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INDICADORES ESPECIAIS DE DESEMPENHO (1)

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INDICADORES ESPECIAIS DE DESEMPENHO
I. EVA (Economic Value Added) – é um conceito de custo de oportunidade para avaliar a criação ou não de valor para as empresas. Em linhas gerais só haverá criação de valor caso o lucro liquido seja superior a um determinado custo de oportunidade de capital.
O EVA surgiu pela falta de Indicadores de desempenho para expressar a real criação de riqueza das empresas. O Economic Value Added, carinhosamente chamado de EVA, foi criado pela consultoria Stern Stewart & Co., de Nova York (EUA), com o objetivo de mensurar se um determinado investimento está trazendo reais ganhos para seus acionistas. Em bom português, trata-se do Valor Econômico Adicionado.
De acordo com o professor Assaf Neto, representa o custo de oportunidade do capital aplicado por credores e acionistas como forma de compensar o risco assumido no negócio.
Para economistas, Valor Agregado está relacionado com o custo de oportunidade e trata-se do lucro econômico. Para você entender melhor, o EVA é o valor dos bens produzidos por uma empresa, depois da dedução dos custos dos insumos adquiridos de terceiros (como bens intermediários, matérias-primas, serviços), utilizados na produção, bem como a dedução do custo de capital dos acionistas de forma a compensar o risco.
Já que o EVA mede a lucratividade real de uma empresa, com as informações obtidas por meio do seu cálculo profissionais de finanças conseguem mensurar o lucro econômico de um novo negócio. Assim, estão aptos a apoiar a alta diretoria na tomada de decisão em investimentos em novas empresas, por exemplo.
Quando falamos em EVA também estamos falando em um indicador para avaliar se um determinado investimento é ou não viável. Por isso, não podemos esquecer dos outros indicadores também utilizados para esse fim. Cada um possui suas particularidades e ninguém mais do que o profissional da área de planejamento e controladoria para saber da importância de todos eles. 
De acordo com o EVA, empresas devem criar retornos financeiros a uma taxa acima do custo de capital. Isso porque a ideia por trás do Valor Adicionado é que organizações podem ser chamadas de lucrativas somente quando geram riquezas para seus stakeholders. 
Você deve estar pensando, então, que é o lucro que a empresa está dando, certo? Pois bem, o lucro operacional da companhia, após imposto de renda, tem que ser suficiente para pagar os juros aos credores e ainda sobrar dinheiro suficiente para dar o retorno desejado pelos acionistas (atingir ou superar o TIR, aquela Taxa de Expectativa do Acionista). Não basta, portanto, que a última linha do balanço esteja no azul, ou mesmo crescendo
Recomenda-se a aplicação do conceito EVA para a rentabilidade do acionista e para o ativo total. A fórmula do EVA é a seguinte:
EVA = Nopat – C% (TC)
Onde:
Nopat = Lucro operacional líquido após os impostos (Net Operating Profit After Taxes)
O NOPAT é a Receita Líquida menos os Custos e Despesas Operacionais (incluindo Depreciação) deduzidos alguns ajustes específicos conforme cada negócio e os Impostos sobre a renda. Normalmente não se consideram receitas e despesas financeiras para o Nopat (neste caso diminuem-se as receitas financeiras e somam-se as despesas financeiras ao lucro liquido). 
O NOPAT retrata melhor a realidade do resultado de uma empresa do que o EBITDA, pois o NOPAT já subtrai o imposto sobre a renda. Se a empresa deu lucro ela certamente não poderá contar com essa parte do resultado, e o NOPAT também irá subtrair a depreciação, principalmente em empresas que dependem de máquinas e equipamentos, pois a depreciação irá considerar o valor econômico necessário para a reposição do bem.
O lucro líquido já faz parte da última linha da DRE (demonstração de resultados).
C% = Custo percentual do capital (WACC ou CMPC)
TC = Capital total
EXEMPLO 1:
A empresa XYZ obteve resultado operacional líquido (após Imposto de Renda) de R$ 30.000. No período que gerou o resultado operacional líquido, empregou R$ 60.000 de capital de terceiros e R$ 40.000 de capital próprio em operações, sendo, com custos líquidos de Imposto de Renda de 18% e 16%, respectivamente. Qual seria o valor criado para os acionistas?
Primeiramente, deve-se calcular o custo médio ponderado de capital (CMPC ou WACC).
Aplicando a fórmula, temos que:
EVA = Lucro Operacional – (Custo de Oportunidade do Capital Total x Capital Total)
EVA = 30.000 – (16,8% x 100.000)
EVA = R$ 13.200
EXEMPLO 2:
A empresa ABC obteve resultado operacional líquido de R$ 150.000. No período que gerou o resultado operacional líquido, empregou R$ 1 milhão de capital total em operações, sendo que o CMPC é de 12,8%. Qual seria o valor criado para os acionistas?
Aplicando a fórmula, temos que:
EVA = Lucro Operacional – (Custo de Oportunidade do Capital Total x Capital Total)
EVA = 150.000 – (12,8% x 1.000.000,00)
EVA = R$ 22.000
II. MVA (Market Value Added) – valor de mercado adicionado - este conceito é decorrente do EVA, pois enquanto o EVA mede o resultado de um período em relação ao custo de oportunidade do mercado, o MVA mede o crescimento do valor total da empresa, ou seja, o resultado de todos os períodos.
Ou seja, o MVA compara o valor de mercado de uma empresa de capital aberto com o quanto ela possui de capital investido no próprio negócio.
Sendo assim, dizemos que o Market Value Added é um indicador de quanto a empresa gerou para seus investidores. Perceba que ao contrário do EVA, o MVA não é uma métrica de desempenho, mas sim, de riqueza, já que mede o nível de valor que uma empresa acumulou ao longo do tempo. Em suma, MVA é o quanto a empresa vale adicionalmente ao valor para repor todos seus ativos a preços de mercado.
O MVA é o valor de mercado da empresa menos o valor de seu capital investido. A fórmula do MVA é a seguinte:
MVA = Valor de Mercado da Empresa – Capital Investido
Outra maneira de calcular o MVA quando não se tem o valor de mercado é por meio da fórmula:
MVA = EVA/WACC
Especialistas dizem que EVA positivo cria MVA (ou MVA positivo), enquanto que EVA negativo automaticamente destrói riqueza/valor e, portanto, cria MVA negativo. Isso é fácil de entender, já que investidores com certeza não investirão em uma empresa que não gera valor, certo?
A principal diferença entre os indicadores, são:
· O EVA é calculado determinando a diferença entre o lucro operacional líquido da empresa após impostos e o valor ponderado do capital investido em uma empresa.
· O MVA é calculado subtraindo o valor do capital investido no negócio do valor total de mercado da empresa.
EXEMPLO: imagine que o valor de mercado de uma empresa seja de R$ 40 milhões, sendo que o capital investido no patrimônio líquido é de R$ 12 milhões e o capital investido por terceiros é de R$ 18 milhões. Qual é o MVA dessa empresa?
· MVA = Valor de mercado – Capital Total
MVA = 40.000.000 – 30.000.000
MVA = R$ 10 milhões
III. EBIT e EBITDA
EBIT = Earnings Before Interest and Taxes (lucro antes de juros e imposto de renda, ou seja, LAJIR). Logo EBIT = LAJIR
O EBIT demonstra apenas o lucro operacional da empresa, sem incluir despesas ou receitas financeiras. Complicado? Vamos a um exemplo: imagine que um empreendimento produza eletrodomésticos. Além das receitas geradas pela venda dos produtos, a empresa também conta com recursos vindos de aplicações financeiras, juros sobre o capital próprio, entre outros rendimentos não operacionais, ou seja, que não tem relação direta com a atividade que a empresa realiza.
Embora essas outras ações também gerem lucro, o cálculo do EBIT contabiliza apenas a geração de recursos provenientes das atividades operacionais, deixando de fora as receitas obtidas por efeitos financeiros e também os gastos com impostos. Assim, esse indicador demonstra somente o lucro gerado pelas operações realizadas pela atividade-fim do negócio.
EBITDA = Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (lucro antes de juros e imposto de renda, depreciacao e amortizacao)
 Depreciação trata da redução do valor dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda deutilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Dentre os tipos de bens que sofrem depreciação temos edifícios, veículos, computadores, móveis etc. 
 Amortização, por sua vez, é a redução do valor aplicado na aquisição de ativos intangíveis, de duração limitada ou de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. Marcas e patentes, além de websites, são exemplos de itens que sofrem amortização.
Como ocorre com o EBIT, no EBITDA o objetivo também é demonstrar apenas o lucro operacional da empresa. Porém, no cálculo do EBITDA ficam de fora, além dos impostos e efeitos financeiros, a depreciação de ativos tangíveis (como máquinas e imóveis) e a amortização de ativos intangíveis.
Quando uma organização faz a análise do DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício) de determinado período, as depreciações e amortizações entram como uma despesa que, gerencialmente, acaba reduzindo o lucro do negócio. Então, no momento de analisar o EBITDA, esses dois itens são desconsiderados, demonstrando o lucro real das atividades operacionais da empresa.
IV. Goodwill – é o valor da empresa representado pelo seu Ativo Intangível, como marca, capital intelectual, patente etc. Sendo assim não é possível mensurar seu resultado, pois não existem fisicamente, mas agrega valor à empresa e possibilita maiores ganhos de lucratividade e um diferencial competitivo.
Em outras palavras, Goodwill é a capacidade de um determinado empreendimento de gerar riquezas futuras. Ele é determinado pela diferença entre o preço pago e o valor justo de um determinado ativo, podendo ocorrer pelas propriedades intangíveis como o valor da marca de uma empresa, a credibilidade de mercado, a carteira de clientes, o material humano que a empresa dispõe, dentre outros.
Mencionado pela primeira vez na Inglaterra, em uma disputa por terras, o termo Goodwill servia para se referir a um valor adicionado ao terreno por conta de sua localização. Ao longo dos anos, diferentes autores deram inúmeras definições a esse termo que hoje tem o mesmo significado do termo “patrimônio de marca”.
O Goodwill diz respeito à diferença entre o que uma empresa paga para adquirir outra e seu valor patrimonial. Pode-se dizer que, dentro do conceito de Goodwill, os valores da marca em relação ao mercado já estão inclusos, assim como todos os clientes da empresa, os conhecimentos dos funcionários e tudo aquilo que somar ao caráter da empresa.
Goodwill é o valor do Preço de Aquisição menos o Valor do Capital Próprio da Empresa Adquirida. Esta é uma conta que serve para explicar o motivo pelo qual uma empresa é vendida com o valor acima pelo qual foi comprada.
No Brasil, este termo é conhecido como um super lucro baseado em expectativas de uma futura rentabilidade, que é basicamente o valor da diferença com base no valor que foi pago e o valor que o mercado pede. Já nos Estados Unidos, por exemplo, o termo nada mais é que a diferença entre o valor pago e o valor justo de todos os ativos da empresa em questão.
Pegando como premissa a ideia do termo Goodwill no Brasil, entende-se que quanto mais vasta for a carteira de clientes, as tecnologias, ideias e inovações de uma empresa, quanto maior for o seu processo de produção e tudo que engloba o sucesso da mesma, maior será o Goodwill dessa organização.
Por tanto, tudo que for de positivo dentro da sua empresa pode ser considerado e validado no momento de uma futura venda.
V. Custo de Oportunidade – é considerado como o lucro mínimo que a empresa deveria ter para remunerar adequadamente o investimento do acionista. Essa rentabilidade mínima do acionista equivale a um custo de oportunidade, ou seja, se o acionista aplicasse seu dinheiro em outro negócio ou até mesmo em uma aplicação financeira, teria no mínimo aquele rendimento. Portanto só há valor adicionado quando o lucro obtido é maior que o rendimento mínimo de mercado, caso contrário teremos a Destruição de Valor do capital dos acionistas e a redução do valor da empresa.
Que Custo de Oportunidade adotar?
Não há exatamente um consenso a respeito da taxa de desconto a adotar, mas existem algumas sugestões:
- T Libor ou Prime Rate.
- TJLP ou SELIC no Brasil
- Custo médio ponderado de capital da empresa.
- Custo de capital exigido pelos acionistas.
Sendo assim, cada empresa adotará sua taxa de custo de oportunidade, sabendo que quanto maior for à taxa, mais difícil será para a empresa criar valor. E para saber se a empresa na prática está agregando valor ou destruindo, devemos comparar o ROI (Retorno operacional do investimento) com o CMPC (Custo médio ponderado de capital). 
VI. WACC ou CMPC (Custo médio ponderado de capital)
CMPC = (P1 x Kt) + (P2 x Kp)
Onde:
Kt = Custo do capital de terceiros
Kp = Custo do capital próprio
P1 = Porcentagem do capital de terceiros na estrutura de capital
P2 = Porcentagem do capital próprio na estrutura de capital
CONSIDERACOES FINAIS
Como pudemos observar estes conceitos são de extrema importância na gestão de uma empresa, e ao mesmo tempo tem sido pouco utilizado e até mesmo falado nas organizações, e é por isso que temos muitas empresas perdendo valor no mercado, e neste cenário é que entra o papel do Administrador com uma visão holística e estratégica do sistema empresa, com objetivo de criar valor e fortalecer o Goodwill na busca de um diferencial competitivo.
Caso queiram aprofundar-se no assunto, seguem abaixo as referências bibliográficas.
Referência Bibliográfica:
a) Introdução à Administração Financeira – 2º Edição – Clóvis Luís Padoveze – São Paulo Cengage Learning, 2015.
b) Assistir ao vídeo “Como calcular o EVA e o MVA”, Emerson Bisco, disponível emhttps://www.youtube.com/watch?v=jDUHfqrRFSM 32:32 minutos
c) Assistir aos vídeos “Como calcular o EBITDA” e “Como interpretar o EBITDA”, professor Daniel Ramos Nogueira, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=zHkS-SMVmgE e em https://www.youtube.com/watch?v=vr_lI0u-Fyk
8:06 minutos e 9:16 minutos
d) Leitura do capítulo 11 do livro CHING, Hong Yuh, MARQUES, Fernando, PRADO, Lucilene. Contabilidade & Finanças para não especialistas. 2. Ed. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall, 2010, disponível na biblioteca virtual da PUCPR

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