato genital que se sucedem na evolução do Trabalho de Parto, inclui: Dilatação – (fase latente – de 1 a 4cm - fase ativa – de 5 a 10cm); Expulsão (podendo ser rápidos ou prolongados); Delivramento (em média de 30’ a 1h); Período de Greenberg (duração entre 1 ou 2 horas). Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem PLANO DE HODGE PLANO DE DE LEE 11/03/2021 5 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem 13 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem ELEMENTOS MECANISMOS PERÍODO OBJETO Insinuação ou Acomodação ou Encaixamento DILATAÇÃO Descida TRAJETO Rotação Interna Desprendimento do primeiro segmento (pólo cefálico) EXPULSÃO MOTOR Rotação Externa Desprendimento do segundo segmento (ovóide córmico) PLACENTA Baudelocque Duncan – (saída pela face materna) Baudelocque Schutze – (saída pela face fetal) SECUNDAMENTO OU DELIVRAMENTO GLOBO DE SEGURANÇA DE PINARD MIOTAMPONAMENTO – Fechamento da fascia muscular uterina (entrelaçamento das ligaduras vivas de pinard). TROMBOTAMPONAMENTO – Fechamento dos vasos utero-placentarios. INDIFERENÇA MIOUTERINA – Acomodação do útero na cavidade pélvica CONTRAÇÃO FIXA – Formação propriamente dita do globo de segurança GREENBERG ELEMENTOS – MECANISMO DO PARTO E PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem 15 É uma incisão efetuada na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus), para ampliar o canal de parto. Seu uso se justifica, somente e absolutamente em alguns casos, tais como: necessidade de parto instrumentalizado (fórceps ou extrator a vácuo), sofrimento fetal, acesso para fletir a cabeça do bebê. Episiotomia 11/03/2021 6 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DILATAÇÃO Oferecer dieta liquida; Manter higiene rigorosa; Controlar e registrar sinais vitais hora/hora; Observar rotura das membranas (hora, quantidade, odor, cor e aspecto); Proporcionar ambiente agradável; Orientar na respiração; Orientar quanto a melhor posição; Utilizar oxigênio, se necessário; Observar e anotar náuseas e vômitos; Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem Acesso em veia periférica em M.S.D., se necessário; Orientar sobre o trabalho de parto e parto; Orientar atividade sexual; Realizar cardiotografia e avaliar apresentação; Estimular a deambulação; Estimular a presença do acompanhante. Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO EXPULSIVO Estimular a respiração controlada; Oferecer apoio emocional, conforto e privacidade; Preservar o bem estar fetal; proteger o períneo; Prevenir complicações; Prestar cuidados imediatos ao Rn (secagem, aspiração e manobras se necessário); Avaliar a presença de circular de cordão; Proceder a coleta de sangue do cordão. 11/03/2021 7 Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DEQUITAÇÃO Observar o mecanismo de saída; Avaliar integridade placentária (cotilédones); De acordo com a rotina, pesar a placenta (deve pesar 1/6 do peso do Rn); Observar sinais de choque. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE GREENBERG Avaliar a pressão arterial; Avaliar presença do globo de segurança de Pinard (hipotonia, atonia uterina ou hipertonia); Reforçar a importância do aleitamento materno; Orientar cuidados nas feridas perineais (laceração e/ou episiorrafia). Escola de Ciências da Saúde Curso: Enfermagem 20 Referências: BARROS, Sonia Maria de Oliveira (org). Enfermagem no ciclo gravídico-puerperal. São Paulo: Manole, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico: Assistência à gestação de alto risco, Brasília, 2010. ______. Ministério da Saúde. Manual Técnico: Parto, aborto e puerpério: Assistência humanizada à mulher, Brasília, 2001. FREITAS, Fernando. Rotinas em Obstetrícia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed editora, 2011. REZENDE, Montenegro Filho. Obstetrícia Fundamental. 12a Edição. Porto Alegre: Editora Guanabara Koogan, 2011
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