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AULA 03 - SISTEMA DO COMPLEMENTO

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IMUNOLOGIA – PRISCILA – 17/08 e 23/08 e 30/08 
AULA 03 – SISTEMA DO COMPLEMENTO 
 
SISTEMA DO COMPLEMENTO: 
• Refere-se a proteínas encontradas no plasma, que são ativadas em cascata (quando ativa a 
primeira, as outras se ativam). 
• O complemento é um termo coletivo utilizado para referir-se a um grupo de proteínas do 
plasma e da membrana celular, que desempenham um papel essencial no processo de 
defesa do hospedeiro. 
• Importantes no controle de infecções de bactérias que possuem cápsula (muito resistentes). 
• Funções: 
o Lise de patógenos: pelo MAC. 
o Opsonização: facilitada pelo C3b que reveste o patógeno. 
o Produção de fragmentos peptídicos que regulam aspectos da resposta inflamatória: 
por meio de C4a + C3a+ C5a. 
• 
 
VIA CLÁSSICA 
• Via que depende do anticorpo: precisa que sejam ativados uma resposta imune adaptativa e 
o linfócito, para que seja produzido o anticorpo, que irá se fixar ao patógeno. 
• Depende da formação do IMUNOPATÓGENO. 
• 
• 
• Ordem de clivagem: C1, C4, C2, C3, C5, C6, C7. 
o “a” é o fragmento pequeno. 
o “b” é o fragmento grande. 
o Clivagem ocorre: para ativar a proteína e para ligar quimicamente o componente 
maior (b) da proteína no patógeno. 
o C4: 
▪ C4a: vai para o sangue. 
▪ C4b: interage com o patógeno. 
▪ 
o EXCEÇÃO: C2: 
▪ C2a: é a parte maior que fica interagindo quimicamente com patógeno. 
▪ C2b: é a parte menor que vai para o sangue, não se sabe se ele tem alguma 
função). 
o C3: 
▪ Ocorre inúmeras clivagens com ele, sendo clivado em C3b e este em C3b e 
C3a, assim sucessivamente. 
▪ 
▪ C3 CONVERTASE: C4b + C2a 
▪ Um componente C3b fica ligado na cascata e o restante fica na superfície do 
patógeno. 
▪ C3b: possui atividade OPSONIZANTE (pega o patógeno, reveste ele com a 
proteína e facilita a fagocitose). 
o C5: 
▪ C5 CONVERTASE: C2a + C3b 
▪ 
o C7: 
▪ Possui uma parte hidrofóbica, após a C6 todas as proteínas são hidrofóbicas. 
▪ 
o COMPLEXO DE ATAQUE A MEMBRANA (MAC): 
▪ C5b + C6 + C7 + C8 + C9 
▪ 
▪ Responsável pelo influxo de íons: causa a morte da bactéria (lise). 
▪ 
▪ - LISE. 
 
VIA ALTERNATIVA: 
• 
o Inicia a partir da hidrólise do componente C3. 
o - Fator B. 
o FATOR B: será clivado. É ativado pela proteína FATOR D. 
o C3b ligado à Bb na superfície do patógeno = estabilização na superfície do patógeno 
pela PROPERDINA, para que não se separe = formando a C3 CONVERTASE. 
o C3 CONVERTASE = vai clivar vários componentes C3. 
o Irá se associar C3b + Bb + C3b = C5 CONVERTASE. 
o C5 CONVERTASE = ativa a C5 = forma o complexo de ataque a membrana. 
o 
• Diferença: não é necessário um anticorpo para iniciar a hidrólise, inicia-se pela hidrólise da 
C3. 
• C3b: é uma proteína OPSONIZANTE: consegue facilitar a fagocitose do patógeno. 
• 
• C3a, C5a e C4a: atuam nos vasos periféricos, promovendo inflamação. 
o Mastócitos, neutrófilos e células endoteliais. 
o Anafilatoxinas = mastócitos. 
o C5a: mais estável e maior atividade. Quimiotáctico. 
 
VIA DA LECTINA 
• Tem esse nome pois pode ser iniciada pela lectina. 
• INÍCIO: 
o Proteína similar à C1q. 
o Lectina circulante = COLECTINA. 
o LECTINA: é uma proteína ligadora de manose – MBL: por isso consegue se ligar em 
resíduos de manose (não depende de anticorpo). 
▪ Resíduos manose = POLISSACARÍDEOS 
o FICOLINAS = secretada por macrófagos - se liga diretamente na superfície da 
bactéria. 
o Glicanos contendo N-ACETILGLICOSAMINA. 
o 
o 
o 
 
REGULAÇÃO DO SISTEMA DO COMPLEMENTO 
• Sem uma regulação eficiente da cascata do complemento duas coisas podem ocorrer: 
o Os componentes do complemento no soro podem ser consumidos, resultando numa 
incapacidade de ativar o complemento nos sítios adicionais de infecção. 
o A inativação imprópria do complemento nas células normais do hospedeiro provoca 
a destruição destas células pelo efeito do excesso de mediadores inflamatórios e por 
lise direta. 
o RCA (Regulators of complement activity) 
• 
o Inibição de C1 
o Inibidor de C1 (C1-INH); 
o Se liga C1s e C1s e os dissocia do C1q 
o Ex.: Angioedema Hereditário - deficiência do inibidor de C1 
▪ Doença autossômica dominante. 
▪ Edema agudo em pele e mucosas, dor abdominal, vômitos, diarréia e 
obstrução das vias aéreas; 
▪ Aumenta degradação C4 e C2 
• Inibição C3b e C4b: 
o Fator I = Cliva C3b e C4b usando o MCP (proteína de cofator de membrana – 
Leucócitos, células epiteliais e endoteliais) ou CR1 (receptor do complemento) como 
cofatores; 
o 
• Inibição da formação da C3 convertase: 
o Fator H = Liga-se a C3b e desloca Bb (*Inibe somente via Alternativa); 
o Fator de aceleração de decaimento (DAF) = expresso em células endoteliais, 
epiteliais e eritrócitos; 
o 
• Regulação formação do MAC: 
o CD59 = Presente nas células sanguíneas, células endoteliais e epiteliais; 
o Bloqueia a ligação do C9. 
o 
• Hemoglobinúria paroxística noturna: 
o DAF ou CD59 não funcionais 
o Episódios recorrentes de lise intravascular das hemácias pelo complemento 
o Pode levar a uma anemia hemolítica crônica 
o Trombose Venosa 
o Defeito adquirido nas células tronco hematopoiéticas; 
 
RECEPTORES DE RECONHECIMENTO DE PADRÃO ASSOCIADO À CÉLULA E SENSORES DA IMUNIDADE 
INATA: 
• Podem estar associados a membrana da célula ou solúveis. 
• Função de reconhecimento. 
• Reconhece o que é estranho e diferencia do que é próprio. 
• Padrões Moleculares Associados a Patógenos (PAMPs) 
• Padrões Moleculares Associados ao Dano (DAMPs) 
• 
• RECEPTORES DO TIPO TOLL (TLRs): 
o 
o Reconhece bactérias diferentes (GRAM POSITIVAS e GRAM NEGATIVAS).

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