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Antibióticos - inibidores de síntese proteica

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Antibióticos 
Inibidores da síntese proteica 
 
Macrolídeos: os medicamentos dessa classe são a eritromicina, claritromicina e 
azitromicina (mais usados). 
• eles inibem a síntese das proteínas bacterianas bloqueando a porção 
ribossômica 50S. 
• Ribossomos bacterianos são formados por uma subunidade pequena 30S e uma 
subunidade grande 50S. após a união das duas subunidades ao redor da fita do mRNA a 
síntese da cadeia polipeptídica começa, este passo envolve o alinhamento do RNA 
transportador, cada um carrega um único aminoácido determinado pela sequência do tRNA, 
que quando alinhado ao mRNA e ao ribossomo unem-se para formar a cadeia polipeptídica, 
completando a tradução. Os ribossomos irão continuar a adicionar aminoácidos à cadeia em 
crescimento até chegar ao ponto que o mRNA sinaliza a parada 
• Antibióticos macrolídeos agem como inibidores da síntese de proteína, anexando à 
subunidade ribossomal 50S, bloqueando a habilidade dos ribossomos de sintetizar a cadeia 
polipeptídica. Por inibir a síntese proteica, os macrolídeos são considerados antibióticos 
bacteriostáticos, contudo em altas concentrações e com baixa densidade bacteriana ou 
durante um rápido crescimento bacteriano, os macrolídeos podem ser bactericidas. 
• mudanças ou modificações na subunidade ribossomal 50S, o 
sítio de ligação alvo para os antibióticos macrolídeos, irá conferir resistência contra os 
macrolídeos e as vezes a outras classes de antibióticos. Este tipo de resistência pode ser 
de alto nível. Este mecanismo de resistência é mediado por erm, gene da metilação 
ribossomal da eritromicina, o qual é encontrado em plasmídeos ou transponsons, que são 
pequenos elementos genéticos capazes de mover-se de uma bactéria para outra e integrar-
se ao DNA do hospedeiro. Cópias do gene erm são transportador para outra bactéria via 
plasmídeos ou transposons através de canais porosos, o gene ganho é incorporado ao novo 
genoma bacteriano. Durante o processo de síntese de proteína, esta bactéria irá transcrever 
e traduzir o código genético do gene ganho, resultando na produção de uma 
proteína/enzima capaz de metilar a subunidade ribossômica 50S em uma posição específica, 
esta subunidade 50S alterada, resulta no decréscimo da afinidade da ligação do macrolídeo 
e de outros antibióticos, como a lincosamida e estreptogramina tipo B. Este padrão de 
resistência é referido como o fenótipo MLSB, porque o antibiótico macrolídeo é incapaz de 
Anna Julia – TXXIX 
ligar-se à subunidade 50S ribossomal, portanto, incapaz de inibir a síntese de proteína e 
deste modo, a bactéria não é danificada e continua a produzir cadeia polipeptídica de 
aminoácidos. 
• Um segundo mecanismo de resistência bacteriana aos antibióticos macrolídeos é mediado 
por bombas de efluxo, que são codificadas pelo gene mef(A), que é um elemento de 
transposição. Como ele confere resistência apenas aos macrolídeos e não lincosamidas ou 
estreptogramina tipo B, elas são chamadas de fenótipo M. As bombas de efluxo removem 
os antibióticos macrolídeos antes deles atingirem as subunidades ribossomais 50S, portanto, 
a síntese de proteína bacteriana não é afetada. 
• São de amplo espectro e dependendo da dose podem ser bacteriostáticos ou 
bactericidas. 
 Alternativa terapêutica em alérgicos à penicilina 
 Primeira escolha no tratamento de pneumonias por bactérias atípicas (Mycoplasma 
pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp.) 
 
 
Tratamento da H. pylori: uma ou duas semanas: 
 terapia realizada com um inibidor de próton, um macrolídeo e 
amoxicilina. 
 Omeprazol + claritromicina + amoxicilina 
 Lansoprazol + claritromicina + amoxicilina 
 Esomeprazol + claritromicina + amoxicilina 
 Lansoprazol + levofloxacino + amoxicilina 
 Omeprazol + metronidazol + amoxicilina 
 
 Omeprazol + bismuto + tetraciclina + metronidazol 
• 
 Mais comuns: cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia (em até 1/3 dos 
pacientes). 
 Hepatite e icterícia colestática 
 Prolongamento do intervalo QT 
 Raramente ocorrem reações alérgicas graves 
 Com azitromicina e claritromicina as alterações são bem mais discretas e em menor 
frequência. 
• 
 
Tetraciclinas: os medicamentos dessa classe são: tetraciclina, doxiciclina, limeciclina, 
minociclina (via oral) e tigeciclina (via intravenosa). 
• as tetraciclinas ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do 
ribossomo, bloqueando a ligação do RNA transportador e impedindo a síntese proteica. 
• São bacteriostáticos e possuem amplo espectro de ação. 
• 
 Reduz o acúmulo da droga no interior da célula usando bomba de efluxo 
 Alteração nas proteínas da membrana externa dificultam a penetração. 
• São quelantes de cátions divalentes: menos absorção, deposição. 
• Elas atravessam a barreira transplacentária e são excretadas no leite materno. 
• Deve-se evitar o uso concomitante com alimentos, antiácidos e preparações com ferro. 
• 
 bactérias gram positivas, gram negativas aeróbias e anaeróbias, 
espiroquetas, riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns protozoários. 
 Alternativas no tratamento de infecções causadas por Mycoplasma pneumoniae, N. 
gonorrehea, Treponema pallidum e em pacientes com traqueobronquites e sinusites. 
 Doxiciclina – alternativa para MRSA e Treponema pallidum. 
• É contra indicado o uso em gestantes, lactantes e menores de 12 anos. 
 
• 
 Efeitos gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarreia e colite pseudomembranosa 
 Alterações na cor dos dentes em crianças, hipoplasia do esmalte dentário e 
crescimento ósseo anormal, principalmente se utilizadas durante a gestação. 
 Reações alérgicas: urticárias, exantemas, edema periorbital, reações anafiláticas, 
fotossensibilidade. 
 Cefaleia, incapacidade de concentração e em raros casos, hipertensão intracraniana. 
Aminoglicosídeos: os medicamentos são: estreptomicina, gentamicina, neomicina, 
amicacina, tobramicina. 
• ligam-se à subunidade 30S dos ribossomos inibindo a síntese proteica 
ou produzindo proteínas defeituosas. 
• O transporte do fármaco pela membrana plasmática bacteriana depende de oxigênio, 
portanto são ineficazes contra anaeróbios ou em condições de anaerobiose. 
• São cátions polares, baixa absorção por via oral e não atravessa a BHE 
• São bactericidas 
• É administrado 1x/dia = efeito pós-antibiótico. 
 
• 
 Acumulam-se no ouvido interno e no córtex renal: 
 Ototoxicidade vestibular a auditiva, nefrotoxicidade. 
 Bloqueio neuromuscular/apneia: infusões rápidas ou doses i.p ou pacientes curarizados 
com succinilcolina, com miastenia, hipocalcemia e outros. Revertido com sais de cálcio. 
• 
 Alteração dos sítios de ligação no ribossomo 
 Alteração na permeabilidade da droga 
 Modificação enzimática da droga. 
• Rara resistência bacteriana, pouca alergia e baixo custo = uso mantido. 
Afenicóis: cloranfenicol (via oral, tópico e intravenosa). 
• Tem o mecanismo de ação semelhante aos macrolídeos. 
• São bacteriostáticos de amplo espectro para gram positivas e negativas. 
• O uso é restrito. 
• conjuntivites e otites bacterianas, feridas ou queimaduras na pele 
(tópico), epiglote aguda em crianças, febre tifóide (via oral), bacteremias e infecções graves 
no SNC (intravenosa). 
• 
 Alterações hematológicas: pancitopenia. 
 Síndrome do bebê cinzento: distenção abdominal, emese ocasional, progressiva 
palidez cianótica, colapso vasomotor e respiratório e morte. 
Lincosaminas: clindamicina (via oral, gel, creme, intravenosa e intramembranosa), 
lincomicina (intravenosa, intramembranosa). 
• O mecanismo de ação é semelhante aos macrolídeos 
• Podem ser bacteriostáticos ou bactericidas 
• Apresenta uma boa atividade contra S. pneumoniae, S. pyogenes e Streptococcus viridans. 
• Apresenta alguma atividade contra S. aureus, bacteroides, toxoplasma e outras produtoras 
de penicilinases. 
• Apresenta boa penetração em abscessos,porém baixa no SNC 
• distúrbios gastrointestinais (diarreia, colite pseudomembranosa – 
raramente). 
• infecções causadas por anaeróbios gram positivos e negativos, 
incluindo produtores de penicilinases (via oral e parenteral). 
 Abscesso pulmonar (parenteral) 
 Faringite estreptocócica (via oral, parenteral) 
 Infecções de ossos, articulações e tecidos moles por S. aureus (via oral e parenteral). 
 Síndrome compartimental por S. pyogenes (via oral e parenteral) 
 Tratamento de acne (gel) 
 Vaginose bacteriana (creme vaginal). 
Oxazolidinonas: linezolida, tedizolida (via oral/via intravenosa). 
• inibe o ribossomo 70S (tRNA) 
• Espectro: grande variedade de gram positivo – MRSA e VRSA, pneumococo resistente 
à penicilina, enterococos resistente à vancomicina e C. difficile. 
• Gram negativos mais comuns não são suscetíveis 
• Medicamento de alto custo. 
• São bacteriostáticos contra enterococos e estafilococos e bactericida contra 
estreptococos. 
• pneumonia, sepse, infecções de pele e tecidos moles, tuberculose 
para organismos multirresistentes. 
• 
 Trombocitopenia, diarreia, náuseas, raramente eritema e tonturas 
 Inibidor não seletivo da MAO

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