Buscar

Fundamentos de Macroeconomia para Engenharia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Economia da Engenharia 
Macroeconomia
• Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica;
• Contabilidade social;
• O lado Monetário;
• Inflação
• Política fiscal e setor público
1
Economia da Engenharia 
Fundamentos de Teoria e 
Política Macroeconômica
• Introdução
• Metas de Política Macroeconômica
• Estrutura da Análise Macroeconômica
• Instrumentos de Política Macroeconômica
2
Economia da Engenharia 
Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando
a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os
principais agregados são:
Teoria e Política Macroeconômica
• Renda
• Emprego
• Produto Nacional
• Desemprego
• Investimento
• Estoque de Moeda
• Poupança
• Taxa de Juros
• Consumo
• Balanço de Pagamentos
• Nível Geral de Preços
• Taxa de Câmbio
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, 
porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor
compreensão das interações entre estes. 3
Economia da Engenharia 
Teoria macroeconômica trata de questões de curto
prazo, como por exemplo:
• Desemprego e 
• Estabilização do nível geral de preços
Teoria do desenvolvimento econômico cuida de
questões de logo prazo, como:
• Progresso tecnológico e 
• Política industrial
Teoria e Política Macroeconômica
4
Economia da Engenharia 
1. Crescimento econômico sustentável (PIB)
- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da
quantidade de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico ≠ Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores
sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
Teoria e Política Macroeconômica: 
Metas de Política Macroeconômica
5
Economia da Engenharia 
2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)
- inflação controlada não significa inflação zero;
- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as
classes baixas e sobre as expectativas.
Tipos de inflação:
• demanda
• custos
• inercial
Teoria e Política Macroeconômica: 
Metas de Política Macroeconômica
Inflação: aumento contínuo e 
generalizado do nível geral de 
preços.
6
Economia da Engenharia 
3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que
pode levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).
4. Distribuição Eqüitativa de Renda
- política de longo prazo;
- aumento do poder de compra das classes mais baixas;
- desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: 
Metas de Política Macroeconômica
7
Economia da Engenharia 
Os objetivos de política macroeconômica não são independentes,
podendo ser conflitantes.
Crescimento
Econômico
e
Distribuição
de renda
Renda Aumenta
Aumenta a renda dos pobres,
sem reduzir a dos ricos
(abranda conflitos sociais).
Em países 
subdesenvolvidos
(conflitante)
Aumenta-se a parte dos lucros
e da poupança, demandando
decisões quanto à distribuição
da renda ou investimento em
capital (Teoria do Bolo).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política 
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
8
Economia da Engenharia 
Metas de 
Redução de
Emprego
e
Estabilidade 
De Preços
Com aumento
de compras
Reduz-se o desemprego.
Aproximando do pleno
emprego, os recursos tendem a
escassear, provocando aumento
da inflação (exceto, quando
estiver ocorrendo um
significativo aumento de
produtividade).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política 
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a
ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na
sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção
política pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior.
9
Economia da Engenharia 
10
Parte Real 
da Economia 
Parte Monetária
da economia
Mercado de Bens e Serviços
Mercado de Trabalho
Mercado Financeiro
(monetário e títulos)
Mercado de Divisas
Produto Nacional
Nível Geral de Preços
Nível de Emprego
Salários Nominais
Mercados Var. Determinadas
Taxa de Juros
Estoque de Moeda
Taxa de Câmbio
Teoria e Política Macroeconômica: 
Estrutura da Análise Macroeconômica
O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva
(Produção Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda 
Agregada) permitindo à economia operar a pleno emprego, com 
baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda.
Economia da Engenharia 
•Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do
governo;
•Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na
economia, a taxa de juros e o crédito;
•Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio
externo, saldo do Balanço de Pagamentos equilibrado;
•Política de Rendas: interferências na formação de Preços e
Salários, desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: 
Instrumentos de Política Macroeconômica
11
Economia da Engenharia 
Instrumentos
disponíveis
Arrecadação de
tributos (política 
tributária)
Inibe Consumo 
e Investimento
Anti-
inflacionárias 
Estimula consumo 
e Investimento
Maior 
Crescimento
Diminuição 
dos gastos
Aumento da
carga tributária
Aumento 
dos gastos
Diminuição da
carga tributária
RESULTADO
Melhor Dist.
de Renda 
Impostos
progressivos
Gastos em
setores/ regiões
mais atrasados
Benefício a
grupos menos 
favorecidos
Controle de 
suas despesas
(política de gastos)
Teoria e Política Macroeconômica: 
Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal)
12
Economia da Engenharia 
É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e
das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de
estabilizar o nível geral de preços.
Os instrumentos:
• Emissões de moeda
• Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos
comerciais junto ao Banco Central)
• Open market (compra/venda de títulos públicos)
• Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
• Regulamentação sobre crédito e tx. de juros.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política Monetária)
13
Economia da Engenharia 
Instrumentos
disponíveis
Inibe Consumo 
e Investimento
Anti-
inflacionárias 
Estimula consumo 
e Investimento
Maior 
Crescimento
Diminuir 
(Enxugar)
Aumento da tx.
Aumento 
do estoque
Diminuição da tx.
RESULTADO
Melhor Dist.
de Renda 
Solução mais 
complexa
Estoque 
monetário
Reservas 
compulsórias
Open Market Venda de
títulos
Compra 
de títulos
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política Monetária)
14
Economia da Engenharia 
Política Fiscal Política Monetária
Como política
econômica pode...
Combinação Combinação
Melhoria na
distr. de renda
Mais eficiente 
(tributação e gastos)
Mais difusa 
e genérica
Efeitos 
imediatos
Não tem. Depende de
mudança na Legislação 
e Princípio da 
anterioridade.
Depende apenas de 
decisões diretas das
autoridades 
monetárias.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária)
15
Economia da Engenharia 
Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da
economia.
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)
Controle do Governo
Política Comercial
Instrumentos de incentivo às exportações
e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)
16
Economia da Engenharia 
Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o que 
fariam, em resposta a influênciasnormais do mercado.
Normalmente, esses controles são utilizados como 
política de combate a inflação.
Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política de Rendas)
17
Economia da Engenharia 
Contabilidade Social
Introdução
Principais Agregados Macroeconômicos
Valores Reais e Nominais
Identidades Básicas da Contabilidade Nacional
Aspectos Conceituais
18
Economia da Engenharia 
Contas Básicas: 
• Produto Interno Bruto
• Renda Nacional Disponível
• Transações Correntes com o Resto do Mundo
• Capital
Conta Complementar:
• Conta Corrente das Administrações Públicas
Contabilidade Social: 
Sistema de Contas Nacionais
19
Economia da Engenharia 
Objetivo do sistema de contas nacionais
Permitir a mensuração e a agregação em uma única conta, onde
a agregação é feita através dos preços.
Característica
Não considera os chamados bens e serviços intermediários (que
são absorvidos na produção de outros produtos), ou seja, esse
sistema considera apenas os bens e serviços finais.
Contabilidade Social: 
Sistema de Contas Nacionais
20
Economia da Engenharia 
Pressupostos:
1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são
considerados bens produzidos em período anterior, apenas a
remuneração do vendedor (que é remuneração a um serviço
corrente);
2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os
agregados correspondem a variáveis fluxo (são consideradas
ao longo de um período – dimensão temporal).
3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas
como unidade de medida e instrumento de trocas.
Contabilidade Social: 
Sistema de Contas Nacionais
21
Economia da Engenharia 
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda
Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos
em determinado período de tempo.
PN = Σ pi qi
Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes:
consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços
finais.
DN = Despesas de Consumo (C)
Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são
proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um
período de tempo.
RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l)
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
22
Economia da Engenharia 
Famílias Unid. Produtoras
Mercado de Bens e Serviços
Mercado de Fatores de Produção
Fornecimento de Bens e Serviços
Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção
Despesas de Consumo de Bens e Serviços
Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção
Fluxo monetário
Fluxo real
RN = w + j + a + l
DN = C
PN = pi.qi
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
23
Economia da Engenharia 
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende.
PN = DN
Como no agregado, são excluídas as compras de bens
intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fatores de
produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços
(PN=DN).
Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado
Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao
valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo.
V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Cons.de Prod. Intermed.
(Receita de vendas)
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
24
Economia da Engenharia 
TRIGO FARINHA PÃO
a) Receita de Vendas (VBP) 100 400 1.000
b) Compras Intermediárias 0 100 400
Valor adicionado (a-b) 100 + 300 + 600 = 1.000 = RN
Valores (x Mil)
Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo)
Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha)
Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão)
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (Valor Adicionado)
25
Economia da Engenharia 
Existem 03 formas diferentes de medir o resultado econômico de 
um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico:
Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN)
Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN)
Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN)
Orgão Responsável no Brasil: IBGE
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos
26
Economia da Engenharia 
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos
Economia fechada, sem governo e com formação de capital
Hipóteses:
• As Famílias além de consumir podem poupar;
• As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em
bens de capital.
POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim:
S = RN – C
INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da
economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de
Capital).
I = PN – C
onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento
27
Economia da Engenharia 
Receita Fiscal:
IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.:
ICMS, IPI.
IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e
jurídicas). Ex.: IR, IPTU.
CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas
recolhidos de empregados e empregadores.
OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...)
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
28
Economia da Engenharia 
Gastos do Governo:
Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas provêm 
de dotações orçamentárias.
Gastos das empresas e sociedades de economia mista = Provêm da 
venda de bens e serviços no mercado. 
Gastos com transferências e subsídios
Gastos > Receita Fiscal
Gastos < Receita Fiscal
Déficit Primário (Fiscal)
Superávit Primário (Fiscal)
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
29
Economia da Engenharia 
EXPORTAÇÕES (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços.
São os gastos do setor externo com nossas empresas.
IMPORTAÇÃO (M): são as aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada
no país que “vaza” para fora.
RENDA ENVIADA AO EXTERIOR (RE): parte do que foi produzido internamente não
pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração desses fatores
vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros.
RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR (RR): recebemos renda devido à produção de
nossas empresas operando no exterior.
RLEE = RE – RR (No Brasil, RLEE > 0)
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (O Setor Externo)
32
Economia da Engenharia 
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): é a renda devido à produção
dentro dos limites territoriais do país.
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): renda que pertence
efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas
empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior
pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil.
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (O Setor Externo)
PIB = PNB + RLEE
RE > RR RLEE > 0 PIB > PNBSe :
RE < RR RLEE < 0 PIB < PNB 33
Economia da Engenharia 
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
34
Economia da Engenharia 
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos
35Produto Interno Bruto do Brasil de 1962 a 2015 (em R$)
Fonte: Banco Central do Brasil (2016)
Economia da Engenharia 
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos
36Produto Interno Bruto do Brasil de 1962 a 2015 (em US$)
Fonte: Banco Central do Brasil (2016)
Economia da Engenharia 
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos
37
2013 2015
Fundo 
Monetário 
internacional 
(FMI, 2015)
Economia da Engenharia 
Contabilidade Social:Principais Agregados 
Macroeconômicos (Despesa Nacional - DN)
38
Economia da Engenharia 
O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano mede o grau de
desenvolvimento sócio-econômico dos países. Constitui-se de uma média
aritmética de 3 índices, variando de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o
padrão de desenvolvimento humano):
-Índice de Expectativa de Vida
-Índice do PIB per capita
-Índice de Educação (média ponderada: 
75% Índice de Alfabetização
25% Índice de Escolaridade de jovens entre 7 e 22 anos )
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
39
Economia da Engenharia 
40
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
Fonte: IBGE (2015)
Economia da Engenharia 
41
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
Fonte: FMI, IBGE e Projeção 
Consultorias integradas
Economia da Engenharia 
42
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
Economia da Engenharia 
43
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
Economia da Engenharia 
44
Componentes
•Educação;
•Longevidade
•Renda
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
Economia da Engenharia 
45
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
Economia da Engenharia 
•Moeda: Conceito e Funções 
•Meios de Pagamento: Conceito e Composição
•Oferta de Moeda (Pelo BACEN e Bancos Comerciais)
•Demanda por Moeda
O Lado Monetário
46
Economia da Engenharia 
Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca
de bense serviços. Aceitação garantida por lei.
Instrumento ou
Meio de Troca
Medida de
Valor
Reserva de 
Valor
Promove e facilita o intercâmbio de
bens e serviços. Evita a chamada
economia de trocas ou escambo.
Unidade de Conta. Permite apurar o
valor Monetário.
Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação.
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
47
Economia da Engenharia 
48
Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal
precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a 
aceitação geral pelos agentes econômicos. 
Reserva de Valor: o que determina a riqueza de um país
é sua produção global e não o montante de moeda
existente (Falácia da composição).
O Lado Monetário: 
Moeda – Conceito e Funções
Economia da Engenharia 
Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os
haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor
bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema
econômico.
M = PMPP + DV
Onde:
M = meios de pagamento
PMPP = papel moeda em poder do público 
(ativo de maior liquidez)
DV = depósito a vista (moeda escritural ou
moeda bancária), é o valor que o correntista
tem, não é o cheque.
O Lado Monetário: 
Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
49
Liquidez, 
em contabilidade, 
corresponde à 
velocidade e 
facilidade com a qual 
um ativo pode ser 
convertido em caixa.
Economia da Engenharia 
M1
M2
M3
M4
=
=
=
=
Moeda em poder do Público 
(+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais
Conceito M1
(+) Depósitos de Poupança
(+) Títulos privados (depósitos a prazo, letras cambiais, 
hipotecárias e imobiliárias)
Conceito M2
(+) Fundos de Renda Fixa
(+) Operações compromissadas com títulos federais, títulos 
SELIC(Sistema Especial de Liquidação e Custódia)
Conceito M3
(+) Títulos Públicos federais
O Lado Monetário: 
Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
50
Economia da Engenharia 
Os ativos adicionados ao conceito M1
São chamados quase-moeda ou não monetários.
Volume M4 baixo denota restrições às funções de 
intermediação financeira do sistema bancário.
Este conceito é expresso normalmente como um 
percentual do PIB.
O aumento da relação M4/M1, que se observa nos 
processos inflacionários, chama-se desmonetização. 
A redução de M4/M1, chama-se monetização.
O Lado Monetário: 
Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
51
Economia da Engenharia 
Quando se altera o saldo de M1 (PMPP + DV)
Corresponde a uma queda ou aumento da oferta de moeda disponível.
Ex.: Criação (C), Destruição (D) e (N) p/ qdo não houve (C nem D). 
Exportadores trocam dólares por reais no BC ............................
BC vende dólares aos importadores, recebendo reais em troca..
Empréstimo dos bancos comerciais ao setor privado.................
Resgate de um empréstimo bancário pelo BC.............................
Saque por meio de cheque..........................................................
Depósito a longo prazo...............................................................
Empresa paga funcionários sacando contra seus depósitos a vista
C
D
C
D
N
D
N
O Lado Monetário: Meios de Pagamento
(“Criação” e “Destruição” de Moeda)
52
Economia da Engenharia 
Setor não Bancário: as unidades familiares, as empresas, o
Governo e o sistema financeiro não-monetário (BNDES, Banco de
Investimento). Não recebem depósitos à vista, apenas transferem
dinheiro dos emprestadores para os tomadores.
Setor Bancário: pode criar ou destruir moeda. É permitido aos
bancos comerciais manterem depósitos do público e emprestar
uma quantia superior a suas reservas monetárias (podem
emprestar parte de suas obrigações, que são os depósitos a vista).
O Lado Monetário: Meios de Pagamento
(“Criação” e “Destruição” de Moeda)
53
Economia da Engenharia 
BASE MONETÁRIA (B): total de moeda “física” injetada pelo Banco
Central na economia. Também chamada de Passivo Monetário do Banco Central
ou ainda High Powered Money (moeda de alta potência). Emissão Primária de
Moeda, corresponde ao Passivo Não-Remunerado da Autoridade Monetária.
B = PMPP + Reservas dos Bancos Comerciais
As Reservas Bancárias Totais (R) são compostas por Encaixe em moeda corrente
(R1), Reservas Voluntárias (R2) e Reservas Compulsórias (R3), dos bancos
comerciais junto ao Banco Central. Assim:
R = R1 + R2 + R3 PME = PMPP + R1 B = PMPP + R1+R2+R3
onde: PME = papel moeda emitido
O Lado Monetário: Meios de Pagamento
(“Criação” e “Destruição” de Moeda)
54
Economia da Engenharia 
Fatores que afetam a Base Monetária: o aumento ou diminuição da
base monetária se dá por variações do Ativo do Banco Central não
compensadas por variações do Passivo Não Monetário. Exemplos:
•Operações com Câmbio: quando o BC compra (vende) USD do mercado para as
reservas internacionais há uma expansão (contração) da base monetária;
•Operações com Títulos Públicos: quando o BC compra (vende) títulos públicos
ao mercado há expansão (contração) da base monetária;
•Operações do Tesouro Nacional: pagamentos ao (recebimentos do) Tesouro
Nacional contraem (expandem) a base monetária;
•Operações com o Sistema Financeiro: a concessão de redesconto bancário
expande B e o recolhimento de compulsório sobre Depósitos a Prazo contrai B.
O Lado Monetário: Meios de Pagamento
(“Criação” e “Destruição” de Moeda)
55
Economia da Engenharia 
Banco Central do Brasil: BACEN / BC
• Órgão executivo central do SFN
• Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez;
• Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção;
• Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento
Monetário / Instrumentos de Política Monetária;
• Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda
metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN);
• Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos);
• Administração da dívida pública interna e externa do país;
• Representante junto as IFs internacionais;
O Lado Monetário: BANCO CENTRAL
É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no 
SFN e indiretamente na economia. 56
Economia da Engenharia 
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos
e Instrumentos de PolíticaMonetária)
Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de
crescimento da demanda agregada da economia no curto prazo, de
tal maneira a impedir um crescimento mais rápido que o da oferta
agregada, evitando assim preções no nível geral de preços
(pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de
alguns instrumentos:
1. Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco
deve manter obrigatoriamente depositada no Bacen, sem
remuneração.
•Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de
recursos para empréstimos e, assim, diminui a oferta de
moeda. 57
Economia da Engenharia 
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e 
Instrumentos de Política Monetária)
2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de
empréstimos do BC aos bancos comerciais em situações de
falta temporária de liquidez (geralmente esta linha é
punitiva).
Aumento da taxa de redesconto leva os bancos
diminuirem a oferta de moeda
58
Economia da Engenharia 
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e 
Instrumentos de Política Monetária)
3. Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são
compras ou vendas de títulos públicos realizadas pelo BACEN
junto ao sistema bancário. É o instrumento de maior
eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez do
mercado monetário .
• Quando o BACEN compra títulos públicos do mercado ele
injeta reais, elevando a liquidez da economia devido ao
aumento da oferta de moeda.
• Quando o BACEN vende títulos públicos do mercado ele
retira reais, diminuindo a liquidez da economia devido à
redução da oferta de moeda
59
Economia da Engenharia 
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e 
Instrumentos de Política Monetária)
4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a
disposição dos bancos em conceder crédito ou tomar
posições no mercado de títulos, de câmbio ou futuros de
acordo com:
• Regulação do crédito;
• Persuasão moral;
• Supervisão e Fiscalização bancária
60
Economia da Engenharia 
Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É
uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do
empréstimo, para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de
emissão de moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros.
Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências:
i. Sobe o custo para os tomadores de fundos;
ii. Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a
atratividade de aplicar no mercado financeiro;
iii. Incentiva o ingresso de recursos de outros países;
iv. Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento,
estimulando a especulação no mercado financeiro;
v. Aumenta o custo da dívida pública interna.
O Lado Monetário: 
Política Monetária (Taxa de Juros)
61
Economia da Engenharia 
Conclusões:
• A Demanda de moeda de uma economia se eleva a medida que se produz
mais renda, ou seja, quando a atividade produtiva agrega mais riqueza;
• Essa demanda decresce quando os juros sobem, gerando maiores
expectativas de lucros aos investidores;
• Essa demanda decresce quando aumenta o processo inflacionário, que
destrói o poder de compra da moeda;
• A oferta monetária é fixa em Ms, dada a base monetária (B) fixada pelo BC e
os parâmetros comportamentais e regulatórios (D, R1, R2, R3);
• No lado da demanda monetária, a interação entre oferta e demanda no
mercado monetário determinará a taxa de juros de equilíbrio (i0).
O Lado Monetário: 
Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
62
Economia da Engenharia 
Inflação
• Conceito
• Distorções Provocadas
• Causas
• O Imposto Inflacionário
• A curva de Phillips
63
Economia da Engenharia 
Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível
geral de preços.
Custos gerados pela inflação:
• a distribuição de renda (concentração de renda);
• o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo);
• as expectativas (perda das expectativas);
• o mercado de capitais (desestímulo a aplicação);
• ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é 
alta e estável, levando os agentes econômicos a tomarem 
decisões equivocadas.
Inflação: Conceito
64
Economia da Engenharia 
Distribuição de Renda
• Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não
mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na
subsistência).
• Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de
custos provocados pela inflação, garantem os lucros.
• O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.
Balanço de Pagamentos
• Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de
preços internacionais, encarecem o produto nacional
relativamente ao produzido no exterior. Assim, provocam o
estímulo às importações e desestímulo às exportações,
diminuindo o saldo da balança comercial.
Inflação: Distorções
65
Economia da Engenharia 
Formação de Expectativas
• O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante
sensíveis com relação aos investimentos, dado a
imprevisibilidade da economia e portanto dos lucros.
Mercado de Capitais
• Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda
deteriora-se e portanto há um estímulo na aplicação de bens de
raiz (Terra, imóveis). E desestímulo na aplicação no mercado de
capitais financeiros (No Brasil, a correção monetária minimizou
esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de
poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo
ao crescimento da inflação).
Inflação: Distorções
66
Economia da Engenharia 
Inflação: Tipos de inflação
I. Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à produção
disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno
emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e
serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não,
necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços.
Nível Geral
de Preços
Y1Y0
DA0
DA1
OA
Y
P1
P0
A curto prazo, a demanda agregada
é mais sensível à alterações de
política econômica que a oferta
agregada (longo prazo). Assim, a
política preconizada para combatê-
la seria a que provocasse redução
desta procura por bens e serviços.
s
cpM C DA OA P↑ ⇒↑ ⇒↑ ⇒ ⇒↑
67
Economia da Engenharia 
Inflação: Tipos de inflação
II. Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o
mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos
preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de
certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação dos
custos de produção.
Também pode ser causada por
aumentos autônomos nos preços de
matérias-primas básicas, os chamados
choques de matérias-primas (crise do
petróleo, choques agrícolas). Política
adotada: Controle direto de preços (via
política salarial rígida, fiscalização
sobre os lucros dos oligopólios,
controle de preços dos produtos).
Custos de produçãoinsumos finalP P↑ ⇒↑ ⇒↑
Nível Geral
de Preços
Y0
OA0
DA
Y
P1
P0
OA1
Y1 68
Economia da Engenharia 
Inflação: Tipos de inflação
III. Inflação Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores,
que são sempre repassados aos preços correntes.
IV. Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços
provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a
crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro.
V. Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são:
• Crise orçamentária;
• Governo não consegue se financiar via emissão de títulos;
• Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas.
Como acabar com uma hiperinflação?
• Fazer ajuste fiscal;
• Regras que acabem com a monetização do déficit;
• Reforma monetária;
• Âncora cambial
• Independência do BC (fim da monetização do déficit). 69
Economia da Engenharia 
Sistema de Metas de Inflação (“Inflation Target”)
• “Bandas” fixadas para a inflação futura, controladas pela
política monetária, principalmente a partir da taxa de juros
(SELIC);
• IT atinge diretamenteo objetivo de longo prazo da política
monetária: transparência e também, consistente com visão
moderna das limitações da política monetária (demanda por
moeda é instável, assim como a relação entre moeda e
inflação);
• Elege objetivo de estabilidade de preços como prioritário e
impõe a avaliação de impactos a longo prazo de ações a curto
prazo.
Inflação: Política Monetária e Inflação
70
Economia da Engenharia 
Inflação e taxa de desemprego
71
Economia da Engenharia 
Inflação no Brasil e as Correntes Econômicas
Causas Principais
Ajuste fiscal (para reduzir déficit e
dívida pública, via reformas fiscal,
previdenciária, privatização);
Controle monetário (juros e moeda); 
Liberalização do comércio exterior
(abertura comercial e valorização
cambial)
Indexação generalizada (formal e
informal)
Desindexação (para apagar a
"memória ou inércia inflacionária",
via congelamento de preços,
salários e tarifas: Planos Cruzado,
Bresser - ou troca de moeda: Plano
Real)
Controle de preços de oligopólios
Controle cambial
Reformas estruturais
Conflitos distributivos (pressões de
margens de lucro, pressões
salariais, pressões de tarifas e
preços públicos provocam inflação
de custos)
Estruturalistas
Desequilíbrio do setor público (o
déficit e a dívida pública provocam
descontrole monetário, causando
inflação de demanda)
Políticas Antiinflacionárias
Liberais
Inercialistas
Corrente
72
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e o setor Público
• O Crescimento da Participação do Setor 
Público na Atividade Econômica
• As Funções Econômicas do Setor Público
• Estrutura Tributária
• Conceito de Déficit Público
73
Economia da Engenharia 
Crescimento da renda per capita - gera um aumento da
demanda de bens e serviços públicos (lazer, educação superior,
medicina, etc.);
Mudanças Tecnológicas: maior demanda por infra-estrutura;
Mudanças Populacionais: Com seu aumento, faz com que o
Estado aumente sua despesa com educação, saúde, etc;
Efeitos de Guerra: a participação do Estado aumenta;
Mudanças da Previdência Social
Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da 
Participação do Setor Público na Atividade Econômica
74
Economia da Engenharia 
A evolução das economias mundiais no século XX levou ao
desenvolvimento dos mercados financeiros, do comércio
internacional, tornando mais complexas as relações econômicas
adicionando incertezas e especulação.
Portanto, a economia (sistema de mercado) não tinha mais
condições de regular-se automaticamente, ou seja, sem a atuação
econômica do Setor Público. Ex.: O crack da Bolsa de Nova York,
em 1929.
Função Alocativa
Função Distributiva
Função Estabilizadora
Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da 
Participação do Setor Público na Atividade Econômica
75
Economia da Engenharia 
Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento
de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo
sistema de mercado (chamados bens públicos).
Bens Públicos: são bens de uso coletivo
Característica: impossibilidade de excluir determinados
indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume à
disposição do público. Ex.: meteorologia, defesa nacional e
serviços de despoluição.
Política Fiscal e Déficit Público: As Funções 
Econômicas do Setor Público
76
Economia da Engenharia 
Função Distributiva: depende da distribuição de renda que
dependerá da produtividade de cada indivíduo no mercado de
fatores de produção e também da influência das diferentes
dotações iniciais de patrimônio. A atuação do Governo como
agente redistribuidor se dá através:
• Tributação Progressiva
• Subsídios para consumidores de baixa renda
• Gastos públicos para áreas mais pobres
Política Fiscal e Déficit Público:
As Funções Econômicas do Setor Público
77
Economia da Engenharia 
Função Estabilizadora: relacionada com a intervenção do
Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis
de preços e emprego, já que o pleno emprego e a estabilidade
de preços não ocorrem de maneira automática na economia.
Política Fiscal e Déficit Público:
As Funções Econômicas do Setor Público
78
Economia da Engenharia 
Princípio da Neutralidade: quando os tributos não alterarem os
preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões
econômicas dos agentes de mercado.
Princípio da Eqüidade: distribuição de maneira justa do ônus entre
os indivíduos. Pode ser dividida em dois tipos:
•Princípio do Benefício: o indivíduo pagaria o tributo para igualar
o preço do serviço recebido ao benefício marginal que ele recebe.
Problemas: Identificação do benefício que cada um atribui a
diferentes quantidades do bem ou serviço público.
Aplicação do Princípio: Taxas (transportes, energia)
Política Fiscal e Déficit Público:
Estrutura Tributária – Princípios de Tributação
79
Economia da Engenharia 
Princípio da Eqüidade (continuação…)
• Princípio da Capacidade de Pagamento: os agentes devem
contribuir de acordo com a sua capacidade de pagamento.
Exemplo: Imposto de Renda.
• Medidas utilizadas: Renda, consumo e patrimônio.
Renda: normalmente são impostos progressivos;
Consumo: abrangência global, logo, são normalmente
regressivos;
Patrimônio: tem o problema de serem formados por fluxos de
renda passados que já foram anteriormente tributados.
Política Fiscal e Déficit Público:
Estrutura Tributária – Princípios de Tributação
80
Economia da Engenharia 
Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos
negativos sobre a eficiência econômica. Sendo adequados, os
impostos podem ser utilizados na correção de ineficiências do
setor privado. Os impostos podem ser divididos em:
Diretos: incidem diretamente sobre a renda das pessoas;
Indiretos: incidem sobre o preços das mercadorias. Específicos:
valor fixo, independente do valor do bem; Ad Valorem: alíquota
fixa sobre o valor do bem.
Política Fiscal e Déficit Público:
Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica
81
Economia da Engenharia 
Estrutura Tributária:
• Progressiva: alíquota aumenta com o aumento da renda. Ex: I.R -
Progressivo, logo, mais justo do ponto de vista fiscal);
• Regressiva: quanto maior a renda, menor a tributação, em
proporção à renda. Ex.: Impostos indiretos (vendas);
• Proporcional (Neutra): todos pagam a mesma alíquota. 
Política Fiscal e Déficit Público:
Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica
82
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica
83
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
Juros nominais (serviço da dívida)
Déficit operacional (não é mais 
calculado oficialmente no Brasil)
Déficit 
Nominal 
(ou déficit 
total)
Correção 
monetária
Juros reais
Déficit 
primário
Fonte: Prof. Paulo Nogueira Batista Jr (REP-1989)84
Economia da Engenharia 
Déficit Primário = Gastos Públicos Correntes (G) – Receita Fiscal
Corrente (T)
É medido excluindo, do Déficit Total, a correção monetária e os
juros reais da dívida contraída anteriormente (É considerado o
melhor método de avaliação da política fiscal, uma vez que
elimina do déficit presente os efeitos dos déficits anteriores.
Déficit Operacional = (G – T) + juros reais da dívida
É medido pelo déficit primário acrescido dos juros reais da dívida
passada. Ou seja, é o déficit total ou nominal, excluindo a
correção monetária e a cambial (É considerada a medida mais
adequada para refletir as necessidades reais de financiamento
do setor público).
Política Fiscal e Déficit Público:
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
85
Economia da Engenharia 
Déficit Nominal = (G – T) + juros reais + correção monetária e 
cambial da dívida = juros nominais da dívida pública
Essa medida indica o fluxo líquido de novos financiamentos,
obtidos ao longo de um ano pelo setor público não financeiro em
suas várias esferas: União, governos estaduais e municipais,
empresas estatais e Previdência Social.
Política Fiscale Déficit Público:
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
86
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
Dívida pública é quanto o governo deve para entidades e para a sociedade. O
governo toma dinheiro emprestado para financiar parte dos seus gastos que não
são cobertos com a arrecadação de impostos, ou para a gestão financeira.
87Fonte: https://www.infomoney.com.br/blogs/economia-e-politica/terraco-economico/post/5382497/evolucao-divida-
publica-brasileira-desde-1978-grafico-para-voce-refletir
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
88
Tx de Envelhecim. da População Taxa de Fecundidade
https://www.insper.edu.br/conhecimento/conjuntura-economica/reforma-previdencia-brasil-em-graficos/
Esforço para pagar aposentadorias
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
89https://www.insper.edu.br/conhecimento/conjuntura-economica/reforma-previdencia-brasil-em-graficos/
Expectativa de vida do brasileiro Aposentados mais jovens Déficit da Previdência
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
90https://www.insper.edu.br/conhecimento/conjuntura-economica/reforma-previdencia-brasil-em-graficos/
Gastos da União Previdência do Brasil e do mundo Setor público e o privado
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
91
http://especiais.g1.globo.com/economia/2016/entenda-a-previdencia/#!/o-
dinheiro-da-previdencia/
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
92
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
Financiamento do Déficit
1.Emissão de Moeda ⇒ Inflação de Demanda
O Tesouro Nacional (União) pede emprestado ao BC. Forma
Inflacionária (Imposto Inflacionário), mas não aumenta o
endividamento público no setor privado. Também chamado de
Monetização da dívida, ou seja, o BC cria moeda (base
monetária) para financiar o Tesouro.
G – T < 0 ⇒ Déficit Primário ⇒ Financiado por:
93
Economia da Engenharia 
Política Fiscal e Déficit Público:
Financiamento do Déficit
2.Aumento dos Impostos (T) e/ou Queda de (G) ⇒
Informalismo / Queda no nível de produto
3.Emissão de Títulos Públicos ⇒ Aumento da Dívida Pública
Venda de Títulos da dívida pública ao setor privado (interno e
externo). O governo troca títulos (ativo financeiro não
monetário) por moeda, o que não gera inflação. No entanto,
provoca elevação da dívida pública. E ainda, sim, precisa
oferecer juros mais atraentes, elevando ainda mais o
endividamento
G – T < 0 ⇒ Déficit Primário ⇒ Financiado por:
94
Economia da Engenharia 
Por que países que têm um déficit público, em relação ao PIB, mais elevado que
o Brasil, como os Estados Unidos, Itália, Espanha, Coréia, têm taxas de inflação
quase nulas ?
A resposta não está no montante ou valor do déficit, mas em seu horizonte de
financiamento.
Países de moeda forte, as dívidas são distribuídas de forma uniforme ao longo de
20 ou 30 anos (investidores internacionais compram títulos de longo prazo, o que
não ocorre no Brasil), pois, preferem investir em países que ofereçam menores
riscos para suas aplicações.
Assim, para os países em desenvolvimento, além de prazos relativamente curtos,
são obrigados a oferecer as maiores taxas de juros do mundo, para atrair capitais
e externos.
Política Fiscal e Déficit Público:
Déficit Público e Inflação
95
Economia da Engenharia 
Obrigado!
Fundamentos 
da economia
96
	Macroeconomia
	Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica
	Número do slide 3
	Número do slide 4
	Número do slide 5
	Número do slide 6
	Número do slide 7
	Número do slide 8
	Número do slide 9
	Número do slide 10
	Número do slide 11
	Número do slide 12
	Número do slide 13
	Número do slide 14
	Número do slide 15
	Número do slide 16
	Número do slide 17
	Número do slide 18
	Número do slide 19
	Número do slide 20
	Número do slide 21
	Número do slide 22
	Número do slide 23
	Número do slide 24
	Número do slide 25
	Número do slide 26
	Número do slide 27
	Número do slide 28
	Número do slide 29
	Número do slide 32
	Número do slide 33
	Número do slide 34
	Número do slide 35
	Número do slide 36
	Número do slide 37
	Número do slide 38
	Número do slide 39
	Número do slide 40
	Número do slide 41
	Número do slide 42
	Número do slide 43
	Número do slide 44
	Número do slide 45
	Número do slide 46
	Número do slide 47
	Número do slide 48
	Número do slide 49
	Número do slide 50
	Número do slide 51
	Número do slide 52
	Número do slide 53
	Número do slide 54
	Número do slide 55
	Número do slide 56
	Número do slide 57
	Número do slide 58
	Número do slide 59
	Número do slide 60
	Número do slide 61
	Número do slide 62
	Número do slide 63
	Número do slide 64
	Número do slide 65
	Número do slide 66
	Número do slide 67
	Número do slide 68
	Número do slide 69
	Número do slide 70
	Número do slide 71
	Número do slide 72
	Número do slide 73
	Número do slide 74
	Número do slide 75
	Número do slide 76
	Número do slide 77
	Número do slide 78
	Número do slide 79
	Número do slide 80
	Número do slide 81
	Número do slide 82
	Número do slide 83
	Número do slide 84
	Número do slide 85
	Número do slide 86
	Número do slide 87
	Número do slide 88
	Número do slide 89
	Número do slide 90
	Número do slide 91
	Número do slide 92
	Número do slide 93
	Número do slide 94
	Número do slide 95
	Número do slide 96

Continue navegando