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FACULDADE MARANHENSE SÃO JOSÉ DOS COCAIS KLESSANDRA LIMA DE FREITAS TEORIA GERAL DO PROCESSO O papel dos princípios constitucionais que regem a atividade jurisdicional TIMON 2021 O papel dos princípios constitucionais que regem a atividade jurisdicional Quando contemplamos o papel do Direito na sociedade e analisamos a história de nossos antepassados tiramos a conclusão de que sem ele a sociedade entraria em colapso, sem ordem, harmonia e principalmente, sem justiça. Para isso, a ciência processual tem como alicerce preceitos que dão forma e eficácia para o Direito. Os princípios constitucionais que aqui serão apresentados são a base para a Teoria Geral do Processo, alinhados com a Constituição e o papel do Direito na sociedade. Independência, imparcialidade e juiz natural. Sem a imparcialidade a decisão do juiz não é considerada válida, é inseparável do órgão jurisdicional. Com esse pressuposto, podemos dizer que há capacidade para exercer o papel de julgar, e portanto, há uma certa independência ao magistrado que tenta, de certa forma, proteger as decisões de blindagens externas. Para que tudo ocorra da melhor maneira possível, há 3 preceitos dentro do princípio do juiz natural que oferece uma garantia para as partes sobre a imparcialidade do processo. · A Constituição designa as os órgãos jurisdicionais e a competência dos juízes; · Tais órgãos não devem ser anteriores ao fato; Devido processo legal, contraditório e ampla defesa “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. (Art.5º, inciso LIV da Constituição Federal). Podemos perceber que esse inciso traz o entendimento de que cada um tem direito de um processo justo, conforme a lei. Afastando qualquer tipo de abuso de poder. Como todo processo justo, há direito de defesa. Antes de qualquer decisão judicial, o juiz deve ouvir ambas as partes. Inércia, acesso à justiça e exclusividade da Jurisdição pelo judiciário Os órgãos jurisdicionais só podem agir quando provocados, não pode haver iniciativa por parte deles. Nesse sentido, podemos ver que todos têm direito de recorrer à justiça. “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.” (Art.5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.) Nesse sentido, podemos perceber uma linha tênue do Poder Judiciário como mão legítima de atuação da Justiça (exceto nos casos de que o Senado tem poder de julgar ou os árbitros) e o fator predominante sobre ele de que não pode haver inciativa, cabendo apenas para o povo. Liberdade de prova As partes tem o direito de utilizar todos os meios possíveis como prova, mas há um limite: a lei. Ou seja, aquela prova que foi conseguida por meios ilícitos, de nada vale. Liberdade tempestividade da prestação jurisdicional A justiça precisa ser efetiva e com uma duração razoável. “A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (no Art. 5°, Inciso LXXVII da Constituição Federal.) Presunção de inocência, coisa julgada e motivação “Ninguém será considerado culpado até trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. (Art. 5º, LVII da Constituição Federal). O acusado tem direito de recorrer quantas vezes possíveis perante a lei, até o trânsito em julgado, ele precisa ser visto e tratado como inocente, garantindo seus direitos individuais e a imparcialidade do juiz que deve fundamentar sua decisão com as devidas motivações. Publicidade Todos os atos jurisdicionais são publicados são sempre publicados para assegurar e mostrar a aplicação correta da justiça, mas quando essa publicidade afeta a intimidade de alguém envolvido. REFERÊNCIAS PRINCÍPIOS gerais do direito processual. In: CINTRA, Antonio Carlos de Araujo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Candido Rangel. Teoria geral do processo. 26º ed. São Paulo: Malheiros, f. 195, 2010. 389 p. cap. 1, p. 56-83.
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