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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV imagem cardíaca Coarctação da Aorta • Congênita • Ligamento Arterioso – Subclávia • Represamento de fluxo • Diferença de Pressão MMSS e MMII • Repercussão Cardíaca A Coarctação é um defeito cardíaco congênito (ou seja, de origem genética, que ocorre no período embrionário-fetal, envolvendo comprometimento estrutural, funcional ou ambos), ocasionado por um estreitamento de apenas um seguimento da aorta, o principal vaso sanguíneo que leva sangue oxigenado vermelho do coração para o resto do corpo. O ponto de coarctação geralmente é encontrado entre o ligamento arterioso e a subclávia. A aorta se estreita, fazendo com que o coração bombeie com mais força para empurrar o sangue através da aorta estreitada para obter um fluxo sanguíneo adequado para a metade inferior do corpo. Obs. Fluidos e gases se deslocam de áreas de maior pressão para áreas de menor pressão → Ou seja, um estreitamento do vaso significa represamento de fluxo sanguíneo, o que aumenta a pressão dentro do vaso. Com o represamento, cria-se uma diferença de pressão antes e depois da coarctação. Depois dela (do seguimento comprometido), tende a ser menor. Os diâmetros diferentes (lado esquerdo) ilustram a diferença de fluxo e o comprometimento do vaso. A coarctação traz uma deficiência de circulação geral no indivíduo. Há uma diminuição da pressão nos MMII, já que diminui o fluxo sanguíneo que seria destinado a esses membros. Da esquerda para direita: Tronco braquicefálico, carótida esquerda e subclávia esquerda com pressão alta nos MMSS (membros superiores). A pressão está alta pois se encontram antes da coarctação. Se a pressão na aorta está muito alta, o que pode acontecer com o coração? Acontece uma resistência periférica muito alta. Por causa disso, o coração começa a fazer mais força de contração para que a pressão dentro do ventrículo esquerdo seja maior do que a da aorta. Dessa forma, o sangue não retornará. Isso causará uma pós carga aumentada, ocasionando uma hipertrofia concêntrica. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV Comunicação entre câmaras • CIA - Comunicação Interatrial • CIV - Comunicação Interventricular • Repercussão Cardíaca Na comunicação Interatrial (CIA): Tendência do sangue migrar do lado esquerdo para o direito, já que os liquidos se deslocam das áreas de maior pressão para areas de menor pressão. Ecocardiografia em 4 câmaras: apresenta uma pequena descontinuidade na parede cardíaca interna. Imagens em ressonância Magnética: 1° - apresenta descontinuidade grande no septo interatrial; 2° - Descontinuidade menor, porem importante. Tomografia computadorizada com contraste: Apresenta um discreto refluxo de sangue de uma câmara para outra (AE→AD), o que caracteriza uma comunicação interatrial. Repercussão cardíaca: A sobrecarga do lado direito ocasiona um hiperfluxo pulmonar, já que o sangue (em excesso) se desloca pela artéria pulmonar, que conduz ao coração. Isso causa uma hipertensão nos pulmões, o que pode causar lesões vasculares pulmonares, já que esse órgão possui vasos mais delgados e sensíveis. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV Comunicação interventricular (CIV) Tendência do fluxo se deslocar da esquerda para direita. Comunicação discreta: Tendência de caminho único, sem refluxo. Não afeta muito a oxigenação corporal. Comunicações mais largas: Com um espaço maior, ocorre uma mistura de sangue oxigenado e desoxigenado, o que diminui a perfusão do oxigênio no organismo, o que causa a cianose. Quando tem uma abertura maior, existe uma área de escape de pressão. Assim, a pressão que era para ser mais alta de um lado (VE), acaba se igualando (equalizando) ao outro lado (VD). Ocorre uma descompensação na distribuição do fluxo sanguíneo. Isso ocasiona uma redução de volume sanguíneo que sairia do VE, que segue para a artéria aorta, diminuindo o fluxo sanguíneo para o corpo. Além disso, ocorre um aumento do volume de sangue que sairia do VD, que segue para a artéria pulmonar, desembocando nos pulmões. Isso causa uma sobrecarga nesses órgãos (hipertensão pulmonar). No VE, ocorre uma queda de débito, já que parte do sangue escapa para o Ventrículo direito → Coração aumenta a frequência para suprir o fluxo normal de sangue → Causa o aumento do VE, para ejetar mais sangue e aumentar a pressão. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV Tetralogia de Fallot • Congênita • Cianótica • Estenose Pulmonar • Cavalgamento da Aorta • CIV • Dilatação de VD Anormalidades: Estenose (redução de espaço) pulmonar: na imagem, percebe-se que o tronco pulmonar está muito mais fino do que a aorta ascendente, do lado esquerdo e a descendente, circulada do lado direito. Cavalgamento ou dextroposição da aorta: é um defeito cardíaco congênito, onde a aorta é posicionada diretamente sobre um defeito do septo ventricular (CIV), em vez de estar sobre o ventrículo esquerdo; Na imagem colorida: aorta posicionada mais para a direita, dextro posta É uma cardiopatia congênita, composta pela associação simultânea de quatro anormalidades anatômicas, são elas: estenose pulmonar, dextroposição aórtica (“cavalgamento” da aorta), defeito (comunicação) do septo ventricular, hipertrofia ventricular direita. A tetralogia de Fallot ocorre quando existe o desenvolvimento inadequado do septo interventricular e o deslocamento do septo atrial, o que ocasiona a superposição da aorta e a obstrução do fluxo sanguíneo direito. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV Comunicação interventricular (CIV): mistura de sangue na emergência da aorta. O que configura uma doença cianótica, pois afeta a perfusão de O2 nos pulmões (impede a hematose). Dilatação de Ventrículo Direito: Como resultado da CIV, ocorre a dilatação do VD, já que o sangue se desloca para esse lado (de menor pressão), deixando-o sobrecarregado. Assim, o coração precisa exercer mais pressão para poder jogar o sangue para a artéria pulmonar. Desse modo, pode ocorrer uma hipertrofia muscular. Cirurgia de Blalock-Taussig • Cirurgia de correção dessa patologia. • Fecha a CIV e faz uma anastomose entre a subclávia e a pulmonar para garantir um outro sistema de circulação, para melhor oxigenação do sangue nos pulmões.
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