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ANATOMIA 2

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UC1 – Anatomia e fisiologia do Sistema Nervoso Central
Objetivo da aula: Estudar a anatomia e a fisiologia do sistema límbico, do circuito de Papez, do tronco encefálico e do hipotálamo.
Objetivos específicos: 
1) Relembrar o Circuito de Papez;
2) Anatomia do Sistema límbico - estruturas que fazem parte desse sistema e suas funções;
3) Anatomia dos componentes subcorticais;
4) Compreender a fisiologia e anatomia dos componentes do tronco encefálico, com ênfase no mesencéfalo;
5) Compreender a anatomia e a fisiologia dos componentes do hipotálamo.
1: Identifique as delimitações anatômicas de cada lobo cerebral.
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e o Lobo da Ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.
A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece estar relacionado somente com a visão.
O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral, cerca de 4 cm do pólo occipital. Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal.
Face Súpero-lateral:
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Lobo Frontal
	 
	Lobo Temporal
	 
	Lobo Parietal
	 
	Lobo Occipital
	 
	Lobo da Ínsula
1- Lobo Frontal:
Sulcos:
Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central.
Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirigi-se anteriormente no lobo frontal. É perpendicular a ele.
Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo.
Giros:
Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza a área motora principal do cérebro (córtex motor).
Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior.
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior.
Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada
4- Lobo Temporal:
Sulcos:
Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal.
Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou mais partes descontinuas.
Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal superior.
Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior.
Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita com o sulco occípito-temporal.
Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente é o giro temporal transverso anterior. Esse é importante pois se localiza o centro cortical da audição.
2- Lobo Parietal:
Sulcos:
Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao sulco central.
Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com o qual pode estar unido) e estende-se para trás para terminar no lobo occipital.
Diferentemente dos outros lobos, o lobo parietal apresenta um giro e dois lóbulos:
Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central que se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica.
Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal.
Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. 
Neste, descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvando em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior.
3- Lobo Occipital:
O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados na face medial do cérebro.
5- Lobo da Ínsula:
O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. 
Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige-se no sentido antero-inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos.
Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior.
Giros:
Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula.
Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula.
2:Quais são e onde estão localizadas anatomicamente as áreas:
a) corticais primárias: 
Do ponto de vista funcional, as áreas corticais podem ser classificadas em dois grandes grupos: áreas de projeção e áreas de associação. As áreas de projeção são as que recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e com a motricidade. As demais áreas são consideradas de associação e, de modo geral, estão relacionadas ao processamento mais complexo de informações. 
Áreas de projeção
Estas áreas, também chamadas de áreas primárias do córtex cerebral, são aquelas diretamente relacionadas ou com a motricidade ou com a sensibilidade.
 
-Área motora primária:
Localiza-se, na espécie humana, basicamente na região do giro pré-central, correspondendo à área 4 de Brodmann. Nesta região, as camadas piramidais estão bem desenvolvidas, principalmente a camada piramidal interna, aí se encontrando as células piramidais gigantes ou células de Betz, as quais contribuem para a formação dos tratos corticoespinhal e corticonuclear.
Observa-se, dessa maneira, na área motora primária, uma somatotopia, ou seja, para cada parte do corpo existe uma região correspondente no córtex cerebral. Pode-se delinear, na superfície do córtex, um “homúnculo” motor distorcido, pois suas porções não têm correspondência com o tamanho das diferentes porções do corpo. A representação para o tronco é relativamente pequena, enquanto a representação para a face e para os dedos, por exemplo, é extensa.
-Área somatossensorial primária (área somestésica)
Situa-se no giro pós-central, correspondendo às áreas 1, 2 e 3 de Brodmann. A essa região, chegam as fibras originadas de neurônios situados nos núcleos ventral posterolateral e ventral posteromedial do tálamo, portadoras das informações sensoriais somáticas da metade contralateral do corpo e da cabeça. A exemplo da área motora, também na área somestésica existe uma somatotopia. O “homúnculo” sensorial cortical também é distorcido, pois as porções do corpo que têm maior sensibilidade têm uma representação mais extensa no córtex cerebral.
Estímulos elétricos aplicados no córtex somestésico de um indivíduo acordado farão com que ele tenha sensações mal definidas (parestesias), algo como uma sensação de formigamento na porção correspondente do corpo, no lado oposto. Lesões nesta área provocarão deficiências sensoriais como a incapacidade de sentir ou de localizar estimulações táteis, além da perda do sentido de posição e da discriminação de dois pontos, ou seja, da capacidade de distinguir se uma pequena região da pele está sendo estimulada em um ou dois pontos, simultaneamente.
-Área visual primária
Localiza-senas bordas do sulco calcarino no lobo occipital, correspondendo à área 17 de Brodmann. A essa área, chegam as informações visuais por meio das fibras do trato geniculocalcarino, originadas no corpo geniculado lateral. O córtex visual primário de cada hemisfério cerebral recebe informações procedentes do campo visual contralateral. Cada ponto do campo visual encontra um correspondente no córtex visual; por isso, costuma-se dizer que nele existe uma retinotopia, pois cada ponto da retina se projeta para uma parte específica do córtex: as porções periféricas da retina para as regiões mais anteriores, as porções centrais para o polo occipital, as porções superiores para a borda superior e as por- ções inferiores para a borda inferior do sulco calcarino.
Estimulação elétrica na área 17 faz com que o indivíduo relate estar vendo pontos luminosos ou “clarões” nas regiões correspondentes do campo visual. 
-Área auditiva primária
Situa-se no giro temporal transverso anterior, correspondendo às áreas 41 e 42 de Brodmann. Ela recebe as informações auditivas vindas por meio das fibras oriundas do corpo geniculado medial. Sons de diferentes frequências excitarão partes diferentes do córtex auditivo, o que torna possível afirmar que na área auditiva primária existe uma tonotopia: sons mais graves são representados anterolateralmente, enquanto sons mais agudos são representados posteromedialmente.
Estimulações na área auditiva primária provocam sensação auditiva mal definida, relatada frequentemente como “zumbidos”. Lesões nesta área dificilmente provocam surdez, pois as vias auditivas, apesar de cruzarem a linha média como as demais vias sensoriais, têm um grande componente ipsilateral, ou seja, fibras que não se cruzam e que irão atingir o córtex auditivo do mesmo lado.
-Outras áreas primárias
A área olfatória na espécie humana localiza-se na porção mais anterior do giro para-hipocampal e do úncus. A área gustativa situa-se em uma porção intermediária do córtex da ínsula. Finalmente, admite-se que os impulsos originados nos receptores vestibulares atingem o córtex em uma porção inferior do giro pós-central, que conflui com regiões da ínsula.
Estudos recentes realizados em animais têm mostrado que informações de múltiplas modalidades sensoriais podem chegar a cada córtex primário ou secundário. 
b) corticais secundárias: 
-Áreas de associação
As áreas de associação ocupam a maior parte da superfície do cérebro humano. Ao longo do processo evolutivo, nota-se que o aumento da superfície cortical se faz, basicamente, pela expansão do córtex de associação, sendo a espécie humana a que o tem em maior quantidade. Essa grande extensão de córtex possibilita o aparecimento, no homem, de funções não encontradas em outras espécies, caso da linguagem verbal e do fenômeno da autoconsciência. As áreas de associação, por sua vez, podem ser divididas, de acordo com uma classificação sugerida pelo neuropsicólogo russo Alexander Luria, em áreas secundárias e terciárias, pois, como vimos, as áreas de projeção são denominadas áreas primárias. 
As áreas secundárias estão conectadas diretamente às áreas de projeção e são unimodais, ou seja, estão ainda relacionadas com uma determinada modalidade sensorial ou com a motricidade. 
As áreas terciárias são áreas integradoras, conectadas basicamente com as áreas secundárias e com as áreas límbicas; são multimodais ou supramodais, ou seja, não se ocupam mais do processamento sensorial ou motor, mas estão envolvidas com as atividades superiores, como, por exemplo, o pensamento abstrato ou os processos que possibilitam a simbolização.
- Áreas de associação unimodais
As áreas secundárias (unimodais) estão, geralmente, justapostas às áreas primárias correspondentes e com elas interagem por meio de conexões diretas. A área somestésica secundária corresponde, aproximadamente, à área 5 de Brodmann, situada no lóbulo parietal superior, logo atrás da área somestésica primária. 
A área auditiva secundária corresponde à área 22 de Brodmann, que circunda a área auditiva primária. Já a área visual secundária é mais extensa e abrange as áreas 18 e 19, no lobo occipital, e ainda as áreas 20, 21 e 37 de Brodmann, no lobo temporal. As áreas secundárias sensoriais recebem aferências principalmente das áreas primárias e repassam estas informações a outras regiões do córtex cerebral.
Lesões das áreas sensoriais secundárias não causam déficits simples, mas resultam em agnosias (do grego agnosis = “desconhecimento”). Por exemplo: lesão da área visual secundária não provoca cegueira, mas produz agnosia visual, ou seja, o indivíduo será capaz de enxergar um objeto posto diante dos seus olhos, digamos um relógio, mas não conseguirá reconhecer o objeto como sendo um relógio. Como as outras modalidades sensoriais estão intactas, o indivíduo poderá reconhecer o relógio por meio do tato ou da audição. Sintomas análogos serão produzidos por lesões nas demais áreas secundárias, existindo, portanto, agnosias auditivas e somestésicas.
As áreas corticais secundárias parecem ser importantes em uma segunda etapa no processo de decodificação sensorial. Elas recebem as informações já processadas nas áreas primárias e interagem, por sua vez, com as áreas terciárias e com as áreas corticais límbicas, responsáveis, por exemplo, pelo processamento da memória. 
Outro aspecto relevante a respeito das áreas secundárias refere-se a sua assimetria funcional nos dois hemisférios cerebrais. Lesões nessas áreas no hemisfério esquerdo geralmente provocam sintomatologia diversa daquela provocada por lesões no hemisfério direito. Por exemplo, lesões na área auditiva secundária do lado esquerdo podem levar a dificul- dades na percepção dos sons da linguagem (afasia), enquanto lesões na mesma região no lado direito provocarão, com maior probabilidade, distúrbios na percepção de sons musicais (amusia).
Da mesma forma que as áreas sensoriais de projeção têm áreas unimodais justapostas, a área motora primária tem uma região cortical adjacente, considerada uma área motora secundária. Essa região corresponde a uma parte das áreas 6, 8 e 44 de Brodmann, recebe aferências de várias áreas unimodais e supramodais e envia fibras, preferencialmente, para a área motora primária.
c) corticais terciárias: 
- Áreas de associação supramodais
Existem, basicamente, duas áreas terciárias (supramodais). A primeira compreende uma região na confluência dos lobos temporal e parietal: trata-se da área temporoparietal. A segunda situa-se na porção mais anterior do lobo frontal, a região pré-frontal. Estas regiões não podem ser associadas a uma modalidade sensorial específica e nem à função motora. Ao mesmo tempo que promovem uma integração sensoriomotora, elas parecem também estar envolvidas nos processos nervosos ditos superiores, como o controle do comportamento, a linguagem, além de outros processos, como a atenção e a memória. Nelas, juntamente com as regiões límbicas, ocorre a fusão entre as funções de controle do meio interno e as de interações com o meio externo.
As áreas terciárias, de acordo com a classificação de Luria, ocupam o topo da hierarquia nas funções corticais. Elas são encarregadas de integrar de forma mais complexa as informações que chegam das áreas sensoriais primárias e secundárias e, em seguida, de produzir as estratégias comportamentais adequadas, enviando instruções às áreas motoras secundária e primária.
As regiões corticais terciárias não estão maduras nos primeiros anos de vida e precisam da interação da criança com o meio ambiente para que se estabeleçam nelas as conexões necessárias, as quais lhes possibilitam assumir a plenitude das suas funções. Admite-se que estas áreas não estarão em pleno funcionamentoantes do final da segunda década de vida.
A área temporoparietal equivale às áreas 39, 40 e parte da área 7 de Brodmann. Acredita-se que, na área temporoparietal, ocorra uma integração entre as diferentes modalidades sensoriais, o que seria importante para o processo de simbolização e o aparecimento da linguagem. Esta região parece ser ainda importante para a percepção e a atenção espacial. Em termos de conexões, a área temporoparietal recebe fibras das regiões sensoriais secundárias (unimodais) e interage ainda com a área pré-frontal e o córtex do lobo límbico.
Neurônios situados nesta região respondem à estimulação por mais de uma modalidade sensorial e podem mesmo estar envolvidos em aspectos complexos da motricidade. Existem evidências de que alguns deles alteram a sua atividade somente na presença de estímulos relevantes para o animal. A importância da integridade funcional dessa região pode ser aquilatada quando se examinam suas disfunções. Lesões na área temporoparietal do hemisfério esquerdo podem levar a problemas com a linguagem.
3: Qual a função de cada via citada acima?
4:Explique como ocorre a associação quando uma pessoa está lendo algo e precisa responder em voz alta?
5:Identifique anatomicamente o córtex motor e sensitivo. E ainda responda: o córtex motor organiza o comando do movimento e envia esse comando para um nível do centro inferior, em uma sequência relativamente bem definida. Cite qual é esta sequência.
Três sistemas que influenciam as respostas dos sistemas motores do corpo: (1) o sistema sensorial, o qual monitora os meios interno e externo e inicia respostas reflexas; (2) o sistema cognitivo, que reside no córtex cerebral e é capaz de iniciar respostas voluntárias; e (3) o sistema comportamental, o qual também reside no encéfalo e controla os ciclos sono-vigília e outros comportamentos intrínsecos. As informações sobre as respostas fisiológicas e os comportamentais geradas pelo sistema motor retroalimentam o sistema sensorial que, por sua vez, comunica-se com os sistemas cognitivo e comportamental. Na maioria dos sistemas fisiológicos do corpo que você
estudará, as vias reflexas simples iniciadas pelo sistema sensorial e executadas pela saída motora são adequadas para explicar os mecanismos homeostáticos de controle. Entretanto, os sistemas cognitivo e comportamental sempre serão fonte potencial de influência
2º: Abaixo as questões da aula de sexta-feira dia 13/08/2021:
1: Afim de correlacionar o aprendizado da aula anterior com a próxima aula, diferencie sistema nervoso autônomo de sistema nervoso somático.
Sistema Nervoso Autônomo
Regula funções subconscientes tais como: pressão arterial, frequência cardíaca, motilidade intestinal e o diâmetro pupilar. É controlado por nervos da medula, tronco cerebral e hipotálamo e opera através do reflexo. Um neurônio localizado no encéfalo ou na medula espinhal leva informações a um gânglio autonômico (neurônio pré-ganglionar), enquanto que outro sai do gânglio (neurônio pós-ganglionar) e passa a informação adiante para um órgão (efetor). Os órgãos efetores inervados pelo SNA são: músculo liso, cardíaco e as glândulas.
É dividido em:
Sistema Nervoso Simpático (S)
Sistema Nervoso Parassimpático (OS)
Sistema Nervoso Somático
É constituído de fibras nervosas periféricas que enviam informações para o SNC, além de fibras motoras que inervam os músculos esqueléticas, que tem movimento voluntário. O corpo da célula é localizada no encéfalo ou medula espinhal e se liga diretamente ao efetor específico do SNS, o músculo esquelético, fazendo aí sinapse química. As fibras destes neurônios são longas e contém nas suas terminações a Acetilcolina (ACC) armazenada.
2: Defina estruturas subcorticais.
As estruturas subcorticais são um grupo de diversas formações neurais que se encontram no interior do cérebro, e incluem o diencéfalo, a glândula pituitária (hipófise), as estruturas límbicas e os núcleos da base. Estas estruturas estão envolvidos em atividades complexas, como a memória, a emoção, o prazer e a produção hormonal. Elas atuam como centros de informação do sistema nervoso, pois transmitem e modulam informações que passam para as diferentes áreas do cérebro.
Diencéfalo
O diencéfalo é a parte posterior do prosencéfalo encontrada profundamente no cérebro. Consiste no tálamo, epitálamo, subtálamo e hipotálamo.
TALAMO: O tálamo é a maior estrutura subcortical. Ele age como um centro de transmissão entre o tronco cerebral e o cérebro. O tálamo é composto de 12 núcleos - anatomicamente, nove deles são agrupados em núcleos anterior, medial e lateral, enquanto os três restantes formam lâminas que separam esses grupos. Funcionalmente, eles podem ser classificados em três grupos: os núcleos de transmissão, os núcleos intralaminares e o núcleo reticular.
Os núcleos talâmicos são responsáveis por todo um espetro de funções do corpo, como a transmissão de sinais sensitivos e motores, e a regulação da consciência, do sono e do estado de alerta
EPITÁLAMO: O epitálamo é a parte posterior do diencéfalo. Localiza-se póstero-inferiormente ao tálamo e consiste na glândula pineal, estria medular e trígono da habênula. Historicamente, a glândula pineal era considerada o terceiro olho devido às suas conexões com o sistema visual; contudo, agora sabemos que a função da glândula pineal é controlar o ciclo de sono-vigília (ritmo circadiano), secretando a hormona do sono, a melatonina. As conexões da glândula pineal com o sistema visual fornecem informações sobre a hora do dia com base na quantidade de luz que existe. A escuridão provoca a secreção de melatonina.
SUBTÁLAMO: O subtálamo encontra-se ventralmente ao tálamo. Consiste no núcleo subtalâmico, na zona incerta (de Forel) e no núcleo peripeduncular.
O núcleo subtalâmico é uma parte funcional dos núcleos da base, participando no controle da atividade motora. O papel da zona incerta permanece desconhecido. Esta zona transmite fibras entre uma ampla gama de regiões do sistema nervoso central, e acredita-se que desempenhe um papel em atividades como a integração motora e a precisão dos movimentos do corpo. O núcleo peripeduncular tem conexões ricas com o sistema límbico, e acredita-se que desempenha um papel importante no controle do comportamento sexual.
HIPOTÁLAMO: Ínfero-anteriorrmente ao tálamo, encontramos o hipotálamo. É uma parte do diencéfalo que mantém funções endócrinas e autonômicas. Por controlar muitos mecanismos importantes relacionados com a sobrevivência, como a ingestão de alimentos e líquidos, o sono, o metabolismo e a temperatura corporal, o hipotálamo permite um estado de equilíbrio fisiológico (homeostase corporal).
Glândula Hipófise: Consiste em um lobo anterior (adeno-hipófise) e um lobo posterior (neuro-hipófise). Ao ser estimulada por hormonas de libertação hipotalâmicas, o lobo anterior secreta hormonas trópicas e tróficas, como a hormona estimulante da tireoide, que regula a função de outras glândulas endócrinas. O lobo posterior armazena a ocitocina e a vasopressina formadas pelo hipotálamo e liberta-as quando necessário.
Sistema Límbico:
O sistema límbico é uma parte antiga do cérebro humano. É composto por áreas corticais, subcorticais e no tronco cerebral. Em uma secção sagital mediana do cérebro, o sistema límbico estende-se através dos aspetos mediais dos lobos temporal, frontal e parietal.
As partes do córtex cerebral envolvidas na função límbica são juntas chamadas de córtex límbico. O córtex límbico consiste no giro (circunvolução) cingulado, no giro (circunvolução) para-hipocampal, giro (circunvolução) orbitofrontal medial, nos polos temporais dos hemisférios e na parte anterior do córtex da ínsula.
3: Quais são as estruturas que compõem o sistema límbico, segundo:
a) Broca. O conceito de sistema límbico tem uma história que remonta ao século XIX, quando Paul Broca reconheceu um conjunto de estruturas corticais comuns a todos os mamíferos e dispostas em torno da face medial do hemisfério cerebral. Por essa razão,Broca chamou esse grupo de estruturas corticais de o grande lobo límbico (limbus em latim significa anel, em torno de), atribuindo-lhe funções olfativas – NÚCLEOS DE NEURONIOS CINZENTOS.
B) Papez Em 1937, James Papez propôs que o lobo límbico descrito por Broca, com outras estruturas neurais localizadas no diencéfalo, formaria um circuito neural hoje conhecido como circuito de Papez, responsável pela origem das emoções.
Este mecanismo envolveria as estruturas do lobo límbico, núcleos do hipotálamo e tálamo, todas unidas por um circuito que ficou conhecido como circuito de Papez, composto pelo hipocampo, fómix, corpo mamilar, trato mamilotalâmico, núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e novamente o hipocampo, fechando o circuito.
c) Paul McLean Em 1949, Paul MacLean observou que outras estruturas localizadas no telencéfalo também se inter-relacionavam e mantinham projeções recíprocas com o circuito de Papez. Em sua Teoria Trina do Cérebro, MacLean cunhou a expressão sistema límbico para designar esse novo conjunto de estruturas interconectadas e relacionadas com a origem de diferentes emoções.
4: Defina Sistema Límbico. 
Na face medial de cada hemisfério cerebral observa-se um anel cortical contínuo constituído pelo giro do cíngulo, giro para-hipocampal e hipocampo. Este anel cortical contorna as formações inter-hemisféricas e foi considerado por Broca como um lobo independente, o grande lobo límbico (de limbo, contorno). 
Apresenta uma certa uniformidade citoarquitetural, pois seu córtex é mais simples que o do isocórtex que o circunda. Do ponto de vista funcional admitiu-se durante muito tempo que o lobo límbico teria funções olfatórias, fazendo parte do chamado rinencéfalo, ou encéfalo olfatório. Em 1937, o neuroanatomista James Papez publicou um trabalho famoso, no qual propunha uma nova teoria para explicar o mecanismo da emoção. Este mecanismo envolveria as estruturas do lobo límbico, do hipotálamo e do tálamo, todas unidas por um circuito hoje conhecido como circuito de Papez. Estas estruturas compreenderiam um mecanismo harmonioso, que não só elaboraria o processo subjetivo central da emoção, mas também participaria de sua expressão. O trabalho de Papez foi fundamentalmente teórico e especulativo, embora ele chamasse a atenção para certos dados clínicos, como as dramáticas alterações do comportamento emocional causadas pela raiva (hidrofobia), cujo vírus lesa preferencialmente o hipocampo.
 Verificou-se também que estas estruturas não participam da apreciação consciente dos odores, sendo, pois, incorreto incluí-las no rinencéfalo, ou seja, no encéfalo olfatório. Este termo é hoje usado em um conceito muito mais restrito para indicar apenas estruturas relacionadas diretamente com a olfação, ou seja, o nervo, bulbo e tracto olfatórios, a estria olfatória lateral e o úncus. As demais formações anatômicas que tradicionalmente integravam o rinencéfalo são hoje estudadas como parte do chamado sistema límbico. Este pode, pois, ser conceituado como um sistema relacionado fundamentalmente com a regulação dos processos emocionais e do sistema nervoso autônomo constituído pelo lobo límbico e pelas estruturas subcorticais a ele relacionadas.
	
5:Qual a diferença entre conexões límbicas intrínsecas e extrínsecas?
Conexões Intrínseca
        Os diversos componentes do sistema límbico mantêm entre si numerosas e complexas intercomunicações. Dentre elas, a mais conhecida é o circuito de Papez, circuito fechado que une as seguintes estruturas límbicas, enumeradas na seqüência que representa a direção predominante dos impulsos nervosos (figura 2): hipocampo, fórnix, corpo mamilar, fascículo mamilo-talâmico, núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e novamente o hipocampo, fechando o circuito. A importância desse circuito no mecanismo das emoções foi apontada inicialmente por Papez e há evidência de que ele está envolvido também no mecanismo da memória.
         O corpo amigdalóide e a área septal, que mantêm entre si conexões recíprocas, embora não façam parte do circuito de Papez, ligam-se a este circuito em vários pontos.
Conexões Extrínsecas
        As estruturas do sistema límbico têm amplas conexões com setores muito diversos do sistema nervoso central, destacando-se, por sua importância, as conexões recíprocas que mantêm com o hipotálamo.
6: Quais são as conexões aferentes e eferentes do sistema límbico?
Conexões Aferentes: É do senso comum que as pessoas podem se emocionar pela simples recordação de episódios passados armazenados na memória. Mais frequentemente, entretanto, as emoções são desencadeadas pela entrada no sistema nervoso central de determinadas informações sensoriais. Assim, por exemplo, informações visuais, auditivas, somestésicas ou olfatórias que sinalizem perigo podem despertar medo. Há evidência de que todas essas modalidades de informações sensoriais têm acesso ao sistema límbico, embora nunca diretamente. Elas são antes processadas nas áreas corticais de associação secundárias e terciárias e penetram no sistema límbico por vias que chegam ao giro para-hipocampal (área entorrinal) de onde passam ao hipocampo, ganhando assim o circuito de Papez. Fazem exceção os impulsos olfatórios, que passam diretamente da área cortical de projeção para o giro para-hipocampal e o corpo amigdalóide. Também as informações relacionadas com a sensibilidade visceral têm acesso ao sistema límbico, seja diretamente, através das conexões do núcleo do tracto solitário com o corpo amigdalóide, seja indiretamente, via hipotálamo. Ainda a propósito das conexões aferentes do sistema límbico, cabe lembrar as numerosas projeções serotoninérgicas e dopaminérgicas que ele recebe da formação reticular e que, segundo parece, exercem ação moduladora sobre a atividade de seus neurônios.
Conexões Eferentes
	
        As conexões eferentes do sistema límbico são importantes porque, através delas, este sistema participa dos mecanismos efetuadores que desencadeiam o componente periférico e expressivo dos processos emocionais e, ao mesmo tempo, controlam a atividade do sistema nervoso autônomo. Essas funções são exercidas fundamentalmente através das conexões que o sistema límbico mantém com o hipotálamo e com a formação reticular do mesencéfalo. As primeiras, já estudadas a propósito do hipotálamo, são especialmente relevantes. Aliás, já foi dito que o hipotálamo é o principal "braço executivo" do sistema límbico. As conexões com a formação reticular do mesencéfalo se fazem basicamente através de três sistemas de fibras:
a) feixe prosencefálico medial - situado entre a área septal e o tegmento do mesencéfalo, este feixe contém fibras que percorrem nos dois sentidos o hipotálamo lateral, onde muitas delas terminam. Ele constitui a principal via de ligação do sistema límbico com a formação reticular;
b) fascículo mamilo-tegmentar - feixe de fibras que dos núcleos mamilares se projeta para a formação reticular do mesencéfalo;
c) estria medular - feixe de fibras que se origina principalmente na área septal e termina nos núcleos habenulares do epitálamo. Estes, por sua vez, ligam-se ao núcleo interpeduncular do mesencéfalo, que se projeta para a formação reticular.
        Como o hipotálamo e a formação reticular; têm conexões diretas com os neurônios pré-ganglionares do sistema autônomo, as vias acima descritas permitem ao sistema límbico participar do controle do sistema autônomo, o que é especialmente importante na expressão das emoções.
7:Assista o seguinte vídeo sobre a anatomia do cérebro http://www.videoaulas.uff.br/neuroanatomia-anatomia-cerebral e após identifique nas imagens abaixo os componentes do sistema límbico.
 
8:Assista o vídeo sobre Circuito de Papez- https://vimeo.com/41514871 e sobre o sistema límbico SISTEMA LÍMBICO (Aula Completa) - Neuroanatomia Funcional com Rogério Souza: 
Descreva: as funções de cada estrutura que compõe o sistema límbico.
HIPOCAMPO: Subordinado acodificação da memória, usando o circuito de Papez. Está envolvido na modulação emocional, mas não é essa sua função principal.
CORPO AMILOIDE: Regula interpretação emocional dos estímulos internos e ambientais, especialmente relacionados ao medo e a raiva, memória afetiva.
CORTEX CINGULADO: Regulação cortical das funções autonômicas básicas, incluindo respiração, circulação e digestão. Também envolvido na modulação comportamental e emocional da dor e processamento das emoções, especialmente a tristeza.
HABÊNULA: Regula níveis de DOPAMINA; frustração.
HIPOTÁLAMO: Regula processos emocionais relacionados ao SITEMA NERVOSO AUTÔNOMO.
ÁREA SEPTAL: Centro do prazer. 
9: Descreva as estruturas que compõem o tronco encefálico, bem como as funções de cada uma.
É a parte mais caudal do encéfalo, que conecta as estruturas subcorticais e a medula espinhal. Ele controla as funções vitais (ex.: ciclo sono-vigília, consciência, frequência cardíaca e respiratória).
Partes: bulbo, ponte e mesencéfalo. 
Função: Bulbo: Centro vaso-motor. Centro respiratório FR – modifica o ritmo em certas condições emocionais. Centro do vômito. Motricidade automatizada. Motricidade voluntária. Sensibilidades (grácil e cuneiforme).
Ponte: Regulação do ciclo sono (N. da Rafe – Serotonina) (Locus Coeruleos – Noradrenalina)
Mesencéfalo: Reflexos visuais e auditivos (colículos superiores). audição (colículos inferiores). motricidade automatizada (subst. negra / n. rubro). motricidade voluntária (n. rubro)
10: Qual a localização anatômica do mesencéfalo e quais estruturas o compõem?
O mesencéfalo localiza-se entre o diencéfalo e a ponte, e é atravessado por um canal conhecido como aqueduto cerebral ou aqueduto de Sylvius, que conecta o terceiro ao quarto ventrículo permitindo a passagem do líquido cefalorraquidiano (LCR). Dorsalmente a este canal encontra-se o teto do IV ventrículo, enquanto ventralmente ao aqueduto encontram-se os pedúnculos cerebrais. Esses pedúnculos se dividem em porção ventral que é a base do pedúnculo e porção dorsal que é o tegmento. Os pedúnculos são dois feixes de fibras, calibrosos, que surgem na borda superior da ponte e penetram no cérebro. Entre os dois pedúnculos existe a fossa interpeduncular.
Existe também a substância negra, formada por melanina, e dessa substância delimitam-se sulcos, sendo dois longitudinais, um sulco lateral (o sulco lateral do mesencéfalo) e um sulco medial (sulco medial do pedúnculo cerebral). O sulco medial possui uma grande importância, pois é dele que emerge o III par craniano, o nervo oculomotor.
O mesencéfalo é constituído por uma porção dorsal, o teto do mesencéfalo, e outra ventral, muito maior, os pedúnculos cerebrais, separados pelo aqueduto cerebral. Este percorre longitudinalmente o mesencéfalo e é circundado por espessa camada de substância cinzenta, a substância cinzenta central ou periaquedutal. Em cada pedúnculo cerebral distingue-se uma parte ventral, a base do pedúnculo, formada de fibras longitudinais, e uma parte dorsal, o tegmento do mesencéfalo, cuja estrutura se assemelha à parte correspondente da ponte. Separando o tegmento da base, observa-se uma lâmina de substância cinzenta pigmentada, a substância negra
-TETO DO MESENCÉFALO Em vertebrados inferiores, o teto do mesencéfalo é um centro nervoso muito importante, relacionado com a integração de várias funções sensoriais e motoras. Tecto do mesencéfalo é constituído de 4 eminências, os colículos superiores são relacionados com os órgãos da visão (também é importante para certos reflexos que regulam o movimento dos olhos em sentido vertical) e os colículos inferiores estão relacionados com a audição.
-COLÍCULO SUPERIOR O colículo superior é formado por uma série de camadas superpostas, constituídas alternadamente por substância branca e cinzenta, sendo que a camada mais profunda confunde-se com a substância cinzenta central O colículo superior é importante para certos reflexos que regulam os movimentos dos olhos. Para esta função, existem fibras ligando o colículo superior ao núcleo do nervo oculomotor, situado ventralmente no tegmento do mesencéfalo. Lesões dos colículos superiores podem causar perda da capacidade de mover os olhos no sentido vertical, voluntária ou reflexamente.
- COLÍCULO INFERIOR. O núcleo do colículo inferior é uma importante estrutura das vias auditivas. 
- ÁREA PRÉ-TETAL Relaciona-se com o controle reflexo das pupilas.
-BASE DO PEDÚNCULO CEREBRAL Nele há localização das fibras corticoespinhais, responsáveis pela motricidade de cada parte do corpo.
-TEGMENTO DO MESENCÉFALO A substância cinzenta é formada por alguns pares de nervos cranianos e 2 núcleos importantes para a atividade motora somática: 
• Núcleo Rubro - origina o trato rubro-espinhal o qual influencia os neurônios motores da medula, responsáveis pela inervação da musculatura distal dos membros.
• Substância Negra é um núcleo compacto da substância cinzenta formada por neurônios que apresentam a característica de conter melanina que ocasiona a coloração escura. Os neurônios da substância negra são dopaminérgicos, ou seja, utilizam o neurotransmissor dopamina. Degeneração destes neurônios causam as graves perturbações motoras da síndrome de Parkinson
• Substância Branca, percorrem o tegmento do mesencéfalo fibras ascendentes, e representam a continuação dos segmentos que sobem da ponte.
11: Qual o significado clínico do mesencéfalo? Ou ainda, lesões no mesencéfalo levam a quais consequências?
O mesencéfalo é o segmento mais curto do tronco encefálico, interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo e sua maior parte se encontra na face posterior do crânio. Seu limite superior, que o separa do cérebro, é um plano horizontal entre os corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo.
O mesencéfalo pode ser dividido posteriormente em teto e anteriormente em pedúnculos cerebrais direito e esquerdo, cada um dos quais sendo subdivididos em tegmento e base por uma lâmina pigmentada, a substância negra.
No tronco encefálico, em sua visão dorsal, na área que corresponde ao teto do mesencéfalo, encontramos quatro eminências arredondadas, conhecidas pela denominação anatômica de “colículos” , sendo: dois superiores ( um para cada lado ) e dois inferiores, também, sendo um para cada lado. 
Os colículos superiores, são centros reflexos, relacionados aos estímulos visuais, enquanto os coliculos inferiores, são centros reflexos relacionados à audição.
Lesões no mesencéfalo: Lesões no mesencéfalo causam oftalmoplegia, dilatação pupilar e ptose (paralisia do nervo oculomotor), além de paralisias e perdas de sensibilidade de tronco e membro haja vista que todas as vias ascendentes que vão ao diencéfalo e cinco trato descendentes atrelados a motricidade atravessam o mesencéfalo.
12: Identifique as partes anatômicas do tronco encefálico nas imagens abaixo
13: Assista o seguinte vídeo http://www.videoaulas.uff.br/neuroanatomia-mesenc%C3%A9falo e após nomeie as estruturas que compõem o mesencéfalo:
14: Descreva a localização anatômica do hipotálamo.
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que o separa do tálamo. Lateralmente é limitado pelo subtálamo, anteriormente pela lâmina terminal e posteriormente pelo mesencéfalo. Apresenta também algumas formações anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma área muito pequena, mas apesar disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais importantes do sistema nervoso.
15:Cite as vias eferentes e aferentes do hipotálamo e descreva suas funções.
Para exercer seu papel básico de controlador das funções viscerais, o hipotálamo mantém conexões aferentes e eferentes com os neurônios da medula e do tronco encefálico relacionados com essas funções. 
-Conexões viscerais aferentes: O hipotálamo recebe informações sobre a atividade das vísceras, através de suas conexões diretas com o núcleo do trato solitário (fibras solitário-hipotalâmicas).Como já foi visto, este núcleo recebe toda a sensibilidade visceral, tanto geral como especial (gustação), que entra no sistema nervoso pelos nervos facial, glossofaríngeo e vago.
-Conexões viscerais eferente: O hipotálamo controla o sistema nervoso autônomo agindo direta ou indiretamente sobre os neurôniospré-ganglionares dos sistemas simpático e parassimpático. As conexões diretas se fazem através de fibras que, de vários núcleos do hipotálamo, terminam seja nos núcleos da coluna eferente visceral geral do tronco encefálico, seja na coluna lateral da medula (fibras hipotálamo-espinhais). As conexões indiretas se fazem através da formação reticular e tratos reticuloespinhais.
16:Pensando na importância clínica do hipotálamo, lesões nesta área podem levar a quais consequências?
As lesões no hipotálamo em geral causam os efeitos opostos aos causados pela estimulação. Por exemplo: 
1. Lesões bilaterais, na região lateral do hipotálamo, vão diminuir a sede e fome até quase a zero, em geral, levando à inanição letal. Essas lesões causam também extrema passividade do animal, com perda da maioria dos seus impulsos motivacionais. 
2. Lesões bilaterais das áreas ventromediais do hipotálamo produzem efeitos que são, em sua maioria, opostos aos causados pelas lesões na região lateral do hipotálamo: beber e comer excessivamente, bem como hiperatividade e agressividade contínua, com surtos de raiva extrema a menor provocação. A estimulação ou lesões em outras áreas do sistema límbico, especialmente na amígdala, na área septal e nas áreas do mesencéfalo, em geral, produz efeitos semelhantes aos produzidos pelo hipotálamo. 
17: Na imagem abaixo identifique as estruturas apontadas pelas setas.
Referências utilizadas:
· BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael Papez: desvendando o sistema nervoso. Artmed editora, 2002.
· BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N.; KOEPPEN, Bruce M. Berne & levy physiology. Elsevier Brasil, 2008.
· BURT, Alvin M.; ARMATO, Ubaldo.Trattato di neuroanatomia. Piccin, 1996.
· GUYTON, Arthur Clifton.Tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2006.
· NETTER, Frank H. Netter atlas de anatomia humana. Elsevier Brasil, 2018.
· SILVERTHORN, Dee Unglaub.Human physiology. Jones & Bartlett Publishers, 2015.
· SOBOTTA, Johannes.Sobotta: atlas de anatomía humana. Ed. Médica Panamericana, 2006.

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