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Gabarito das Autoatividades BOTÂNICA I (BID) 2011/2 Módulo IV 3UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B O T Â N I C A I GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE BOTÂNICA I UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Procure na literatura ou faça uma busca na internet e defina, sucintamente, os seguintes termos: a) Monofilético: diz-se de um táxon que descende de um único ancestral. b) Polifilético: que pertence a um táxon cujos membros são derivados de um ou mais ancestrais, que não são comuns a todos os membros desse táxon. c) Parafilético: pertence a um táxon que exclui as espécies que partilham um ancestral em comum com as espécies incluídas no táxon. 2 As plantas compreendem um grupo monofilético. Cite algumas características comuns às plantas terrestres. R.: Com base em Judd et al. (2008), pode-se citar como características comuns às plantas terrestres: histórias de vida com duas gerações, que compreendem um esporófito diploide e um gametófito haploide; esporos com paredes espessas; um estágio embrionário no ciclo de vida; estruturas especializadas que protegem os gametas, sendo arquegônios para os óvulos e anterídios para os gametas masculinos; e uma cutícula, que é uma camada cerosa protetora acima das células epidérmicas. 3 Comparando com células animais, assinale os componentes presentes apenas nas células vegetais: (x) Parede celular primária. (x) Parede celular secundária. ( ) Membrana plasmática. ( ) Retículos endoplasmáticos. (x) Plastos. ( ) Mitocôndrias. (x) Vacúolos. ( ) Ribossomos. ( ) Peroxissomos. ( ) Lisossomos. (x) Substâncias ergásticas. 4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B O T Â N I C A I ( ) Complexo golgiense. ( ) Nucléolo. 4 Em relação ao oxigênio liberado durante a fotossíntese, assinale a alternativa CORRETA: a) (x) Provém somente das moléculas de água. b) ( ) Provém tanto das moléculas de água quanto das de gás carbônico. c) ( ) Provém somente das moléculas de gás carbônico. d) ( ) Provém somente das moléculas de glicose. 5 Podemos afirmar que os pinheiros, assim como todas as gimnospermas, apresentam como característica marcante. Assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) O grande porte das plantas. b) ( ) A produção de frutos como o pinhão. c) ( ) A produção de folhas reduzidas. d) (x) A produção de sementes nuas. e) ( ) A produção de semente carnosa e atrativa para os animais, já que não há um fruto que desempenhe esta função. 6 Indique o grupo de organismos onde todos apresentam sementes. Assinale a alternativa CORRETA: a) (x) Pinheiros, limoeiros e gramas. b) ( ) Samambaias, bromélias e castanheiras. c) ( ) Araucárias, musgos e orquídeas. d) ( ) Bambus, algas e cafezeiros. e) ( ) Cogumelos, cactáceas e figueiras. TÓPICO 2 Questão única: Que tal você fazer uma pesquisa e conhecer mais sobre a vida desse grande pesquisador do século XVIII, cujas contribuições são importantes até hoje? Pesquise em livros ou faça uma busca na internet e veja o que você descobre sobre esse incrível naturalista! R.: Caro(a) Professor(a)-Tutor(a) Externo(a), essa questão dependerá da pesquisa que cada acadêmico(a) realizar. Aproveite a oportunidade para fazer uma socialização das pesquisas efetuadas pelos acadêmicos. 5UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B O T Â N I C A I TÓPICO 2 1 Procure na literatura ou faça uma busca na internet e defina, sucintamente, os seguintes termos: a) Taxonomia: é a ciência da classificação dos seres vivos; é a análise das características de um organismo com o propósito de inserir o organismo dentro de um táxon. b) Sistemática: é o estudo científico dos tipos e da diversidade de organismos e de toda e qualquer relação entre eles. c) Identificação: é a determinação de um táxon como idêntico ou semelhante a outro já conhecido. d) Classificação: é a ordenação das plantas em um táxon. e) Homologia: uma condição que indica a mesma origem filogenética ou evolutiva, mas não necessariamente com a mesma estrutura e/ou função atuais. f) Análogo: aplica-se a estruturas semelhantes na função, mas diferentes na origem evolutiva. 2 Existe alguma diferença entre identificar e classificar? R.: Quando se dá nome a uma planta já conhecida, isto é, já descrita, identifica- se ou determina-se o táxon, ao passo que quando se procura localizar uma planta ainda não conhecida, dentro de um sistema de classificação, está-se classificando. 3 Observe o cladograma a seguir. Ele mostra as relações filogenéticas entre musgos, samambaias, pinheiros e carvalhos, indicando as características compartilhadas que apoiam os padrões de relações. A partir dele, preencha o quadro a seguir, colocando + para o estado de caráter Presente (condição derivada) e – para o estado de caráter Ausente (condição ancestral). 6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B O T Â N I C A I QUADRO 3 - CARACTERES Caracteres Táxon Xilema e floema Lenho Sementes Flores Musgos - - - - Samambaias - + + + Pinheiros + + + - Carvalhos + + + + FONTE: A autora TÓPICO 3 1 Quais são os “taxa” fundamentais? R.: Os taxa fundamentais são: reino, divisão, classe, ordem, família, gênero, espécie. 2 Qual táxon é o mais amplo? E o mais específico? R.: O táxon mais amplo é o reino, enquanto o mais específico é a espécie. 3 De acordo com a terminação, diga qual é o táxon indicado a seguir: R.: a) Arecaceae: família. b) Magnoliopsida: classe. c) Rosales: ordem. d) Magnoliophyta: divisão. e) Mimosoideae: subfamília. f) Basidiomycota: divisão. 7UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B O T Â N I C A I 4 O nome científico de uma planta é um binômio. O que isso significa? R.: O nome científico de uma planta é um binômio, ou seja, é formado por duas palavras, a primeira refere-se ao gênero e a segunda é o epíteto específico. 5 Como deve ser escrito o gênero? E o epíteto específico? R.: O gênero deve ser escrito com a letra inicial maiúscula. O epíteto específico deve aparecer após o gênero com inicial minúscula. Ambos devem se apresentar de maneira destacada no texto (negrito, itálico ou sublinhado). 6 Considerando o princípio da prioridade, assinale os nomes válidos para as espécies a seguir, que possuem as seguintes sinonímias: R.: a) (x) Aristolochia gardens Lineu (1856). ( ) Aristolochia glabra Benton (1873). b) ( ) Gaudinia hispanica Stace & Tutin (1967). (x) Gaudinia holosica Moore (1952). c) (x) Omphalobium ovatifolius Martius (1817). ( ) Omphalobium glabratum A. DC. (1978). 7 Em que língua se escreve o nome científico? Por quê? R.: O nome científico deve ser escrito em latim, ou latinizado, por ser uma língua morta e não sofrer ajustes. 8 Qual o inconveniente do uso do nome vulgar das plantas? R.: O uso do nome popular é inconveniente pelo fato de, muitas vezes, encontrarmos uma espécie conhecida por vários nomes populares, como é o caso de Manihot, o aipim. No Sul e Sudeste é conhecida como aipim, no Nordeste como macaxeira. Ou ainda, é comum denominarmos pelo mesmo nome vulgar várias espécies diferentes. 9 Corrija os nomes das espécies (a ordem dos nomes está escrita corretamente. Mais de dois nomes é subespécie): a) Araucária angustifólia (Pinheiro-do-Paraná): Araucaria angustifólia. b) Clúsia Criuva Parviflora (mangue-de-formiga): Clusia criuva subsp. Parviflora. c) Cedrela Físsilis (cedro): Cedrela fissilis. d) Allium cepa (cebola): Allium cepa. e) Virola Bicuhyba (bicuíba): Virola bicuhyba. f) ílex paraguariensis (erva-mate): Ilex paraguariensis. 10 Considerando as regras de nomenclatura que regem a escrita dos nomes científicos, corrija as informações que estiverem erradas e escreva corretamente o nome da espécie e sua autoria. 8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B O T Â N I C A I a) A espécie Heliconia chartacea foi descrita por Lane, no entanto, o autor publicou o nome da espécie de maneira incorreta e Barreiros a corrigiu. R.: Heliconia chartacea Lane ex Barreiros. b) O lírio-da-paz, pertencente à família Araceae, foi descrito por Dryandcomo pothus cannifolia, contudo Schott transferiu esse táxon para o gênero spathiphyllum. Spathiphyllum cannifolia (Dryand) Schott. c) Planch e Triana, em suas pesquisas, descreveram clúsia, uma Angiosperma, como clúsia fluminensis, pertencente à família Clusiaceae. R.: Clusia fluminensis Planch et Triana ou Clusia fluminensis Planch &Triana. d) Mureré é o nome popular da espécie Alsima flava descrita por Linné, uma Angiosperma da família Limnocharitaceae. Buchenau transferiu seu gênero para Limnocharis. R.: Limnocharis flava (Linné) Buchenau. e) A espécie herbácea maranta eximia, nativa do Brasil, conhecida do caetê- metálico, foi descrita por Mathieu em 1962. Esta espécie, mais tarde, foi transferida por Körn para o gênero Calathea. R.: Calathea eximia (Mathieu) Körn. f) Coco-de-praia ou buriri, uma palmeira da família Arecaceae, foi denominada de Cocos Arenaria por Gomes, e Kuntze, posteriormente, através de pesquisas taxonômicas, transferiu esse táxon para o gênero allagoptera. R.: Allagoptera arenaria (Gomes) Kuntze. g) Bertol descreveu pela primeira vez o nosso pinheiro-brasileiro como columbea Angustifolia, passando para o gênero Araucaria, efetuado por Kuntze. R.: Araucaria angustifolia (Bertol) Kuntze. h) Cordia glabrata é uma espécie conhecida popularmente por louro-preto que foi designada por Martius pelo nome gerascanthus glabrata. Porém, De Candolle, posteriormente, através de pesquisas taxonômicas, acomodou G. glabrata no gênero Cordia. R.: Cordia glabrata (Martius) De Candolle. i) Outra espécie de louro, conhecido como louro-pardo, foi descrita por Vell. como Cordiada trichotoma. Arráb. foi o autor que mudou o gênero do louro- pardo para cordia, sendo que Steud. percebeu que Arráb. havia descrito o nome da espécie de maneira incorreta e a corrigiu. R.: Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. j) Piptadenia columbrina, conhecida como angico-branco, foi descrita por Vell. Brenan mudou para o novo gênero anadenanthera. R.: Anadenanthera columbrina (Vell.) Brenan. k) Ruiz e Pav., companheiros de pesquisa, descreveram a espécie caballeria Ferruginea, a capororoca, pertencente à família Myrsinaceae. Mais tarde, a espécie C. Ferruginea foi transferida pelo pequisador Mez para o gênero rapanea. 9UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B O T Â N I C A I R.: Rapanea ferrugínea (Ruiz & Pav) Mez. l) Saggio Molina em 1782 descreveu a araucária-do-chile, assim conhecida popularmente. Koch transferiu o gênero desta araucária, ficando então conhecida cientificamente como Araucária araucana. R.: Araucaria araucana (Saggio Molina) Koch. m) Hassler descreveu Marica cândida, conhecida popularmente como íris- da-praia. Sprague considerou essa espécie como pertencente ao gênero neomarica. R.: Neomarica candida (Hassler) Sprague. n) Nossa bicuíba foi denominada Myristica bicuhyba por Schott, 1927, passando para o gênero Virola em 1997, efetuado por Warburg. R.: Virola bicuhyba (Schott) Warburg. o) Cyphomandra divaricata é uma espécie que foi designada por Martius em 1829 pelo nome Witheringia divaricata. Porém, Sendtner, posteriormente, através de pesquisas taxonômicas, acomodou W. divaricata no gênero Cyphomandra. R.: Cyphomandra divaricata (Martius) Sendtner. p) Selaginela umbrosa pertencente à família Selaginellaceae foi descrita por Lem. Contudo, este autor publicou o nome da espécie de maneira incorreta e o erro foi corrigido por Heiron. R.: Selaginela umbrosa Lem. ex Heiron. q) O brinco-de-princesa-da-mata foi descrita por Vell. como quelusia regia. Munz transferiu esse táxon para o gênero Fuchsia. R.: Fuchsia regia (Vell.) Munz. r) Standl. e seu amigo Steyerm. descreveram a espécie chamaedorea brachypoda, cujo nome popular designaram como bambuzinho, pertencente à família Arecaceae. R.: Chamaedorea brachypoda Standl. & Steyerm. s) Nees descreveu Oredaphne spixiane, conhecida como canela ou louro, que foi transferida para o gênero ocotea por Mez. R.: Ocotea spixiane (Ness) Mez. TÓPICO 4 1 Comente as seguintes frases sobre as funções das coleções biológicas: a) As coleções biológicas são testemunhos da biodiversidade e, quando bem conservadas, servem de base para estudos atuais e futuros. R.: Pesquisadores de diversas áreas utilizam registros e espécimes de coleções, produzindo novos conhecimentos. Diversas instituições como escolas e universidades, zoológicos, centros de controle de intoxicações, agências do governo, consultorias utilizam os acervos das coleções biológicas. 10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B O T Â N I C A I b) As coleções botânicas são testemunhos da flora que existiu em diversos locais que já sofreram alterações antropormóficas, sendo a base para diversos estudos de caracterização ambiental. R.: Com a restrição das coletas em hábitats que se tornaram protegidos ou de espécies que se tornaram ameaçadas, somadas às mudanças culturais, à destruição de hábitats e à própria extinção das espécies, as coleções possuem registros e espécimes que se transformaram em recursos naturais não renováveis, não podendo ser coletados novamente. 2 Procure na literatura ou faça uma busca na internet e defina, sucintamente, os seguintes termos: a) Herbário: coleção de plantas secas e prensadas. b) Xiloteca: coleção de madeiras. c) Carpoteca: coleção de frutos e sementes. d) Palinoteca: coleção de microfósseis. UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 Há muitos anos os fungos eram considerados plantas. Cite uma característica que os assemelha a esse grupo. R.: Os fungos assemelham-se às plantas, por possuírem em algumas de suas células parede celular (embora de composição diferente). Assim como os vegetais, lançam esporos ao vento. 2 “Cientistas descobriram que as características genéticas dos fungos estão muito mais próximas às dos animais do que às dos vegetais. A novidade vem do 16º Congresso Internacional de Botânica, em St. Louis (EUA) [...]”. (Isto é, Salada sem cogumelo, 8 set. 1999). Cite algumas características dos fungos que se assemelham aos animais. R.: Os fungos são organismos heterotróficos, aclorofilados, têm como substância de reserva o glicogênio e apresentam quitina. 3 Observe o esquema a seguir: 11UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B O T Â N I C A I (01) O organismo representado pertence ao Reino Fungi. (02) Como exemplos de organismos que pertencem ao mesmo Reino, podemos citar o champignon, shiitake, orelhas-de-pau e as leveduras. (04) É um ser eucarionte. (08) Pode realizar fotossíntese quando exposto à radiação solar. (16) Todas as espécies são comestíveis. (32) Existem espécies saprófitas e parasitas. (64) Alguns fungos mantêm uma relação simbiótica com outras plantas, chamada de micélio. Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações corretas. R.: Soma: 39 (01 + 02 + 04 + 32) 4 Leia o texto. Fungos – heróis da biosfera À primeira vista, os fungos são pouco interessantes. Mas eles contribuem de forma decisiva para a preservação da diversidade biológica do nosso planeta e estão presentes, de mil formas, no nosso cotidiano. Os refrigerantes, por exemplo, são produtos fúngicos, porque a maioria tem ácido cítrico, produzido por um fungo, o Aspergillus lividus, que é usado industrialmente. Poderíamos citar numerosos exemplos de fungo que estão presentes em nosso cotidiano, mas o que interessa ressaltar é que, dentre a rica biodiversidade brasileira, uns 20% são fungos. Há 1,5 bilhão de espécies do Reino Fungi, a maior parte delas invisível a olho nu. Assim como algumas espécies de bactérias, os fungos atuam no ambiente como agentes da decomposição, permitindo a reciclagem de nutrientes. 12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B O T Â N I C A I Se houvesse, por exemplo, um grande cataclismo que eliminasse os decompositores da face do planeta, o cenário que se poderia imaginar seria uma gradativa acumulação, nos sistemas terrestre e aquático, de matéria orgânica não decomposta (galhos de árvores, restos de animais etc.), fazendo com que todoo equilíbrio da biosfera ficasse comprometido. Os fungos na feitiçaria e na culinária Os cogumelos, por serem visíveis a olho nu, sempre despertaram o interesse das primeiras civilizações. Uma das características do cogumelo é a velocidade com que ele se desenvolve. Olha-se um dia para o tronco de uma árvore caída e não tem nada ali; no dia seguinte, há uma abundância enorme de cogumelos sobre ele. Na cultura cheia de superstição do passado, esse crescimento foi interpretado como algo mágico, como bruxaria. Na América Central, no México e na Guatemala, as civilizações pré-colombianas faziam uso de cogumelos nos seus rituais, e até hoje no interior desses países os mercados sempre estão repletos de diversos tipos de cogumelos comestíveis. No Brasil, uma pesquisa sobre os nomes dados aos fungos entre os povos indígenas mostrou que essas denominações eram carregadas de aspectos negativos. Fungo nas línguas indígenas é sinônimo de coisa ruim, imprestável. Só os ianomâmis têm para eles uma lista grande de nomes sem essas conotações, indicando inclusive o uso que fazem de cogumelos, sobretudo na culinária. De fato, os ianomâmis consomem cogumelos de diferentes tipos, mas não há registro do seu uso como alucinógenos. Os fungos são apreciados na culinária também desde épocas muito antigas. No império romano, a espécie de cogumelo Amanita cesariae foi assim batizada por ter sido reservada aos Césares. Outros cogumelos comestíveis eram de uso exclusivo dos nobres. A Micologia médica é a área da Micologia que estuda as doenças causadas por fungos no ser humano. A maioria dos fungos capazes de causar infecção vive da matéria orgânica em decomposição. Vejamos um exemplo: o Cryptococcus neoformans – agente da criptococose – é encontrado em grande quantidade nos espaços urbanos associados a hábitats de pombos e de psitacídeos (papagaio, periquitos etc.). O excremento desses animais favorece a proliferação dos fungos e, quando resseca, espalha-se em pequenas partículas na poeira. Inalado, o fungo chega ao alvéolo pulmonar, onde pode se instalar e causar lesões, especialmente em pessoas cujas defesas estejam baixas. Apesar de causarem doenças, algumas espécies de fungo são capazes de produzir substâncias que atuam como antibiótico. FONTE: Adaptado de: <http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/1216/fungos-herois- e-viloes-da-biosfera>. Acesso em: 2 ago. 2010. 13UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B O T Â N I C A I ● Os fungos têm sido considerados, por muitos, vilões entre os organismos vivos. Entretanto, sabemos que eles apresentam grande importância, principalmente ecológica e econômica. Com seus conhecimentos adquiridos até aqui e utilizando outras fontes de consulta, comente: a) Uma função ecológica desempenhada pelos fungos. R.: Nesta questão, os acadêmicos podem comentar, por exemplo, sobre a ação dos fungos como decompositores e sua importância na ciclagem de nutrientes no solo; sobre as associações simbióticas, denominadas micorrizas, de fungos com raízes e órgãos subterrâneos de plantas; sobre os fungos “predadores”. b) Um exemplo de importância econômica dos fungos para os seres humanos. R.: Nesta questão, espera-se que o(a) acadêmico(a) cite, por exemplo, a importância dos fungos na indústria alimentícia e de bebidas; como agentes causadores de doenças; na produção de antibióticos. TÓPICO 2 1 Complete o quadro a seguir: R.: Celularidade C o r p o d e frutificação Parede Hifas Exemplos Deuteromicetos Filamentosos Ausente Quitina Septadas Candida albicans Zigomicetos Unicelulares ou filamento- sos Ausente Quitina Pouca celu- lose Cenocíticas Rhizopus stoloni- fer (bolor preto do pão), Mucor e Sap- rolegnia Ascomicetos Unicelulares ou filamento- sos Ascoma Quitina Pouca celu- lose Septadas Penicillium, Neuro- spora, Saccharo- myces, Aspergillus, Morchella e Tuber Basidiomicetos Filamentosos Basidioma Quitina Septadas Amanita, Agaricus e Psilocyle 2 De que tipo de organismo se acredita que os fungos tenham evoluído? R.: Há algumas evidências de que os fungos, e também os animais, possivelmente divergiram a partir de um ancestral protista aquático. A divisão Chytridiomycota foi incluída no Reino Fungi recentemente, antes pertencente ao grupo Protista. Logo no princípio da evolução dos fungos, duas linhas evolutivas teriam derivado. Uma delas deu origem ao grupo Chytridiomycota e a outra aos outros três grupos de fungos: o Zygomycota, o Ascomycota e o Basidiomycota. 14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B O T Â N I C A I 3 O que são deuteromicetos e quais suas relações com os outros grupos de fungos? R.: Certos fungos formam um grupo artificial e sem valor taxonômico chamado deuteromicetos, fungos imperfeitos, fungos conidiais ou, ainda, fungos mitospóricos. Estes fungos não formam zoósporos e cujo ciclo sexuado é desconhecido. Pesquisas, como as que verificam as semelhanças entre os ácidos nucleicos, evidenciaram que a maioria desses deuteromicetos pertence a outros grupos, como o grupo dos ascomicetos, ou com menos frequência dos basidiomicetos. 4 Nomeie as estruturas. TÓPICO 3 1 Comente uma importância econômica ou ecológica das algas. R.: Nesta questão, espera-se que o(a) acadêmico(a) comente alguma das importâncias mencionadas no item 3 deste tópico. 2 No que diz respeito às algas verdes do grupo Chlorophyta. Classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falas: (V) São organismos autotróficos e possuem clorofila a e b. (V) A substância de reserva é o amido. (V) A maioria é aquática. (F) Todas são unicelulares. 15UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B O T Â N I C A I Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) V – F – V – V. b) (x) V – V – V – F. c) ( ) F – V – V – V. 3 Como são as algas em relação à(ao): a) Organização celular: podem ser procariontes ou eucariontes. b) Número de células: podem ser unicelulares ou multicelulares. c) Forma de nutrição: podem ser heterótrofas ou autótrofas. UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 A Mata Atlântica é um local muito úmido. Nesse ambiente, é normal encontrarmos diversos tipos de plantas verdes, de poucos centímetros, desenvolvendo-se sobre troncos, ramos de árvores, rochas e a superfície do solo. A reprodução dessas plantas não ocorre por meio de flores. No seu ciclo de vida há gametas envolvidos. a) Esse pequeno enunciado se refere a quais plantas? R.: Essas plantas são as briófitas. b) Qual o principal fator que delimita o seu tamanho? R.: O fator limitante do seu tamanho é a ausência de vasos condutores de seiva. c) Qual é a fase transitória do seu ciclo reprodutivo? R.: A fase transitória do ciclo das briófitas é o esporófito. 2 Para rodar um de seus filmes, um autor de filmes de ficção científica queria em cena um musgo gigante, do tamanho de uma araucária. Por que a equipe não conseguiu encontrar tal vegetal? Qual sistema, ausente nos musgos reais, deveria estar presente nesse gigante para que ele atingisse tal tamanho? R.: O sistema ausente nos musgos reais e presente nos gigantes é o sistema condutor (ou também chamado, sistema vascular) de água e nutrientes e produtos fotoassimilados. Sem o sistema de vasos condutores, o transporte é realizado por difusão, célula para célula, num processo lento e incapaz de levar os nutrientes com velocidade suficiente para atender às células distantes do solo. 16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B O T Â N I C A I 3 Para relacionar a conquista do meio terrestre pelas briófitas, alguns pesquisadores fazem uma analogia, afirmando que as briófitas são os anfíbios do mundo vegetal. Justifique. R.: Assim como os anfíbios, estas plantas vivem, na maioria das vezes, em ambiente terrestre úmido e sombreado ou, ainda, em ambiente dulcícola. Anfíbios, como os sapos, pererecas e rãs necessitam viver próximo da água, devido à sua respiração cutânea. As briófitas, da mesma forma, vivem em locais úmidos, não possuem vasoscondutores de seiva e dependem da água para seus processos de reprodução. 4 Procure na literatura ou faça uma busca na internet e defina, sucintamente, os seguintes termos usados para descrever as briófitas: a) Avasculares: sem tecidos condutores (ou vasculares). b) Cormófitos: plantas com tecidos verdadeiros. c) Criptógamos: sem flores. d) Assifonógamos: dependem de água para fecundação. e) Higrófitos: plantas presentes em lugares úmidos. f) Umbrófilos: que gosta de lugares sombreados. 5 Observe a representação esquemática de um musgo. Assinale a alternativa que indica corretamente o que representam as estruturas I e II. I II a) Gametófito dioico e diploide Esporófito haploide b) Gametófito masculino e haploide Esporófito diploide c) Gametófito feminino e haploide Esporófito diploide d) Esporófito diploide Gametófito dioico e haploide e) Esporófito haploide Gametófito feminino e haploide 17UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B O T Â N I C A I TÓPICO 2 1 No que diferem briófitas e pteridófitas quanto ao deslocamento da água e sais minerais no interior da planta? R.: As briófitas são plantas avasculares e a água se desloca no organismo por difusão de célula para célula. As pteridófitas são plantas vasculares ou traqueófitas e a água se desloca através de um conjunto de vasos condutores de seiva. 2 No que se assemelham briófitas e pteridófitas quanto ao hábitat e transporte de gametas? R.: Briófitas e pteridófitas são plantas terrestres de ambientes úmidos e dependentes do fator água para o encontro dos gametas. 3 As frases a seguir correspondem ao ciclo de vida de uma samambaia. Mas elas estão todas desorganizadas. Usando números, coloque a sequência do ciclo em ordem. (03) Quando os esporângios amadurecem, liberam os esporos. (08) Os anterozoides encontram os arquegônios e fecundam suas oosferas. (11) O esporófito cresce sobre o prótalo. (06) Quando maduros, os anterídios libertam os anterozoides. (01) Ao alcançar a maturidade sexual, a maioria das samambaias forma soros. (09) Após a fecundação, observamos a formação do zigoto. (04) Ao cair sobre um substrato úmido, o esporo desenvolve-se e origina o prótalo (gametófito). (02) Os esporângios, localizados dentro dos soros, produzem esporos haploides. (10) O zigoto forma um embrião, que se aloja dentro do arquegônio e, mais tarde, será um novo esporófito. (05) O prótalo forma os anterídios e os arquegônios. Nos anterídios, formam- se anterozoides e em cada arquegônio forma-se uma oosfera. (07) Os anterozoides nadam até o prótalo com a ajuda da chuva ou garoa. 4 Aas plantas vasculares sem sementes estão agrupadas em duas divisões: Lycophyta e Monilophyta. Dentro das Monilófitas encontramos samambaias leptosporangiadas e eusporangiadas. Distinga esses dois tipos de samambaias. R.: A distinção entre samambaias leptosporangiadas e eusporangiadas baseia-se na estrutura e no desenvolvimento dos esporângios. As samambaias eusporangiadas parecem ter preservado a condição ancestral em que o esporângio desenvolve-se a partir de muitas células iniciais e 18 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B O T Â N I C A I apresenta uma parede com mais de uma célula de espessura quando plenamente desenvolvido. Esporângios desse tipo tendem a conter um grande número de esporos haploides na maturidade. Enquanto que as samambaias leptosporangiadas possuem um tipo derivado de desenvolvimento no qual o esporângio é formado a partir de uma única célula inicial e possui uma parede com uma célula de espessura na maturidade. Esses leptosporângios nascem em um pedúnculo distinto e possuem uma estrutura característica chamada de ânulo, que consiste em uma fileira de células com as paredes internas espessadas e as paredes externas mais finas. Os leptosporângios da maioria das espécies contêm um número relativamente pequeno e constante de esporos haploides, que são ejetados do esporângio por um mecanismo acionado por mudanças no teor da umidade das células do ânulo. TÓPICO 3 Questão única: Vamos relembrar um pouco da nossa infância e dos nossos tempos de escola. Sua escola adotava o método de ensino tradicional? O professor ficava à frente da classe, os alunos eram distribuídos em fileiras paralelas, uns atrás dos outros? A ferramenta de ensino era o quadro- negro e o livro didático? Existiam outras alternativas? Como você descreveria sua escola e sala de aula? R.: Esta é uma resposta aberta. Cada acadêmico(a) deve fazer uma reflexão e dissertar a respeito desse tema. Socialização de ideias.
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