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Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
 
Cartografia 
Sistemática 
 
 
Unidade 2 - Introdução à 
Cartografia 
 
 
 
 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
Gilson Donisete dos Santos 
 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
Introdução 
Vivemos numa época de mudanças. 
Estamos diante de um mundo que nos surpreende com novas formas de 
organização de produção e de consumo, novas tecnologias, novos conflitos que 
redefinem as relações de poder entre os países e, ainda problemas ambientais 
de dimensões planetárias que lançam desafios inéditos à humanidade. A 
cartografia tem um papel fundamental na compreensão desse novo mundo, cada 
vez mais complexo e veloz nas transformações. 
No Ebook de Cartografia, Unidade 1, você foi levado a estudar e conhecer 
a história da cartografia e suas História da Cartografia, a forma da Terra e a origem 
dos pontos cardeais, conceitos de grande relevância para o entendimento da 
construção das cartas topográficas, dos mapas temáticos e de todo o sistema de 
localização que conhecemos nos dias atuais. 
Nesta unidade iremos aprofundar um pouco mais nos conhecimentos 
cartográficos, aprendendo sobre os fundamentos teóricos e matemáticos 
necessários para a compreensão da escala; compreenderemos a convertibilidade 
entre rumo e azimute; conheceremos o conceito e a importância das projeções 
cartográficas, bem como buscaremos entender o uso político das projeções 
cartográficas; e por fim o funcionamento das Coordenadas UTM e sua 
importância na Cartografia Moderna. 
Vamos nessa? 
 
 
 
 
 
 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
1. Escalas 
Até meados do Séc. XVII, as dimensões dos continentes eram praticamente 
desconhecidas, embora Eratóstenes já tivesse calculado com grande precisão a 
circunferência terrestre, as dimensões das massas continentais eram pouco 
consideradas pelos cartógrafos, onde havia maior preocupação com a forma. 
Eram raros mapas impressos que apresentassem algum tipo de escala, 
embora já fossem bem representados os graus de latitude e coordenadas. Já no 
século XVII a escala apareceu com mais frequência, mesmo havendo algumas 
omissões como é o caso do mapa da América de 1635, de Blaeu. Somente em fins 
do séc XVII, quando as medições geodésicas tiveram início é que as escalas 
começaram a aparecer nos mapas com mais frequência. 
 
América, de Willem Blaeu, 1635. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2K57OxB. Acesso em jul 2019. 
 
 
https://bit.ly/2K57OxB
https://bit.ly/2K57OxB
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
➢ Tipos de Escala 
 
As escalas podem ser classificadas em dois tipos: numéricas (também 
chamadas de fração representativa) ou gráficas (também chamadas de escala de 
barras). 
 
■ Escala Numérica 
 
A escala numérica é a relação entre os comprimentos de uma distância 
num mapa e o comprimento no terreno. Esta relação exprime-se em forma de 
fração com unidade no numerador. Por exemplo, em uma escala um para cem 
mil pode ser representada da seguinte forma: 
1
100.00
; 1/100.00 ou 1:100.00 (onde 
se lê: 1 por 100 mil). 
 
Escala do mapa 1 cm representa 
1:10 000 100 m 
1:50 000 500 m 
1:100 000 1.000 m (1km) 
1:500 000 5 km 
1:1 000 000 10 km 
 
■ Escala Gráfica 
 
A escala gráfica é representada por um segmento de reta graduada, 
permitindo a medida das distâncias sobre um mapa ou uma carta. Este tipo de 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
escala permite avaliar as dimensões dos objetos representados no documento 
cartográfico. 
Este tipo de escala tem como vantagem o fato de ser reduzida ou ampliada 
na mesma proporção da redução ou ampliação da carta, mantendo-se verdadeira 
e permitindo saber a escala do documento com o qual se está trabalhando. 
 
 
Nota: Cada intervalo é chamado de secção e equivale a 1 Cm. 
Disponível em: https://bit.ly/2Mc8xj2. Acesso em jul 2019. 
 
➢ Aplicando as escalas 
 Para se fazer cálculos utilizando as escalas, utilizamos a seguinte fórmula: 
 
OU 
E= d/D, onde d é a distância no mapa, geralmente dada em Cm e D é a distância 
real, geralmente dada em Km. 
Em que, 
D = Distância real ou do terreno; 
d = Distância no mapa; 
E = Escala. 
https://bit.ly/2Mc8xj2
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
Ou seja, para se calcular a distância real (D) entre dois pontos, temos a 
seguinte fórmula: D = E x d; para se calcular a distância (d) entre dois pontos no 
mapa temos a fórmula: d = D/E e para se calcular a escala (E) de um mapa, temos 
a fórmula: E = D/d. 
 
Exemplo de cálculo de distância real 
Observe o mapa a seguir: 
 
Com base na imagem acima, qual a distância real entre os pontos A e B em linha 
reta, sendo que a distância no mapa é de 3 cm? 
(D = ?) 
 
Fórmula: D = d x E 
Distância AB = d = 3 cm 
E = 1:500 000 (utiliza-se o denominador da escala) = 500 000 
 
Aplicando a fórmula, teremos: 
D = 3 cm x 500 000 = 1 500 000 (se cada cm no mapa equivale a 500 000 cm na 
realidade, basta multiplicar) 
Transformando em km: 1,5 km será a distância real entre os dois pontos. (dica: 
para transformar cm em Km, basta “cortar” 5 casas decimais) 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
Exemplo de cálculo de distância gráfica: 
Duas cidades estão distantes entre si, em linha reta, a uma distância real de 
aproximadamente 4,5 km. Em um mapa de escala 1: 50 000, qual a distância entre 
elas: 
(d = ?) 
Fórmula: d = D/E 
E= 50 000 
D = 4,5 km 
 
Aplicando a fórmula, teremos: 
4,5 km convertidos em metros = 4 500 m 
50 000 cm em metros = 500 m, logo 1 cm = 500 m 
d = 4 500 m / 500 m = 9 cm, será a distância entre as duas cidades medidas no 
mapa. 
 
Exemplo de cálculo de escala 
Em um mapa de escala não definida, a distância em linha reta entre duas cidades 
é representada por 5 cm. Sabendo-se que a distância real entre essas duas 
cidades é de 250 km, em qual escala o mapa foi desenhado? 
Fórmula: E = D/d 
d = 5 cm 
D= 250 Km 
 
Aplicando a fórmula, teremos: 
E = 250 km/5 cm = 50 Km/cm, ou seja, 
1 cm = 50 km, que, convertido para centímetros, é igual a 50 km = 5 000 000 cm, 
ou seja: E= 1: 5 000 000 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
Saiba mais: 
Calcular escalas requer um pouco de conhecimento sobre matemática e 
conversão de medidas no sistema métrico. Quer aprofundar sobre o assunto 
relativo a cálculos envolvendo escalas? Assista essa vídeo aula. 
Disponível em: https://bit.ly/2LIxVOb. Acesso em jul 2019. 
 
 
 
 
➢ Classificação das escalas 
 
A escolha do tipo de escala é fundamental para a confecção do mapa e do 
tipo de informação que se pretende representar. Numa escala pequena , o mais 
importante é mostrar os estruturas elementos básicos representados e não a 
exatidão de seu posicionamento. Numa escala grande , existe uma maior 
preocupação com os detalhes a serem representados. 
Quanto ao 
tamanho 
Quanto a 
representação 
Escala Aplicações 
Escala Grande Escala de Detalhe Até 1:25.000 Plantas Cadastrais, 
topográficas, projetos 
de engenharia. 
(túneis, barragens, 
estradas, etc.) 
Escala Média Escala de Semi-
detalhe 
1: 25.000 até 
1:250.000 
Cartas topográficas; 
cobertura de solo 
https://bit.ly/2LIxVOb
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
Escala Pequena Escala de 
Reconhecimento 
ou de síntese 
De 1:250.000 e 
menores. 
Cartas Topográficas e 
cartas gerais. O mapa 
dos atlas, Mapas 
continentais, Mapas-
mundi, etc. 
 
Nota: quanto maior for o denominador da escala (ex.:1:120.000.000), menor será 
o detalhamento no mapa e vice-versa. 
De acordo com a escala, os mapas ou cartas podem ser: 
❖ Cartas cadastrais ou plantas - é uma carta em escala grande e se 
destinamà representação de pequenas áreas, cidades, bairros, fazendas, 
conjuntos residenciais, etc., com elevado grau de detalhamento e de 
precisão. 
❖ Mapas ou cartas topográficas - são cartas feitas em escala médias e 
demonstram as características ou os elementos naturais e artificiais da 
paisagem com um certo grau de precisão ou de detalhamento. 
❖ Mapas ou cartas geográficas - são feitas em escala pequena e 
demonstram as características ou os elementos geográficos gerais de uma 
ou mais regiões, país ou continente, ou mesmo do mundo, o que exige o 
emprego de escalas pequenas. 
 
2. Projeções Cartográficas 
 
Os mapas produzidos ao longo do tempo sempre expressaram ideias ou 
visões de determinada sociedade ou período histórico, como os trabalhos feito 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
pelo flamenco Gerard Mercator (1512-1594), que valorizavam a posição da 
Europa em relação ao resto do mundo. 
No mapa de Mercator, a forma dos continentes é representada com 
fidelidade, mas sua área apresenta distorções. A Europa, com um território de 9,7 
milhões de Km2, aparece com uma superfície maior do que da América do Sul, 
que tem 17,8 milhões de Km2. 
Mas por que isso ocorre? 
 
Saiba mais. 
É impossível tornar uma superfície tridimensional, como é o globo terrestre em 
uma superfície bidimensional, como são os mapas. Por isso que ao transpor as 
áreas sempre ocorrerá deformações. 
Animação explicando como as projeções sofrem as deformações ao tentar 
representar a esfera terrestre. 
Disponível em: https://bit.ly/2JW5utH. Acesso em jul 2019. 
Mapa-múndi - projeção de Mercator 
 
https://bit.ly/2JW5utH
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
Fonte: Atlas Geográfico Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. p.23. 
 No planisfério de Mercator, os meridianos são traçados paralelamente e as 
distâncias entre os paralelos aumentam conforme se aproximam dos polos. 
Assim, áreas distantes do Equador como a Groenlândia, por exemplo, parece ter 
a mesma área da América do Sul, quando na verdade, é quatro vezes menor que 
o Brasil. 
Groenlândia e América do Sul pela projeção de Mercator 
 
Fonte: Oliveira, Cêurio. Curso de Cartografia moderna. 2 ed. Rio de Janeiro. 
FIBGE, 1993. p.64. 
 Essa distorção de tamanho parece reforçar a ideia de superioridade do 
continente europeu. Entretanto, não podemos afirmar que essa era a intenção de 
Mercator. Ao que parece, ele priorizou a forma e os contornos das massas 
continentais, levando em consideração a utilização de seus mapas pelos 
navegadores. 
 O alemão Arno Peters (1916-2002), considerava que os mapas eram uma 
manifestação simbólica da submissão dos países subdesenvolvidos, situados em 
sua maioria no hemisfério sul em relação aos países desenvolvidos, em sua 
maioria situados no hemisfério norte. 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 Em 1974, Peters, baseado em uma antiga proposta do escocês James Gall, 
de 1885, apresentou ao mundo um novo planisfério, onde ele passou a privilegiar 
as áreas em detrimento das formas, uma vez que os territórios dos países eram 
representados com medidas proporcionais, embora com formas distorcidas. 
Projeção Cilíndrica Equivalente de Peters 
 
Disponível em: https://bit.ly/32Jnorf. Acesso em jul 2019 
 Como você pode ver, tanto no planisfério de Mercator quanto no de Peters, 
a representação da superfície da Terra sofrer deformações, seja nas áreas ou seja 
nos formatos. A única maneira de representar a Terra, que é geiode é por meio 
do globo terrestre que é uma representação esferoidal da Terra. Por tanto, todos 
os mapas sofrem de algum tipo de alteração, na forma, na dimensão ou nas 
distâncias dos elementos representados. 
 Para tentar minimizar tais deformações, existem diversas projeções 
cartográficas. Podemos definir uma projeção como sendo um sistema plano de 
meridianos e paralelos, sobre os quais pode ser desenhado um mapa. São 
técnicas de representação sobre um plano bidimensional. Por causa disso, estão 
sujeitas a deformações. 
 
https://bit.ly/32Jnorf
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 2.1. Tipos de projeções cartográficas 
As projeções cartográficas podem ser classificadas segundo vários 
critérios: 
Método Propriedade Situação do 
ponto de vista 
Projeção Posição da superfície 
de projeção 
Geométrica 
perspectiva e 
pseudo-perspectiva 
Equidistante 
 
 
Gnomônica 
 
Por 
desenvolvimento 
(cônica, cilíndrica 
e poliédrica) 
Plana ou azimutal 
(polar, equatorial ou 
horizontal) 
Analítica simples 
ou modificada 
Equivalente Estereográfica Plana ou azimutal Cônica e policônica 
Convencional Conforme Ortográfica Cilíndrica (transversa, 
normal ou horizontal) 
 Afilática 
Disponível em: https://bit.ly/2PtHmj8. Acesso em jul 2019. 
 
2.1.1. QUANTO AO MÉTODO 
a) Geométricas - são obtidos pela interseção, sobre a superfície de projeção, do 
feixe de retas que passa por pontos da superfície de referência partindo de um 
ponto de vista. 
https://bit.ly/2PtHmj8
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
b) Analíticas: baseiam-se em formulação matemática obtida com o objetivo de se 
atender características previamente estabelecidas. 
c) Convencionais: São as que só podem ser traçadas com o auxílio de cálculo e 
tabelas. 
 
2.1.2 . QUANTO A PROPRIEDADE 
a) CONFORMES: projeções que alteram as áreas e conservam as formas (Ex.: 
Projeção de Mercator); 
b) EQUIVALENTES: projeções que modificam as formas e mantém as áreas (Ex.: 
Projeção de Peters); 
c) EQUIDISTANTES: projeções que preservam algumas distâncias preferenciais 
(Ex.: Mapa presente na bandeira da ONU); 
d) AFILÁTICAS: são aquelas projeções onde os ângulos e os comprimentos não 
são conservados (Ex.: Projeção de Robinson). 
 
2.1.3. QUANTO AO PONTO DE VISTA 
a) Projeção Gnomônica: O ponto de vista está no centro da Terra. 
b) Projeções Estereográficas: O ponto de vista está no ponto diametralmente 
oposto à tangência do plano de projeção. 
c) Projeções Ortográficas: O ponto de vista está no infinito. 
https://bit.ly/2Y5HMEd
https://bit.ly/1RefAPP
https://bit.ly/1IAqAFz
https://bit.ly/1XXPV3A
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
Disponível em: https://bit.ly/2ZjVwrG. Acesso em jul 2019. 
 
2.1.4. Quanto a posição da superfície de projeção 
a) CILÍNDRICA - o globo é projetado sobre um cilindro tangente ao Equador. 
b) CÔNICA - o globo terrestre é projetado sobre um cone tangente a um paralelo. 
c) PLANA OU AZIMUTAL - o globo é projetado sobre um plano tangente ao polo, 
ao Equador ou a um paralelo. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2OmQUjt. Acesso em jul 2019. 
https://bit.ly/2ZjVwrG
https://bit.ly/2OmQUjt
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
2.1.5. Outras projeções 
Projeção ortográfica - apresenta um hemisfério como se o víssemos a grande 
distância, as terras próximas ao Equador aparecem com forma e áreas corretas, 
as deformações ocorrem à medida que se afastam do Equador. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2YoGKCB. Acesso em jul 2019. 
Projeção de Mollweide - os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas 
curvas. As zonas centrais apresentam grande exatidão, mas as extremidades 
apresentam grandes distorções. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2Yq5gyZ. Acesso em jul 2019. 
 
 
 
https://bit.ly/2YoGKCB
https://bit.ly/2Yq5gyZ
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
Projeção de Goode - é uma projeção descontínua, pois tenta eliminar várias 
áreas oceânicas. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2JW04Pt. Acesso em jul de 2019. 
Projeção de Holzel - projeção equivalente, seu contorno elipsoidal faz referência 
à forma aproximada da Terra que tem um ligeiro achatamento nos pólos. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2MoviAi. Acesso em jul 2019. 
ProjeçãoAzimutal Equidistante Oblíqua - Nesta projeção, centrada em São 
Paulo, os ângulos azimutais são mantidos a partir da parte central da projeção. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2ygrSHM. Acesso em jul 2019. 
https://bit.ly/2JW04Pt
https://bit.ly/2MoviAi
https://bit.ly/2ygrSHM
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
Projeção Azimutal Equidistante Polar - projeção que tem os pólos em sua 
porção central. As maiores deformações estão em longe dos polos. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2SLtzGv. Acesso em jul 2019. 
 
Anamorfose 
As anamorfoses são mapas que não apresentam rigor cartográfica, pois 
não possuem escala cartográfica definida e não há preocupação com a forma e 
nem com a equivalência das áreas. 
Nas anamorfoses, as áreas representadas sofrem deformações 
matematicamente calculadas, tornando-se diretamente proporcionais a um 
determinado critério ou informação que se está considerando. 
 
Disponível em: https://bit.ly/335tDpw. Acesso em jul 2019. 
https://bit.ly/2SLtzGv
https://bit.ly/335tDpw
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
Disponível em: https://bit.ly/2YpahrI. Acesso em jul 2019. 
 
Saiba mais: 
Site com animação das diversas projeções cartográficas. Disponível em: 
https://bit.ly/1g8Wg4G. Acesso em jul de 2019. 
Lista das Projeções Cartográficas (em inglês). Disponível em: 
https://bit.ly/2rXNSpz. Acesso em jul de 2019. 
Site onde é possível fazer uma comparação entre as projeções. (Em inglês). 
Disponível em: https://bit.ly/2LKkD3E. Acesso em jul de 2019. 
 
3. Rumo e Azimute 
 Como vimos na unidade anterior, a bússola aponta para o norte magnético 
e para localizarmos o norte geográfico é necessário calcular a declinação 
magnética da Terra. 
Ainda há uma diferença angular entre o Norte Geográfico e o Norte da 
Quadrícula. A essa diferença chamamos de Convergência Meridiana. Como as 
quadrículas das cartas são planas, apenas no meridiano central de cada quadrícula, 
o Norte Geográfico coincide com o Norte da Quadrícula 
https://bit.ly/2YpahrI
https://bit.ly/1g8Wg4G
https://bit.ly/2rXNSpz
https://bit.ly/2LKkD3E
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
 
Fonte: CARVALHO, Edilson Alves. Leituras cartográficas e interpretações 
estatísticas. Natal: EDUFRN, 2011. 
 
Rumo 
É o menor ângulo formado entre uma direção Norte e Sul e o alinhamento. 
Após o valor do rumo deve ser indicado o quadrante geográfico a que o mesmo 
pertence, ou seja: NO, NE (NW), SO (SW) ou SE. 
 
 
 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
Fonte: CARVALHO, Edilson Alves. Leituras cartográficas e interpretações 
estatísticas. Natal: EDUFRN, 2011. 
Azimute 
É o ângulo formado entre a direção Norte-Sul e a direção considerada, 
contado a partir do Pólo Norte, no sentido horário. É recomendável a 
transformação dos rumos em azimutes, tendo em vista a praticidade nos cálculos 
de coordenadas, e também para a orientação. 
Há três tipos de azimutes: 
1. Azimute Magnético: quando medido a partir do Norte Magnético; 
2. Azimute Geográfico: quando medido a partir do Norte Geográfico; 
3. Azimute Cartográfico: quando medido a partir do Norte Cartográfico ou da 
Quadrícula. 
Para transformar azimutes em rumo temos: 
 
QUADRANTE FÓRMULA 
NE (0º - 90º) Rumo = Azimute * 
 
NE 
SE SW 
NW 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
SE (90º - 180º) 180º - Azimute 
SW (180º - 270º) Azimute - 180º 
NW (270º - 360º) 360º - Azimute 
* Valor numérico do Rumo será igual ao valor numérico do Azimute. Quando 
transformamos de Azimute para Rumo não podemos esquecer de indicar o 
quadrante. 
 
Exemplos: 
 
 
Fonte: CARVALHO, Edilson Alves. Leituras cartográficas e interpretações 
estatísticas. Natal: EDUFRN, 2011. 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
 
 
Exemplo de conversão azimute em rumo: 
Um aeronave precisa se ir para um determinado rumo, ainda desconhecido pelo 
piloto. O engenheiro de voo deixou escrito no plano de voo que o azimute do 
destino é 260°50'. Qual o rumo que a aeronave deve tomar? 
Resolução: 
a) Primeiro - determinar em qual quadrante está o grau 260°. 
Cada quadrante corresponde a 90°, portanto está no 3º quadrante ou SW. 
b) Sabendo que o quadrante é o 3º , pegamos a fórmula do quadrante SW que é 
Azimute - 180º. 
Bem vamos agora aplicar a fórmula e resolver... 
260° - 180º = 80º SW é o rumo da aeronave. 
(Lembrando que se o azimute for em graus e minutos, ex.: 260º50’, deve-se utilizar 
o devido cálculo matemático, onde 1º equivale a 60’, 1’ equivale a 60’’, etc.) 
 
Saiba mais. 
Conversão rumo x azimute. Disponível em: https://bit.ly/2K8fhvJ. 
https://bit.ly/2K0rKD7. Acesso em jul de 2019. 
 
 
https://bit.ly/2K8fhvJ
https://bit.ly/2K0rKD7
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
4. A projeção universal transversa de mercator 
 
Na realidade, a conhecida UTM não é uma projeção, mas sim um sistema 
de projeção transversa de Mercator (conforme de Gauss). Esse sistema surgiu em 
1947, para determinar as coordenadas retangulares nas cartas militares, em 
escala grande de todo o mundo. Talvez seja a projeção mais utilizada no mundo 
devido a inúmeros fatores, dentre eles a facilidade na interpolação de 
coordenadas. 
A projeção UTM , é uma projeção cilíndrica que passa pelos polos da Terra, 
seguindo tangente a um “meridiano central” e o seu antimeridiano (figura 1). A 
precisão é melhorada quando se usa um cilindro secante (figura 2). 
 
Figura 1 
 
 
Figura 2 
 
 
Disponível em: https://bit.ly/2YaMOPV. Acesso em jul 2019. 
https://bit.ly/2YaMOPV
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
 
Nesse sistema, a Terra é dividida em 60 fusos com 6o de longitude, os quais 
têm início no antimeridiano de Greenwich (180º). O sistema UTM é utilizado no 
mapeamento de áreas com pouca extensão no sentido leste-oeste. 
Cada fuso é bem alongado, possui um meridiano central absolutamente 
reto e poucas distorções. Enfim, a UTM é muito bem adequada para cartas de 
escala entre 1:1.000.000 até 1:10.000. Somente é preciso subdividir a área em 
tamanhos convenientes para o mapeamento e para um sistema de coordenadas 
quadriculadas, assunto dos próximos dois ítens. 
 
Disponível em: https://bit.ly/2JUqq4o. Acesso em jul 2019. 
A contagem dos fusos no sistema UTM se inicia no antimeridiano, ou seja, 
no meridiano de 180º. A coordenada no Equador equivale 10.000.000 de metros 
e a coordenada no meridiano central vale 500.000 metros. 
A direita do meridiano central, as coordenadas E (longitude, X) são somadas 
a 500.000 e a esquerda, as coordenadas são subtraídas de 500.000. No hemisfério 
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Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
sul, às coordenadas N (latitude, Y) são subtraídas de 10.000.000 e no hemisfério 
norte são somadas a 0. 
Apesar de ser o mais utilizado mundialmente, o sistema de projeção UTM 
tem seus problemas. O maior de todos eles é que o globo é dividido em fusos de 
6º de longitude cada. Para se mapear mapear uma área que ultrapasse esta 
extensão, a projeção UTM não pode mais ser utilizada. 
 
Síntese 
Nesta Unidade, você conheceu um pouco sobre a escala, as projeções 
cartográficas e como elas representam a visão do mundo do cartógrafo, 
coordenadas UTM, azimute e rumo. 
Além disso, aprofundou um pouco mais sobre conhecimentos 
cartográficos e suas aplicações. 
Portanto, nesta unidade você aprendeu que: 
● A escala é imprescindível na cartografia moderna para a construção 
de mapas e que ela representa a relação entre as distâncias real e 
no mapa. 
● As projeções cartográficas foram a maneira que os cartógrafos 
encontraram para minimizar as distorções que ocorriam entre a 
transposição do globo para o plano e que não há uma projeção 
melhor do que outra. 
● Para nosorientarmos, não basta apenas nos localizarmos através de 
uma bússola, pois há também que se encontrar o rumo, por meio da 
transposição das coordenadas do azimute. 
● O Sistema UTM, ou projeção transversa de Mercator é o sistema de 
projeção mais utilizado no mundo, pois sobrepõe fusos a fim de 
diminuir as deformações que ocorrem ao se transpor a esfericidade 
da Terra para um plano. 
 
Até a próxima unidade! 
 
Cartografia Sistemática - Unidade 2 - Introdução à Cartografia 
 
Bibliografia 
ANDERSON, Paul S. Princípios de Cartografia Básica. v. 1. Illinois State University, 
1982. BRANDALIZE, Maria Cecília; FREITAS, Cíntia Obladen. Ensinando Topografia 
e Geoprocessamento. Disponível: https://bit.ly/2OCF7h9. 
ROBINSON, A. H.; SALE, R. D.; MORRISON, J. L.; MUEHRCKE, P. C. Elements of 
Cartography. New York: Wiley, 1984. 
QUEIROZ FILHO, A. P. A escala nos trabalhos de campo e laboratório. In: VENTURI, 
L.A.B. Praticando Geografia. São Paulo: Oficina de Texto. 2005, p.55-67. SANTOS, 
M. C. S. R. Manual de Fundamentos Cartográficos e diretrizes gerais para 
elaboração de mapas geológicos, geomorfológicos e geotécnicos. São Paulo: 
Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1990. 
MARTINELLI, M. Mapas da Geografia e Cartografia Temática. São Paulo: Contexto, 
2005. 
CARVALHO, Edilson Alves. Leituras cartográficas e interpretações estatísticas. 
Natal: EDUFRN, 2011. 
FITZ, Paulo Roberto. Cartografia Básica. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. 
OLIVEIRA, Cêurio. Curso de Cartografia moderna. 2 ed. Rio de Janeiro. FIBGE, 1993. 
 
 
 
 
https://bit.ly/2OCF7h9

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