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Gabarito das Autoatividades de Sociedade e Meio Ambiente

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Gabarito das Autoatividades
SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE
(GAM)
2011/2
Módulo IV
3UNIASSELVI
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 Dê os limites que impediram que a Sociologia contribuísse para a análise 
dos problemas ambientais emergentes no século XX.
R.: A despreocupação por parte dos sociólogos com os fatores ambientais 
e sua possível influência nas relações sociais é resultado do próprio reflexo 
das construções teóricas dominantes no século XIX. Nesta época, as 
teorias geográficas e biológicas foram apropriadas para justificar relações de 
dominação entre os povos colonizados, inclusive mantendo o trabalho escravo 
e a discriminação étnica para com os negros, índios e povos miscigenados. 
Quando a questão ambiental emerge no debate internacional, na década de 
1970, os sociólogos são surpreendidos por não terem um campo estruturado 
de pesquisas que os guiasse para constituir possíveis interpretações 
quanto à relação entre a sociedade e o meio ambiente. Os três principais 
sociólogos clássicos (Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber) apresentam 
uma dimensão ambiental no seu trabalho, porém ela nunca foi realçada 
pelos tradutores e seguidores, em especial os sociólogos norte-americanos. 
Da mesma forma, os teóricos do movimento social penalizaram os grupos 
conservacionistas, alegando que eles possuíam uma herança positivista 
arraigada no determinismo biológico e geográfico do pensamento sociológico, 
anteriormente dominante. 
2 Explique como o determinismo biológico, o determinismo cultural e o NEP se 
diferenciam em termos de posicionamento e, ao mesmo tempo, se aproximam 
em termos metodológicos.
R.: 
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Determinismo biológico Determinismo cultural
Paradigma da
Excepcionalidade Natural 
(NEP)
A sociedade humana é produto 
das forças naturais.
As sociedades primitivas são 
mais facilmente influenciadas 
pelos fatores geográficos e 
biológicos do que as modernas.
As sociedades modernas, 
por sua vez, são menos 
influenciadas pelos fatores 
geográficos e biológicos devido 
ao seu desenvolv imento 
cu l tura l . Há cor re lações 
entre clima e saúde, energia 
e os processos mentais. 
Determinadas condições 
c l imá t i cas f avo recem o 
desenvolvimento da inteligência 
e genialidade.
A cultura influencia no modo de 
vida e sobre outros aspectos do 
comportamento humano. 
Ignora uma possível influência 
dos fatores ambientais nos 
fenômenos sociais. 
Defende que as ações sociais 
do homem são independentes 
da natureza, pois suas causas 
são de origem cultural e 
estrutural. 
As questões ambientais não 
influenciam no desenvolvimento 
social . Desconsidera o 
alto potencial destrutivo da 
soc iedade moderna nos 
ecossistemas mais biodiversos. 
Este v isa romper com o 
determinismo da ecologia 
h u m a n a , r e c o n h e c e n d o 
a influência exercida pela 
sociedade no meio ambiente. 
Nas relações entre meio 
ambiente e sociedade, os 
seres humanos são parte dos 
ecossistemas, portanto são por 
eles influenciados. 
As proximidades entre estas abordagens se dão pelo fato de todas elas 
não conseguirem estabelecer vínculos. Ao romper com as abordagens 
antropocêntricas (centrado no ser humano), cai numa outra abordagem 
reducionista – egocêntrica (os seres humanos são apenas uma entre 
outras das muitas espécies que habitam a Terra). Mesmo o NEP, que tenta 
superar as duas outras posições, não rompe com as tendências dualistas, 
características da sociologia; ficou restrita à área do conhecimento dentro da 
Sociologia, a sociologia ambiental, tornando-se numa nova especialização 
do conhecimento ecológico.
3 Observe a crítica ao determinismo cultural e, de um modo mais amplo, ao 
Paradigma da Excepcionalidade Humana (HEP). Também, considere que a 
mudança de pensamento não ocorre de modo imediato à derrocada de seus 
argumentos.
a) Você pode perceber a presença deste ponto de vista dual nos conteúdos 
de livros didáticos, nas abordagens de professores, nas iniciativas privadas 
e na visão de representantes políticos. Você conhece algum fato que reflete 
este posicionamento? Em caso afirmativo, descreva-o. Caso não conheça, 
observe em um jornal diário os posicionamentos de diferentes pessoas sobre 
o mesmo fenômeno ambiental.
R.: Isto ocorre nos livros didáticos mais antigos, em particular os correspondentes 
ao período da ditadura e que atualmente foram descredenciados pelo MEC. 
A ideologia do progresso e do crescimento econômico a qualquer custo fazia 
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com que os livros de geografia e história mantivessem uma perspectiva do 
HEP: o homem como centro de tudo pode resolver todos os problemas com 
o desenvolvimento tecnológico. Sua capacidade de intervenção não pode 
ser limitada por fatores naturais. Esta ótica também se observa na literatura, 
em especial com histórias infantis que têm a floresta (geralmente perigosa) 
como cenário. Atualmente esta perspectiva é mais sutil, mas se observa esta 
visão claramente entre os defensores da Máfia Verde, que inclusive alocou 
uma reportagem neste estilo escrita por Nelson Ascher, no dia 4 de fevereiro, 
na página Ilustrada da Folha. Este é questionado no dia 17 de fevereiro por 
Arnaldo Antunes, que obtém do jornal o direito de resposta.
Desta forma, atualmente há espaços para debates na imprensa e estes 
grupos (esperamos) são minoritários frente à evidência dos fatos ambientais.
b) Comente os efeitos que estes pontos de vista podem causar ao meio ambiente.
R.: Setores da economia em especial, que enfrentam dilemas de produção, 
restrição ao crescimento ilimitado de seus negócios, podem se apropriar destes 
argumentos para justificar suas atitudes antiecológicas. Isto retarda a adoção 
das medidas e a execução de acordos internacionais, tal como ocorre com o 
Tratado de Quioto. 
c) Muitos agricultores colocam o gado nas áreas de mata nativa para enfrentar 
a redução de alimento com uma seca ou um verão intenso. Com esta atitude, 
eles adotam uma posição do tipo HEP. Dê outros exemplos de situações 
que você conhece, em que pessoas ou empresas são favorecidas com uma 
posição do tipo HEP.
R.: Caro(a) Professor(a)-Tutor(a) Externo(a)! Essa resposta é pessoal. 
Aproveite a oportunidade para fazer uma socialização dos diferentes exemplos 
citados pelos acadêmicos.
d) Você já enfrentou situações em que se sentiu pressionado a tomar uma 
atitude do tipo HEP? Em caso favorável, como você agiu? 
R.: Sim. Ao construir uma casa fiquei com dificuldade para encontrar materiais 
certificados; ao combater animal (insetos, aracnídeos) tido como “perigoso” 
para o ambiente doméstico.
4 O desenvolvimento sustentável pode ser tratado dentro de uma abordagem 
que supera a perspectiva dos realistas? Justifique sua resposta.
R.: Sim. Na perspectiva do HEP fica mais fácil desviar o caminho da 
sustentabilidade. Porém, uma abordagem mais radical, que transpõe 
para a sociedade os modelos de referências das ciências naturais, acaba 
descaracterizando a própria especificidade dos humanos. Superar esta 
visão significa reconhecer as diferenças entre as construções humanas 
(que se diferencia no desenvolvimento técnico) e as “naturais”. O meio 
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ambiente é finalmente considerado como parte de um novo movimento 
social, que consiste num modelo alternativo de expressão e mobilidade 
política dos sindicatos e dos partidos políticos. A sociologia ambiental 
atual apresenta abrangência planetária, contribuindo para a estruturação 
do conhecimento multidisciplinar e proativo (interessado em identificar as 
causas dos problemas e suas soluções). A sociologia ambiental se estende 
para outras áreas no interior daSociologia e, através das disciplinas 
(transversalidade), envolve as ciências exatas, naturais e outras ciências 
sociais e econômicas, geográficas e históricas. Portanto, as explicações 
teóricas vão além da Sociologia, fazendo jus à própria complexidade das 
ciências ambientais.
TÓPICO 2
1 Complete o quadro a seguir, apresentando de modo sintético as principais 
características de cada uma das correntes de pensamento que fazem parte 
da constituição da sociologia ambiental.
R.: 
Abordagens Ideias que defende Influência dos atores Resultados
De te rm in i smo 
biológico/geo
D e s c o n s i d e r a - s e a 
dec i s i va i n f l uênc ia 
cultural na direção dos 
fenômenos sociais.
Henry T. Burley, influenciado 
por Karl Ritter, e Ellsworth 
Huntington. 
 A partir da ideia de que 
a superioridade da raça é 
determinada pelo cl ima, 
os preconceitos raciais e 
territoriais são reforçados e 
reproduzidos.
De te rm in i smo 
cultural
As expl icações das 
relações sociedade/
natureza ignoram uma 
possível influência dos 
fatores ambientais nos 
fenômenos sociais. 
Émile Durkheim
Muitos sociólogos rurais 
foram defensores, ou melhor, 
“vendedores ambulantes” do 
desenvolvimento e progresso 
da chamada modernização 
agrícola, não os seus efeitos 
para o meio ambiente. 
Realismo
T r a n s p õ e p a r a a 
sociedade os modelos 
de re fe rênc ias das 
c i ê n c i a s n a t u r a i s 
( le is, regular idades, 
predomínio do social 
sobre o individual).
William Catton e Riley Dun-
lap
Sociedade e natureza
completamente diferentes. 
Crítica e ruptura com o senso 
comum.
Construtivismo
Ciências sociais com 
especi f ic idade, mas 
com o mesmo nível de 
objetividade das ciências 
naturais.
Frederich Buttel Sociedade e naturezacompletamente diferentes.
Teoria da
Sociedade
Global de Riscos
Ciênc ias soc ia i s e 
ciências naturais com 
diferenças de objeto, 
mas perpassadas por 
problemas equivalentes.
 Giddens e Beck
A natureza é
socialmente construída, 
portanto não está separada 
da sociedade.
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1.1) Das abordagens apresentadas no quadro acima, com qual delas você 
considera ter mais afinidade? Justifique sua resposta. 
R.: Esta resposta é pessoal. É importante observar os argumentos construídos.
A abordagem que é considerada mais adequada é a Teoria da Sociedade 
de riscos. De certa forma, ela consegue superar muitos dos limites das 
demais abordagens e houve certo consenso nas ciências sociais de que as 
abordagens que explicam as dinâmicas naturais não são apropriadas para 
explicar as dinâmicas sociais. Nesta nova abordagem, que busca superar 
as perspectivas dualistas, o desenvolvimento sustentável será concretizado, 
conforme Guivant (2001), considerando os seguintes pressupostos:
1) O desenvolvimento sustentável não se reduz a um conjunto de práticas 
e tecnologias ditas ecologicamente corretas. Ele é uma construção que 
está em constante ressignificação por parte dos grupos e indivíduos que 
encontram caminhos diversos para adotar medidas estratégicas em direção 
ao desenvolvimento sustentável.
2) Os problemas estão abertos a múltiplas interpretações, os conhecimentos 
e os entendimentos são socialmente construídos e devem ser reconhecidos 
para envolver as múltiplas possibilidades de participação das pessoas, sem 
cair no intervencionismo ou na imposição técnica. 
3) Os problemas resolvidos terão novas facetas se manifestando, nunca se 
tem a certeza da sua resolução.
4) As pessoas estão em um constante aprendizado e podem modificar suas 
ações rapidamente.
5) A participação e a colaboração são chaves para o envolvimento ativo dos 
cidadãos, inclusive no processo de investigação.
Com esta orientação condizente com as características humanas, a 
proposta do desenvolvimento sustentável é mais factível, principalmente por 
referenciar as especificidades dos atores sociais na reformulação de seus 
estilos de desenvolvimento. 
2 Observe como no construtivismo se caracteriza um problema ambiental. 
Além das explicações científicas para o fenômeno, temos a forma como 
a sociedade representa este fenômeno, compromete-se e responsabiliza-
se ou não pela sua solução. Entre os agentes que contribuem para esta 
promoção do problema e seu possível reconhecimento, temos: os peritos, os 
ambientalistas, as empresas privadas, as instituições públicas e organizações 
não governamentais.
2. 1) Quais são os aspectos que caracterizam um problema ambiental nesta 
abordagem?
R.: O construtivismo tem como objetivo identificar como a sociedade constrói 
ativamente as estratégias de ação, gerando os problemas ambientais da 
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atualidade. Portanto, na sociologia ambiental, os problemas ambientais 
são caracterizados considerando a possibilidade de participação pública na 
definição, concretização e minimização do problema. Esta tarefa de definir 
coletivamente um problema social exige dos gestores ambientais as seguintes 
ações (HANNIGAN,1985): ação de animação, de legitimação. 
2. 2) Você conhece algum problema ambiental local que, no seu entender, não 
teve a devida atenção dos meios de comunicação? Por que isto acontece?
R.: Há muitos casos. Um dos mais marcantes é a questão da contaminação 
das águas que servem de abastecimento para o consumo doméstico. A ideia 
é que a estação de tratamento garanta uma água de qualidade, porém os 
tratamentos não eliminam possíveis resíduos de metais pesados, produtos 
farmacêuticos, industriais ou agrícolas. Se a fonte de captação é atingida por 
alguma destas atividades, a população diariamente está se contaminando, 
sem que esta questão seja devidamente esclarecida. A parcela da população 
mais esclarecida resolve este problema consumindo água natural de poços 
artesianos ou de fontes minerais, deixando a população mais pobre sem 
saída, sem força para reivindicar água de qualidade.
2.3) O que é preciso para que uma questão ambiental seja reconhecida como 
importante e os responsáveis sejam imbuídos a modificar seu comportamento?
R.: Como contraponto, para evitar a resolução violenta dos conflitos busca-se 
a efetiva participação social para a regulamentação dos modos de apropriação 
dos recursos naturais. Primeiramente, é aconselhável a comunicação sobre 
a situação ambiental, em que se busca traduzir os dados científicos para 
uma linguagem visual, interativa e de fácil compreensão. O poder público e 
as organizações não governamentais poderão promover espaços de debate 
público através de seminários e audiências que primem pelo levantamento 
da realidade, identificando possíveis impactos de medidas protecionistas. 
Também o debate permite esclarecer questões, evitando-se falsas polêmicas, 
permitindo formar opiniões e o exercício da cidadania por meio do voto, da 
participação voluntária nas decisões e na implementação das medidas. 
Portanto, esta etapa visa legitimar as ações ambientais, desencadeando um 
processo amplo de participação democrática.
TÓPICO 3 
 
1 Explique a maneira pela qual o risco de civilização se diferencia dos riscos 
individuais. 
R.: O risco de civilização, evidenciado no fim do século XX, é resultante da 
modernização industrial e informacional. Nela, o desenvolvimento afeta não 
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apenas localidades, setores ou indivíduos, mas se constitui em riscos sociais, 
políticos e econômicos, que estão fora do controle das instituições. 
Já os riscos individuais sempre existiram, em especial para os aventureiros 
em novos negócios ou na conquista de novos territórios. O desenvolvimento 
afeta não apenas localidades, setores ou indivíduos, mas se constitui 
em riscos sociais, políticos e econômicos, que estão fora do controle das 
instituições. Além disso, sociedade de risco é resultado da não reflexão 
quanto ao progresso,ao crescimento material ilimitado e à externalização 
dos efeitos ecológicos. 
Estes são riscos que se apresentam no modo como a sociedade 
distribui seus bens e os produz através da tecnologia nuclear, química e da 
engenharia genética. Comumente, configuram ameaças ao meio ambiente, 
geram disputas de poder interblocos e miséria crescente entre os países do 
Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul.
2 Comente o contexto em que a Teoria da Sociedade Global de Riscos está 
inserida e quais questões ambientais ela pode ajudar a esclarecer.
R.: A teoria da sociedade de risco contribui para identificar a forma como 
o problema é percebido pelos mais diversos grupos sociais, realizar o 
diagnóstico do problema (colocando em evidência os argumentos científicos, 
morais e jurídicos) e gerenciar os riscos (buscando o esclarecimento público 
e a participação popular na negociação dos conflitos para a resolução dos 
problemas). (HANNIGAN, 1995). 
A sociedade de risco tende a seguir um caminho de autocrítica, 
vislumbrando uma nova forma de exercício político através de negociação 
das divergências e busca de consensos, constituindo processos participativos 
mais amplos.
3 Explique em que consiste o princípio da precaução e por que ele é 
resgatado pelo ambientalismo como um argumento para tomar cuidado com 
os transgênicos. 
R.: O Princípio da Precaução é sugerido durante a Conferência do Rio-92 
como um argumento para as questões dos riscos ambientais. Ele pressupõe 
que, sob as incertezas científicas quanto a possíveis danos graves ou 
irreversíveis, que caracterizam a existência de um risco, é preciso implementar 
medidas preventivas, apesar do conhecimento disponível no momento não ter 
como precisar ou afirmar a dimensão deste risco (ou seja, a possibilidade de 
ocorrência de um evento desfavorável). No caso dos transgênicos, a polêmica 
reside na falta de evidências que garantem segurança quanto a determinados 
impactos para o meio ambiente e à saúde da população.
4 a) Por que grande parte da população parece não se importar, ou mesmo 
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desconhece o problema relacionado com os riscos dos produtos tecnológicos? 
R.: A percepção pública do risco e dos seus níveis de aceitação é parcial, 
pois os gradientes de exigências são diferentes, assim como as motivações 
e os interesses ideológicos. Assim, as sociedades podem ser tipificadas 
quanto a este comportamento em três padrões: os individualistas de 
mercado, preocupados com que este problema afete as suas finanças e 
a sua estabilidade financeira; os hierárquicos, preocupados com ameaças 
da lei e ordem domésticas ou com o equilíbrio internacional do poder; e os 
igualitários, preocupados com a real situação do meio ambiente. (DOUGLAS; 
WILDAVSKY apud HANNINGAN, 1995). 
De fato, as visões de mundo, delineadas por cada cultura, tendem 
a sobrevalorizar determinados perigos, obscurecer outras ameaças e 
simplesmente ignorar outras situações. Geralmente, as pessoas negam-se a 
realizar mudanças que afetam sua rotina, tais como seus hábitos alimentares 
e o conforto dado pelos carros individuais, os produtos descartáveis e as 
tecnologias de informação. Esta atitude de descompromisso é reforçada 
pela tendência de banalização dos problemas ambientais pelos meios 
informacionais, geralmente geram uma reação de impotência do tipo: – Eu sou 
apenas uma ínfima parte do problema, uma atitude individual não eliminará 
as ameaças globais de destruição! Fica mais fácil ficar incrédulo do que 
tomar atitudes, abdicando dos comodismos cotidianos ou das facilidades 
dos negócios. Como reação, acredita-se, magicamente, que os anúncios dos 
meios de comunicação são falaciosos e virtuais, gerando um sentimento de 
impotência frente ao somatório de fatos apresentados. Como resultado, os 
indivíduos, nas sociedades globais, mantêm-se na sua cômoda impotência, 
apenas se comportam mantendo seu padrão de estar integrados à sociedade 
de consumo. 
Um outro aspecto que contribui para esta atitude de não participação está 
relacionado com a própria definição de risco, que oscila entre a perspectiva 
construtivista social (os riscos são artefatos sociais construídos) e a objetiva 
(os riscos são reais e os acontecimentos são observáveis).
Muitos impasses residiram nesta polêmica sobre a possibilidade de as 
pessoas admitirem a iminência do perigo. A situação polêmica nem sempre 
se resolve com a apresentação das provas científicas, morais e jurídicas. 
(HANNIGAN, 1995). Nem sempre é possível evidenciar e esclarecer 
amplamente uma questão ambiental, pela própria complexidade dos 
fenômenos. 
b) Quais as consequências deste posicionamento de negação do problema?
R.: Em consequência, a cada instante que as sociedades, empresas e 
nações julgam ou deixam de evidenciar uma das tantas questões ambientais, 
novas espécies da fauna e da flora são extintas, recursos não renováveis se 
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esgotam, trabalhadores da indústria, mineração e agricultura se debilitam, 
consumidores se contaminam e moradores urbanos adoecem. 
c) O que pode levar à mudança deste posicionamento de negação do 
problema para a autocrítica que se finaliza numa mudança de comportamento 
do sistema científico-técnico para lidar com o conhecimento incerto?
R.: Para que isto ocorra, é preciso ir além das provas científicas. As provas 
morais podem ser decisivas para esta mudança, por permitirem levantar 
questões do direito à vida, à integridade da conservação dos ecossistemas e 
à extensão dos direitos à vida para as gerações futuras e para os seres vivos 
não humanos; portanto, a questão passa a ser de agir para evitar que um 
problema irreversível venha a afetar a humanidade como um todo. Ainda há 
posicionamentos diferentes e extremos entre os que querem se engajar na 
conservação dos recursos e os que não admitem abdicar de suas formas de 
sobrevivência ou de exploração econômica. Por outro lado, muitas grandes 
empresas estão percebendo que poderão tirar vantagens se adiantando e 
constituindo um marketing favorável ao desenvolvimento sustentável. 
5 Você corre algum tipo de risco no seu cotidiano? Quais são suas escolhas 
alimentares? 
R.: Verificar anotações a seguir.
6 Você procura reduzir os riscos de estar consumindo um produto com resíduos 
de agrotóxicos ou transgênicos, causadores de doenças (tais como câncer, 
alergias, complicações respiratórias e modificações hormonais)? Justifique 
sua resposta, refletindo sobre os três tipos de usuários e identificando aquele 
no qual você se enquadra.
R.: Verificar anotações a seguir.
7 Comente se você se sente suficientemente esclarecido(a) pelos meios de 
comunicação sobre os perigos relacionados com os alimentos ofertados no 
mercado. O consumidor, se quiser, pode encontrar produtos com garantia 
de inexistência de riscos?
R.: Verificar anotações a seguir.
Respostas para as questões 5, 6 e 7:
O caso dos transgênicos é um exemplo dos limites atuais dos métodos 
técnico-estatísticos na análise dos riscos (GUIVANT). Tais métodos são 
limitados, pois desconsideram os efeitos em cadeia e cumulativos dos 
fenômenos complexos, as especificidades do ser humano em relação aos 
demais seres vivos e a dinâmica diferenciada dos fatos sociais em relação 
aos fatos naturais. (BECK).
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Também segundo Beck, há uma crise de confiança nos critérios, regras, 
instituições e produção científica igualmente envolvidos na busca de 
garantia da seguridade dos alimentos que consumimos. Há falta de acordo 
científico sobre os riscos, inclusive pela sua causa. As frequentes marchas 
e contramarchas da pesquisa científica sobre a relação entre alimentos e 
saúde acabam não só estimulando as incertezas do público consumidor, como 
também provocando dúvidas quanto à confiabilidadedas próprias informações 
científicas e das instituições que as emitem, acirrando os conflitos entre o 
conhecimento leigo e o perito. Define-se esta situação como “gastroanomia”, 
referindo-se ao fato de que estamos cada vez mais desorientados em relação 
ao que devemos consumir, sem códigos nutricionais precisos, sem saber o 
que é ou não seguro.
TÓPICO 4 
1 De que modo o conceito de desenvolvimento pode ser comparado ao 
processo de germinação da semente? Explique o que você entende por 
desenvolvimento. 
R.: Porque desenvolver significa uma oportunidade de libertação, em que 
os obstáculos são vencidos, permitindo-se então que o crescimento ocorra. 
Este processo de remoção dos obstáculos e da ampliação e efetivação dos 
direitos humanos passa por várias fases: aspirações, reivindicações, lutas, 
reconhecimento do direito. 
Tal como uma semente, desenvolver significa tirar a casca do grão, libertá-
lo, abrir a semente para que possa crescer e remover os obstáculos ao seu 
desenvolvimento. Portanto, não existe desenvolvimento sem o envolvimento 
das pessoas livres para desabrochar e criar novas formas de sobrevivência. 
 
2 Comente por que o termo desenvolvimento precisou ser acrescido de 
adjetivos. Em que consiste o desenvolvimento total?
R.: Isto foi necessário para se evitar as ideias simplistas que deram prioridade 
ao crescimento econômico, reduzindo-o a apenas uma das dimensões. 
O desenvolvimento total é o que dá conta da complexidade correspondente 
a cada uma das dimensões (econômico, social, cultural, político, sustentável 
e, por fim, como última adição, humano). Além disso, permite centrar o 
desenvolvimento no homem todo e em todos os homens, de recorrer a 
métodos sistêmicos e holísticos de análise. O objetivo é introduzir um estilo 
de desenvolvimento que favoreça a harmonia das sociedades com a natureza, 
em vez do crescimento fundamentado na apropriação predadora dos recursos, 
menosprezando as externalidades negativas constituídas pelos malefícios 
resultantes da produção e do consumo.
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3 Defina ecodesenvolvimento, ressaltando os aspectos que permanecem 
nas abordagens mais recentes de desenvolvimento.
R.: Para Sachs (1982), o desenvolvimento deve se centrar na libertação dos 
homens, primeiramente atuando na eliminação das dificuldades materiais 
básicas, o que supõe uma partilha equitativa do ter e a supressão de todos 
os entraves à sua realização na busca do bem-estar. Portanto, é um processo 
de aprendizado social de resgate dos processos históricos, de utilização 
dos recursos e de reinvenção e criatividade, potencializando, assim, o traço 
distintivo do ser humano enquanto espécie que apresenta extraordinária 
adaptabilidade e capacidade de transformação dos ecossistemas. Persistem 
as reflexões relacionadas com a busca da autonomia e autoconfiança, 
ecotécnicas, críticas aos estilos de consumo, gestão participativa e 
solidariedade diacrônica. A ênfase é na busca da durabilidade e permanência 
aos ecossistemas e às condições de vida na Terra, opondo-se ao consumo 
ilimitado de uma população e a uma economia sempre crescente, exigente 
em recursos e causadora de impactos ambientais.
 4 Qual a abordagem mais usual de desenvolvimento sustentável? Por que 
ela apresentou maior permeabilidade na sociedade em geral?
R.: O conceito mais usual de desenvolvimento sustentável é o definido pela 
Comissão Brundtlant como: “o que permite satisfazer as necessidades do ser 
humano sem diminuir as perspectivas para as gerações futuras”. (CINAMUD, 
1998). Essa versão mais maleável é definida por Godard (1998) como 
busca de uma sustentabilidade “fraca”, na qual o interesse é evitar perdas 
econômicas em face dos custos altos implicados nas ações de precaução 
ambientais. O objetivo é manter uma fachada de ecologicamente correto 
sem que se avaliem as ações causadoras de impactos ambientais negativos 
e desconsiderando os riscos imbuídos nestas atitudes paliativas. Esta 
abordagem facilmente se encaixa no discurso economicista da globalização.
5 Reflita acerca do porquê a proposta de crescimento zero não teve boa 
penetração na sociedade.
R.: Porque preconiza o crescimento zero, sua crítica reside na economia 
neoclássica predominante nos anos de 1970. Propõe um freio à forma como 
a sociedade de consumo se estrutura, o que geraria grandes desequilíbrios 
ao crescimento em curso, inclusive preconizando limites ao crescimento 
populacional e no ritmo de extração dos recursos naturais não renováveis, 
ou seja, os minerais e os combustíveis fósseis. 
Os chamados “zeristas” definem limites para o crescimento, os níveis 
máximos de consumo a serem sustentados pela disponibilidade de recursos 
frente ao crescimento populacional, além de considerarem a exigência de 
equidade e previsibilidade de consumo para as gerações seguintes. As 
pesquisas realizadas pelo grupo contabilizam limites para uma exploração 
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dos recursos naturais não renováveis economicamente e denotam a 
impossibilidade de relação entre os problemas ambientais e o crescimento 
econômico. 
6 Em que consiste a nova civilização proposta na versão atual de 
desenvolvimento sustentável?
R.: Propõe-se uma nova civilização, calcada em outro desenvolvimento e 
orientada para a autonomia e autoconfiança, engajada nas novas relações 
sociedade/natureza ecologicamente sustentadas e direcionada para a 
transformação da pobreza estrutural. (NERFIN, 1986). Ela consiste em: 
1) Busca da realização do homem, pois implica a satisfação, o trabalho, a 
segurança e o respeito à diversidade cultural e étnica. 
2) Questiona os estilos tecnológicos e pressupõe superar o entendimento da 
técnica na perspectiva do economicismo tradicional, que a restringe às suas 
relações de capital e trabalho e na qual a natureza é reduzida a um fator de 
produção. (GUDYNAS, 1997). 
3) A gestão dos recursos naturais deve ter a perspectiva da solidariedade 
diacrônica com as gerações futuras, o que implica a eliminação de práticas 
predatórias, geradoras de desperdícios, poluição e exaustão da capacidade 
regenerativa dos ecossistemas. 
4) Nova organização da produção, a fim de reduzir os impactos negativos 
gerados pelas atividades na busca de fontes de energias renováveis e limpas 
e no desenvolvimento das ecotécnicas associadas. 
5) Busca de padrões de aproveitamento de recursos naturais coadunados 
com as condições de cada ecorregião, avaliando-se os potenciais dos 
recursos aproveitáveis, e se ponham em evidência as experiências concretas 
dos atores locais, privilegiando os interesses da coletividade e evitando 
particularismos ou demandas exógenas às necessidades locais.
TÓPICO 5 
1 Comente as ações, princípios e objetivos a serem preconizados pelo gestor 
ambiental, promotor do desenvolvimento sustentável.
R.: Ações de internalizar o desenvolvimento sustentável no planejamento 
e na implementação das metas; contribuir para articular e harmonizar 
as suas múltiplas dimensões (sociais, econômicas e ecológicas) nos 
empreendimentos; buscar estabelecer um diálogo entre os multiatores, que 
têm uma diversidade de posicionamentos, às vezes contraditórios, sobre os 
usos dos recursos. 
Princípios de responsabilidade, ser capaz de engajar a sociedade 
ampla, estruturada sobre múltiplas redes sociais numa perspectiva de 
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corresponsabilidade e com uma resolução de problemas que não mais se 
restrinja a uma única esfera – do mercado ou do Estado. 
Objetivos de atender às demandas com efetividade, mitigando os efeitos 
negativos causados aos ecossistemas, sempre considerando os diversos 
atores envolvidos.
• Estender as inter-relações, globais e de longo prazo, entre o sistema 
socioeconômico e o sistema ecológico, influenciando as opçõesde 
desenvolvimento e a capacidade de renovação dos recursos em longo prazo. 
• Introduzir a dimensão ambiental em outras esferas de decisão política – 
industrial, tecnológica ou de ordenamento espacial – que afetam os modos 
de vida e a existência dos recursos naturais.
2 Discorra acerca dos valores a serem modificados quando da instituição de 
novos estilos de desenvolvimento. Enumere as práticas que contribuem para 
estabelecer este novo estilo.
R.: A) Um novo estilo de desenvolvimento implica mudanças nos valores, 
na forma de intervenção da sociedade sobre a base de recursos naturais. 
Demanda então comportamentos diferenciados por parte dos indivíduos, do 
Estado, das empresas, enfim, da sociedade em geral.
B) Para se implementar este estilo de desenvolvimento é preciso interferir 
nos padrões de consumo, no progresso técnico e na distribuição de renda. 
As mudanças preconizadas se efetivam a partir de novas práticas, tais como 
as indicadas pelas experiências em economia solidária, na democratização 
da sociedade e na organização social. 
3 Observando a figura apresentada, podem-se observar duas situações: uma 
da degradação ambiental e/ou das desigualdades sociais e outra em que 
ocorre o Desenvolvimento Sustentável, ou seja, as três dimensões (sociais, 
econômicas e ambientais) se harmonizam. Com base nisto, cite os impactos 
gerados em cada uma das possibilidades de integração: do econômico com 
o ambiental, do econômico com o social.
R.: Há os conflitos decorrentes das divergências de interesses e as 
incompatibilidades entre os interesses econômicos, a qualidade de vida 
e a conservação dos recursos. Nas situações em que se leva em conta 
o crescimento econômico, racionalizando o uso dos recursos naturais 
e eliminando a poluição, gera-se pobreza e desigualdades sociais. Nas 
situações em que predomina a busca do crescimento econômico, apenas 
levando-se em conta o progresso social, gera-se degradação ambiental.
4 Com base nos resultados apresentados na Figura 4, elabore exemplos que 
você conhece que envolvam: 
a. Efeito da tecnologia nos ecossistemas. 
b. Efeito da produção, com objetivo de renda nos ecossistemas. 
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c. Efeito da pressão populacional sobre os ecossistemas. 
d. Efeito da disponibilidade do recurso natural sobre as atividades produtivas 
geradoras de renda.
R.: São muitos os exemplos que podem surgir, pois depende da experiência 
de cada acadêmico(a).
a. Efeito da tecnologia nos ecossistemas.
O uso de água para irrigação na produção de arroz convencional, com a 
aplicação de agrotóxicos e fertilizantes químicos, afeta a fauna e a flora 
aquática.
b. Efeito da produção, com objetivo de renda nos ecossistemas.
A exploração predatória de madeira nativa para o consumo afeta 
definitivamente a capacidade de recuperação dos ecossistemas florestais.
c. Efeito da pressão populacional sobre os ecossistemas.
Ex.: A concentração populacional e o aumento populacional afetam a 
“qualidade” dos ecossistemas urbanos (fontes de água, áreas verdes).
d. Efeito da disponibilidade do recurso natural sobre as atividades 
produtivas geradoras de renda. 
Áreas de solos profundos de formação mais antiga, portanto com os horizontes 
bem delimitados, permitem maior produtividade às culturas agrícolas que os 
solos rasos de formação recente.
5 Quais as áreas possíveis de atuação do gestor ambiental objetivando 
aproximar os estilos de vida ao desenvolvimento sustentável?
R.: 1. Questionando os padrões de consumo dominantes. 
2. Orientando as empresas para assumirem seus ônus ambientais.
3. Buscando ecotécnicas, sem ser dependente delas.
4. Estimulando a reciclagem, reúso, redução do consumo e substituição do 
uso dos recursos raros, escassos ou suscetíveis aos impactos ambientais.
5. Contribuindo para planejar as formas de apropriação e ocupação dos 
territórios com objetivos turísticos, industriais, agrícolas ou de habitações.
6. Questionando o crescimento populacional, em especial para a maternidade 
e maternidade não consciente entre adolescentes e populações miseráveis. 
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 Reflita (por escrito) sobre as consequências que os conflitos traziam aos 
grupos humanos, nas sociedades primitivas.
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R.: Nas sociedades primitivas ainda não tinham sido criados espaços 
específicos para a resolução de conflitos, como, por exemplo, a política. 
Portanto, a disputa por qualquer recurso, se não houvesse um consenso 
imediato, seria levada ao extremo e, consequentemente, resolvida à força. 
Esta dinâmica, para resolução de qualquer conflito, condicionou os grupos 
humanos a se manterem com um número pequeno de integrantes, pois 
na menor complexificação, pelo aumento do número de indivíduos e, 
consequentemente, de interesses, emergiam conflitos e o grupo se dividia.
2 Apresente os autores que formaram a base da ciência Sociologia.
R.: Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim.
3 Com relação ao conceito de conflito, dê a diferença entre o enfoque de Karl 
Marx e o de Max Weber.
R.: Na conceituação de Karl Marx, todos os conflitos são originários de um 
conflito central da sociedade capitalista, o conflito entre a classe que detém 
o capital e a classe operária, que vende a sua força de trabalho. Já para 
Weber, os conflitos são resultado da disputa entre diferentes grupos que se 
formam no decorrer da história das sociedades humanas. 
4 Dentro das teorias de Max Weber, explique o significado do conceito de 
Anomia.
R.: Para Weber, existe um tipo diferenciado de conflito, que ocorre quando os 
atores sociais reagem a uma determinada situação sem ter um objetivo claro.
5 Tomando por base os autores Weber, Marx e Durkheim, discorra acerca 
do porquê, na sociedade atual, não devemos temer a existência de conflitos 
sociais.
R.: Porque os conflitos não devem ser considerados como algo sempre 
negativo à sociedade. Pelo contrário, os conflitos evidenciam as diferenças 
existentes na sociedade, proporcionando às partes envolvidas a oportunidade 
de buscar consensos e superar as divergências, fazendo assim com que a 
sociedade evolua.
TÓPICO 2
1 Discorra acerca da contribuição para a gestão ambiental do enfoque de 
Recursos de Propriedade Comum.
R.: O enfoque de Recursos de Propriedade Comum, por ter por objetivo 
uma aproximação com as populações locais, buscando nas suas práticas 
cotidianas estratégias de exploração dos recursos que sejam capazes de 
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garantir a sobrevivência das populações humanas e a conservação dos 
recursos.
 
2 Defina recursos de propriedade comum.
R.: Os recursos de propriedade comum são aqueles que possuem como 
característica básica a incompatibilidade com a exploração exclusiva na forma 
de propriedade privada. Estes recursos apresentam como características 
específicas: ter um lugar fixo (floresta) ou serem migratórios (água, ar, peixes); 
ser renováveis (pastagens) ou não renováveis (petróleo); ser indivisíveis em 
amplas áreas (oceanos e mares) e ser organizados em parcelas separadas de 
propriedade privada, de concessão social (dividir os locais para cada usuário).
3 Evidencie a diferença entre bens puros de bens impuros.
R.: Nos bens puros, os usos realizados por um ou vários atores sociais 
não impedem que outros atores também usufruam do recurso, tendo como 
exemplo bem característico o ar que respiramos. O fato de uma população 
inteira respirar não impede que a população vizinha tenha acesso ao recurso. 
Já nos bens impuros, a quantidade do recurso que é apropriada por um 
ou vários usuários ficará obrigatoriamente indisponível aos demais. Como 
exemplo característico pode-se citar a água de rio, em que a quantidade 
desviada para a lavoura de um usuário não retornará ao leito do rio, portanto 
estará indisponível para os demais moradores daregião.
4 Com relação à exploração de recursos naturais, procure apresentar o 
significado de livre acesso, subtrabilidade e exclusão.
R.: Livre acesso: área sob uso que não apresenta nenhum tipo de restrição 
ou controle de acesso, ou seja, qualquer indivíduo poderá fazer uso do 
recurso, com a intensidade que desejar, haja vista que não existe nenhum 
tipo de norma de uso.
Subtrabilidade: é uma característica dos recursos de propriedade 
comum, pela qual a quantidade utilizada por um ou vários usuários se torna 
indisponível aos demais.
Exclusão: é a capacidade de impedir que alguns usuários tenham acesso 
ao recurso, isto é, possam fazer uso. Portanto, os recursos de propriedade 
comum apresentam a característica de uma grande dificuldade para excluir 
usuários.
5 Procure tecer um comentário acerca da conclusão à qual chega o 
economista Garett Hardin com relação aos recursos naturais explorados 
de forma coletiva. Comente o equívoco que ele comete em sua conclusão.
R.: O autor, ao analisar áreas sob exploração coletiva, avalia que elas não 
possuem nenhum tipo de norma de controle dos usos. Neste sentido, a 
exploração coletiva levará obrigatoriamente à degradação do recurso. Como 
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solução para o problema, apresenta apenas dois caminhos possíveis: a 
estatização, com o Estado assumindo o controle do acesso ao recurso, ou 
a privatização, com a transferência da responsabilidade com o controle de 
acesso à iniciativa privada. Identifica-se, nas conclusões do autor, que o 
mesmo confunde exploração coletiva com livre acesso. Mesmo não existindo 
nenhum documento formal determinando as regras de uso, as explorações 
coletivas possuem acordos interpessoais, que garantem o uso dos recursos 
dentro de padrões aceitáveis de exploração, impedindo que os mesmos 
atinjam níveis irrecuperáveis de degradação. 
TÓPICO 3 
1 Defina atores geradores do dano, atores receptores do dano e atores 
reguladores.
R.: - Atores geradores do dano: são indivíduos ou grupos que realizam uma 
atividade ou um projeto que causa direta ou indiretamente um dano ambiental.
- Atores receptores do dano: são os indivíduos que são prejudicados ou 
apresentam uma opinião contrária à dos agressores.
- Atores reguladores: são de fundamental importância, pois podem favorecer 
o processo de negociação entre as partes, evitando que os conflitos se 
acirrem. Seria o caso das ONGs e instituições governamentais responsáveis 
pelo meio ambiente.
2 Os conflitos socioambientais podem ser classificados em três tipos básicos. 
Evidencie a diferença entre eles.
R.: - Conflitos de controle sobre os recursos naturais.
- Conflitos gerados pela ação humana.
- Conflitos que envolvem o uso dos conhecimentos ambientais.
3 Discorra acerca do conflito entre o conhecimento sobre ervas medicinais 
entre tribos indígenas e a indústria farmacêutica.
R.: Trata-se de um conflito que envolve o uso dos conhecimentos ambientais, 
tendo em vista que a indústria farmacêutica se apropria de um conhecimento 
tradicional adquirido ao longo da história dos povos indígenas, reelabora-o 
dentro dos padrões científicos e não dá nenhum retorno aos povos que 
geraram o conhecimento.
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TÓPICO 4
1 Exponha, de maneira reflexiva, o objetivo de um ator social envolvido num 
conflito qualquer, quando parte para a confrontação.
R.: A confrontação é uma estratégia muito utilizada por diferentes atores 
sociais, quando estes desejam dar visibilidade ao conflito, ou seja, chamar 
a atenção da sociedade como um todo para o problema, evitando que o 
mesmo seja manipulado politicamente por atores que possuam maior poder 
de barganha.
2 Que limitações você identifica na estratégia da repressão na resolução de 
conflitos?
R.: Historicamente, a repressão tem sido utilizada como estratégia, 
principalmente pelo Estado, que se utiliza de seu aparato repressor (polícia), 
na tentativa de abafar as situações conflituosas. No entanto, esta estratégia 
não se apresenta como eficaz na resolução de conflitos, pois não se propõe 
a resolver o problema, mas simplesmente impor a ideia de ordem, de forma 
antidemocrática e, na maioria das vezes, violenta.
3 Discorra acerca da negociação/mediação de diálogo/cooperação. 
R.: Na negociação existe a participação de um mediador externo ao conflito e, 
quando este tem amparo legal, é denominada Arbitragem. Quando realizada 
por voluntários sem representação legal, é denominada facilitação. Já no 
diálogo/cooperação, a busca pela resolução do conflito se dá pela adesão 
voluntária de todos os envolvidos, que devem se sentar à mesa e construir 
o consenso.
4 No texto Dois irmãos: a resolução de um conflito, o autor relata uma 
experiência de resolução de conflito ambiental. Apresente a estratégia que 
você identifica como sendo a utilizada na resolução deste conflito. Justifique 
sua resposta.
R.: A estratégia da negociação/mediação, pois na resolução do conflito 
gerado pelo impacto da construção de um hotel foi debatido por todos os 
atores interessados: prefeitura, comunidade e empreendedor. Mesmo tendo 
o aval da justiça que lhe permitia construir o hotel no Morro Dois Irmãos, 
o empreendedor abriu mão e construiu num outro local mais apropriado, 
entrando em acordo com a prefeitura e a comunidade local, que também 
contribuiu assumindo o papel de fiscal do território, impedindo o acesso de 
novos moradores clandestinos.
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UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Comente o significado de ‘‘ecologizar as políticas públicas’’. Nesse 
comentário, destaque as vantagens de um modelo de gestão sistêmico.
R.: A Agenda 21 é um programa de ação elaborado pela sociedade que 
define, de modo participativo, metas e compromissos para o desenvolvimento 
sustentável.
Existem várias agendas a serem elaboradas: local (do município, da 
escola, hospital etc.); global; estadual e nacional. Nela, as comunidades podem 
retratar suas necessidades e expectativas. A Agenda 21 é um documento 
com 40 capítulos, elaborado por 179 países em debate, estabelecidos dois 
anos antes da Rio-92.
2 Apresente as áreas da administração pública e sua contribuição para a 
promoção de uma cidade sustentável. Justifique sua resposta.
R.: O Fórum é uma comissão formada por representantes de vários setores da 
sociedade, que tem o papel de formar a equipe de elaboração e acompanhar 
a implementação da Agenda 21. Mais especificamente, seus objetivos são: 
1 Promover a construção da Agenda 21, buscando garantir a participação 
ampla e equitativa dos mais diversos setores da sociedade, agilizando as 
decisões, moderando as reuniões, de modo a estimular as decisões e o 
esclarecimento dos conflitos de interesse. 
2 Elaborar o diagnóstico socioeconômico, ambiental e cultural da região, para 
definir as prioridades e realizar um planejamento condizente com a gravidade 
da problemática socioambiental apresentada.
3 Orientar a sociedade sobre a importância da Agenda 21, estimulando-a a 
participar dos debates que orientarão os levantamentos dos problemas e a 
identificação de potencialidades locais. 
3 Demonstre a importância de profissionalizar e capacitar os gestores públicos 
na área de meio ambiente.
R.: As associações comunitárias organizadas têm contribuído para o êxito na 
construção e implementação da Agenda 21 Local. São elas que constituem 
o principal elo de representação dos interesses dos cidadãos, atingindo os 
bairros mais distantes e as diferentes necessidades. Nas comunidades com 
associações atuantes e representativas, as pessoas participam das reuniões 
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e eventos, levantam problemas e encaminham soluções, assim constroem 
um espaço de debate sobre as questões ambientais mais prementesa serem 
contempladas na Agenda 21. 
4 Opine acerca do fato de o poder público apenas se preocupar com seus 
direitos, não assumindo, ainda, as responsabilidades quanto à questão 
ambiental.
R.: Os resultados dessa experiência de planejamento participativo são 
relevantes, tanto em termos da mobilização dos grupos sociais que serão 
afetados pelas políticas de desenvolvimento sustentável, quanto em termos 
do volume de informações coletadas, processadas, analisadas e avaliadas 
na construção da Agenda 21 Brasileira. Essas informações serão essenciais 
para a formulação de processos de planejamento em diferentes níveis 
setoriais e espaciais. A democracia é importante porque nela os segmentos 
não organizados da sociedade civil encontram espaço de interlocução e de 
expressão e participam de um movimento inédito, assim constituindo um 
processo de pedagogia social. 
A democracia representativa significou o rompimento com o planejamento 
burocrático (tecnocracia); a mobilização de interesses, desejos e 
necessidades; a integração das metas governamentais; solução para 
problemas ambientais recorrentes; a resolução de conflitos regionais; a 
valorização das especificidades culturais e de cada ecorregião; o estímulo 
à mobilização e organização social. Programas e projetos têm elevado 
conteúdo redistributivo e passam a ter especial importância no contexto 
socioeconômico.
5 Discorra acerca da finalidade do CONAMA e o modelo político no qual ele 
teria maior liberdade de atuação.
R.: A Agenda 21 Brasileira não está estruturada apenas como um conjunto 
hierarquizado e interdependente de recomendações gerais, camuflando as 
tensões e os conflitos econômicos e político-institucionais que, com grande 
probabilidade, irão emergir quando de sua implementação. As políticas 
de desenvolvimento sustentável nem sempre são jogos de soma positiva, 
apenas com ganhadores. Ao contrário, durante a consulta nacional, com 
frequência, surgiram conflitos e tensões políticas e sociais, contrapondo os 
objetivos restritos do crescimento econômico às exigências mais amplas da 
sustentabilidade. Nesses casos, para que o processo de implementação se 
viabilize em torno das estratégias e ações propostas, recomenda-se maior 
nitidez nas negociações de médio e longo prazo, para aliviar as pressões de 
curto prazo, nas quais predominem o cálculo econômico imediato. É o princípio 
da progressividade atuando em favor do desenvolvimento sustentável.
Experiências históricas de exploração predatória dos diferentes 
biomas ilustram os desafios da sustentabilidade, dentro do atual padrão 
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de acumulação e de crescimento econômico do país. Da mesma forma, o 
processo produtivo, gerador de impactos negativos, é o mesmo que produz os 
benefícios do crescimento do emprego, da renda e da arrecadação tributária, 
trazendo à tona os inúmeros conflitos de interesses entre diferentes atores 
sociais e entre instituições públicas e organizações privadas.
A Agenda 21 Brasileira procura, pois, estabelecer equilíbrio negociado entre 
os objetivos e as estratégias das políticas ambientais e de desenvolvimento 
econômico e social, para consolidá-los num processo de desenvolvimento 
sustentável. Esse esclarecimento é indispensável, uma vez que os planos 
de desenvolvimento no Brasil tendem, em geral, a listar objetivos e diretrizes 
potencialmente conflitivos, sem explicitar para o poder público os valores e 
preferências envolvidos.
6 Defina o modelo político-burocrático, retratando os fatores que interferem 
na resolução participativa dos conflitos socioambientais.
R.: Há que se considerar que a Agenda 21 Brasileira não é mais um plano 
de governo, mas um compromisso da sociedade em termos de escolha de 
cenários futuros. Praticar a Agenda 21 pressupõe a tomada de consciência 
individual dos cidadãos sobre o papel ambiental, econômico, social e político 
que desempenham em sua comunidade.
Exige, portanto, a integração de toda a sociedade na construção desse 
futuro que desejamos ver realizado. Uma nova parceria, que induz a sociedade 
a compartilhar responsabilidades e decisões com os governos, permite maior 
sinergia em torno de um projeto nacional de desenvolvimento sustentável, 
ampliando as chances de implementação bem-sucedida.
TÓPICO 2
1 Demonstre o que é a Agenda 21.
R.: Ecologizar é internalizar ações para reduzir impactos ambientais de 
atividades em todos os setores e fomentar o desenvolvimento, harmonizando 
com o ambiente, fomentar políticas cooperativas, por meio de pactos de não 
agressão à natureza e termos de responsabilidades e compromissos. Os 
resultados são mais eficientes, pois, pela amplitude das questões ambientais 
e seus possíveis impactos ambientais em cadeia, não há como setorizar 
as ações. Há que se ter compromisso em cada setor, traduzindo em atos 
localizados, mas que no somatório se obterão resultados expressivos. As 
medidas punitivas dependem de uma fiscalização intensa e repressiva, 
gerando o medo, a oposição, ao invés de ter as pessoas conscientemente 
mudando suas atitudes e comportamentos. Não é um apelo de fato à 
responsabilidade como no modelo participativo, no qual interessa a educação, 
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o esclarecimento sobre o assunto e a adesão voluntária e sensibilizada dos 
causadores dos danos. 
O tempo para resultados pode parecer mais longo, mas o primeiro exige 
gastos excessivos com fiscalização.
2 Comente em que consiste e qual o objetivo do Fórum Permanente de 
Construção da Agenda.
R.: As áreas de transporte, com a busca de energias renováveis e limpas; 
a área de saneamento, com programas de coleta seletiva, controle sobre 
mananciais e conservação de solo e água, monitorando e contendo as 
emissões e deposição de poluentes. A secretaria de obras executando o 
zoneamento e os planos diretores, quanto à localização das construções 
e demais empreendimentos urbanos e industriais. A educação, com a 
manutenção de programas permanentes de educação ambiental formal e 
não formal, qualificando os educadores, gerando materiais didáticos. 
3 Demonstre a importância das associações comunitárias para a Agenda 21.
R.: A capacitação da administração pública é fundamental para que cada 
servidor público ou empresa parceira tenha seu pessoal devidamente 
sensibilizado sobre as questões ambientais e com conhecimento dos 
procedimentos necessários para tais obras, conforme ressalta Ribeiro: “[...] 
ecologizar o setor público é profissionalizar a equipe ambiental, para dar boa 
informação para o decisor e não induzi-lo ao erro [...]. Dispor de governador, 
de presidente e de empresas convencidos da importância da ação ambiental 
é condição necessária, porém não suficiente, para garantir a ecologização 
de uma instituição. É necessário mudar valores culturais para assumir 
responsabilidades, deveres, não ser ambientalmente irresponsável”. (p. 135).
4 Que importância teve a democracia representativa na construção da Agenda 
21 Brasileira?
R.: O poder público que justifica seus atos, hipoteticamente, em prol do 
povo e do progresso, ainda não internalizou as suas responsabilidades em 
equivalência aos direitos de uso e apropriação dos recursos naturais. Isto se 
observa, pois ainda apresenta reduzida dotação orçamentária e os órgãos 
ambientais são reféns de interesses não notoriamente públicos. Os próprios 
órgãos públicos têm sido notabilizados, enfrentando intensos confrontos 
judiciais, por protelarem a tomada de decisão favorável às prerrogativas do 
desenvolvimento sustentável. 
5 Explique se a Agenda 21 representa uma oposição aos empreendimentos 
econômicos. Explique a maneira como, na proposta da Agenda, devem ser 
conduzidos os conflitos gerados entre as prerrogativas conservacionistas e 
as questões econômicas.
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R.: O CONAMA tem a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho 
de Governo diretrizes de políticas ambientais e deliberar sobre normas e 
padrões de qualidade ambiental. Com esta perspectiva, cria-se um espaço 
de participação popular, significando um grande avanço para democratizar 
a gestão ambiental. O Modelo Político Sistêmico e Participativo é o mais 
apropriado, mas depende de maior consolidação do processo democrático, 
daí as fragilidades encontradas atualmente no contexto brasileiro, que ainda 
tem resquícios das políticas burocráticas.
6 Evidencie os cuidados necessários para evitar que a Agenda 21 não se 
transforme num documento esquecido e inoperante.
R.: Este modelo tem como objetivo central cumprir e fazer cumprir normas e 
dispositivos legais, tendo então como estratégia mais marcante a participação 
na criação de leis, decretos e portarias. Estes procedimentos se caracterizam 
por concentrar o poder de decisão em ações restritas a: concessões, 
autorizações de uso, licenciamento de obras, ações de fiscalização, multas, 
interdições e demais atribuições formais. 
Existem, no mínimo, três fatores intervenientes que devem ser 
considerados na mediação dos conflitos socioambientais. Primeiro, a 
amplitude dos objetivos e o número elevado de atores envolvidos dificultam 
a organização dos interessados. Quando os grupos são pequenos, com 
interesses focalizados, há maior propensão para se chegar a uma solução 
consensual. Segundo, há uma participação minoritária dos agentes envolvidos 
e certa apatia por parte dos que participam das reuniões. Então, quanto 
maiores os grupos e mais complexos os interesses, menos significativa é a 
minoria ativa e mais significativa é a maioria apática. Terceiro, há sempre um 
conjunto de agentes que se aproveitam da organização para tirar vantagens 
pessoais, são os caronas da organização coletiva, denominados de free-rider. 
TÓPICO 3 
1 Manifeste sua opinião se você considera que o formato das proposições 
da Agenda 21 Brasileira é suficientemente abrangente para contemplar a 
proposta do ecodesenvolvimento. Argumente sua resposta, identificando 
limites para a concretização das 21 prioridades.
R.: Sim. As propostas abrangem as mais diversas áreas e ecossistemas, 
prevendo a responsabilidade do poder público, empresarial e das relações 
internacionais. Os limites estão colocados já no início, quando pressupõem 
mudanças nas bases de consumo, diferentemente do movimento global, 
que transformou as pessoas em consumidores ilimitados. O mercado faz um 
apelo permanente, inclusive educacional, para o crescimento do consumo, 
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independente da responsabilidade socioambiental das empresas quanto à 
sustentabilidade do modelo. Em todas as áreas de produção, os avanços são 
restritos: na agricultura, permanece a falta de precaução, o desmatamento, a 
contaminação do meio ambiente, dos alimentos e da saúde do agricultor. As 
parcerias inter-regionais não avançam significativamente, pois nem todas as 
nações assinaram os acordos e/ou concretizam compromissos, adotando as 
medidas cabíveis. São muitos os interesses econômicos que são afetados, 
isto tem retardado a agenda ambiental brasileira e, mesmo, transformando-a 
em mais um instrumento que fica reclamando pelo que pode vir a ser, não 
ocorrendo o próprio propósito da Agenda, que é colocar a questão ambiental 
na ordem do dia, não mais postergando as decisões quanto à conservação. 
2 Faça uma síntese das propostas que responsabilizam o Estado, enumerando 
as principais ações a serem efetivadas.
R.: O Estado primeiro deve arrumar a própria casa: no interior da administração 
pública, é preciso reconhecer a questão ambiental. As parcerias políticas 
intermunicipais, interblocos, regionais e nacionais são necessárias para 
as questões ambientais com dimensões planetárias ou regionais. Gerar a 
política pública, fortalecer os órgãos com investimentos financeiros de atuação 
direta para as questões do planejamento urbano, rural e da biodivesidade. 
Promover a educação e a pesquisa de qualidade na área. Garantir o processo 
democrático, estimulando o amadurecimento da participação política e do 
exercício da cidadania. 
3 Demonstre quais são as áreas que consolidam o desenvolvimento rural 
sustentável.
R.: A agroecologia, o manejo sustentável dos recursos naturais, com a 
implementação de sistemas agroflorestais. Recuperação de áreas degradadas. 
Fortalecimento da agricultura familiar com incentivo à diversificação. Estímulo 
à integração da agricultura, à agroindústria, ao ecoturismo e demais serviços 
ambientais. Produção com compromisso ambiental através do cumprimento 
do Código Florestal e demais normativas de qualidade de vida e segurança no 
trabalho. Seguir o princípio da precaução quanto ao uso de material genético 
modificado. Fazer reciclagem e reaproveitamento dos despejos degradáveis 
na propriedade. 
4 Exponha estratégias de planejamento que podem auxiliar para tornar as 
cidades “mais sustentáveis.”
R.: Incorporar a dimensão ambiental nos processos de elaboração de planos 
e projetos, integrar o planejamento regional ao desenvolvimento sustentável 
do país, reduzir as desigualdades regionais, integrando programas aos 
parâmetros nacionais. Implantar projetos de infraestrutura, levando em 
conta as especificidades – potencialidades e fragilidades – do território, 
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evitando impactos ambientais negativos frente ao impacto das tecnologias. 
Instituir mecanismos de cálculo para os passivos ambientais, primando 
pela transparência na contabilidade. Aumentar a eficiência na conservação 
de energia, universalizando o acesso à energia e comunicação e fazendo 
planejamento integrado do transporte. Definir o papel das agências 
reguladoras, estimulando o acompanhamento e controle dos cidadãos sobre 
as atividades. Implementar e fortalecer a interligação entre os eixos de 
integração e desenvolvimento e impedir a fragmentação econômica, social e 
política do espaço nacional. Melhorar o planejamento das cidades de médio 
porte, incentivando a desconcentração populacional, evitando os problemas 
recorrentes de infraestrutura das grandes metrópoles. Planejar e incentivar 
o desenvolvimento dos transportes ferroviário e marítimo de passageiros.
Monitorar e planejar o setor energético a curto, médio e longo prazos. 
Estabelecer um debate público (amplo, permanente e transparente) sobre 
os planos de expansão e as alternativas sustentáveis de energia atuais e 
futuras. O uso eficiente e a conservação de energia são mais econômicos 
que o aumento da oferta. Desenvolver e incorporar tecnologias de fontes 
renováveis de energia, reestruturando o Pró-Álcool sobre novas bases de 
produção. Nas regiões mais favoráveis, priorizar o uso de fontes alternativas 
renováveis, democratizando o acesso.
Constituir uma política integrada de redução de risco à saúde e melhoria 
das condições de vida da população, implementando vigilância da qualidade 
de água, solo, produtos, serviços e ambientes de trabalho. Promover a 
articulação entre os setores governamentais, investindo na prevenção dos 
problemas de saúde mais frequentes e graves (tais como hipertensão, 
diabetes, câncer, desnutrição, defeitos congênitos). Incluir na política de 
saúde pública as ações educativas, em especial para evitar tabagismo, uso 
do álcool e outras drogas e dietas adequadas.
Intensificar e universalizar ações de prevenção e controle de doenças 
e de assistência integral, como apoio dos agentes comunitários e de saúde 
de família, partes integrantes do Sistema Único de Saúde, melhorando o 
atendimento médico. 
Priorizar os investimentos em infraestrutura urbana, especialmente 
os destinados à universalização do saneamento básico, do acesso à 
água e ao tratamento de esgoto. Proteger os recursos hídricos, adotandomedidas em bacias hidrográficas com níveis críticos de poluição e impedir 
a impermeabilização excessiva do solo urbano como forma de prevenção a 
enchentes e de manutenção dos mananciais.
Estimular o transporte coletivo, estruturando redes integradas, 
desconcentrando atividades e populações, reduzindo os deslocamentos, 
priorizar meios de transportes com uso de energia limpa e biocombustíveis.
Adotar a gestão integrada de políticas públicas de desenvolvimento 
sustentável, com atenção para as regiões marginalizadas. Melhorar a 
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qualidade de vida e a justiça social, democratizando o acesso aos serviços 
públicos de qualidade, e pelo investimento em especial no transporte coletivo, 
habitação, saúde e educação. Neste aspecto, investir em capital humano e 
em capacitação profissional, especialmente em educação fundamental e no 
Ensino Médio. Universalizar as regras de acesso ao crédito, incentivando os 
pequenos e novos empreendedores, ampliar programas como o da bolsa 
escola e de renda mínima. Promover parcerias por meio da "responsabilidade 
social" das empresas e do trabalho voluntário do terceiro setor para reduzir 
as desigualdades sociais. 
Valorizar a identidade e a diversidade cultural brasileiras, com atenção 
especial à cultura negra e indígena. Buscar a integração e a convivência 
cultural com as diferenças. Criação de unidades de conservação, adaptadas 
à realidade das reservas indígenas ao uso sustentável dos recursos naturais, 
instituindo mecanismos de valorização do conhecimento ecológico tradicional, 
impedindo a biopirataria.
Incentivar o desenvolvimento da Política Nacional da Pessoa Idosa, 
fortalecendo o papel protagonista da mulher na sociedade, estimulando 
a igualdade de gênero e gerando fundos empresariais para o apoio aos 
programas de cidadania, em especial para a criança e o adolescente.
Estimular a participação da sociedade em trabalhos voluntários e em ações 
comunitárias do tipo cooperativo, incluindo as de conservação da natureza. 
Promover projetos de educação ambiental através da ecopedagogia, como 
forma de fortalecimento da implementação da participação da Agenda 21.
Promover a gestão integrada dos serviços públicos com uma legislação 
única e consórcios participativos entre as prefeituras das regiões metropolitanas 
para a sustentabilidade das cidades. Promover a cooperação entre municípios 
e de uma mesma bacia hidrográfica para a resolução conjunta de problemas 
ambientais e de concentração populacional. Combater a especulação 
imobiliária, a ocupação desordenada, regulando o uso do solo urbano e rural 
para evitar problemas ambientais em áreas de risco. Fortalecer os órgãos de 
planejamento urbano e regional, reforçando a dimensão ambiental. Promover 
a elaboração dos planos diretores e do Estatuto da Cidade como novos 
instrumentos participativos de gestão, implementando sistemas integrados 
e descentralizados de gestão urbana.
Realizar a Agenda 21 Local, definindo um plano estratégico e participativo, 
adotando os princípios e estratégias contidos na Agenda 21 Brasileira. 
Implementar o zoneamento ecológico-econômico, parcerias intermunicipais 
e consórcios para solução de problemas comuns, fortalecer as cadeias 
produtivas locais com base na peculiaridade produtiva de cada região, bem 
como a identidade cultural e ambiental.
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5 O documento da Agenda 21 Brasileira pode servir de guia para a elaboração 
da agenda local.
5.1 Discorra sobre os profissionais que podem colaborar na elaboração de 
uma Agenda 21 Local, considerando as áreas temáticas que podem ser 
envolvidas.
R.: Envolvem os gestores públicos de diversos setores (engenharia, geologia, 
arquitetura), professores, profissionais da área de saúde, da comunicação 
e da cultura. 
5.2 Apresente os temas que poderiam ser contemplados na Agenda 21 de 
uma Escola de Ensino Médio e Ensino Fundamental.
R.: Envolvem a educação, informação e conhecimento para o desenvolvimento 
sustentável. Promover a pesquisa, a alfabetização científica e tecnológica 
em todos os níveis do ensino, desenvolvendo senso crítico e o exercício da 
democracia, estimulando as ações cooperativas, valorizar o conhecimento 
tradicional. Instituir a Agenda 21 da escola e do bairro.

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