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Projeto Pos Graduação_Artigo Cientifico_Efeitos Negativos da Especialização Precoce_act0721

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1 
 
EFEITOS NEGATIVOS DA ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE NO ATLETISMO 
SOBRE O DESENVOLVIMENTO MOTOR E PSICOLÓGICO DE CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES 
 
Andrade, Claudio J. E. de 
Bacharel em Educação Física pela UNIP 
Projeto de Pós-Graduação / Especialização 
Em Treinamento Desportivo pela FAMART 
 Sorocaba-SP/Jul-2021 
 
 
RESUMO 
 
A atividade física tem uma grande importância na vida das pessoas atualmente, e o atletismo 
é um esporte que vem crescendo a cada dia, fazendo com que a busca pela inserção das 
crianças no esporte seja constante. Com isso, nos traz a preocupação de que as crianças sejam 
inseridas precocemente no esporte, adiantando fases de seu desenvolvimento motor, físico e 
psicológico. Essa revisão de literatura, cujo objetivos de estudo foram os Efeitos Negativos 
da Especialização Precoce no Atletismo sobre o desenvolvimento motor e psicológico de 
crianças e adolescentes, trouxe à luz a preocupação do educador físico em respeitar as fases 
de desenvolvimento, seja ele motor, físico ou psicológico do jovem talento, ao mesmo tempo 
em que deve incentivá-lo à prática esportiva. Foram analisados alguns tópicos importantes 
com a ajuda da literatura existente, tais como: Aspectos motores durante o crescimento e 
desenvolvimento da criança, A importância da atividade física e do esporte para o 
desenvolvimento infantil – a participação do Atletismo, Iniciação esportiva – como adaptar 
no atletismo e Treinamento e especialização precoce no atletismo e suas consequências 
psicológicas. Com isso, foi possível identificar que a prática da atividade física é importante 
na vida da criança e é possível realizá-la de uma forma harmoniosa e sem cobranças, para 
que suas habilidades motoras sejam aproveitadas em outras modalidades esportivas. É um 
forte desejo que esse estudo possa conscientizar os profissionais da área da educação física 
sobre a importância de se respeitar todas as fases de desenvolvimento, e, na mesma via, 
também relatar a importância da prática da atividade física desde a infância. 
Palavras-chave: Atletismo. Desenvolvimento Infantil. Iniciação Esportiva. Especialização 
Precoce. 
 
 
 
2 
 
ABSTRACT 
 
Physical activity is of great importance in people's lives today, and athletics is a sport that is 
growing every day, making the search for the insertion of children in sport a constant. With 
this, it brings us the concern that children are inserted early in the sport, advancing phases 
of their motor, physical and psychological development. This literature review, whose study 
objectives were the Negative Effects of Early Specialization in Athletics on the motor and 
psychological development of children and adolescents, brought to light the concern of the 
physical educator to respect the stages of development, whether motor, physical or 
psychological support of the young talent, while encouraging him to practice sports. Some 
important topics were analyzed with the help of the existing literature, such as: Motor aspects 
during the child's growth and development, The importance of physical activity and sport 
for child development - the participation of Athletics, Sports initiation - how to adapt in 
athletics and Early training and specialization in athletics and its psychological 
consequences. Thus, it was possible to identify that the practice of physical activity is 
important in the child's life and it is possible to perform it in a harmonious way and without 
charges, so that his motor skills can be used in other sports. It is a strong desire that this 
study can raise the awareness of professionals in the field of physical education about the 
importance of respecting all stages of development, and, in the same way also report the 
importance of practicing physical activity since childhood. 
Keywords: Athletics. Child Development. Sports Initiation. Early Specialization. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Quais os principais problemas que o treinamento precoce, na prática do atletismo, pode 
trazer para as crianças e adolescentes? Essa é a problemática central e a principal razão que 
instigaram a pesquisa nesta área. Entre os pesquisadores e suas vivências na área, percebeu-
se a importância da iniciação e do treinamento correto da infância até a fase adulta, 
respeitando as fases de desenvolvimento da criança e do adolescente. O tema escolhido visa 
auxiliar e conscientizar educadores e treinadores a respeitar todas as fases de 
desenvolvimento da criança e do adolescente no que diz respeito à iniciação esportiva no 
atletismo e em outras áreas, no mesmo momento que também deve enfatizar a importância 
da prática da atividade física desde a infância. Portanto, o objetivo geral aqui é analisar os 
 
 
3 
 
efeitos negativos da especialização precoce, onde os treinos intensos, com inúmeras 
repetições do mesmo movimento e com o objetivo de aprimorar a técnica deste movimento, 
leva, inevitavelmente, ao esgotamento prematuro, causando danos no desenvolvimento da 
criança e desânimo na prática do esporte. De modo específico, vamos identificar as fases do 
desenvolvimento da criança e do adolescente, pesquisar métodos de trabalho para iniciação 
do atletismo e verificar os principais problemas do treinamento precoce. O estudo trata-se 
de uma revisão bibliográfica baseada na literatura especializada entre janeiro de 2001 e 
dezembro de 2019, no qual, utilizando-se das palavras-chaves supra citadas, realizou-se uma 
consulta a livros periódicos e em artigos científicos selecionados através de busca no banco 
de dados do SciELO, Edf Esportes Google Acadêmico, Repositório da produção Científica 
e Intelectual da Unicamp, Repositório de outras coleções abertas (ROCA) e monografias. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
O atletismo é a modalidade esportiva mais antiga da história; os homens primitivos 
utilizavam movimentos naturais como correr, saltar e lançar, para se locomover e também 
para se manterem vivos, caçando e escapando de predadores. Com o passar do tempo, 
homens e mulheres adquiriram habilidades que foram aprimoradas, adaptadas e passaram a 
ser utilizadas em provas de competições (ROJAS, 2017). 
Antigamente disputado como prova de corrida, o atletismo tornou-se “esporte base” para 
prática de outras modalidades esportivas; por ser um esporte popular e atrativo, novas 
competições e provas foram surgindo. Com isso, houve o aumento da procura pela 
modalidade ainda na fase da infância e, devido a esta procura, as maneiras de se trabalhar 
com a iniciação esportiva foram superadas (MATTHIESEN,2012). 
Entende-se por “iniciação esportiva” o momento em que um esporte junto com seus 
fundamentos básicos é apresentado à criança. Os princípios e regras, tendo como base o 
aprendizado de uma determinada modalidade, são expostos de maneira que sejam 
respeitadas todas as fases e etapas, fazendo com que os níveis de exigência sejam moderados 
(FERREIRA, 2001). 
Quando a criança é introduzida no esporte desde cedo, o principal objetivo é fazer com que 
haja um amplo desenvolvimento motor, que irá auxiliar no desenvolvimento global da 
mesma. Desta maneira, essas habilidades podem ser introduzidas em um contexto mais 
 
 
4 
 
competitivo, sendo essa criança inserida ou não em uma prática de alto rendimento, podendo 
acontecer até uma especialização precoce (GALLAHUE e OZMUN, 2005). 
Portanto, este estudo se torna pertinente uma vez que cada vez mais modalidades esportivas 
estão sendo apresentadas à crianças e adolescentes, entretanto, observa-se um interesse na 
pratica de alto rendimento é quase que automaticamente apresentado a elas também. O 
objetivo deste estudo é entender melhor como essa perspectiva de caráter competitivo 
impacta no desenvolvimento motor na infância. É importante compreender melhor como 
como o profissional de educação física pode trabalhar com as crianças dentro de cada 
contexto e sobretudo, respeitar as suas fases de desenvolvimento.ASPECTOS MOTORES DURANTE O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
De acordo com Gallardo (2000, p. 55): 
 O desenvolvimento humano tem sido entendido como 
mudanças que ocorrem no indivíduo desde sua concepção 
até sua morte. A palavra desenvolvimento em si implica 
 mudanças comportamentais e estruturais dos seres vivos 
 no tempo. 
 
Essas mudanças contínuas ocorrem de acordo com o estímulo que cada indivíduo tem ao 
longo da vida, Para Golomazov (1996, p. 26): 
 A precisão dos movimentos bem como outras característi- 
cas, depende do amadurecimento da pessoa, quer dizer, 
da idade. A criança, com o aparelho locomotor ainda em 
desenvolvimento não pode executar igualmente bem todos 
os movimentos. 
 
Por isso o desenvolvimento motor é apresentado por Gallahue e Ozmun (2001) em forma de 
ampulheta para elementar as fases de desenvolvimento da criança e adolescente. 
 
 
5 
 
 
Figura 1. Fases do desenvolvimento motor (GALLAHUE e OZMUN, 2001) 
 
O Desenvolvimento motor, de acordo com a ampulheta de Gallahue e Ozmun (2001), 
acontece em várias fases ou estágios, sendo elas: fase motora reflexiva, fase rudimentar, fase 
fundamental e fase motora especializada. 
O presente trabalho enfatizará a fase motora fundamental e fase motora especializada. 
Fase fundamental: “As crianças que estão desenvolvendo padrões fundamentais de 
movimento estão aprendendo a reagir com controle motor e competência motora a vários 
estímulos.” (GALLAHUE; OZMUN, 2003, p.103). “Essas habilidades motoras formam a 
base sobre a qual cada criança desenvolve ou refina os padrões motores fundamentais do 
início da infância e as habilidades motoras especializadas da infância posterior e da 
adolescência.” (GALLAHUE; OZMUN, 2001, p. 257). 
De acordo com Gallahue e Ozmun (2001), durante o desenvolvimento da criança, as 
habilidades motoras que compreendem a fase fundamental passam por três estágios distintos, 
sendo eles: 
 Estágio Inicial: Por volta de dois ou três anos de idade a criança começa suas 
primeiras tentativas de executar um padrão de movimento fundamental. As 
integrações dos movimentos espaciais e temporais são poucas. 
 
 
6 
 
 Estágio Elementar: A criança já possui maior controle e melhor coordenação dos 
movimentos, se dá por volta de quatro ou cinco anos de idade. 
 Estágio Maduro: Caracteriza-se com uma coordenação e execução mais controlada 
do movimento, a criança já tem grande avanço para estar no estágio maduro, acontece 
por volta de seis a sete anos. 
De acordo com Gallahue e Ozmun (2001), as habilidades motoras especializadas podem ser 
divididas em três categorias: 
 Habilidades transitórias: As habilidades transitórias são o conjunto dos movimentos 
fundamentais em brincadeiras e em situações da vida diária, como correr, pular, 
saltar. Este estágio transitório é complexo para professores, pais e inclusive para as 
crianças, pois estas passam por exploração e combinação de vários padrões motores. 
É preciso, que todos neste estágio, se empenhem na expansão do controle motor da 
criança para que possam realizar diversas atividades motoras, pois restringir a criança 
a apenas um, acarretará em efeitos negativos para os estágios mais avançados. 
 Estágio de aplicação: Essa fase acontece por volta dos 11 aos 13 anos e já ocorrem 
alterações no desenvolvimento das habilidades do indivíduo; as crianças começam a 
se interessar por diversas atividades e é nesta fase que a criança tem um aumento 
cognitivo significativo, já possuem ampla bagagem motora; É um período para que 
o adolescente possa refinar e utilizar suas habilidades mais complexas dentro do 
esporte escolhido. 
 Estágio de utilização permanente: Essa fase acorre por volta dos 14 anos até a vida 
adulta é ocorre um avanço significativo no processo de desenvolvimento motor, 
tendo uma ampla bagagem motora conquista ao longo de sua vida até aqui. Vários 
fatores como tempo, condições financeiras, estruturas, limitações físicas e mentais 
afetam gradativamente esse estágio; a participação em atividades dependerá de seu 
talento para executar tal movimento, ou seja, este estágio é o conjunto de todos os 
estágios e fases do desenvolvimento passadas da vida desse jovem indivíduo. 
 
Desta forma, de acordo com a ampulheta de apresentado, podemos compreender que “O 
desenvolvimento motor é uma alteração contínua no comportamento motor ao longo do ciclo 
 
 
7 
 
da vida. ” (GALLAHUE; OZMUN, 2003, p.22). Essas alterações ocorrem desde o período 
neonatal até a fase adulta. 
 
É necessário que se respeite todas as etapas de desenvolvimento do indivíduo para que sejam 
fornecidos à criança e adolescente todo suporte, promovendo uma ampla bagagem motora, 
pois “Crianças mais velhas, adolescentes e adultos devem ser capazes de desenvolver formas 
maduras de movimentos fundamentais” (GALLAHUE; OZMUN, 2003, p. 433). 
 
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA E DO ESPORTE PARA O 
DESENVOLVIMENTO INFANTIL – A PARTICIPAÇÃO DO ATLETISMO 
 
Com o surgimento da revolução industrial, no séc. XIX, houve um grande crescimento e 
deslocamento de pessoas das zonas rurais para zonas urbanas, acarretando diversas 
mudanças na vida das crianças, pois atividades simples, que antes eram praticadas, foram 
deixadas de lado, diminuindo, assim, as atividades físicas (FARIA; BROLO et al, 2010). 
Na sociedade pós-industrial e devido ao grande aumento da violência nas ruas, as crianças 
foram perdendo cada vez mais seus espaços de lazer e brincadeiras nas ruas com jogos 
infantis(pega-pega, esconde-esconde, etc.) praticamente desapareceram. O resultado disso 
foi a multiplicação das horas dedicadas a internet, videogames e televisão; todos estes fatores 
contribuíram para a diminuição da prática de atividades físicas e, com isso, “a rotina 
inadequada em atividades físicas altera e interfere nas possibilidades de desenvolvimento da 
criança” (FARIA; BROLO et al, 2010). 
Estudos relatam que hábitos de atividade física praticados na infância e adolescência podem 
ser levados para a vida adulta (GUEDES et al., 2001). 
Entretanto alguns estudos mundiais, que incluem o Brasil, revelam um elevado índice de 
sedentarismo e obesidade em todas as faixas etárias, que variam de 50% a 80%, em toda 
população mundial; por isso, a prática da atividade física regular é importante e traz diversos 
benefícios ao organismo e à saúde (MENDES et al., 2006). Com isso, a participação de 
crianças nas práticas e eventos esportivos proporciona grande oportunidade de divertimento, 
interação social e desenvolvimento das suas habilidades motoras; isso contribui 
significativamente para o crescimento e desenvolvimento motor, além de prevenir várias 
doenças como obesidade, diabete e hipertensão arterial (RAYA et al, 2007). 
 
 
8 
 
Ainda sobre a prática de esportes nessa tenra idade, é essencial pois é a partir daí que a 
criança começa a sua ampla bagagem motora; segundo Barbanti (2012), o esporte é uma 
atividade cuja participação é motivada por uma combinação de fatores intrínsecos e 
extrínsecos que envolve grande esforço físico e habilidades motoras bem complexas. 
O desenvolvimento motor, de acordo com Gallahue et al (2005) é entendido como 
“alterações progressivas do comportamento motor, no decorrer do ciclo da vida, realizadas 
pela interação entre as exigências da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do 
ambiente.” 
 
De acordo com Vieira (2009): 
 
É um ciclo de aprendizagem do nascimento até a morte, 
de um modo crescente nos aspectos: físico, mental e social 
“cada momento da vida é uma continuação do momento 
anterior, embora modificado”. 
 
É durante o período da infância que ocorrem o desenvolvimento das habilidades motoras 
fundamentais, sendo de grande importância para o desenvolvimento global da criança e que 
servirão de base para uma habilidade mais específica que o indivíduo utilizará nas atividadesdo cotidiano, lazer ou esportivas (GALLAHUE; OZMUN, 2003, 232); 
A prática da atividade física sempre esteve presente na vida humana, desde os primórdios, 
sendo utilizada, basicamente, para a sobrevivência da espécie; ela pode ser relacionada com 
o atletismo, o que corrobora com o mencionado por Gonçalves (2007) que disse que “o 
Atletismo é estritamente ligado aos movimentos naturais do ser humano de correr, marchar, 
lançar, arremessar e saltar, e, por isso, é chamado de esporte base”. 
O atletismo é chamado de esporte base pois tem um papel importante no desenvolvimento 
motor cognitivo e psicológico das crianças e adolescentes, pois trata-se de uma modalidade 
com uma ampla diversidade de movimentos, e contribui para a prática esportiva em outras 
modalidades (NASCIMENTO, 2005). 
 
INICIAÇÃO ESPORTIVA E ADAPTAÇÃO PARA O ATLETISMO 
 
Iniciação esportiva é o período no qual a criança “começa a prática regular e orientada de 
uma ou mais modalidades esportivas” de modo que consiga dar prosseguimento ao seu 
desenvolvimento completo (RAMOS, NEVES, 2008). Embora o conceito de iniciação 
 
 
9 
 
esportiva seja relativamente simples, o sistema no qual ela está inserida é consideravelmente 
complexo. Santana (2002) construiu um esquema dentro do qual estão presentes várias 
unidades que interferem nesse processo da iniciação esportiva, conforme é possível 
visualizar na figura abaixo (figura 2): 
 
 
Figura 2- Unidades relacionadas a iniciação esportiva Fonte: (SANTANA 2002). 
 
Essa fase de iniciação esportiva é importante para o desenvolvimento afetivo, cognitivo, 
social e motor da criança; porém é necessário que respeite a individualidade biológica do 
indivíduo e, com isso, o professor ou treinador conseguirá despertar na criança o interesse 
pela prática do atletismo e de outros esportes. 
 
Quadro 1. Comparação de conceitos da iniciação esportiva 
 
 
 
10 
 
 
 
 
Quadro 2. Comparação de objetivos da iniciação esportiva 
 
 
“A iniciação da criança na prática desportiva deve seguir uma progressão pedagógica, lógica 
e natural, através de atividades livres, e de Caráter natural sem a exigência de competição 
propriamente dita" (NAHAS apud PAES, 1992, p. 25-40). 
 
 
11 
 
Além dos aspectos motores, a iniciação esportiva pode ensinar valores éticos, sociais e 
morais por meio das inúmeras possibilidades que o esporte envolve, auxiliando na formação 
de um indivíduo preparado para enfrentar as diferentes situações do cotidiano e permitindo 
que a criança viva bem, indiferente da modalidade escolhida no futuro (SCAGLIA, 1996). 
Na prática do Atletismo, o professor pode utilizar jogos lúdicos como uma alternativa para 
a criança interagir, com a adaptação e manipulação de materiais alternativos começando, por 
exemplo, com recicláveis, proporcionando aos alunos verificar a relação com o seu 
cotidiano. Nesta situação, é possível ver resultados satisfatórios no campo motor, afetivo, 
social e cognitivo, permitindo à criança instigar a sua imaginação, e construção do seu 
conhecimento. 
De acordo com MATTHIESEN (2005), “[...] o resgate do atletismo como conteúdo essencial 
a ser trabalhado em aulas de Educação Física, recuperando, por meio de jogos pré 
desportivos, a alegria de brincar ao mesmo tempo em que se corre, se salta, se arremessa e 
se interage com a multiplicidade de movimentos belos e envolventes que fazem do atletismo 
o espetáculo que é”. 
O atletismo ajuda no aperfeiçoamento das habilidades motoras naturais, fazendo com que as 
crianças utilizem o conhecimento adquirido com a prática esportiva, não apenas em âmbito 
escolar, mas nos demais âmbitos de suas vidas. Segundo Bento (1987), realizar movimentos 
diversos é essencial no alargamento do repertório motor, sendo relevante no 
desenvolvimento de atitudes e hábitos que garantem, com seu prosseguimento, uma cultura 
de uma vida ativa, colecionando várias experiências motoras no seu cotidiano. 
A prática do atletismo também contribui na parte fisiológica diminuindo a frequência 
cardíaca e aumentando o tamanho do coração consequentemente melhorando o fluxo 
sanguíneo. Os ossos se tornam mais fortes, o percentual de gordura corporal diminui e o 
sistema imunológico melhora, aumentando desse modo, a resistência às infecções. 
 
TREINAMENTO E ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE NO ATLETISMO E SUAS 
CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS 
 
A evolução do homem e do esporte, mediante o surgimento de novas modalidades esportivas 
e o forte instinto de competição que todo ser vivo possui, levam o treinamento a progredir 
de maneira interdependente e inseparável. Com isso, os grandes resultados esportivos só 
podem ser alcançados por meio de um planejamento de treinamento (FERNANDES, 1981). 
 
 
12 
 
São muitos os problemas causados por um treinamento específico precoce, sendo 
indispensável a consciência de que essa ação tem significância na vida esportiva de uma 
criança e de um adolescente. 
O profissional da área de Educação Física há de concordar com Marques (1991) quando ele 
diz que "Os modelos de preparação para jovens devem ser outros, e não aqueles que são do 
desporto de alto rendimento". 
Conforme Balbino (2001): 
o processo de treinamento para crianças e jovens, quando realizado 
e conduzido de forma adequada, pode trazer muitos benefícios, por 
meio das práticas de iniciação e formação esportiva, sendo o esporte 
em sua forma essencialmente educativo. 
 
O autor continua dizendo que temos que permitir ao iniciante a oportunidade de estar sob 
influência de um ambiente saudável e adequado, sob o ponto de vista biopsicossocial, em 
que ocorra a otimização do crescimento, da maturação e desenvolvimento, sendo validado 
pela qualidade de estímulos aplicados (BALBINO, 2001). 
Cada indivíduo é único e, por isso, cada um traz para o esporte as suas próprias aptidões, 
capacidades e respostas aos estímulos de cada treino. A iniciação deve trazer possibilidades 
de estímulos diversificados tanto em nível de ambiente quanto no tocante aos movimentos 
diversos. 
Para Thompson (1991), o treinador deve adaptar o atletismo para as crianças, modificando 
suas técnicas, pois as crianças são mais frágeis; as adaptações devem ser de acordo com o 
desenvolvimento delas. Deve-se adequar e utilizar equipamentos com tamanho e peso 
convenientes, pois, o peso e o tamanho dos equipamentos impedirão a aprendizagem correta 
das técnicas básicas, e também modificar as regras para ajudar as crianças a aprender a 
melhorar seus resultados, tendo mais prazer em praticá-lo. 
Com a especialização esportiva ocorrendo cada vez mais cedo, deve-se enfatizar a 
importância pedagógica e social do esporte para a criança, mas sem promover uma 
especialização precoce em idades cada vez mais baixas, do mesmo modo, não valorizar 
apenas os vencedores. 
Segundo (Marques,1991) a especialização precoce não garante que os atletas serão bem-
sucedidos, pois a preparação esportiva especializada exige determinada disciplina e, quanto 
mais precocemente for efetuada essa relação, menores serão as chances de uma criança ou 
de um jovem vir a obter altos rendimentos esportivos. Isso ocorre quando a criança é 
 
 
13 
 
sistematicamente introduzida em uma única modalidade esportiva com aulas/treinamentos 
não diversificados. 
O treinamento precoce no atletismo pode prejudicar a criança em vários aspectos, um deles 
é o aspecto psicológico pois de acordo com Thomas (1983), a psicologia vem estudar e 
observar no homem a sua percepção, o raciocínio, aprendizagem, memória, sentimento, 
emoção, motivação, ação e movimento. 
Gould e Medbery (2000), relata que a criança pode passar por um stress psicológico, devido 
à preocupação excessiva que acontece durante o período de competições. A modalidade 
atletismo, por ser praticada individualmente acaba exigindo mais do atleta, e assim quando 
não consegue bons resultados conclui ser inferir em competições, afetandonegativamente o 
seu psicológico. Em esportes de competição deve haver uma preocupação nesse sentido, pois 
acaba gerando esgotamento psicológico destas crianças; isto acontece quando, na maioria 
das vezes, realiza-se um treinamento muito extenso e intenso, fazendo com que ao longo do 
tempo a criança acabe abandonando precocemente a modalidade esportiva. Treinadores e 
familiares, na maioria das vezes, prezam pela vitória somente, e não visam simplesmente na 
participação da criança, sem cobrança; isso gera grandes esforços, além dos seus limites, 
com foco apenas no resultado, e não no processo, levando a criança a um grande desgaste 
psicológico e emocional (Gould e Medbery,2000). 
De acordo com Gould e Medbery (2000), existem fatores na prática esportiva que estão 
associados com o abandono precoce da modalidade. São eles: expectativa do atleta é muito 
alta, quer vencer a qualquer preço, treinos longos com poucas variações, demanda excessiva 
de viagens e perfeccionismo, muitas vezes a criança também acaba deixando a modalidade 
por não se identificar com ela, ou por ter uma cobrança exacerbada dos exercícios. 
Contudo, para que não haja desgaste psicológico e emocional Weinberg e Gould (2001), 
relatam que é importante encorajar a criança, ter menos cobranças, ou seja, focar menos nos 
erros, e sim nos acertos; também é necessário fazer com que a mesma venha sentir prazer 
com a prática esportiva. No período de iniciação esportiva é preciso atenção e paciência do 
treinador/técnico para corrigir e ensinar, e mostrar para a criança que ela é capaz de aprender, 
independentemente de qualquer situação. 
Para Nascimento (2005), é importante que se trabalhe com a criança de uma forma 
harmoniosa e lúdica, pois quando ela se sente bem praticando o esporte escolhido, se esforça 
e se dedica muito mais, aumentando assim seu rendimento com êxito. 
 
 
14 
 
Portanto, podemos facilmente entender que quando a criança é encorajada e elogiada, acaba 
sentindo prazer pela prática da modalidade, favorecendo os aspectos psicológicos e físicos. 
Para isso, o profissional deve saber respeitar cada etapa de desenvolvimento do seu aluno, 
fazendo um bom trabalho na fase de iniciação. Futuramente, esse aluno pode se tornar um 
atleta de alto rendimento. 
 
CONCLUSÃO 
 
Foi observado, no presente estudo e segundo GALLAHUE (2000), que a especialização 
precoce pode causa danos no desenvolvimento motor e psicológico de crianças e 
adolescentes que ainda não atingiram a fase da puberdade. 
Nesse aspecto concordam NAHAS apud PAES (2000) que concluíram em seus estudos que 
a “iniciação da criança na prática desportiva deve seguir uma progressão pedagógica, lógica 
e natural, através de atividades livres, e de caráter natural sem a exigência de competição 
propriamente dita". 
Entendemos, portanto, que a criança tem que ser inserida ao esporte de forma lúdica, 
tornando a prática esportiva prazerosa, sem muita exigência e exercícios complexos, 
considerados fortes para sua idade. 
Conforme analisado na farta revisão bibliográfica realizada, podemos crer que a atividade 
física e esportes, de modo geral, são extremamente importantes para o desenvolvimento 
infantil; mas há necessidade de uma iniciação coerente, com adaptações, para que o 
treinamento e especialização não seja tão precoce a ponto de causar danos, sobretudo, 
psicológicos. 
Para um professor obter sucesso no ensino-aprendizagem com crianças e adolescentes, 
precisa dar atenção e ter paciência com os alunos. 
Quando o treinador com paciência e atenção ensina e corrigi os erros da criança, ele mostra 
que a criança tem capacidade para aprender, e com isso acaba estimulando a mesma a se 
esforçar mais e a criar um afeto com a modalidade, sua dedicação aumenta e seu rendimento 
também. O treinamento especializado precoce acaba trazendo problemas de má formação 
escolar, estresse em competições, desânimo com os treinos, enjoos, lesões e traumas com a 
modalidade. É possível tornar a prática esportiva harmoniosa e sem cobranças, para que suas 
habilidades motoras sejam progressivamente descobertas e aproveitadas nas mais variadas 
formas e modalidades esportivas. 
 
 
15 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1- fases do desenvolvimento motor** 
Figura 2- quatro fases do desenvolvimento motor** 
Figura 3- unidades relacionadas à iniciação esportiva** 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BALBINO, Hermes Ferreira. Jogos desportivos coletivos e os estímulos das inteligências 
múltiplas: bases para uma proposta em pedagogia do esporte. (Dissertação de Mestrado) 
Campinas: FEF/UNICAMP, 2001. 
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