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Resumos 1 Resumos Prazos Processuais O que é um prazo? Prazo é o espaço de tempo destinado para a prática de atos processuais. Espaço de tempo que se inicia e se finda; momento. Dentro desse espaço de tempo com início e fim é necessário que se pratique / faça algo dentro do processo. Os prazos se dividem em 2: Materiais: prazos da prescrição, decadência, etc. Todo prazo tem dies a quo (dia que inicia o prazo) e dies ad quem (dia que termina). O prazo pode ser previsto em lei (prazo de contestação; recurso) ou o juiz pode determiná-lo (fixar um prazo para cumprir obrigação de fazer; construir uma casa...). Prazos próprios: prazos das partes (se uma parte não cumpre um prazo ela tem prejuízo). Prazos impróprios: prazos do juiz (se o juiz não cumprir com o prazo não há consequências). Prazo comum: ex: recurso – quando a sentença desagrada autor e réu; prazo comum de 15 dias para ambos. - Prazo individual: prazo que o juiz atribui a um indivíduo (ex: juiz atribui ao autor para apresentar contestação em 10 dias). Classificação dos prazos: Prazos Legais: fixados pela lei. Prazos Judiciais: fixados pelo juiz (ex: data de audiência). Resumos 2 Prazos Convencionais: fixados pelas partes (ex. suspensão do processo). Natureza dos prazos – Caiu em desuso! Prazos Dilatórios: admite ampliação pelo juiz. Prazos Peremptórios: ordinariamente não podem ser alterados pelo juiz (atualmente, em vigor no novo CPC, pode-se promover alterações sim). · Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses. § 1o Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes. § 2o Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido. Ex de redução de prazo: uma das partes estar doente, bem perecível, etc. O cômputo do prazo: O prazo processual, quando estipulado em dias, contam-se apenas os úteis (art. 219). O prazo processual fixado em meses, anos ou horas contam-se normalmente. No recesso (20/12 a 20/01) não se contam os prazos. A suspensão do prazo: A suspensão cessa a contagem do prazo, só volta a correr no primeiro dia útil seguinte. Diferença de suspensão de prazo e interrupção de prazo: Suspenção – congelamento (tirou a suspenção, continua contando normalmente); Interrupção – se o prazo for interrompido, volta a contar do 0 (os embargos interrompem o prazo do rec. de apelação). Contagem dos prazos: Resumos 3 Exclui-se o dia do início e computa-se o dia final. Se o dia final cair em dia não útil posterga-se o final para o próximo dia útil seguinte. Os prazos começam a correr a partir da intimação. Fixação do dies a quo para a contagem dos prazos: Conta-se, como dia inicial, o dia da: A) juntada, aos autos, do mandado devidamente cumprido; B) se a comunicação foi feita por edital, conta-se o dia do início o dia útil seguinte ao do fim da dilação assinada pelo juiz no próprio edital (acabou o prazo do edital para apresentação, começa a contar o prazo); C) se a comunicação se der por Carta Precatória, o termo inicial se inicia com a juntada da comunicação de seu cumprimento. Não havendo comunicação se conta da juntada da carta aos autos de origem, devidamente cumprida (o prazo começa a contar a partir da comunicação) (se não houver comunicação, o prazo começa a contar quando a carta precatória voltar); D) se a comunicação for via postal, a contagem será feita a partir da juntada, aos autos, do AR – aviso de recebimento (ex: juntou o AR dia 05/08, dia 06/08 começa a contar); E) se a citação ou intimação se der por escrivão, conta-se a partir da sua ocorrência (tomou ciência dia 01/08, dia 02/08 começa a contar); F) se a intimação se der por retirada dos autos do cartório, conta-se a partir do dia da carga (a carga dos autos pressupõe ciência de qualquer coisa dentro dos autos) (muitas das vezes o advogado manda outra pessoa buscar os autos para não fazer carga; todos os processos são públicos a menos que seja segredo de justiça) (processo virtual não tem cargas); G) se a citação ou intimação for eletrônica, o inicio do prazo ocorrerá no primeiro dia útil seguinte à sua consulta ou ao término do prazo para que a consulta se dê; Resumos 4 H) se a intimação se der por Diário da Justiça, o dia do começo do prazo será a data da publicação; I) quando houver vários réus, o prazo para contestar começará a fluir da última das datas a que se referem as hipóteses anteriores; J) se houver mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente; K) as intimações realizadas durante o recesso forense, só começa a contar a partir do primeiro dia útil subsequente ao término do recesso; Publicação no Diário – disponibilização e publicação: Por disponibilização entende-se o momento em que a informação foi lançada do Diário da Justiça. A publicação ocorrerá no primeiro dia útil após a disponibilização (artigo 4º, § 3º, Lei 11.419/2006): Art. 4º: [...] § 3o Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. E o prazo somente começará a contar no dia útil seguinte ao da publicação (artigo 4º, § 4º, Lei 11.419/2006): Art. 4º: [...] § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação. Assim, se a disponibilização da informação no Diário ocorreu em 26/04/2016, a data da publicação será no dia 27/04/2016 e o prazo terá início no dia 28/04/2016. Termo final da contagem dos prazos: Quando cair em dia não útil prorroga-se o fim para o próximo dia útil. No próximo dia útil quando o expediente forense for encerrado antes; for iniciado depois da hora normal; houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. Deve-se observar o funcionamento do expediente (normalmente encerra-se às 19h no TJES e nos fóruns até as 18h). Resumos 5 O ato processual eletrônico poderá ser praticado até às 23:59h do último dia. Preclusão: fenômeno processual ligada a prática de atos. Igual catraca de ônibus, só gira para a frente. Não há como retroceder. Todos os prazos processuais sofrem os efeitos da PRECLUSÃO, que é a perda da faculdade ou do direito processual pelo seu não exercício em tempo útil. Preclusão temporal: perda da faculdade pelo decurso do prazo; perdeu o prazo, perdeu o direito de contestar (mais comum de todas). Preclusão lógica: quando se quer praticar ato incompatível com o já praticado. Preclusão consumativa: impossibilidade de se realizar um ato já realizado (ex: prova, depois de entregue não pode remendar/ editar). Disposições gerais sobre os prazos: Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. § 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato. § 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas. § 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. Prazos para as partes: As partes tem um prazo para praticarem atos, sempre contados a partir da ciência para a respectiva prática. A parte pode renunciar a um prazo estabelecido a seu favor, desde que forma expressa (art. 225). Resumos 6 Litisconsortes: partes em litisconsórcio, com advogados distintos e de escritórios distintos, o prazo conta-se em dobro (art. 229). Cessa a contagem em dobro se, havendo dois réus, só um apresenta a defesa (e o outro se torna revel). A contagem em dobro não se aplica aos processos eletrônicos. Prazos para o MP, a Fazenda Pública e Defensoria: Todos possuem prazo em dobro (núcleos de pratica jurídica também); Computam-se em dobro os prazos (art. 183).Ficam de fora as EP e as SEM. Os núcleos de prática jurídica das faculdades de direito beneficiam-se da regra do prazo em dobro (art. 186, p. 3º). São intimados pessoalmente, por carga ou remessa ou por meio eletrônico.
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