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Organização Institucional da Saúde no Brasil

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Organização Institucional da Saúde no Brasil
· Sistema único é organizado dentro do território brasileiro, e os marcos jurídicos (regras) que conformam esse sistema. 
Antes do SUS: Modelo inamps, era completamente excludente, o acesso era somente para pessoas que pudessem contribuir de alguma forma. 
O Estado não era diretamente responsável por fornecer condições de acesso ao sistema de saúde. 
O que é o SUS (sistema único de saúde): O SUS conforma modelo público de prestação de serviços e ações de saúde em âmbito nacional, incorporando novos instrumentos gerenciais, técnicos e de democratização da gestão (BRASIL, 2011).
· O SUS não é sucessor do INAMPS e nem do SUDS, trata-se de um sistema completamente moldado de acordo com os anseios e necessidades sociais. Nunca marcar na prova que tem um antecessor, Ele é único. 
O Sistema Único de Saúde faz parte das ações definidas na Constituição como de “relevância pública”. (constituição de 88 é a primeira a ter a inclusão do setor saúde no seu texto- tripé da seguridade social=previdência, assistência social e saúde) 
As competências decorrentes dessa relevância pública envolvem o exercício de um poder regulador, de arbitragem e de intervenção executiva por parte das esferas do Poder Público e, por consequência, de suas agências de prestação de serviços. (BRASIL, 2012)
É atribuído ao Estado a regulamentação, a fiscalização e o controle das ações e dos serviços de saúde, independente da execução direta do mesmo.
POR QUE SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE? Segue a mesma doutrina ou princípios doutrinários (universalidade, integralidade, equidade) e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo federal, estadual e municipal.
*não é serviço e/ ou instituição, é um SISTEMA. Conjunto de instituições, serviços e ações que interagem para um fim comum e bem-estar social. 
 
Princípios e diretrizes 
Escrita na carta magna, constituição de 1988.
De acordo com Brasil (2011), desde a 8ª conferência nacional de saúde (1986) (ponto máximo do movimento sanitário. Nunca marcar que foi um movimento setorial, foi um dentre tanto movimentos que aconteciam no final da ditadura militar) e a Constituinte (1987 a 1988), um alto grau de consenso político veio a constituir o fator decisivo para a conformação federativa do SUS. Tal consenso defendeu três teses convergentes: 
1. Gestão compartilhada nos âmbitos federal, estadual e municipal, com direção única em cada esfera de governo;
2. Descentralização que concede papel destacado à gestão municipal; 
3. Funcionamento obrigatório do controle social, por meio dos conselhos de saúde. 
Princípios Doutrinários: Universalidade, Integralidade e Equidade.
Princípios Organizativos: Regionalização e Hierarquização, descentralização com direção única em cada esfera de governo e participação da comunidade
UNIVERSALIDADE 
É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal.
É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão.
EQUIDADE
É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos.
É um princípio de justiça social porque busca diminuir desigualdades.
É redistributiva. 
Isto significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior
*Não é sinônimo de igualdade! 
INTEGRALIDADE
É a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos, exigidos em cada caso para todos os níveis de complexidade de assistência.
É o reconhecimento na prática dos serviços de que:
 • cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; 
 • as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; 
 • as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral. 
Enfim: “O homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.”
Ex: paciente vai fazer Papanicolau, encontra um carcinoma, encaminha para um serviçosa mais especializado, não a mantém na saúde primaria. 
HIERARQUIZAÇÃO E DA REGIONALIZAÇÃO
A hierarquização deve, além de proceder à divisão de níveis de atenção, garantir formas de acesso a serviços que componham toda a complexidade requerida para o caso, no limite dos recursos disponíveis numa dada região.
 Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas). 
 O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção que devem estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais, deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. 
 A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. 
RESOLUBILIDADE (SOLUÇÃO DE PROBLEMAS)
É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência.
DESCENTRALIZAÇÃO E COMANDO ÚNICO
- Descentralizar é redistribuir poder e responsabilidades entre os três níveis de governo;
- Quanto mais perto estiver a decisão, maior a chance de acerto;
- No SUS a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município.
É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Assim, o que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual, e, o que for de abrangência nacional será de responsabilidade federal. Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde - é o que se chama municipalização da saúde. 
 Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos.
PARTICIPAÇÃO POPULAR
Como forma de garantir a efetividade das políticas públicas de saúde, bem como forma de exercício do controle social, devem ser criados canais de participação popular na gestão do SUS em esferas. 
É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local. 
 Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadoresde serviço. Outra forma de participação são as conferências de saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde. 
 Deve ser também considerado como elemento do processo participativo o dever das instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde.
· Foi garantida primeiramente na constituição e regulamentada na lei 8142
Marcos Legais de Institucionalização e Regulamentação do SUS
1988 – criação do SUS na Constituição
 Em 1990 Regulamentação e Implementação do SUS através das Leis (lei orgânica):
- 8.080/90 (a primeira tinha muitos vetos, nos artigos que contemplavam o controle social. Collor sofreu mta pressão e então publicou-se a 2ª lei orgânica, 8 142.
- 8.142/90
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: A chamada “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição das prioridades da política do Estado na área da saúde pública.
✓A Constituição Federal de 1988 define o conceito de saúde, incorporando novas dimensões- detalhada no artigo 3º da constituição.
✓Para se ter saúde, é preciso ter acesso a um conjunto de fatores, como alimentação, moradia, emprego, lazer, educação etc.
Lei 8.080, de 19 de Setembro e 1990- Lei orgânica da saúde
 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
Essa lei regula em todo o território nacional as ações e os serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado (BRASIL, 1990).
· Foi regulamentada em 2011, pelo decreto 7 508. 
A lei 8.080/90, dedicou um capítulo para tratar sobre a organização do Sistema de Saúde. O capitulo III, da Lei 8.080/90, compreendido entre os artigos 8o ao 14-B, trata da Organização, da Direção e da Gestão no SUS.
Além disso, a Lei 8.080/90, trata da distribuição intergovernamental de funções em seus artigos 15, 16,17 e 18.
 letra c 
Organização, direção e Gestão do Sus de acordo com a lei 8 080/90
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. 
Art. 9o A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
*órgão equivalente por causa do distrito federal. 
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais (um município ajudando o outro para alcançar a integralidade) 
O princípio da DIREÇÃO ÚNICA, e Os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. 
§ 2o No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde. 
 *distrito= braço/ perna da secretaria municipal, distritos compostos por bairros com características parecidas. Em SP, RJ, Salvador, Aracajú. 
letra d 
Resumo sobre as competências das esferas de governo na gestão do sus
❑ A distribuição de funções delegou à União o financiamento e a formulação da política nacional de saúde, além da coordenação das ações intergovernamentais.
❑ Coube à União a normatização, coordenação e avaliação do sistema em caráter nacional, como também a cooperação técnica e financeira aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal.
❑ À União compete, ainda, normatizar as relações existentes no SUS e estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria – SNA;
❑ Coube à União a normatização, coordenação e avaliação do sistema em caráter nacional, como também a cooperação técnica e financeira aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal.
❑ Cabe aos Estados e ao Distrito Federal a coordenação, o acompanhamento e a avaliação do sistema em seu território, o apoio técnico e financeiro aos Municípios e a execução de ações de saúde em caráter supletivo àqueles.
❑ Além disso, os Estados participam da execução, em caráter suplementar, de uma série de atividades precípuas da União e dos Municípios.
Lei orgânica da Saúde- lei 8.142/90
2ª lei orgânica
A Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde, entre outras providências.
Também instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada esfera de governo (BRASIL, 1990). O SUS conta em cada esfera de governo com as seguintes instâncias colegiadas de participação da sociedade:
❑ A Conferência de Saúde e
❑ O Conselho de Saúde.
Ou seja, essa lei traz para gente as 2 instancias oficiais de controle social, conferencias devem ocorrer de forma ordinária a cada quatro anos. 
A primeira conferência ocorreu em 1943 e não tinham participação popular, somente na 8ª que teve. 
Os conselhos de saúde são permanentes e deliberativos e devem existir como pré-requisito para o recebimento de recurso fundo a fundo, de acordo com a lei. 
· Conselho de saúde: Caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por: Representantes do governo; prestadores de serviço; profissionais de saúde; e usuários (que tem maior cota, 50%).
Atua na formulação de estratégias (não trabalha na execução de política) e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. 
Resolução 453 que trata dos conselhos. 
· Conferência de saúde: Convocada pelo poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de saúde. 
Para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde no níveis correspondentes. 
Ocorre a cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, (Representantes do governo; prestadores de serviço; profissionais de saúde; e usuários).
❑ Nos artigos 2o e 3o, a Norma trata do “Fundo Nacional de Saúde” (FNS), e informa como e onde os recursos desse fundo serão aplicados.
 ❑ O artigo 2o estabelece que só podem ser utilizados para financiar: despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde; e a cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. 
Em 2012, Dilma sanciona a lei que define o que são ações ou não, para que assim saiba onde o dinheiro pode ser gasto. 
letra B
*Todo o conselho de saúde tem regimento próprio, criado e aprovado por ele mesmo. 
Portarias da consolidação do sus: 
São 6 de 2017, que revogam por consolidação. Agruparam os marcos jurídicos nesses grupos. 
https://www.contratualizacaonosus.com/copia-manuais-do-ministerio-da-saud
Mais potentes de prova:
- Portaria nº 2, revoga por consolidação as políticas de saúde. 
- portaria nº 4 
- Portaria nº 6
Novidade: nota técnica nº 3 de 2020, deixa a cargo do gestor local o NASF-AB.

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