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Introdução à prótese removível, Placas bases, Placas de cera e Moldagem

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Introdução à prótese removível, Placas bases, Placas de cera e Moldagem
Aula 1 - Prótese Parcial Removível 1
Introdução à prótese removível
Conceito básico
Prótese é todo elemento artificial que substitui um tecido perdido ou não formado no corpo
humano. A prótese reestabelece: função, estética e fonética (principalmente nos dentes
anteriores superiores durante a emissão dos fonemas f e v).
● Prótese (advém do grego): “pro” = diante, em lugar de “thesis” = colocar
Definição da associação americana das escolas odontológicas
“Prótese é a ciência e a arte de prover substitutos convenientes para a porção coronária dos
dentes, ou para um ou mais dentes perdidos, e para as partes associadas (gengiva), de
maneira a restaurar as funções perdidas, a aparência, a estética, o conforto e a saúde do
paciente”.
Imagem 1: Paciente perdeu parcialmente os dentes 14 e 16, e totalmente o elemento 15. O
caso foi reabilitado com prótese de ponte fixa (dento-suportada pelo elemento 14 e 16) sem
a reposição de gengiva — as próteses fixas também podem reestabelecer gengiva, mas
esse não foi o caso.
Imagem 2: Paciente perdeu os quatro incisivos anteriores superiores. O caso foi reabilitado
com uma prótese parcial removível, repondo os quatro incisivos anteriores superiores e a
gengiva anterior (de modo a repor papila interdentária).
Tipos de próteses
1. Prótese unitária
2. Prótese parcial fixa
3. Prótese parcial removível
4. Prótese total removível
5. Prótese ortodôntica
6. Prótese sobre implante fixa ou removível
1
7. Prótese buco-maxilo-facial
1. Prótese unitária
É a prótese que restaura um ou mais dentes destruídos por cárie ou traumatismo, que
resultam na perda parcial ou total de suas coroas. Tem como objetivo devolver aos órgãos
dentários sua forma e função, recolocando-os no contexto geral do sistema
estomatognático.
Classificação das próteses unitárias
1) Intra-coronárias:
● Diretas ou plásticas — Feitas de amálgama e compósito (resina): São aquelas feitas
em consultório e que não precisam de nenhum laboratório para confecção da
prótese. Ademais, são restaurações realizadas dentro da coroa dentária.
Imagem 1: Prótese unitária intra-coronária direta restaurada com amálgama
Imagem 2: Prótese unitária intra-coronária direta restaurada com resina/compósito
● Indiretas — Feitas de metal, cerâmica e resina/compósito: São feitas através de
moldagem, a qual é enviada para um laboratório para confecção, e após o dentista
realizará somente a cimentação dessa prótese unitária intra-coronária indireta no
dente que está sendo reestabelecido. Ademais, são restaurações metálicas fundidas
e inlays de metais e resinas, que ficam dentro da coroa dentária.
Imagem 1: Prótese unitária intra-coronária indireta restaurada com amálgama
Imagem 2: Prótese unitária intra-coronária indireta restaurada com compósito
2) Extra-coronárias
● Indiretas — Feitas de metal, cerâmica e resina/compósito: São os blocos de onlay
de metais e resinas que substituem cúspides.
2
Porque não temos prótese unitária extra-coronária direta?
Resposta: Porque seria uma porção muito grande do dente a ser reestabelecido
extra-coronalmente de forma direta feita na hora (no consultório). Logo, os materiais usados
(metal, cerâmica e resina/compósito) para prótese unitária extra-coronária direta não seria
suficiente para essa restauração tão extensa, como é o caso.
Próteses unitárias podem repor gengiva?
Resposta: Não. Quando se tem uma grande retração gengival opta-se por deixar o dente
mais alongado e realizar cirurgia periodontal nos demais elementos para que harmonia final
seja alcançada.
2. Prótese parcial fixa
É a prótese que substitui um ou vários dentes ausentes, de forma permanente e fixada aos
dentes remanescentes (chamados pilares). Sendo assim, é uma prótese dento-suportada,
ou seja, os dentes adjacentes vão ser apoio do dente reposto.
Os dentes ausentes também podem ser reestabelecidos através de implantes dentários,
caso não haja pilares ou sejam dentes hígidos. Mas caso o paciente não tenha osso
disponível para colocar implante, alguma doença que impeça a cirurgia, falta de dinheiro ou
medo, a prótese parcial fixa (caso os dentes adjacentes não sejam hígidos) ou prótese
unitária sob implante e/ou prótese parcial removível (caso os dentes adjacentes sejam
hígidos) são o mais indicado no lugar do implante.
3. Prótese parcial removível
É a prótese que substitui um ou vários dentes ausentes e suas estruturas adjacentes
podendo ser removida e reposicionada na boca, sempre que necessário. Sua remoção não
deve causar danos na sua estrutura e/ou dos elementos biológicos com os quais
diretamente se relacionam (dentes pilares e rebordo residual).
A prótese parcial removível é feita para não transferir a carga mastigatória para a gengiva, a
fim de preservar o osso.
3
O paciente pode ficar com essa prótese parcial removível por bastante tempo?
Resposta: Sim
Paciente que faz uso de prótese parcial removível perde osso?
Resposta: Sim, pois o que mantém o volume ósseo são as forças de tracionamento do
ligamento periodontal dentro do alvéolo, se o alvéolo está vazio esse osso será perdido
gradativamente.
4. Prótese total removível (dentadura)
É a prótese que substitui todos os dentes ausentes e suas estruturas adjacentes (gengiva)
podendo ser removida e reposicionada na boca (muco-suportada). Sua remoção não deve
causar danos na sua estrutura e/ou os elementos biológicos com os quais diretamente se
relacionam (rebordo residual). Devolvendo função, fonética e estética ao paciente. As
próteses totais removíveis além de serem muco-suportadas podem ser suportadas por
implantes.
Funções
a) Devolver dimensão vertical (retomando o “stop” da mordida novamente através do
reestabelecimento dos dentes pela prótese — caso o paciente não tenha dente ele
fecha muito a boca pela falta do “stop”, ficando uma deformação do terço inferior da
face sem sustentação do tecido perioral, sendo eles o lábio inferior, superior e
corredor bucal).
b) Devolver suporte labial
c) Devolver estética nasal e facial
Vantagens
a) Baixo custo
b) Facilidade de limpeza — em comparação com as próteses sob implantes
Desvantagens
a) Baixa retenção — em comparação com as próteses sob implantes
b) Desconfortável (por ser maior e ter o palato de resina acrílica, causando prejuízo no
paladar e na temperatura dos alimentos) — em comparação com as próteses sob
implantes que têm formato de ferradura (sem palato de resina)
Pode haver prótese total removível que reestabeleça apenas dentes?
Resposta: Não. Toda prótese total removível reestabelecerá dente e gengiva.
4
Devemos indicar córrega e outros adesivos de próteses totais ao nosso paciente?
Resposta: Na maioria das vezes não, somente se o paciente estiver com mínimo rebordo
ósseo para garantir suporte a prótese (muito idoso). Fora isso, se ele está necessitando
desses adesivos deve ser porque a prótese está mal adaptada, e precisará ser
reembasada.
5. Prótese ortodôntica
São próteses para manter o espaço, devolver estética e aguardar o elemento dentário
definitivo erupcionar, geralmente feito em crianças que tiveram os dentes decíduos
avulsionados.
6. Prótese sobre implante fixa ou removível
São próteses dentárias sobre parafuso (fixas) ou botões de pressão (removíveis) para a
retenção.
Imagem 1: Prótese unitária sobre implante fixa — Classificada como implanto-suportada
Imagem 2: Prótese total sobre implante fixa (encaixe de parafuso) ou Prótese total sobre
implante removível (encaixe de botão de pressão) — Classificadas, respectivamente, como
implanto-suportada e implanto-retida
Imagem 3: Prótese parcial sobre implante fixa — Classificada como implanto-suportada
Qual absorve menos osso: uma prótese fixa ou removível sobre implantes?
Resposta: A prótese fixa sobre implante absorve menos osso, pois a carga está sendo
transmitida (suporte) apenas para o implante. No caso da prótese removível sobre
implantes, os botões de pressão darão retenção e o tecido mole servirá de apoio, causando
força de compressãoe reabsorção na região.
7. Prótese buco-maxilo-facial
5
Também chamadas de próteses cirúrgicas, têm por objetivo a restauração das perdas
extensas da maxila e mandíbula, bem como das regiões vizinhas como nariz, bochecha,
lábios, língua, faringe, olhos, orelha.
Imagem 1: Prótese intraoral buco-maxilo-facial com função obtura entre a cavidade nasal e
oral, e melhora a voz anasalada.
Imagem 2: Prótese extraoral buco-maxilo-facial de face.
Placas bases
Conceito
As placas bases são a base provisória da prótese total de resina acrílica construída sobre o
modelo de gesso edêntulo do paciente, com intuito de retomar a distância vertical perdida
do paciente edêntulo, o posicionamento ântero-posterior da mandíbula e suporte
facial/perioral.
Sinonímia: Outros nomes para placa base
● Chapa de prova
● Base experimental
● Base de prova
● Moldeira individual (quando tem o cabo)
Objetivos
1. Estabelecer os limites da área chapeável da maxila e/ou mandíbula
Área chapeável = extensão máxima do rebordo edêntulo, que poderá ser recoberto pela
prótese total. A prótese total não pode passar da gengiva frouxa, devido a movimentação
dinâmica do freio (durante bico [frente] e sorriso [trás]) que pode soltar a prótese se ela
estiver em cima desta.
6
Quando moldamos o paciente podemos realizar pressão sobre essa região e deslocar o
freio, o qual não será visualizável no modelo de gesso. Logo, iremos construir uma placa
base padrão, que será recortada após testes na boca (os testes servem para ver se a placa
base está atingindo ou não região de movimentação de tecidos).
2. Posicionamento do modelo superior no ASA (articulador semi-ajustável): Simulando
a posição do modelo na boca
Em um paciente dentado nós iremos marcar as edentações no garfo de mordida com auxílio
do bastão de godiva verde para podemos transferir o posicionamento do arco superior para
o articulador. Já em pacientes desdentados iremos prender a placa base no garfo de
mordida para obter a relação do arco superior no articulador simulando a posição que está
na boca.
3. Construção dos planos de cera: Definir o suporte labial e altura que vamos dar
àquele paciente.
Sobre a placa base podemos construir planos de cera que é uma muralha de cera, a qual
podemos definir o suporte labial e altura que daremos ao paciente, pois ao fazer um plano
muito longo vai aparecer muito dente durante o sorriso. Nesse ponto podemos definir o que
faz parte do arco superior e o que faz parte do arco inferior.
4. Moldagem final: Copiar fielmente o rebordo do tecido mole
7
Com a placa base podemos fazer uma moldagem final para fielmente copiar o rebordo
(gengiva inserida e região de fundo de vestíbulo)
Características
1. Recobrir toda a área chapeável
2. Rígida
3. Estável
4. Perfeita adaptação ao rebordo alveolar — não deve ter bolhas internas
5. Bom acabamento
Análise dos modelos
Modelos: Cópia da topográfica anatômica da região de rebordo da boca
Limites gerais da área basal da maxila
Com o lápis devemos delimitar até onde deve se estender a placa base superior (maxila):
1) Recobrir todo o rebordo gengival da tuberosidade direita à esquerda
2) As paredes vestibulares do rebordo até o sulco gengivo-vestibular (fundo de
vestíbulo)
3) Toda a abóboda palatina do sulco pterigomaxilar direito ao esquerdo (parte mais
profunda na distal das tuberosidades, passando atrás das fóveas palatinas)
Lembrar que nossa placa base deve ficar somente em área de gengiva inserida.
8
Limites gerais da área basal da mandíbula
1) Todo o rebordo gengival edêntulo de papila retromolar direita à esquerda
2) As paredes vestibulares até o sulco gengivo-vestibular e a linha oblíqua externa
3) As paredes linguais do rebordo (3 mm abaixo da linha milo-hióideo — esse músculo
não desloca a prótese para superior durante sua ação, logo podemos invadir essa
área)
Técnica de confecção
1. Delimitação dos modelos com lapiseira ou lápis, conforme os limites basais definidos
anteriormente;
2. Preparos prévios dos modelos
a) Alívio de regiões retentivas com cera
Material necessário
➔ Isolante para gesso
➔ Resina acrílica rosa (pó e líquido)
➔ Pode paladon com tampa
➔ Duas placas de vidro — uma delas terá batente de cera 9 de cada lado
➔ Espátula 31
➔ Espátula lecron
➔ Pincel
➔ Pote dappen com sabão (não é para fazer espuma)
Para ambas arcadas (superior e inferior):
9
1. Isolamento do modelo — Com o pincel aplicar o isolante de gesso no modelo para
não haver aderência da resina acrílica ao modelo.
2. Colocar batente de cera 9 nas placas de vidro;
3. Isolamento das placas de vidro com sabão (sabão: detergente e água — sem
espuma)
4. Proporção de pó e líquido — Proporção de 3 de pó para 1 parte de líquido (em
volume)
5. Colocar o pó, verter o líquido, manipular com a espátula 31 e fechar com a tampa.
Fases da resina acrílica:
● Arenosa
● Fibrilar — Quando encostamos a espátula na massa e forma fios está na hora de
iniciar nosso trabalho. Iremos juntar todo material no cantinho do pote com a
espátula 31, e com a mão com sabão, fazer uma bolinha com a resina acrílica.
● Plástica — Ao começar o trabalho no início da fase plástica a resina ainda não tem
memória, e devemos terminar a adaptação da resina ao modelo de gesso ainda na
fase plástica (ao trabalhar após a fase plástica a placa base vai deformar e abrir
suas bordas)
● Borrachóide — Material na sua fase final
Placa base superior:
6. Iremos juntar todo material no cantinho do pote paladon (na fase fibrilar) com a
espátula 31
7. Mão com sabão
8. Manipular com os dedos até formar uma bolinha, sem haver escoamento (se ela
ainda estiver escoando/desmoronando ainda não está na hora de prensar ela contra
a placa de vidro, sendo assim devemos manipular com as mãos com sabão até ficar
uma bolinha firme)
9. Prensar com a outra placa de vidro (também isolada com sabão), até que a placa de
vidro superior encoste na cera da placa de vidro inferior (batente), assim será
formado um lençol de resina da espessura do batente.
10
10. O lençol de resina é colocado, com todo cuidado, sobre o modelo de gesso. Nessa
parte o lençol deve escoar pelo modelo de gesso (garantindo que ainda estamos na
fase plástica).
11. Pegamos o modelo com a mão (com sabão), de forma suave para não deformar a
espessura do lençol, e adaptamos o rebordo (fundo de vestíbulo).
12. Cortar o excesso de resina acrílica com o lecron na linha feita com o lápis (podemos
molhar o lecron na resina acrílica para facilitar o corte)
13. Remover a placa base do modelo de gesso edêntulo após a auto-polimerização da
resina acrílica sem bolha e com borda áspera (depois iremos à faculdade realizar o
acabamento com a fresa antes de levar a placa à boca do paciente)
Placa base inferior:
6. Mão com sabão
11
7. Manipular com os dedos até formar uma ferradura, pois a extensão da placa inferior é
uma ferradura pela presença da língua (ao invés de bolinha como anteriormente)
8. Prensar com a outra placa de vidro (também isolada com sabão), até que a placa de
vidro superior encoste na cera da placa de vidro inferior (batente) — se virar um lençol ao
invés de “U” podemos cortar o meio com um lecron para separar
9. O “U” de resina é colocado, com todo cuidado, sobre o modelo de gesso (fase plástica).
10. Pegamos o modelo com a mão (com sabão), de forma bastante suave para não
deformar a espessura do lençol, e adaptamos o rebordo na parede lingual e vestibular
11. Cortar o excesso de resina acrílica na parte externa e interna com o lecron na linha feita
com o lápis (podemos molhar o lecron na resina acrílica para facilitar o corte)
12. Remover a placa base do modelo de gesso edêntulo após a auto-polimerização sem
bolha e com borda áspera (depois iremos à faculdade realizar o acabamento com a fresa)
14. Desgaste com a fresa em espessura pela porção externa — NÃO É EM ALTURA
12
Planos de cera
Antes de realizar os planos de cera, a placa base deverá ter sido acabada e adaptada
através de testes na boca do paciente para garantir seu encaixe perfeito por justaposição(pois, a prótese total removível é muco-suportada).
Conceito
O plano de cera é uma muralha de cera construída sobre a placa base (com a placa base
acabada e adaptada), sendo um conjunto representativo do arco de oclusão do paciente
para podermos montar no articulador, escolher dentes, definir a dimensão e dá suporte aos
tecidos faciais do paciente.
Sinonímia: Outros nomes para plano de cera
● Planos de orientação
● Arco de oclusão
Objetivos
● Posicionamento dos lábios (suporte): O paciente desdentado fica com uma
aparência de não ter lábios, devido à mandíbula ficar projetada para anterior (há o
fechamento da boca, mas sem o “stop” garantido pelos dentes, a mandíbula
projeta-se para frente em pacientes edêntulos). Portanto, com o plano de cera
conseguimos o suporte correto do paciente e obtemos a relação de onde
deveríamos montar os dentes. Com o plano de cera conseguimos definir quanto
iremos mostrar de dente superior e o ângulo formado pelo nariz e o lábio superior
(que deve ser maior que 90 graus). Resumindo: no plano de cera podemos
posicionar o lábio tanto no sentido ântero-posterior como no comprimento do lábio;
● Registro da distância vertical: Com o plano de cera iremos determinar qual o registro
da distância vertical entre o arco superior e inferior, e assim mostrar volume labial
corretamente e evitar bico labial. O plano de cera correto deixará um registro
intermaxilar com selamento labial suave (ao deixar o plano de cera superior ou
inferior muito alto o paciente ficará sem selamento labial ao fechar a boca; já ao
deixar o plano de cera superior ou inferior muito baixo o paciente ficará com o lábio
muito selado ao fechar a boca);
13
● Registro da relação central: Quando o paciente não tem dente o côndilo rotaciona
para frente da cavidade glenoide (fora) e projeta o mento, e com o plano de cera
conseguimos manipular o paciente e levar o paciente para a relação central (côndilo
dentro da cavidade glenóide);
● Montagem dos dentes: Feito através do contorno do plano de cera, não podemos
sair do contorno do plano de cera, pois senão estaremos aumentando ou diminuindo
o suporte das estruturas periorais;
Técnica de confecção dos planos de cera (padrão)
1. Suporte labial
● Deve acompanhar o perímetro da base de prova/placa base — logo ele será
construído sobre a placa base que já foi acabada
● Inclinação anterior de aproximadamente 75 graus ao olhar de perfil
2. Comprimento do lábio e altura incisal
● Comprimento médio de 12 milímetros (informação importante para a dobra da cera)
3. Plano oclusal
● Plano oclusal paralelo ao plano horizontal (liso)
4. Corredor bucal
● Paredes laterais paralelas entre si (ou levemente convergentes para oclusal)
● Forma do rebordo
Plana de cera superior
1. Marcação da altura sem cortar do rolete superior (dobra da cera de 12 milímetros)
2. Aquecendo a cera no lado contrário da marcação
14
3. Primeira dobra: Dobra da cera em 12 milímetros para o lado contrário da marcação,
ou seja, dobrar para o lado que foi aquecido (em contato com o fogo)
4. Marcação da segunda dobra: Marcar novamente no lado que foi feita a dobra
anterior, esquentar o lado contrário, e dobrar para o lado aquecido com o fogo da
lamparina. Realizar o mesmo processo 4 vezes (4 dobras), até conseguir 5 camadas
de cera.
5. Cortar o excesso de cera após as dobraduras, caso sobre.
6. Pegar outra lâmina de cera, aquece-la e cola-la sobre a primeira lâmina.
7. Realizar nessa segunda lâmina de cera mais uma marcação, esquenta-la no lado
oposto da marcação e dobrar para o lado aquecido.
8. Ao uni-la com a primeira lâmina dará em um total de 7 camadas de cera
9. Corte do excesso da segunda lâmina (já unida a primeira lâmina), para formar um
rolete com: 7 camadas de cera e aba de acabamento (de 1,5 cm ou 2 cm).
10. Conformação da placa de cera superior em forma de ferradura, e encaixe na placa
base (realizar essa etapa ainda com as lâminas de cera ainda quente). A aba de
acabamento ficará para a vestibular da placa base, e as 7 camadas de cera ficarão
sobre o rebordo.
15
11. Adaptação na placa base: A aba de acabamento que está na vestibular passa a
altura da placa, e as 7 camadas de cera devemos posicionar em cima do rebordo
levando mais para lingual. Os espaços entre a placa base e o plano de cera devem
ser aquecidos com a espátula número 31, para diminuir esse espaço.
12. Colagem do plano de cera na placa base: Os espaços entre a placa base e o plano
de cera devem ser aquecidos com a espátula número 31, para diminuir esse espaço.
Com o auxílio de um pedaço de cera iremos gotejar cera na extensão dos espaços.
13. Depois iremos aquecer a parte reta com uma curva na ponta da espátula 31 e alisar
toda a região interna da cera.
16
14. Recorte dos excessos de cera que está acima da placa base, e excesso posterior
15. Acabamento do contorno vestibular externo: A parte anterior tem que ter 75 graus,
logo devemos preencher o buraco presente no plano de cera.
16. Para preencher esses buracos iremos pegar uma tira de cera e envolver todo o
espaço.
17. Depois iremos pegar uma lâmina de cera mais larga (que se estenda da parte mais
baixa do plano de cera até a parte alta). Iremos colocar essa lâmina larga no final do
plano de cera, e vim rodando o plano sobre a lamparina e colando o restante da cera
ao longo do comprimento.
17
18. Após usaremos a Pacetta para dá acabamento ao plano de cera. Começando pela
região posterior e depois na região anterior.
a) Região posterior — corredor bucal
➔ Centralizado sobre o rebordo
➔ Paredes laterais paralelas entre si: A Pacetta saindo fumaça iremos apoiar
sobre a placa base até chegarmos retirar a quantidade de cera ali presente.
Após iremos tocar na extensão do plano de cera e derrete-lo, para deixar
reto.
b) Região anterior
➔ Angulação anterior de 75 graus em relação ao plano oclusal, fazendo
movimento rotacional.
19. Acabamento do contorno oclusal: Aqui demos lembrar que a porção anterior do plano de
cera é mais alto que a porção posterior. Logo, devemos desgastar mais a porção posterior
do que a anterior, mas no final deve estar toda plana.
18
Plano de cera inferior
1. Marcação da altura do rolete - 12 milímetros
2. Dobra da cera - 5 dobras na primeira lâmina
3. Colagem da segunda lâmina - 1 dobra e corte do excesso
4. Conformação em ferradura
5. Encaixe da placa de cera inferior na placa base: posicionar o rolete de cera em cima
do rebordo
6. Adaptação da placa de cera inferior na placa base: recorte em 45 graus do rolete de
cera para a adaptação posterior, a porção de cera recortada é descatada.
7. Colagem da placa de cera inferior na placa base: feito através de gotejamento de
cera na região interna.
19
8. Acabamento lingual com espátula 31 quente
9. Acabamento do contorno vestibular
a) Preenchimento dos defeitos
b) Recorte dos excessos da borda vestibular
c) Acabamento posterior do corredor bucal (paredes paralelas)
d) Acabamento inferior com inclinação de 75 graus
10. Acabamento do plano oclusal
a) Apoiando a Pacetta quente lá atrás e tocando de leve a região anterior.
Ambas placas de cera finalizadas (com a placa base)
20
Moldagem com alginato
Conceito
É o procedimento clínico que tem como objetivo reproduzir o arco dental do paciente em
parte ou no todo, com a máxima fidelidade em relação aos detalhes das superfícies dentais
e seus tecidos conexos.
● Molde: É representado pela cópia em negativo do arco dental e tecidos
circunjacentes.
● Modelo: Resultado do preenchimento do molde com gesso.
Seleção de material de moldagem
● O mais importante é dominar a técnica do material escolhido e suas indicações
● Os materiais de última geração tem maior custo.
● Bons resultados podem ser obtidos com materiais simples
1. Espátula plástica
2. Alginato
3. Duas cubas plásticas
4. Medidor de pó e líquido
5. Moldeiras esterilizadas
6. Alicate para adaptação da moldeira
7. Espátula lecron
8. Cera
9. Luvas de procedimento
Alginato
Indicações
● Arcos parcialmente edentados (para a construção de PPR);
● Arcosedentados totais (para a construção de prótese total);
● Modelos de estudo (com diversas finalidades);
● Modelos antagonistas (arco oposto ao arco de trabalho)
21
Vantagens
● Fácil manipulação
● Baixo custo
● Fácil limpeza
● Não mancha
● Fácil controle do tempo mediante a variação da temperatura da água
Desvantagens
● É crítico quanto a estabilidade dimensional
Variam conforme o fabricante em:
● Cor
● Sabor
● Viscosidade
● Uniformidade
● Tempo de geleificação
● Custo
Técnica de moldagem com alginato
Posição do paciente
1. Para arcada superior: O paciente não deve estar com a cabeça com o queixo muito
elevado, para o alginato não ir para a região da garganta do paciente, ou com o
queixo muito abaixado. O paciente deve estar sentado ereto olhando para o
horizonte.
2. Para arcada inferior: A cadeira não deve estar muito elevada nem muito abaixada,
para não comprometer a postura e músculo trapézio do operador.
Posição do operador
1. Para arcada superior: Operador atrás do paciente
2. Para arcada inferior: Operador na frente do paciente (antebraço forme um ângulo de
90 graus)
Seleção da moldeira
Moldeira é um dispositivo usado para receber e conduzir o material de moldagem
manipulado à boca do paciente. Utilizamos as moldeiras metálicas sem perfuração e com
ranhuras. Sendo as moldeiras superiores são numeradas de 1 a 3, a moldeira S4 serve
para pacientes dentados na região anterior e desdentados na região posterior; as moldeiras
inferiores são numeradas de 1 a 3, a moldeira i4 serve para pacientes dentados na região
anterior e desdentados na região posterior.
Tipos de moldeiras:
● Moldeira de estoque: São universais e nem sempre são perfeitas na boca do
paciente, sendo necessária realizar ajustes com cera.
● Moldeira individual: Moldeira de resina acrílica com cabo.
22
Seleção do tamanho da moldeira de estoque:
➔ Exame visual do arco e seleção por tentativas
➔ Requisitos fundamentais para que essa moldeira esteja adequada ao paciente:
a) Recobrir toda a área a ser moldada
b) O tamanho da moldeira deve considerar a necessidade de uma espessura
mínima de 3 mm de material em todos os lados, gerando estabilidade
dimensional e propriedades ótimas ao material
➔ Individualização das moldeiras feita para:
a) Uniformidade na espessura do material na moldeira
b) Maior abrangência da área a ser moldada
➔ Regiões críticas que devemos observar se não há necessidade de personalização
das moldeiras:
a) Arco palatino com contorno muito alto
b) Moldeira curta na região do fundo de vestíbulo — podemos aumentar a altura
do fundo de vestíbulo dessa moldeira com cera na parte externa
c) Moldeira curta na região da tuberosidade e da papila retromolar — podemos
aumentar a moldeira com cera na parte externa na região posterior (para
moldar o terceiro molar, por exemplo)
Manipulação do alginato
1. Agitar o pote de alginato para homogeneizar o pó (componentes tem densidades
diferentes, então devemos agitar o pó para misturar as partículas de maior e menor
densidade)
2. Proporção água/pó deve ser seguida rigorosamente conforme as especificações do
fabricante (Água mais gelada = maior tempo de trabalho)
➔ Diminuir a quantidade de água — o pó não reaja adequadamente, trazendo
instabilidade dimensional e menor reprodução de detalhes;
➔ Aumentar a quantidade de água — faz com que as fibras coloidais fiquem dispersas
em uma área maior, provocando seu afastamento e o consequente enfraquecimento
da estrutura do gel.
3. Tempo de manipulação — 45 segundos (observar recomendações do fabricante)
4. Tempo de geleificação — aproximadamente 3 a 7 minutos.
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➔ A cada grau que se diminui na temperatura da água aumenta-se em cerca de 6
segundos o tempo de trabalho (tempo de trabalho = refere ao intervalo desde o
início da manipulação até a inserção da moldeira com material de moldagem na
boca)
5. A espatulação mais usada é a manual
6. Cuba de borracha limpa e seca utilizada somente para alginato
7. Massa adquire uma consistência cremosa e inteiramente homogênea
8. Preencher a moldeira sem a inclusão de ar e sem muito excesso ou falta
Sequência de moldagem
1.Para evitar a formação de bolhas de ar nas áreas retentivas aplica-se o alginato com os
dedos ou com uma seringa. Ou seja, oclusal dos dentes, paciente com palato muito
profundo e região de fundo de vestíbulo de freios e bridas.
a) Introdução da moldeira na boca
b) Centralização do cabo da moldeira
c) Aprofundamento para o material extravasar
d) Manutenção da moldeira até o tempo total de geleificação
e) Remoção
2. Usar as pontas dos dedos para afastar um lado e o outro lado é afastado com a própria
moldeira.
3. Manutenção — tempo de geleificação é de aproximadamente de 3 a 7 minutos
4. Após a geleificação o alginato de ter uma superfície lisa, brilhante e resistente ao toque
indica que toda massa está geleificada
5. A flexibilidade e a resistência do gel aumenta com o tempo, logo deve-se remover o
molde da boca somente 3 a 4 minutos após a geleificação
Confecção dos modelos
1. Lavar em água corrente
2. Borrifar com solução de hipoclorito de sódio a 1% e mantê-los em um recipiente por
10 minutos: Esse procedimento serve para desinfectar os moldes de alginato
3. Mergulhar em sulfato de potássio à 2% ou água de gesso, por 2 a 3 minutos: Esse
procedimento serve para cuidar do ácido algínico presente na superfície do alginato,
pois se não fizermos o ácido algínico irá reagir com o gesso cristalizado deixando o
modelo de gesso poroso.
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4. Proporção água/pó de acordo com o fabricante
5. Modelo de gesso vazado no vibrador
6. Remoção do gesso + ou - 60 minutos: Não pode exceder esse tempo, pois podemos
ter como resultado um gesso poroso.
7. O modelo de gesso posteriormente será recortado, por isso ele deve ser
bem-acondicionado — esperar secar, envolve no papel, coloca no saco e guarda.
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