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Patologia - Hipófise

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5° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Patologia UCXIII 
Hipófise 
 Dividida em anterior e posterior, localizada na sella 
túrcica e posteriormente ao quiasma óptico. É regulada 
positiva e negativamente ao hipotálamo, o qual é ligado 
pelo infundíbulo. 
 Lobo anterior: adeno-hipófise. Hormônios tróficos, 
alguns com efeito inibitório 
 Lobo posterior: neuro-hipófise 
Hipófise anterior normal: 
 
Sinais e sintomas da doença hipofisária 
 Hiperpituitarismo: aumento de hormônios tróficos. 
Maioria se dá pela presença de adenoma hipofisário 
 Hipopituitarismo: diminuição de hormônios tróficos. 
Processos destrutivos que lesionam hipófise 
(isquemia, cirurgia, radiação, inflamação, meningite) 
 Efeitos de massa: alterações na sela túrcica. 
o Anormalidades dos campos visuais laterais 
(hemianopsia bitemporal) – quiasma óptico 
o Aumento pressão intracraniana. 
o Extensão para base do cérebro – convulsões e 
hidrocefalia. 
o Comprometimento de nervos cranianos. 
o Hemorragia – apoplexia hipofisária (emergência) 
 
Tumores da hipófise anterior 
 Maioria dos tumores de hipófise e maioria 
também é benigno (adenomas). Podem ser funcionantes 
não funcionantes 
 Funcionantes: produzem hormônios – anormalidades 
endócrinas 
 Não funcionantes: efeitos de massa 
 Carcinoma (tumor maligno de hipófise) é raro 
Adenomas hipofisários: 
hiperpituitarismo 
Hiperpituitarismo: adenoma produtor de hormônio, lobo 
anterior. Outros: hiperplasia (pode comprimir a glândula e 
causar aumento de secreção hormonal) e carcinomas, 
tumores extra-hipofisários e hipotalâmicos 
 Classificação dos adenomas depende do hormônio 
produzido (imunohistoquímica). 
 1Podem ser funcionantes, não funcionantes, 
silenciosos (produção hormonal no tecido 
sem alteração clínica). 
 Maioria é composta por 1 único tipo celular e 1 único 
hormônio. Exceto: hormônio crescimento e 
prolactina. Os plurihormonais são raros. 
 Podem ser microadenomas (< 1 cm de diâmetro) ou 
macroadenomas (> 1 cm de diâmetro) 
 Não funcionantes podem produzir lesão maior que 
os funcionantes 
Patogenia: 
 Mutações da proteína G são comuns, codificadas 
pelo gene GNAS, exceto nos adenomas 
tireotróficos, lactotróficos e gonadotróficos. 
 5% associado a hereditariedade MEN1, CDKN1B, 
PRKAR1A e AIP, que regulam transcrição e ciclo 
celular. 
 Agressividade: mutações em genes associados ao 
controle do ciclo celular: TP53, RB. RAS. 
Macroscopia: 
 Macia, bem circunscrita, confinados ou não à sela 
túrcica. 
 30% não encapsulados. 
 Hemorragia e necrose em adenomas maiores. 
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Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 
 
Microscopia: 
 Células poligonais, uniformes, em lâminas, cordões e 
papilas. 
 Reticulina escassa. 
 Núcleos uniformes ou pleomórficos. 
 Mitoses escassas 
 Citoplasmas acidofílicos, basofílicos ou cromófobos 
dependente do produto fabricado pela célula. 
 Adenomas atípicos: mutação TP53 e aumento de 
mitoses. Mais agressivo. 
Células parecidas com a hipófise normal, sem mitoses 
ou atipias, núcleo arredondado 
 
Só sabemos que é adenoma pois tem um aumento da 
massa – enviar para imunohistoquímica para confirmar 
qual o hormônio produzido 
 
Adenomas funcionantes – hiperpituitatismo: ADENOMAS 
LACTOTRÓFICOS: prolactina, mais frequente, 30%. 
Tamanho variável. 
 Hiperprolactinemia: amenorreia, galactorreia, perda 
da libido e infertilidade. 
 Efeitos são sutis em homens e mulheres mais velhas, 
em quem o tumor pode atingir um tamanho grande 
antes de despertar a atenção clínica. 
 Qualquer massa supraselar pode alterar produção de 
prolactina – efeito inibitório no hipotálamo – efeito 
de haste. 
 Gravidez, terapia com altas doses de estrogênio, 
insuficiência renal, hipotireoidismo, lesões 
hipotalâmicas e fármacos inibidores da dopamina 
(exemplo: reserpina). 
Adenomas funcionantes – hiperpituitatismo: ADENOMAS 
SOMATOTRÓFICOS: hormônio do crescimento. 2˚ mais 
comum. 
 Gigantismo, acromegalia (a depender da idade em 
que ocorreu) 
o Gigantismo: antes das epífises ósseas se 
fecharem, na infância 
o Acromegalia: mãos, pés, mandíbula, face 
 Estimula secreção hepática do fator de crescimento 
semelhante à insulina tipo 1 (IGF1) que junto com 
hormônio do crescimento atua no crescimento de 
ossos e músculos 
 Alterações metabólicas: diabetes melito 
 Disfunção gonadal, fraqueza muscular generalizada, 
hipertensão, artrite, insuficiência cardíaca congestiva 
e aumento do risco de câncer gastrointestinal estão 
associados. 
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Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 
 
Adenomas funcionantes – hiperpituitatismo: ADENOMAS 
CORTICOTRÓFICOS: 
 ACTH com hipersecreção de cortisol pela adrenal 
(Doença Cushing). 
 Maioria microadenomas. 
 Coram pelo PAS: ACTH glicosilado 
 Pele hiperpigmentada devido ao aumento da 
produção de hormônio estimulante de melanócitos 
(MSH), que é derivado do mesmo precursor que o 
ACTH, síntese acompanha a do ACTH. 
Outras neoplasias da hipófise anterior: 
 Adenomas gonadotróficos: LH, FSH, atuam sobre 
gônadas. Diagnóstico tardio. 
 Adenomas tireotróficos: TSH, 1%, rara causa de 
hipertireoidismo 
 Adenomas não funcionantes: 24% a 30%. Efeito de 
massa. Hipopituitarismo. 
 Carcinomas: são raros, metástases a distância. 
 
Hipopituitarismo 
 Perda ou ausência de 75% ou mais do parênquima 
da hipófise anterior. 
 Pode ser congênito ou fazer parte de várias 
anormalidades adquiridas, como tumores 
hipotalâmicos. 
 Disfunção da hipófise posterior: diabetes insípido, 
maioria de origem hipotalâmica. 
Causas: 
 Tumores ou outras lesões de massa. 
 Necrose isquêmica da hipófise anterior – síndrome 
de Sheehan ou necrose pós-parto da hipófise 
anterior. 
 Iatrogênica: ablação por cirurgia e radiação. 
 Menos comum: inflamação (sarcoidose, TB), 
traumas, metástases. 
Manifestações: dependem dos hormônios em falta: 
nanismo, infertilidade, impotência, amenorreia, perda de 
pelos, falha lactação. 
 
Síndromes da hipófise posterior 
Neuro-hipófise: células gliais modificadas – pituicitos e 
axônios dos núcleos supraópticos e paraventriculares no 
hipotálamo. 
 Produzem dois peptídeos: 
o ADH (núcleo supraóptico – aumento pressão 
oncótica plasma, distensão átrio esquerdo, 
exercício, emoção. Túbulos coletores, 
reabsorção de água) 
o Citocina: contração músculo liso útero gravídico 
e do músculo que circunda os ductos lactíferos). 
Deficiência de ADH: diabetes insípido 
 Excessiva produção de urina (poliúria) não absorve 
adequadamente a água da urina. 
 Traumatismo craniano, neoplasias e distúrbios 
inflamatórios do hipotálamo e da hipófise, 
procedimentos cirúrgicos - hipotálamo ou a hipófise. 
 Idiopática 
 Diabetes insípido por deficiência de ADH é designado 
como central. 
 Diabetes insípido nefrogênico – falta de resposta 
tubular renal ao ADH circulante 
 Excreção de grandes volumes de urina diluída. O 
sódio sérico e a osmolalidade elevados pela perda 
renal excessiva de água livre - em sede e polidipsia. 
Síndrome da secreção inapropriada de ADH (SIADH): 
 Excesso de ADH 
 Reabsorção de quantidades excessivas de água livre 
– hiponatremia 
 Causas: secreção de ADH ectópica por neoplasias 
malignas (carcinomas de células pequenas do 
pulmão), doenças não neoplásicas do pulmão e 
lesões locais no hipotálamo ou na neurohipófise 
 Hiponatremia, edema cerebral e disfunção 
neurológica. Água corporal total aumentada, volume 
de sangue permanece normal, sem desenvolvimento 
de edema periférico.

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