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1-Civil III - Prof. Consuelo Huebra

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DIREITO CIVIL II – PROFESSORA CONSUELO HUEBRA
FALTA A AULA 1!
AULA 2 
OBRIGAÇÃO E DIREITO SUBJETIVO
A relação obrigacional sempre envolve direito subjetivo, poder que uma das partes tem de exigir da outra uma conduta. O campo das obrigações, em regra, não envolve direito potestativo (poder de satisfazer o seu direito sem que a outra parte precise praticar qualquer conduta).
O direito subjetivo gera dever jurídico, enquanto o direito potestativo gera sujeição. Isso significa que o direito subjetivo pode ser descumprido, nascendo para o sujeito ativo a pretensão, o que não ocorre com o direito potestativo, que não comporta descumprimento.
Principais classificações das obrigações:
Obrigações positivas ou negativas 
– Dar e fazer (positivas)
 – Não - fazer (negativa)
Formais (solenes => a lei impõe uma forma) 
Ou informais (não-solenes =>lei não impõe uma forma)
Obs.: Art. 107, do CC: A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
Principais (existência autônoma, existe por si própria)
Ou acessórias (para existir depende da principal)
Obs.: O acessório segue o mesmo destino do principal – princípio da gravitação jurídica
Líquidas (são aquelas que são certas quanto à existência e determinadas quanto ao montante)
Ou inlíquidas (são aquelas em que faltam, pelo menos, um desses elementos, ou seja, certeza de existência ou determinação do montante)
De meio (são aquelas em que o devedor tem que empregar todos os meios técnicos possíveis para a obtenção de um resultado, sem, entretanto, responsabilizar-se por este).
De resultado (são aquelas em que o devedor só se exonera do vínculo jurídico se atingir o resultado esperado).
Com cláusula penal ou sem cláusula penal
Simples (é aquela que apresenta unidade de sujeitos e vínculos de objetos)
Ou composta (é aquela que apresenta multiplicidade de sujeitos em pelo menos um dos pólos, ou multiplicidade de objetos.
A composta pode ser subjetiva, quando há mais de um sujeito, ou objetiva, quando há mais de um objeto. As subjetivas podem ser divisíveis, indivisíveis ou solidárias. As objetivas podem ser alternativas ou cumulativas.
Civis (a regra – pode ser exigida judicialmente) ou naturais (prestações inexigíveis na justiça – CC art. 882 “Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível”.
Obs.: Prestação é a conduta de dar
Tipo=espécie=qualidade
Propter Rem (em face da coisa) – Obrigação que nasce em razão da existência da própria coisa, ou como dizem alguns autores, em razão do direito de propriedade sobre alguma coisa. Essa obrigação, excepcionalmente, não acompanha a pessoa do devedor; ele adere à coisa e quem responde por ela é o proprietário da coisa no momento da cobrança, ainda que o débito seja anterior à sua titularidade.
OBRIGAÇÕES POSITIVAS (dar e fazer) e NEGATIVAS (não fazer)
Obs.: Dar – entregar ou devolver
OBRIGAÇÃO DE DAR 
Dar coisa certa – obrigação nasce com determinação
Dar coisa incerta – não está plenamente definido desde o início. Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
Por analogia o 313 também se aplica ao devedor. Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
	Escolha - Na obrigação de coisa incerta uma das partes vai ter que escolher a espécie (o tipo, a qualidade) do bem a ser entregue. Essa escolha é chamada de CONCENTRAÇÃO DE DÉBITO e normalmente cabe ao devedor, se o contrato não disser. 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Obs.: Esse princípio se aplica tanto ao devedor quanto ao credor
OBRIGAÇÃO DE FAZER
- Impessoal (fungível)
-Personalíssima (infungível), ou seja, contratado em função das qualidades pessoais.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
-Não tem subclassificação
- Exige dever de abstenção
Perda ou deterioração do	
Perda ou deterioração do bem nas obrigações de dar (descumprimento das obrigações de dar)
Obrigação de dar coisa certa - entrega
DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA
-Entrega -------- Perda (destruição total) ------Sem culpa (234, 1ª parte, CC)
 	 ----- Com culpa (234, 2ª parte, CC) 
 --------Deterioração (destruição parcial) ------Sem culpa (235, CC)
 	 ----- Com culpa (236, CC) 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.
-Restituição -------- Perda (destruição total) ------Sem culpa (238, CC)
 	 ----- Com culpa (239, CC) 
 --------Deterioração (destruição parcial) ------Sem culpa (240, 1ª parte CC)
 	 ----- Com culpa (240, 2ª parte CC) 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA
-Descumprimento --------- sem culpa ou com culpa --- 246, CC. Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
	
OBRIGAÇÃO DE FAZER 
Personalíssima ---------- sem culpa (248, 1ª parte) ---------- Com culpa (247 e 248, 2ª parte)
Impessoal 	---------- sem culpa (248, 1ª parte) ---------- Com culpa (249 e 248, 2ª parte)
CAPÍTULO II
Das Obrigações de Fazer
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER ------ Sem culpa (250 CC)
 ------- Com culpa (251, CC) 
CAPÍTULO III
Das Obrigações de Não Fazer
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimentodevido.
Obs.: art. 238 => O art. 238 se refere a direitos inerentes á natureza do contrato. Exemplo: Carlos alugou seu automóvel para Flávio por 30 dias e no dia 17 do mês foi assaltado, descumprindo a obrigação de restituir o bem. Como o descumprimento foi sem culpa, ele não tem que pagar indenização a Carlos, nem mesmo o valor do veículo, mas será devedor do aluguel pelos dias utilizados, até a data do assalto.
Obs.: coisa incerta => A princípio, na obrigação de coisa incerta, o devedor que descumpre a prestação vai pagar indenização com culpa ou sem culpa (art. 246). 
“Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.” 
Isso ocorre porque o credor espera, neste caso, é o gênero e o gênero não perece jamais. Se Carlos se compromete a entregar a Flávio um cavalo, ele não tem desculpa para inadimplemento, pois ainda que ele tivesse pensado em entregar um determinado cavalo que veio a perecer por caso fortuito ou força maior, considerando a expectativa do credor, ele ainda podia cumprir a obrigação levando outro, motivo pelo qual terá que pagar indenização.
A solução, entretanto, não será essa se a coisa incerta fosse restrita a determinado local, e todas as espécies do gênero devido, naquele local, viessem a perecer sem culpa dele.
Exemplo: Carlos se comprometeu a entregar a Flávio um cavalo do Haras Boa Viagem, em função de uma grande enchente todos os cavalos do haras pereceram. Carlos não deve indenizar.
OBRIGAÇÕES COMPOSTAS
Objetivas ---- mais de uma prestação (objeto) ----- Cumulativas
 ----- Alternativas
Subjetivas ---- mais de um devedor e/ou credor ----- Divisíveis
 -----Indivisíveis
 ----- Solidárias 
 
Compostas Objetivas
- Cumulativas (o devedor só de libera da obrigação se cumprir todas as prestações)
 - Alternativas
a) O devedor se libera do vínculo cumprindo apenas uma prestação
b) a escolha (concentração do débito), a princípio, cabe ao devedor, salvo se o contrato estabelece de forma diferente (252, caput, CC: ​ Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou)
c) A escolha só produz efeitos depois de declarada, transformando a obrigação composta numa simples, com um único objeto.
d) Algumas características das obrigações alternativas estão no 252:
CAPÍTULO IV
Das Obrigações Alternativas
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Obs.: Não confundir alternativas ou (com?) facultativas (obrigações com faculdade de solução)
- Duas ou mais prestações devidas. Se uma delas se impossibilita, o credor pode exigir a outra.
- Duas ou mais prestações devidas. Se uma delas impossibilita, o credor pode exigir a outra.
Uma única prestação devida, sendo a outra (acessória) mera faculdade para o devedor se prestação devida se impossibilitar, o credor não pode exigir a outra.
Obs.: A obrigação alternativa tem alguns pontos de semelhança com a obrigação de dar coisa incerta, já que em todas as duas deve ocorrer uma escolha, que tem o mesmo nome e deve ser feita da mesma forma, mas elas são diferentes. A obrigação de coisa incerta é simples, tem um único objeto (uma única prestação devida) e a escolha recai sobre a espécie do único objeto devido. Ao contrário, a obrigação alternativa é composta, tem mais de um objeto (mais de uma prestação devida), e a escolha recai sobre o próprio objeto, ou seja, sobre a conduta a ser prestada.
Obs.: § 1, do 252, a regra se aplica tanto para o credor quanto para o devedor.
CAPÍTULO IV
Das Obrigações Alternativas
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
Os artigos 252, 253, 254, 255 e 256 tratam “Das Obrigações Alternativas CAPÍTULO IV”
ESCOLHA DO DEVEDOR
- Impossibilidade de uma prestação – com ou sem culpa, há concentração automática 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.
- Impossibilidade de todas as prestações:
Sem culpa: Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
Com culpa: Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
Obs.: Se as prestações perecerem ao mesmo tempo, o devedor paga o valor equivalente a uma média de preços mais perdas e danos.

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