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1 Fluxo no molde No lingotamento de placas é costume se distinguir dois padrões gerais de fluxo: rolo simples e rolo duplo, como mostrado na figura 1. Estes padrões são, como se mos- tra, simétricos; a figura em questão ilustra ainda um padrão assimétrico. Em geral, a SEN é bifurcada (2 portas laterais no sentido da faces estreitas; existem proporções para porta adicional no fundo) de modo que se admite que o fluxo no interior do mol- de seja função de parâmetros, tais como: • Geometria da SEN, incluindo diâmetro interno, forma das portas, ângulo das portas. No caso de controle de vazão por placas deslizantes (gaveta) a posi- ção de obturação parcial influencia a distribuição de fluxos no interior da SEN, causando fluxos assimétricos e, por conseqüência no molde. • Vazão de aço • Profundidade de imersão da SEN; • Geometria da placa Deve-se distinguir entre ângulo da porta (em geral negativo, dirigido para baixo, em alguns casos, positivo) e ângulo do jato que sai pelas portas. Normalmente, a Força de Inércia (dirigida de cima para baixo, no interior da SEN) é suficiente forte para garantir que, qualquer que seja o ângulo da porta, o jato emergente apresente ângu- lo negativo. Em função desta constituição, a transição entre a estrutura de rolo sim- ples até a estrutura de rolo duplo pode ser definida, principalmente, pela profundida- de de imersão. Com baixas profundidades de imersão não existiria espaço para de- senvolvimento de rolos superiores. Figura 1: padrões de fluxo num molde de LC de placas. 2 Existem diferenças significativas entre estes padrões, figura 2. Principalmente no que diz respeito ao fluxo de calor dirigido do aço para a camada de escória; o aporte característico da estrutura de rolo simples seria maior, garantindo maior taxa de fu- são de pó e menisco mais quente. O perfil de distribuição de filme líquido ao longo da largura também é diferente; com rolo duplo forma-se uma entumescência junto à face estreita, a qual caracteriza o menisco. Esta divisão constitui uma visão simplista da condição de fluxo no interior do molde. Talvez a principal característica deste seja o fato do fluxo turbulento, o que significa em transiência, mutação. Existem compro- vações advindas de modelamentos físicos, confirmadas (emuladas em modelos ma- temáticos) numericamente e em plantas industriais de tal. A figura 3 exemplifica um resultado de modelagem matemática. Aqueles resultados obtidos pela equação de Navier Stokes, escrita em termos de valores médios de velocidade, produz, com es- perado, um padrão de fluxo de duplo rolo e simétrico. A Simulação Numérica Direta (SND) reproduz com maiores detalhes a estrutura de turbulência, incluindo seu Figura 2: camada de escória e nível médio de aço de acordo com padrão de fluxo. Figura 3: simulação numérica direta VS valores médios em molde de LC. 3 aspecto caótico e transiente. Emerge uma estrutura de fluxo assimétrica que evolve ao longo do tempo. Esta visão foi primeiramente identificada em experimentos de modelagem física. Não obstante os cuidados tomados no sentido de assegurar simetria geométrica e de fluxo, o mesmo se mostra instável. Por exemplo, em uma experiência de mode- lamento utilizou-se um conjunto de strain-gages, acoplado a uma lâmina defletora previamente calibrada, para se inferir a velocidade do aço na região do menisco (po- sição sub-superficial, meia distância SEN/face estreita). Deve notar não os valores presumíveis de velocidade mas também a flutuação dos mesmos em termo da mé- dia, vide figura 4 e tabela com valores de desvio padrão. tabela : valores médios de velocidade medidos em modelo de molde de LC Vazão 500 L/min 570 L/min Nível 17,5 cm 22,5 cm 17,5 cm 22,5 cm m/s Desv Vazão m/s Desv Vazão m/s Desv Vazão m/s Desv Vazão Média 0.319 0.106 502 0.317 0.104 500 0.345 0.116 575 0.359 0.103 572 Valores médios para SEN #5, lado de porta #1. Vazão 500 L/min 570 L/min Nível 17,5 cm 22,5 cm 17,5 cm 22,5 cm M/s Desv Vazão m/s Desv Vazão m/s Desv Vazão m/s Desv Vazão Média 0.262 0.106 505 0.253 0.093 502 0.319 0.117 573 0.320 0.114 571 Valores médios para SEN #5, lado de porta #2. O aspecto superficial não é estático, como é comum ser representado e assumido – por exemplo em simulações numéricas. Ondas de natureza aparentemente cíclica se mostram na superfície, a estrutura de fluxo muda continuamente. Experiências complementares ilustram o processo de arraste de parte do filme de escória sobre- nadante em função dos esforços tangenciais. Bastante ilustrativos são os trabalhos de Andrzejewski et al. Estes colocaram senso- res eletromagnéticos junto as faces largas do molde de modo que foram capazes de medir a velocidade do aço logo abaixo do menisco (sensores superiores) e na saída da SEN (sensores inferiores). Como resultado adicional a estrutura Figura 4:valores instantâneos de velocidade sub-superficial no molde de placas NÍVEL INFERIOR -- 500 L/min 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 0 5 10 15 20 25 TEMPO (s) VE LO CI D A D E (m /s ) EXP 1 EXP 2 EXP 3 MÉDIA = 0,353556 4 do fluxo no interior do molde. Além da estrutura de rolo simples, rolo duplo (que foi associada a boas condições de fluxo térmico no menisco, baixo risco de arraste de inclusões) verificou-se a presença da estrutura denominada “Meniscus Roll”, alem de outras. A condição de Meniscus Roll é patentemente assimétrica, presumidamen- te podendo levar a formação de vórtices, arraste de inclusões. O acompanhamento dedos dados por períodos longos evidencia que, mesmo em condição macroscopicamente fixas, o padrão de fluxo se altera continuamente e lo- go uma série de estruturas podem ser notadas, figura 5. Existem períodos típicos de transição entre uma estrutura a outra; além do mais cada qual persiste por certa ex- tensão no tempo, figura 6. Entretanto, porção importante é caracterizada por instabi- lidades, que não permitiram a identificação segura de um dado padrão (desvio pa- drão significativamente maior do que a média). Figura 5: distribuição de padrões de fluxo ao longo do tempo Figura 6: evolução de valores de velocidade ao longo do tempo. 5 A distribuição, período relativo a cada estrutura de fluxo, se mostrou função: • Velocidade de lingotamento; • Profundidade de imersão; • Tempo de operação E nas condições experimentais (não) descritas a estrutura de rolo simples permane- ce dominante. Note-se que, por exemplo, seria esperado encontrar uma transição de rolo simples até rolo duplo com aumento da imersão; pelo contrário, os resultados sugerem aumento do fluxo instável em detrimento do rolo simples e não aumento da porção de fluxo em rolo duplo. A influencia de outras variáveis, como velocidade de lingotamento, tempo de uso da SEN( como medida do desgaste ou bloqueio parcial), vazão de argônio, foi investigada. Também nestes casos se apontou para a predo- minância de rolo simples, uma fração quase irrisória de rolo duplo, e o aspecto com- plementar das estruturas instável VS rolo simples, ver figura 7. 6 Figura 7: Distribuição de padrões de fluxo em função de alguns parâmetros opera- cionais. Em função da natureza intrinsecamente instável do fluxo no interior de moldes de placa, alguns sugerem arranjos, controladores eletromagnéticos de fluxo. O argu- mento é que o padrão de fluxo ideal seria o de duplo rolo. Outras estruturas levariam a defeitos diversos, vide tabela, e deveriam então ser corrigidos pela aplicação de: EMLS (Electro Magnetic Slow Down), sistema de frenagem EMLA (Electro Magnetic Accelerator), sistema de aceleração EMRS(Electro Magnetic Rotater), sistema de rotação 7 Padrão de fluxo Pontos negativos associados Exemplo de defeitos induzidos Solução Duplo rolo hiperativo Altura excessiva de ondana face estreita Velocidade de menisco excessiva Flutuação de nível de molde excessiva Camada rasa de escória perto da face estreita Arraste de pó de molde Defeitos relacionados ao pó (slivers. pipe) Perda de lubrificação Breakout Alarme de breakout EMLS Duplo rolo ótimo - Duplo rolo pouco intenso - Pouca transferência de calor ao menisco Baixa velocidade de fusão do pó Baixa velocidade de menisco Defeitos devido à Alumina Menisco frio Bolsões de escória Alarme de colamento EMLA Completamente instável e com transição Sim- ples/Duplo - Reversão do fluxo de aço Aumento abrupto/local de velocidade de menis- co Entranhamento de pó Formação de vortices Eventos de qualidade Placas de qualidade inferior Vários defeitos não explicados EMLA Rolo simples Redução da camada de escória perto da SEN Fluxo direto de aço na direção da face estreita Arraste de bolhas de argônio e inclusões aos cantos da placa Trincas longitudinais no meio da face larga Inclusões de Alumina Bolhas de Argonio e inclusões acumuladas em uma faixa de 30 cm ao longo do cantos da placa EMLA Fluxo tendencioso Direi- ta/Esquerda Fluxo assimétrico não balanceado Flutuações de nível- Camada de escória não uniforme - Acumulação de bolhas e inclusões em um dos lados Forças assimétricas Fluxo pouco intenso no menisco Velocidades não uniformes e gradientes de temperatura ao longo do perímetro Casca solidificada não uniforme Baixa velocidade de convecção de calor para as faces do molde Inclusões de alumina e calcio- aluminato sub-superficiais Pinholes de argônio em aços acalmados ao Al Blowholes de CO e aços semi-acalmados Trincas longitudinais em aços peritéticos EMRS 8 Para tanto haveria um conjunto de bobinas sensoras de velocidade, acopladas a outras que induziriam o efeito de aceleração, frenagem, conforme desejado, de mo- do a conduzir a uma estrutura de duplo rolo, com velocidade de menisco dentro da faixa ótima, ver figura 8. Figura 8: faixa ótima de velocidade sub-superficial. 9 Uma descrição esquemática dos modos EMLS, EMLA e EMRS é mostrada na figura 9. Outras informações podem ser encontradas em: 17- Internal defects of continuous casting slabs caused by asymmetric unbalanced steel flow in mold; Y. Miki et al; ISIJ International, 2003, vol 43, no 10, 1548-1555. 18- Mould flow monitoring at no 3 slab caster, Krupp Hoesch Stahl AG, Steelmaking conference Proceedings, 1997, 153-157. 19- Electromagnetic stirring in slab caster molds. What and why.; P.H. dauby et al; ISSTech2003 Conference Proceedings, 491-504 10 Figura 9: descrição esquemática dos modos de modificação de fluxo no molde. CRAMB et al realizaram experimentos em laboratório que procuravam simular as condições de turbulência na interface metal/escória. O arranjo envolvia água com adição de sais (para controlar a massa específica da mesma) e surfatantes(para controle da tensão interfacial) e óleos de silicone de vários valores de viscosidade, no papel de escória). O parâmetro de controle nestes experimentos foi a Velocidade de Entranhamento, valor crítico de velocidade a partir do qual gotas de óleo silicone seriam destacadas, em função da tensão de cisalhamento e da turbulência, da ca- mada de óleo de cobertura. Em principio gotas como estas poderiam ser arrastadas para porções inferiores do molde, indo se reportar ao metal como inclusões. Os reul- tados estão sumarizados na figura 10. Figura 10: velocidade de entranhamento VS propriedades do sistema metal escória. 11 Como citado, nestes experimentos água tomou o papel de aço enquanto óleo de silicone fez a parte de escória. A simbologia utilizada para resumir os resultados: γ , tensão interfacial metal/escória; ρ , massa específica; d∆ , espessura da camada de escória; µ , viscosidade, permite inferir que os fatores sobre os quais de fato se po- de atuar seriam tensão interfacial, viscosidade de escória e espessura de filme líqui- do. Todos através da química do pó(principalmente) e do aço, além das condições de fluxo de metal no molde. 12 13 O fluxo de aço líquido no molde normalmente exibe distribuição de duplo rolo, figura 12, embora a estrutura correspondente a rolo simples também seja possível. Tem sido mostrado que na realidade a estrutura de fluxo oscila entre vários padrões, em função do caráter turbulento do fluxo. Este comportamento complexo induz a forma- 14 ção e desenvolvimento de vórtices em ambos os modos de recirculação, podendo resultar no aprisionamento de bolhas e inclusões. Figura 12 – Distribuição de fluxos nas imediações da porta da SEN2 A intensidade de turbulência na interface metal – escória pode ser quantificada atra- vés do Fator F, figura 13; pelo fator F se estima a direção e a força do refluxo de me- tal na direção da região do menisco. Pode ser associado portanto, em valores baixos de F à falta fusão adequada do pó fluxante, e, em valores altos à excessiva turbu- lência interfacial. Figura 13 – Quantificação da intensidade de turbulência interfacial no interior do molde de lingotamento contínuo, através do fator F. A incidência de defeitos se mostra associada ao estado de turbulência reinante na região do menisco, tal como sugerido na figura 14, onde se nota que as velocidades superficiais recomendadas seriam da ordem de 20-35 cm/s, as quais correspondem a valores de fator F em torno de 3,0 ~ 4,5. 15 Figura 14 – Influência da velocidade no menisco sobre o índice de defeito na placa No trabalho de Araújo Junior et al.(2010) utilizou-se um modelo em escala reduzida, 0,6: 1 de um molde de lingotamento de placas, construído em acrílico e dois tipos de válvulas submersas, uma nomeada de padrão e uma denominada “mogul”; esta úl- tima se diferencia por conter saliências em seu interior as quais agem para equalizar o fluxo. A válvula padrão possui dois formatos de saídas, sendo um quadrado e um em formato de pêra; para cada tipo de saída utilizou-se três ângulos diferentes, 15º, 25º e 35º. A válvula “mogul” apresenta apenas um formato de porta de saída, qua- drado. Este modelo e as diversas geometrias são mostrados na figura 15. Figura 15 – a)Vista da montagem experimental do molde; b) Geometrias de corpos e portas de válvulas submersas, feitas em acrílico. 16 O fator de escala, λ =0,6 foi determinado considerando as propriedades da água (massa especifica, viscosidade e tensão superficial) a 20ºC e as propriedades do aço líquido a 1600ºC, e os adimensionais de Reynolds, Froude e Weber. O modelo disponível corresponde a um veio de uma máquina de lingotamento, de dimensões de até 0,20 m x 2,0 m, lingotando a 4,5 ton/min. Os ensaios foram conduzidos para diferentes vazões representando diferentes velo- cidades de lingotamento e compreenderam o seguinte: visualização via plano de laser para determinação do parâmetro F e simulação numérica via CFX. A técnica de visualização de fluxo consiste em incidir um plano de laser contra o modelo de forma que este ilumine partículas (de densidade igual a do líquido e pe- quenas dimensões) contidas no fluido. As partículas tendem a acompanhar o fluxo do líquido, permitindo desta forma a identificação da trajetória. A figura 16 mostra imagens obtidas através desta técnica, bem como exemplo dos parâmetros geomé- tricos determinados. Este experimento foi realizado para cada combinação de vazão de líquido, geometria da SEN, profundidade de imersão e dimensões da placa. Figura 16 – Determinação dos parâmetros θ e D através da técnica de visualização por plano de laser. Para o modelamento matemático foi utilizado o software ANSYS/CFX. As condições de contorno e as equações utilizadas, de Conservação de massa e de Quantidade de Movimento não diferem daquelas descritas na literatura; a figura17 mostra um exemplo de imagem obtida através dessa simulação, neste caso estão ilustradas as linhas de fluxo para uma determinada configuração; estas simulações permitiram relacionar o fator F à velocidade subsuperficial. 17 Figura 17 – Linhas de Fluxo para uma determinada configuração. As figuras 18, 19 e 20 mostram como os fatores operacionais (inclinação das portas e imersão da válvula submersa, velocidade de lingotamento) fazem variar o valor F. A imersão da válvula submersa teve resultado significativo quando se utiliza a válvu- la padrão com geometria de saída em forma de pêra com um ângulo de 15º, já para as outras configurações a imersão praticamente não influenciou no fator F. O valor de F tende a diminuir quanto maior a imersão; tal fato pode ser explicado uma vez que a uma maior imersão da SEN implica em ponto de impacto junto as faces estrei- tas mais profundo; espera-se que sob essas condições o estado de turbulência na região do menisco o seja menor. Pode-se observar também que o aumento da velo- cidade de lingotamento também influencia diretamente no fator F, o que decorre evi- dentemente da definição deste. Figura 18 – Válvula Padrão, Pêra 15º; – Válvula Padrão, Pêra 25º ,– Válvula Pa- drão, Pêra 35º. 18 Figura 19 – Válvula mogul, Quadrada 15º; – Válvula mogul, Quadrada 25º, – Válvula mogul, Quadrada 35º . Figura 20 – Válvula Padrão , quadrada 15º; – Válvula Padrão, quadrada 25º, – Vál- vula Padrão, quadrada 35º A formulação proposta para o cálculo de F indica que os valores são decrescentes quanto maior for o ângulo de saída do jato; como este está relacionado com o ângu- lo da porta espera-se encontrar alguma influência deste sobre o valor de F. Essa tendência pode ser observada nos ensaios realizados, o gráfico da figura 21 mostra que, para todas as configurações, quanto maior o ângulo de saída da porta da válvu- la submersa menor é o valor de F;espera-se por consequência menor intensidade de fluxo na região do menisco. Figura 21: Influência do ângulo de saída da válvula submersa sobre o fator F 19 A geometria dos furos de saída também influencia sobre o fator F, as figuras 22, 23 e 24 ilustram essa afirmativa. Comparou-se para mesmas configurações (imersão e ângulo) a influência da geometria da saída da válvula submersa. Pode-se observar que para todos os casos a válvula padrão com geometria em forma de pêra foi a que obteve maior fator F, sendo que a válvula mogul com geometria quadrada e válvula padrão com geometria quadrada apresentaram semelhança em termos de fator F em praticamente todas configurações, entretanto, com valor inferior a geometria pê- ra. É relevante citar o comportamento da válvula mogul em relação a válvula padrão: em todas as situações a mogul apresentou fator F menor em relação a padrão. Figura 22 – Influência da geometria da válvula submersa e da vazão sobre o valor de F para duas profundidades de imersão diferentes e ângulo de saída de 15º Figura 23 - Influência da geometria da válvula submersa e da vazão sobre o valor de F para duas profundidades de imersão diferentes e ângulo de saída de 25º A figura 25 mostra a relação determinada, via modelagem matemática, entre o pa- râmetro F e a velocidade subsuperficial no modelo do molde. Para determinação destes valores a largura do molde foi variada entre 1,20 m e 1,0 m, enquanto se as- sumiu valores de vazão 120 e 160 lpm para o molde de 1,0 m e 150 e 200 lpm para o molde de 1,20m de largura. Este gráfico é válido para a válvula de corpo padrão, 20 Figura 24 - Influência da geometria da válvula submersa e da vazão sobre o valor de F para duas profundidades de imersão diferentes e ângulo de saída de 35º com portas de saída de forma quadrada e ângulos de 15 e 35 graus. A velocidade superficial, com a qual se pretende caracterizar a possibilidade de cisalhamento na interface metal/escória foi assumida como sendo o valor médio à meia distância en- tre a face estreita e o corpo da SEN, na proximidade da superfície. Nota-se uma re- lação quase linear entre os dois valores, a qual pode ser comparada com aquela da figura 3. De acordo com a literatura a faixa pretendida de velocidade subsuperficial seria de 0,2 m/s a 0,4 m/s (na máquina industrial). Considerando a relação de con- versão entre velocidades 2/1industrialelomod VV λ= isto implica, no modelo, valores de fator F entre 0,7 e 2,0. Estes limites de fator F sugerem que as operações identifica- das pelos símbolos NF(1 e 2) não se situam dentro da faixa recomendada. Trans- pondo estes resultados à máquina industrial se tem: NF(1) Molde com 1.6 m de largura , velocidade de lingotamento de aproximadamen- te 3.0 ton/min. e válvula com ângulo de 35º. NF(2) Molde com 1.6 m de largura, velocidade de lingotamento de aproximadamen- te 4.0 ton/min. e válvula com ângulo de 15º. Figura 25: Relação entre a velocidade subsuperficial e o parâmetro F (para o mode- lo).
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