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SINOPSE DO CASE: EFEITOS DO SALÁRIO MÍNIMO NO MERCADO DE TRABALHO1 Yan Rebelo de Mattos2 Marcelo Melo3 1 DESCRIÇÃO DO CASO Sabe-se que a legislação trabalhista brasileira determina o valor inferior do salário a ser pago ao funcionário pelo empregador. Sendo o valor chamado de salário mínimo. Este, para o ano foi fixado pelo governo federal, através do Decreto 8.618/2015 em R$ 880,80. Os efeitos do salário mínimo devem ser observados no mercado de trabalho que, como todos os demais mercados, está relacionado a oferta e a demanda, sendo mais conhecido como lei da oferta e da procura/demanda. Entende-se que a oferta é determinada pelos trabalhadores neste mercado, enquanto a demanda é representada pelos empresários. Contudo, o mercado de trabalho possui imperfeições tanto na oferta, como na demanda. Na oferta, quanto maior for o salário, maior será a quantidade de trabalho (horas/dias/períodos), contudo, existem vários níveis/fatores de qualificação profissional dos trabalhadores e o impacto do salário mínimo depende da experiência e da habilidade do trabalhador deixando o mercado cada vez mais competitivo, os trabalhadores com mais experiência e bem capacitados são menos afetados por variações no salário mínimo, e os seus rendimentos são determinados pelo seu grau de capacitação profissional. Na demanda, independentemente do porte da empresas os salários representam um importantíssimos componente dos seus custos de produção/produtividade. E a produtividade dos trabalhadores acaba por ser determinante nos níveis de lucratividade dessas empresas, por isso quanto maior o salário, menor será a quantidade de trabalho, pois com o salário alto as empresas tendem a reduzir as vagas de emprego. O mercado de trabalho é afetado por muitas variáveis, e diante os dois últimos anos observou-se um aumento nas taxas de desocupação, que é definida como o sendo o percentual de pessoas com 14 ou mais anos de idade que ocupam alguém ocupação, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua do IBGE: 1 Case apresentado à disciplina Economia para Engenharia, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB. 2 Aluno do 7º Período, do Curso de Engenharia de Produção, da UNDB. 3 Professor, Mestre, Orientador. Taxa de desocupação das pessoas com 14 anos de idade (%) 1º Trimestre de 2014 a 1º Trimestre de 2016 De acordo com o gráfico acima, temos uma constatação, sobram empregos no Brasil. Percebem-se algumas contradições no funcionamento do mercado de trabalho brasileiro, pois, sobram empregos no Brasil, mesmo com as altas taxas de desemprego. Temos um mercado bastante competitivo, onde o trabalho é um gerador de renda, onde as empresas querem cada vez mais pessoas qualificadas. 2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO Quando conhecemos como funcionam os métodos para medir as atividades econômicas brasileiras, relacionamos o PIB (Produto Interno Bruto) com o mercado de trabalho. O PIB é uma medida do valor dos bens e serviços que o pais produz em um período, sendo em serviços, agropecuária e industrias. Relaciona-se a atividade econômica e o nível de riqueza de acordo com a medida, quanto mais se produz, mais se está consumindo, investindo e vendendo. Com o PIB alto a renda, emprego, competitividade e inflação, apresentam um alto desenvolvimento. Quando a renda cresce a econômica é elevada, com isso mais dinheiro disponível, maior renda per capita, aumento do consumo, consecutivamente aumento do emprego, empresas crescem, mais contratação, estabelecem novas empresas e o aumento da demanda de empregos. Economias em expansão produzem mais e se tornam mais competitivas no exterior, com isso os produtos ficam melhores e mais baratos. Com o um aumento da oferta de produtos e serviços, tem-se a queda de preço e ajuda a controlar a inflação. De acordo com o fluxograma, demonstra-se o que prejudica o crescimento. Fonte: G1 Globo.com (G1 Economia) • Por que sobram empregos no Brasil, mesmo com as altas taxas de desemprego verificadas? Os defensores do salário mínimo afirmam que ele aumenta a qualidade de vida dos trabalhadores, além de reduzir a pobreza. Já os opositores afirmam que, se o salário mínimo for alto o suficiente para ser eficaz, aumentará o desemprego, principalmente entre os trabalhadores com baixa produtividade (tanto por inexperiência quanto por deficiência), prejudicando assim os trabalhadores com menos qualificação, em detrimento dos trabalhadores com mais qualificação, gerando a concorrência, fazendo-se com que o ambiente trabalhista seja mais qualificado, consecutivamente apresentando melhorias, com isso, quanto mais qualificado for à mão-de-obra, haverá mais oportunidades de trabalho. Entende-se que no Brasil o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é avaliado pelo nível de escolaridade ou de analfabetismo de um país. Os brasileiros não apresentam um índice de escolaridade de qualidade e cerca de 12% da população brasileira não é alfabetizada, significa dizer que cerca de 22 milhões de pessoas não sabem ler e nem escrever. Tendo como a raiz do problema a educação, que encontra-se muito precária fazendo com que a sociedade tenha dificuldade no ambiente de trabalho. No trabalho, quem tem estudo, treinamento, produz mais, só que a educação no Brasil vai mal, devido a isso as empresas perdem tempo fazendo o que a escola não fez. Em uma empresa que desenvolve programas de computador, os novos funcionários ficam 120 horas em sala de aula, para que os mesmos possam adquirir conhecimentos para serem produtivos naquilo que é transposto. Uma unidade da Califórnia, onde apresenta um dos maiores centros de tecnologia do mundo, em busca de inovações, estabelecem apenas 30 horas em sala de aula, em relação ao Brasil trata-se de um quarto do tempo. Portanto, é valido ressaltar que a educação influência e é um dos fatores primordiais para o crescimento e desenvolvimento da sociedade e da economia. Sabe-se que varias variáveis influenciam no desemprego, porém a educação e ensinos de qualidades seriam as medidas para minimizar essa taxa de desemprego, onde desencadeava, e apresentaria um aumento e melhoria no desenvolvimento. De acordo com o gráfico acima, entendesse que a demanda simboliza a empresa/empresários, pois quanto maior for o S, menor será a Q (quanto maior o salário, mais concorrência nas empresas), a oferta simboliza os trabalhadores, quanto maior for o S, maior será a Q (quanto maior for o salário, maior será a procura de emprego, pois o benefício R$ são mais elevados). Excesso de oferta é quando o Se aumenta, pois a quantidade ofertada é maior e a quantidade demandada é menor, consecutivamente a procura de emprego será mais elevada, contudo as empresas estabelecem mais concorrência. Excesso de demanda é quando o Se diminui, pois quantidade demandada é maior e a quantidade ofertada é menor. • Trechos de uma matéria realizada pelo jornal Nacional da TV Globo em 24/04/2014, mostra a comparação da produtividade no Brasil em relação aos Estados Unidos: Os repórteres, Fabio Turci, no Brasil e Alan Severiano, nos Estados Unidos, mostram como é importante o trabalhador render mais, e como isso faz diferença na economia. Em número de horas, o brasileiro trabalha muito. Trabalha mais do que o americano, o francês e o alemão. Mas ficar mais tempo no trabalho não significa produzir mais. Para produzir mais, é preciso aproveitar bem essas horas trabalhadas. A gente costuma dizer que o dia passa rápido, que não dá tempo de fazer nada. É aí que entra o conceito de "produtividade". Ser produtivo é fazer o dia render, é produzirmais no mesmo tempo. O Manoel levanta uns 15m² de parede por dia. O Luís, que é pedreiro experiente, faz o dobro: 30m². A produtividade do Luís é maior. Consultoria diz que trabalho no Brasil rende pouco Mas, na média, o trabalho no Brasil rende pouco. É o que diz uma consultoria com sede em Nova York que mede produtividade no mundo inteiro. Dos 122 países pesquisados, o Brasil aparece na posição número 81. Um trabalhador americano produz em um dia o que o brasileiro leva quase seis para fazer. O economista-chefe Bart Van Ark diz que "chega uma hora em que a economia só consegue crescer se as pessoas ficarem mais produtivas. E nesse ponto o Brasil tem decepcionado". Além de baixa, a produtividade no Brasil aumentou muito pouco nos últimos 20 anos, como mostra o professor de economia da Universidade de Columbia José Alexandre Scheinkman. “Apesar do país ter tido crescimento, nós não estamos ganhando produtividade nem no ritmo das economias avançadas e muito menos nas economias emergentes bem sucedidas, como a Coreia, a China”. REFERÊNCIA Globo.com, pesquisa retirado do site, < http://g1.globo.com/economia/pib-o-que-e/platb/ > Acessado em: setembro de 2016. Globo.com 28/04/2014, atualizado em 02/05/2014, pesquisa relacionada a produtividade, retirada do site < http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/04/saiba-como-produtividade-no- trabalho-afeta-economia-de-um-pais.html > . Acessado em: outubro de 2016. Ocio, D. Z. O Emprego na Teoria Ecnonômica.Escola de Administração de Empresa de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas. NPP – Núcleo de Pesquisas e Publicações. São Paulo – SP.
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