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Apostila Material de Acabamento Cap 1

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26/08/2021 Ead.br
https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_74609… 1/37
MATERIAIS DE ACABAMENTOMATERIAIS DE ACABAMENTO
OS MATERIAIS NO DESIGN DEOS MATERIAIS NO DESIGN DE
INTERIORESINTERIORES
Autor: Me. Ana Carol ina Pussi de Brito
Revisor : Os Mater ia is no Des ign de Inter iores
I N I C I A R
26/08/2021 Ead.br
https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_74609… 2/37
introdução
Introdução
Os materiais são elementos fundamentais na composição dos projetos da
construção civil. Observar a evolução dos materiais é observar também a
evolução da sociedade e suas demandas construtivas. Mais precisamente, são
um re�exo da história das edi�cações e dos espaços construídos.
Compreender o processo de seleção e especi�cação de materiais é essencial
no design de interiores. Os projetistas devem ser capazes de identi�car como
se desenvolvem os sistemas e elementos construtivos que servem de
suportes para os projetos de interiores dos ambientes. Devem saber avaliar
como a escolha dos materiais interfere no conceito de projeto dos ambientes,
e como é preciso articular características funcionais e estéticas para garantir
um bom desempenho. Para iniciar os estudos, vamos explorar a relação entre
os materiais e seus usos nos espaços interiores e vamos entender a
importância da especi�cação para diferentes contextos. A partir desses
pontos, vamos investigar as propriedades gerais dos materiais e conhecê-los
por meio do estudo de seus tipos e usos.
Bom estudo!
26/08/2021 Ead.br
https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_74609… 3/37
A materialização de uma obra ou de um espaço contempla inúmeras fases e
processos até a �nalização do objeto construído. Antes de entendermos a
função e o comportamento dos materiais de acabamento, é necessário
conhecer quais são algumas opções de suportes estruturais e elementos
construtivos para o recebimento de materiais de acabamento em design de
interiores.
Existem, na construção civil, diversos sistemas construtivos para a execução
de obras. Frequentemente, a escolha das opções se dá durante a concepção
do projeto de arquitetura, em conjunto com o projetista da estrutura e o
responsável pela execução da obra. Devem ser considerados aspectos de
logística (produção, transporte, montagem da estrutura e equipamentos
requeridos), gerenciamento e planejamento da obra (ABDI, 2015).
Vamos conhecer exemplos de alguns dos sistemas construtivos mais
empregados no mercado da construção civil nacional.
Sistema Construtivo em Concreto
Suportes em Design de InterioresSuportes em Design de Interiores
26/08/2021 Ead.br
https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_74609… 4/37
As estruturas em concreto são formadas a partir da combinação de
elementos estruturais, pilares, lajes e vigas. É um método construtivo
amplamente utilizado no projeto de edi�cações em obras habitacionais,
industriais, comerciais e de infraestrutura, pode ser moldado in loco ou pré-
fabricado.
As estruturas em concreto apresentam grande durabilidade e resistência aos
esforços mecânicos. Os materiais de vedação mais utilizados nesse sistema
construtivo são os blocos cerâmicos e blocos de concreto.
Sistema Construtivo em Aço
Empregadas nos mais diversos tipos de obras e empreendimentos, as
estruturas em aço atendem diferentes tipologias da construção civil assim
como obras viárias. São também utilizadas em coberturas, fachadas,
vedações e pisos. Por ser um material versátil e �exível, a utilização desse
sistema apresenta algumas vantagens. Sua alta resistência mecânica permite
vencer grandes vãos, apresenta menor peso próprio reduzindo a carga nas
fundações, e apresenta dimensões de peças reduzidas, o que confere um
aumento da área útil construída (ABDI, 2015).
Figura 1.1 - Sistema construtivo em concreto 
Fonte: Hellen Sergeyeva / 123RF.
26/08/2021 Ead.br
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A fabricação e montagem desse tipo de estrutura obedecem a rigorosas
especi�cações, o que reduz o tempo de execução assim como reduz o
desperdício de materiais. As ligações são os detalhes construtivos que
conectam as estruturas de aço com os demais elementos construtivos. É de
extrema importância a compatibilização da estrutura e seus elementos
complementares como as instalações e vedações, responsáveis pela
estanqueidades e estética de um projeto. A estrutura metálica aceita uma
grande variedade de materiais de fechamento como alvenaria, painéis pré-
fabricados, painéis metálicos, dentre outros (ABDI, 2015).
Sistema Construtivo em Light Steel Framing
Sistema estruturado por per�s de aço galvanizado formados a frio, o light steel
framing é indicado para diversas tipologias de obras, assim como para
ampliações de obras existentes e retro�t. Segundo o Manual da Construção
Industrializada (ABDI, 2015), esse sistema tem como vantagens a facilidade de
montagem, precisão nas dimensões dos componentes, apresenta a
durabilidade e resistência do aço, rapidez da construção e redução de
recursos naturais e desperdício uma vez que o sistema de construção é
realizado a seco. A região de implantação do projeto deve ser considerada
para correto dimensionamento e proteção dos per�s. Áreas litorâneas, por
exemplo, exigem maior cuidado na galvanização para proteção contra a
corrosão.
Figura 1.2 - Sistema construtivo em aço 
Fonte: Wang Aizhong / 123RF.
26/08/2021 Ead.br
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A adoção do steel frame permite ainda grande �exibilidade no projeto de
arquitetura, e o sistema é compatível com uma grande variedade de materiais
de fechamento, como chapas de gesso acartonado, placas cimentícias e OSB,
a depender se a vedação é interna ou externa.
Figura 1.3 - Per�s de steel frame na composição da estrutura e vedação 
Fonte: stocksolutions / 123RF.
saiba mais
Saiba mais
Os sistemas construtivos a seco são opções cada vez mais difundidas no cenário
da construção civil nacional. Esses sistemas são construídos pela montagem de
per�s pré-fabricados, como é o caso do steel frame e wood frame, e tem como
vantagens a redução de desperdício de matérias-primas e recursos naturais,
redução na produção de resíduos, versatilidade no desenvolvimento de projetos,
e especialmente, a redução no tempo de construção se comparado a sistemas
tradicionais, como o concreto e alvenaria. Essas tecnologias construtivas além de
estarem se difundindo no mercado da construção, são também objeto de
diversos estudos acadêmicos para avaliações de soluções de gestão de projetos e
sistemas mais e�cientes. Além disso, tornaram-se alternativas para construções
moduladas como é o caso dos conjuntos habitacionais. Saiba mais no artigo “Steel
Frame e Wood Frame: vantagens dos sistemas construtivos a seco”, publicado no
site ArchDaily:
ACESSAR
https://www.archdaily.com.br/br/890724/steel-frame-e-wood-frame-vantagens-dos-sistemas-construtivos-a-seco
26/08/2021 Ead.br
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Sistema Construtivo em Wood Frame
A característica mais relevante desse sistema é a utilização da madeira como
matéria-prima, que apresenta características físicas e mecânicas que a
quali�cam como material durável e versátil. O wood frame é um sistema
construtivo composto de painéis estruturais de madeira para a montagem de
edi�cações.
Os materiais de fechamento podem variar entre chapas OSB, chapas de
madeira, placa cimentícia e gesso acartonado a depender se a vedação é
interna ou externa. Por ser considerado um sistema construtivo seco, e
utilizar a madeira – quedeve preferencialmente ser proveniente de
re�orestamento com manejo ambiental –, esse sistema é considerado
altamente e�ciente pelo baixo consumo e geração de resíduos (ABDI, 2015).
praticar
Vamos Praticar
Figura 1.4 - Modelo construtivo em wood frame 
Fonte: Lev Kropotov / 123RF.
26/08/2021 Ead.br
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As construções em aço apresentam muitas vantagens. Pela versatilidade e
durabilidade, o uso do aço permite muitas possibilidades para engenheiros,
arquitetos e designers, e con�gura um sistema construtivo e�ciente no mercado da
construção civil. Indique qual das alternativas apresenta uma característica do
sistema construtivo em aço:
a) Peso próprio elevado.
b) Resistência mecânica reduzida.
c) Pouca �exibilidade para vedações e fechamentos.
d) Aumento da área útil construída.
e) Maior tempo de execução.
26/08/2021 Ead.br
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Os componentes de estrutura, arquitetura e vedações, como pisos, paredes e
tetos, compõem os espaços internos das edi�cações. Ching (2013) a�rma que
esses elementos estabelecem um padrão para os ambientes internos, pois
constroem a forma da edi�cação. Em linhas gerais, esses elementos são
usados como bases para o desenvolvimento do projeto de interiores, podem
ser modi�cados de modo a atender funcionalmente e esteticamente as
necessidades funcionais de um ambiente. 
Elementos ConstrutivosElementos Construtivos
26/08/2021 Ead.br
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Piso
O sistema de piso pode ser de�nido como um sistema horizontal ou inclinado
composto por um conjunto parcial ou total de camadas destinado a cumprir a
função de estrutura, vedação e tráfego (ABNT, 2013b). O sistema de piso
funciona como uma base de apoio que sustenta atividades internas, móveis,
equipamentos, e cargas variáveis, e deve ser estruturado para suportar com
segurança as cargas resultantes (CHING, 2013). Algumas qualidades gerais
devem ser observadas na escolha de acabamento de pisos como a resistência
ao desgaste e abrasão, inalterabilidade de cor, textura, facilidade de
conservação e manutenção. 
26/08/2021 Ead.br
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Após a execução das camadas de um sistema de piso, para o início dos
serviços de acabamento, devemos considerar alguns casos. De preferência, as
vedações devem estar concluídas e as instalações elétricas e hidráulicas do
piso, em especial os ralos, colunas e prumadas, devem estar executadas e
testadas. A base deve estar limpa, totalmente livre de restos de argamassa,
terra, pedras ou qualquer outro material aderido (YAZIGI, 2009).
Parede
As paredes são elementos de vedação que podem atuar com função
estrutural ou como fechamento. São partes da edi�cação que limitam
verticalmente seus ambientes como as paredes de fachadas ou divisórias
internas. As vedações atuam sustentando cargas de pisos, tetos e coberturas
e devem apresentar nível de segurança, limitando os deslocamentos, �ssuras
e falhas a valores aceitáveis e considerando ações passíveis de ocorrerem
durante a vida útil do sistema (ABNT, 2013c).
Além de delimitarem os espaços, as paredes controlam a passagem de ar,
calor, umidade, luz e som. Atuam no isolamento térmico e acústico, e seu
desempenho varia de acordo com a especi�cação de material, dimensão,
espessura e aberturas (CHING, 2013; GURGEL, 2005). 
26/08/2021 Ead.br
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A demarcação dos sistemas de vedação deve ser realizada sobre o piso,
criteriosamente nivelada, obedecer a espessuras, medidas e alinhamentos
indicados no projeto de arquitetura e estrutura, de maneira a deixar livre vãos
de esquadrias que se apoiam no piso, vãos de prumadas e shafts de
tubulação, entre outros (YAZIGI, 2009).
Segundo Azeredo (1997), antes de se iniciar qualquer serviço de acabamento,
devem ser testadas as canalizações de instalações hidrossanitárias, à pressão
recomendada para cada caso. As superfícies devem ser limpas, de modo a
melhorar a �xação de acabamentos e revestimentos. 
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As paredes podem ser compostas de diversos materiais que garantam
resistência e durabilidade, dos quais listamos alguns exemplos a seguir:
pedras naturais;
alvenaria em blocos maciços cerâmicos;
alvenaria em blocos cerâmicos vazados;
alvenaria de blocos de concreto simples;
concreto celular;
gesso acartonado (drywall);
placas cimentícias, dentre outros.
Paredes de montantes leves e painéis de vedação como gesso acartonado
apresentam grande versatilidade e são usualmente mais utilizadas em
divisórias internas, sem função estrutural. Quando usados em ambientes
expostos à umidade devem receber tratamento especial. 
26/08/2021 Ead.br
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Essas paredes são estruturadas por montantes de chapa dobradas de aço
galvanizado. Em geral, a estrutura é revestida em ambas as faces com os
painéis, o espaço entre os montantes pode ser preenchido com materiais
isolantes que garantam melhor desempenho térmico e acústico, e ainda
permitem embutir as instalações elétricas e hidráulicas. Os painéis de
vedação podem servir como acabamento, porém, é comum que recebam
outras camadas de acabamento como pintura, revestimentos, entre outros
(ABDI, 2015; YAZIGI, 2009).
Ching (2013) aponta que paredes de alvenaria de blocos de concreto ou
blocos cerâmicos apresentam menor capacidade de alteração e são
geralmente mais grossas que as paredes de montantes leves, pois
“dependem de sua massa para resistência e estabilidade” (CHING, 2013, p.
155). Segundo Yazigi (2009), antes do recebimento de materiais de
acabamento, a alvenaria deve estar concluída, e peitoris, caixilhos e batentes
devem estar �xados. As superfícies devem receber chapisco de cimento e
areia e, posteriormente, revestimento de argamassa constituída por uma
camada única de argamassa industrializada ou pelas camadas superpostas e
uniformes de emboço e reboco.
Teto e Forro
Figura 1.9 - Parede de painéis leves, preenchimento de lã mineral e
fechamento com placas de gesso acartonado. 
Fonte: roman023 / 123RF.
26/08/2021 Ead.br
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O teto como elemento construtivo con�gura-se pela composição das faces
inferiores de estruturas e cobertura. O material do teto pode estar
diretamente �xado na estrutura, como é o caso das lajes de concreto ou
estruturas metálicas e, muitas vezes, pode ser deixado à vista, sem a
utilização de forro.
Ching (2013, p. 164) a�rma que o “teto desempenha papel visual importante
na con�guração do espaço interno e na limitação de suas dimensões
verticais”. O teto pode ser composto de superfícies lisas e planas, retas ou
inclinadas, podendo ou não expressar o padrão estrutural do projeto ou de
sua cobertura. Dependendo de seu material de composição, pode receber
diferentes opções de materiais de acabamento, sendo os mais usuais a
pintura e a utilização de forros.
A utilização de forros permite o rebaixamento de parte do teto, podendo
assumir diversos formatos. De maneira funcional, os forros podem esconder
elementos estruturais, tubulações e �ação. A escolha do material do forro
deve levar em consideração o uso do espaço, sendo exemplos mais comuns o
forro de madeira, forro de gesso, forro mineral e forro metálico.
Pilares e Vigas
Elementos estruturais,os pilares e vigas são itens importantes na composição
do projeto e podem apresentar diferentes materiais como a madeira, o
concreto e o aço. Por sua característica estrutural, as dimensões e
posicionamento desses elementos devem ser respeitadas. Esses elementos
podem ser mantidos em sua aparência original com a estrutura aparente, ou
podem ainda ter tratamento com materiais de acabamento.
A utilização de materiais de acabamento pode ser explorada nesses
elementos estruturais para corrigir algumas imperfeições, incorporá-los como
elementos compositivos ou até como partido conceitual do projeto (GURGEL,
2005).
Portas e Janelas
26/08/2021 Ead.br
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As portas e janelas são elementos essenciais na composição de uma espaço.
Responsáveis pelo acesso e aberturas de luz e ventilação, possuem in�uência
direta no conforto ambiental do ambiente. De acordo com a função e uso do
espaço, inúmeros modelos e dimensões podem ser especi�cados.  
As portas e janelas podem apresentar uma ou mais unidades de folha, e
possibilitam diferentes tipos de abertura como de abrir, correr, pivotante,
entre outros. Os materiais mais utilizados são o ferro, alumínio, pvc, madeira
e vidro. Os materiais de acabamento variam entre pintura, laqueamento,
verniz ou seladora, laminados e chapas de ferro ou alumínio (CHING, 2013;
GURGEL, 2005).
Escadas e Rampas
Escadas e rampas são elementos construtivos de circulação vertical de um
projeto. Seu posicionamento e dimensionamento in�uenciam diretamente a
composição de ambientes internos. A execução de escadas e rampas pode
ser realizada com diferentes materiais e soluções projetuais. É importante
destacar que para projetos de escadas e rampas, dimensionamento e
especi�cação de materiais de acabamento, é necessário consultar a NBR
9050/2015 (Acessibilidade a edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos) e a NBR 9077/2001 (Saída de emergência em edifícios). 
praticar
Vamos Praticar
Entre os elementos construtivos estudados, assinale a alternativa correta, que
apresenta qual se destaca por apresentar grandes superfícies para o recebimento
26/08/2021 Ead.br
https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_7460… 17/37
de materiais de acabamento e ser responsável pelo sistema de vedação vertical de
uma edi�cação:
a) Paredes.
b) Pisos.
c) Pilares e vigas.
d) Tetos.
e) Escadas e rampas.
26/08/2021 Ead.br
https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_7460… 18/37
No desenvolvimento de um projeto de interiores, as ideias e premissas do
projetista são desenvolvidas gra�camente e criam uma relação entre o
conceito e a realização concreta do objeto. A de�nição dos materiais,
acabamentos, revestimentos e outros elementos permitem explorar
conceitualmente todos os objetivos do espaço idealizado. Dessa maneira, a
escolha de cada elemento implica, mais que uma solução técnica, na
qualidade/materialização do ambiente construído.
A prática de especi�cação de materiais de acabamento no projeto de design
de interiores é um dos exercícios mais importantes para a composição
projetual. Um projeto bem executado depende da durabilidade e da solidez
de escolhas bem realizadas pelos pro�ssionais. 
Especi�cação de Materiais deEspeci�cação de Materiais de
AcabamentoAcabamento
26/08/2021 Ead.br
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Conforme nos aponta Gurgel (2005, p. 114), “a escolha apropriada dos
materiais é, com certeza, uma das mais importantes etapas de um projeto”. A
autora indica que a repetição de soluções leva a resultados semelhantes e
pouco inovadores, e que a pesquisa e conhecimento de novos materiais
enriquecem o repertório e fazem diferença no exercício projetual. Nesse
sentido, ela enfatiza:
Fatores climáticos, culturais e modismos exercem grande in�uência
na escolha de um determinado material, embora, muitas vezes, seu
apelo visual não corresponda às suas características funcionais,
práticas e tampouco ao seu custo. Portanto, cabe ao pro�ssional
estabelecer corretamente a relação custo-benefício, bem como
priorizar os pontos importantes e relevar os não fundamentais do
contexto projetual, culminando assim numa escolha mais adequada
(GURGEL, 2005, p. 115).
A autora sugere, ainda, que um material deve ser avaliado em relação aos
seguintes pontos: 
Adequação à utilização: prioritariamente deve se analisar se o
material supre as necessidades funcionais do ambiente, e se é
adequado às atividades e funções desenvolvidas. Devem ser
26/08/2021 Ead.br
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considerados a durabilidade, resistência, manutenção, propriedades
de conforto térmico e acústico e grau de segurança do material.
Contribuição estética: a escolha de um material para a composição
do projeto deve levar em consideração as dimensões e formas, as
texturas e cores, padronagens e acabamentos. O conceito e a
�loso�a do projeto devem indicar quais requisitos são prioritários e
quais podem ser eventualmente substituídos.
Custo: é necessário analisar entre todas as opções do mercado, itens
que se adaptam ao projeto, garantem bom desempenho e grau de
satisfação ao projeto �nal.
Ching (2013) de�ne que os materiais de acabamento podem ser parte integral
dos elementos de arquitetura, mas também podem ser acrescentados como
uma camada adicional a paredes, tetos e pisos, e desempenham um papel
signi�cativo na criação de um espaço interno. Para especi�cação de materiais
de acabamento, o autor nos aponta alguns critérios indicados a seguir
(CHING, 2013): 
1. conteúdo do item 1: Eu mi bibendum neque egestas congue
quisque egestas diam in.
2. conteúdo do item 2: Eu mi bibendum neque egestas congue
quisque egestas diam in.
3. conteúdo do item 3: Eu mi bibendum neque egestas congue
quisque egestas diam in.
Brown (2014) nos apresenta que ao considerar o uso de determinados
materiais no projeto, o designer de interiores deve se envolver com o cliente,
o programa de necessidades e o sítio. Segundo a autora a partir do programa
de necessidades e diálogo com o cliente, o processo de projeto pode ser
analisado e aprimorado.
26/08/2021 Ead.br
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É pouco provável que o programa de necessidades �nal fará
referência especí�ca aos materiais, mas ele estabelecerá parâmetros
que in�uenciarão a seleção destes, e que podem incluir imagens ou
marcas; preços, padrões de qualidade ou características; emoções
que serão desejadas; ou mesmo exigências funcionais, sensoriais,
técnicas ou de sustentabilidade (BROWN, 2014, p. 30).
O contexto é outro fator relevante a ser considerado. Se o projeto de design
de interiores será inserido em uma edi�cação preexistente, os materiais que
já compõem o espaço devem ser analisados. Edi�cações novas, em
construção ou instalações temporárias podem apresentar grandes
possibilidades de intervenção. A localização e o contexto físico do projeto
(urbano ou rural), condições climáticas (quente, frio, árido, úmido) podem
in�uenciar os tipos de materiais com o qual os conceitos de projeto são
desenvolvidos (BROWN, 2014).
A tipologia da obra, o local de uso e as atividades do ambiente são
condicionantes fundamentais na especi�cação de materiais. Deve-se observar
se o espaço é público ou privado, se o uso é residencial, comercial, industrial,
ou outros especí�cos como laboratórios e hospitais, e se o ambiente possui
área úmida ou molhada, ou é afetado por outros fatores variáveis.
É importante destacar que, ao especi�car materiais de acabamento, é função
do pro�ssional buscar o atendimento e adequação àsnormas técnicas
vigentes, assim como avaliar as informações técnicas dos catálogos e manuais
dos fabricantes e fornecedores, bem como demais fontes disponíveis.
Os programas de qualidade e as normas técnicas atuam como importantes
instrumentos para o desenvolvimento tecnológico da qualidade na produção
dos materiais de construção (SOUZA, 2004). A ABNT de�ne que a
normatização representa uma atividade que estabelece, em relação a
problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização
comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um
dado contexto. No Brasil, o reconhecimento de um produto em relação ao
atendimento de uma norma técnica é realizado pela certi�cação do Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
26/08/2021 Ead.br
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Dentro do contexto de normas e regulamentações, destaca-se um documento
normativo importante, que vigora desde 2013, na avaliação de desempenho
dos sistemas construtivos, e que representou uma mudança relevante no
cenário da construção civil nacional. O conjunto normativo NBR 15.575:
edi�cações habitacionais: desempenho indica requisitos de desempenho,
critérios de desempenho e métodos de avaliação organizados em seis partes,
abrangendo sistemas estruturais, de pisos, de vedações, de coberturas e
hidrossanitários.
Dessa forma, podemos concluir que na especi�cação de materiais, é
necessária a maior exatidão possível. É essencial que se veri�quem todos os
dados técnicos, propriedades e requisitos de desempenho do material
desejado. É sempre conveniente consultar os catálogos de materiais, normas
técnicas vigentes e demais leis ou normativos que podem indicar restrições.
Dessa forma, minimizam-se os possíveis erros de projeto e execução, e
aumentam as garantias de desempenho. 
praticar
Vamos Praticar
A seleção dos materiais para uso em projetos de interiores envolve um conjunto
signi�cativo de aspectos para avaliação. Esses aspectos integram uma série de
condicionantes que devem ser resolvidas pelo projetista durante o desenvolvimento
projetual. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta um dos aspectos a
serem avaliados durante a prática de projetos e especi�cação de materiais:
a) Aspectos econômicos, somente para obras de grande porte.
b) Critérios estéticos, prioritariamente, independentemente do tipo da obra.
c) Atendimento às normas técnicas e às especi�cações de fabricantes.
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d) Tipologia do projeto, somente para contextos urbanos.
e) Desempenho técnico, somente para materiais de natureza especí�ca e
pouco comuns.
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Os materiais de acabamento, e mais genericamente, os materiais de
construção civil têm passado por grandes processos de evolução ao longo dos
anos. Alguns se tornaram mais populares e difundidos que outros, assim
como novas exigências e padrões construtivos implicaram o desenvolvimento
constante da indústria de materiais. Os materiais se caracterizam, são
identi�cados e se diferenciam pelas suas propriedades. Bauer (2019) de�ne as
propriedades gerais dos materiais, das quais listamos algumas a seguir:
extensão: propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar
no espaço;
massa especí�ca: a relação entre a massa de um corpo e seu volume;
peso especí�co: a relação entre o peso de um corpo e seu volume;
porosidade: propriedade que tem a matéria de não ser contínua,
havendo espaço entre as massas;
compacidade: relação entre o volume de sólidos e o volume total,
dado em porcentagem;
absorção: propriedade dos materiais de absorver e reter um �uido,
especialmente a água;
Materiais: Propriedades e TiposMateriais: Propriedades e Tipos
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permeabilidade: propriedade dos materiais de permitir a passagem
de gases ou líquidos, em particular a água;
corrosão: perda de parte do material como resultado de reações
deste com o meio;
dureza: capacidade dos materiais de resistência a uma deformação
permanente;
tenacidade: propriedade dos materiais de resistir ao rompimento por
choque ou percussão;
plasticidade: capacidade que os materiais têm de serem moldados
sem, no entanto, se romperem;
durabilidade: capacidade que os materiais têm de permanecerem
inalterados com o tempo;
desgaste: perda de qualidade ou de dimensões como resultado do
uso contínuo;
resistência ao congelamento: capacidade do material em não se
deteriorar sob a ação de degelo sucessivos ou de congelamento;
resistência ao fogo: propriedade do material em não ser destruído
pelo fogo. Podem ser classi�cados como incombustíveis, fracamente
combustíveis e combustíveis;
resistência ao calor: capacidade dos materiais de resistir à ação
prolongada de altas temperaturas sem deformação;
resistência mecânica: propriedade dos materiais em resistir à ação
das solicitações.
Bauer (2019) pontua, ainda, que é básico, para o projetista e construtor, o
conhecimento das propriedades de cada material para aplicá-lo na prática de
forma mais e�caz. A concorrência entre materiais em relação a suas
propriedades também acontece de maneira evolutiva. Como aponta Smith
(2012), um fator que leva à substituição de materiais é o desenvolvimento de
outros, novos, com propriedades especí�cas para determinadas aplicações,
como é o caso de materiais desenvolvidos para atendimento de requisitos
acústicos ou térmicos para a aplicação em locais que demandam essas
exigências de desempenho.
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Como nos descreve Brown (2014), os materiais podem ser agrupados a partir
de diversas abordagens, veja no infográ�co a seguir:
Materiais de Acabamento
[DEM_MATACA_19] 
I. de acordo com seus componentes: naturais, sintéticos, compostos, etc.
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Vamos, agora, apresentar alguns dos diferentes tipos de   materiais
disponíveis para o design de interiores com uma breve descrição.
Cerâmica: material que pode ser moldado a diferentes formatos,
queimado a alta temperatura, e possibilita a criação de componentes
diversos como blocos, azulejos, pisos e aparelhos sanitários. Em
geral, resistem à umidade e altas temperaturas e podem ser
texturizados, lisos, pigmentados, entre outras possibilidades
estéticas.
Polímeros: materiais de procedência natural (borracha, celulose,
goma-laca) sintética ou semissintética (propileno, nylon, silicone).
Podem ser moldados por diferentes técnicas e procedimentos e são
empregados para a criação de uma grande variedade de produtos
utilizados no design de interiores, como revestimentos, chapas e
pisos plásticos (BROWN, 2014).
Pedras: as pedras em geral (granito, mármore, basalto etc.) são
materiais naturais, duráveis e de alta resistência, que podem ser
empregados em diversas �nalidades e cortados em diferentes
tamanhos e formatos. Segundo Brown (2014), as propriedades
funcionais das pedras variam bastante e estão disponíveis em
inúmeras cores e acabamentos.
Metais: são materiais fortes e dúcteis e apresentam propriedades
mecânicas variadas de acordo com sua composição. Podem adquirir
vários formatos por meio de diferentes processos e são amplamente
utilizados em produtos, revestimentos e outras aplicações no design
de interiores devido a sua grande funcionalidade.
Madeira: a madeira se con�gura como um dos produtos mais
utilizados no mercado de produtos e acabamentos de design de
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interiores. Apresenta diferentes opções de cores e texturas e pode
ser aplicada em diferentes soluções projetuais.
Existem, ainda, outros componentes e matérias-primas de materiais de
acabamento frequentemente usados nos projetos de interiores como as
�bras orgânicas (bambu, cortiça, algodão, lã, seda), os produtos de origem
animal (couro, mar�m) e os compostos (epóxi, �bra de vidro), entre outros
(BROWN, 2014).
Revestimentos Cerâmicos, Azulejos e
Porcelanatos
Os acabamentos cerâmicos podem ser de�nidos como placas compostas,
principalmente, de argila e outros materiais inorgânicos que sofrem um
processo de queima controlada e são incombustíveis. Esses materiais são
utilizados para revestimentos de pisos e paredes (ANFACER, 2016).
As placas cerâmicas integram o sistema de revestimento cerâmico, composto
do conjunto formado pelas placas cerâmicas, pela argamassa de
assentamento e do rejunte (ABNT, 1997a). Os azulejos são peças cerâmicas de
revestimento vidradas em uma das faces. São fabricados em grande
variedade de cores e dimensões, com superfícies brilhantes ou acetinadas e
padrões lisos ou com relevo.
As placas cerâmicas são classi�cadas, de acordo com as normas técnicas
vigentes, quanto a vários critérios. Quanto ao seu processo de fabricação
podem ser conformadas por extrusão, prensagem ou outros processos.
Podem receber acabamento esmaltado ou não, o que in�uencia na sua
função impermeabilizante. As placas são classi�cadas quanto à sua absorção
de água, divididos em cinco grupos de absorção que variam de 0% a valores
superiores de 10%. Os valores de absorção de água estão relacionados com a
porosidade e densi�cação do material, e são fundamentais para a
determinação de seu local de uso (ANFACER, 2016).
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A resistência à abrasão é outro critério importante na especi�cação de peças
cerâmicas, e representa a oposição ao desgaste super�cial das placas.
Aplicadas às placas cerâmicas esmaltadas, apresentam uma classi�cação
conhecida como escala PEI e são exclusivas para o sistema de piso. A
classi�cação PEI possui uma escala entre 0 e 5, e descreve a resistência do
desgaste super�cial do esmalte da placa cerâmica. São classi�cados ainda
pelas normas técnicas critérios de resistência ao manchamento, resistência ao
ataque de agentes químicos e aspecto super�cial (ABNT,1997b).
As placas cerâmicas podem ser utilizadas basicamente em pisos ou paredes, e
o local de aplicação é determinante para a especi�cação do material, por isso
a veri�cação de propriedades especí�cas é fundamental.
A especi�cação desse material deve considerar também as exigências de uso
do local e das condições de exposição (ANFACER, 2016). Apresentam diversas
cores, texturas, formas e tamanhos. Os acabamentos super�ciais variam
entre polido e natural. Enquanto os materiais naturais apresentam superfície
fosca ou acetinada, os materiais polidos se caracterizam por superfície mais
lisa, com brilho e possivelmente escorregadia. O acabamento de borda pode
ser tradicional, com bordas levemente arredondadas e juntas de
assentamento maiores, ou reti�cado, com bordas retas, juntas mais �nas e
signi�cativa economia de material.
Figura 1.12 - A variação de cores e texturas enriquecem as composições. 
Fonte: Bence Balla-Schottner / Unsplash.
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Os revestimentos em porcelanato consistem em placas compostas em grande
parte por minerais rochosos nobres, queimados em alta temperaturas. O
porcelanato se caracteriza por ser um revestimento cerâmico mais
impermeável, com baixo nível de absorção de umidade e alta resistência
mecânica. Os porcelanatos podem ser divididos em duas categorias: o
porcelanato técnico e o esmaltado.
O porcelanato técnico não apresenta �nalização com esmalte. São indicados
para áreas de tráfego intenso, por serem mais resistentes. O porcelanato
esmaltado recebe uma camada de esmalte, dessa maneira o índice PEI é
aplicado para sua classi�cação. O acabamento de borda pode ser
convencional ou reti�cado e seu acabamento de superfície pode ser polido ou
natural.
O assentamento dos revestimentos cerâmicos é realizado com argamassa de
assentamento, e após a �xação das peças é realizada a aplicação da
argamassa de rejuntamento. Para o assentamento, a argamassa de
assentamento ou argamassa colante a ser utilizada depende do local a ser
revestido, das dimensões do revestimento e da absorção de água da placa
cerâmica. A escolha da argamassa de assentamento deve ser a que melhor se
adapta ao uso do revestimento, de acordo com as especi�cações dos
fabricantes.
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Os tipos de argamassa de rejuntamento mais utilizados são o cimentício, o
epóxi e o acrílico. O rejunte cimentício é composto por areia e cimento, porém
absorve mais sujeiras e manchas. Os rejuntes epóxi e acrílico possuem
resistência a manchas e mofo, e apresentam maior facilidade de limpeza e
manutenção. A opção escolhida deve seguir as orientações e recomendações
dos fabricantes e fornecedores de acordo com o uso (DOWNLOADS..., 2018).
A seguir, estão algumas normas sobre materiais de revestimento para a
utilização no desenvolvimento e especi�cação de projeto:
1.      ABNT NBR 13816/1997: Placas cerâmicas para revestimento –
Terminologia;  
2.      ABNT NBR 13817/1997: Placas cerâmicas para revestimento –
Classi�cação;
3.   ABNT NBR 15463/2013: Placas cerâmicas para revestimento – Porcelanato;
4.  ABNT NBR 14081-1/2012: Argamassa colante industrializada para
assentamento de placas cerâmicas - Requisitos.
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praticar
Vamos Praticar
Os revestimentos cerâmicos são classi�cados pelas normas técnicas segundo
alguns critérios. Essa classi�cação é importante, pois apresenta especi�cações úteis
para a aplicação dos materiais em determinados usos e locais. De acordo com o
apresentado, assinale a alternativa que apresenta um dos critérios de classi�cação
dos revestimentos cerâmicos:
a) Pigmentação e cores.
b) Resistência à compressão.
c) Resistência à abrasão super�cial.
d) Plasticidade.
e) Compacidade.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Construção: 101 perguntas e respostas:
dicas de projetos, materiais e técnicas
Editora: Minha Editora
Autor: Jonas Silvestre Medeiros
ISBN: 978-8578681029
Comentário: de maneira didática e objetiva, esse
trabalho apresenta questionamentos e soluções
recorrentes em projetos e obras, a partir de estudos de
casos que abordam as relações entre os materiais e sua
interface com os elementos construtivos. Apresenta,
por meio de ilustrações e fotos, a importância da
seleção dos materiais e as necessidades técnicas dos
modelos construtivos, num complexo conjunto de
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decisões que visam à melhor e�ciência, desempenho e
qualidade nos projetos de construção civil.
FILME
Athos, 100 anos
Ano: 2018
Comentário: o documentário Athos, 100 anos (2018)
apresenta a história e a obra de Athos Bulcão (1918-
2008), artista plástico de referência na arte nacional.
Além de pinturas, desenhos e gravuras, teve na
azulejaria grande expressão artística. Destacam-se em
suas composições as cores, formas geométricas e a
modulação. Sua produção deazulejos pode ser
observada em diversas cidades, especialmente em
Brasília, que concentra vários exemplares de murais
como na Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, no
Congresso Nacional e muitos outros. O trabalho do
artista é referência na produção de peças cerâmicas
pela excelência na integração entre arte, design e
arquitetura.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Concluímos esta etapa do estudo, compreendendo um pouco mais o projeto
de design de interiores e sua relação com a escolha e especi�cação de
materiais. Com base no exposto neste material, foi possível conhecer
diferentes modelos construtivos e entender como os elementos construtivos
são de�nidores na composição da edi�cação. São esses elementos que
servem de base para a de�nição e aplicação dos materiais. A partir da
avaliação do uso e função do ambiente, conhecemos quais critérios são
fundamentais na especi�cação de materiais. Foi possível veri�car, também,
como os materiais se comportam em relação a agentes externos e como são
identi�cados por suas propriedades especí�cas. Por �m, foi possível explorar
um dos conjuntos de materiais mais acessíveis e usados no mercado nacional,
os revestimentos cerâmicos.
referências
Referências Bibliográ�cas
ABDI – AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. Manual da
construção industrializada: conceitos e etapas. Volume 1: estrutura e
vedação. Brasília: ABDI, 2015.
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ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:
acessibilidade a edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio
de Janeiro: ABNT, 2015.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: saída de
emergência em edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13816: placas
cerâmicas para revestimento – Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 1997a.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13817: placas
cerâmicas para revestimento: classi�cação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997b.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575:
edi�cações habitacionais — Desempenho. Parte 1: Requisitos gerais. Rio de
Janeiro: ABNT, 2013a.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575:
Edi�cações habitacionais: desempenho. Parte 3: requisitos para os sistemas
de pisos. Rio de Janeiro: ABNT, 2013b.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575:
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vedações verticais internas e externas. Rio de Janeiro: ABNT, 2013c.
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AZEREDO, H. A. de. O edifício até sua cobertura. 2. ed. São Paulo: Edgard
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BAUER, L. A. F. Materiais de construção. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.
BROWN, R. Materiais no design de interiores. São Paulo: Gustavo Gili, 2014.
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