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Dinâmica dos grupos e Processo Grupal - Kurt Lewin ● Kurt Lewin nasceu na Prússia em 1980. Estudou química, física e psicologia. Em 1926, tornou-se professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de Berlim e em 1945 fundou e tornou-se diretor do Centro de Pesquisas em Dinâmicas de Grupos. ● Para Kurt Lewin, o objetivo de uma pessoa é profundamente influenciado pelos padrões de grupos sociais aos quais pertence ou deseja pertencer. Este grupo constitui a base de suas percepções, ações e sentimentos. ● Lewin baseou sua perspectiva no Gestaltismo para criar um modelo experimental de pesquisa e de intervenção em grupos. O Gestalt é considerado a "Psicologia das Formas", pois se baseia em como os seres humanos percebem e compreendem elementos. Além de que, para compreender as partes, é necessário compreender o todo, de tal forma, tornar-se assim, explícito o que se encontra implícito. ● Processo terapêutico: é um caminho constante entre a consciência do que se é e a responsabilidade de atualização. ● O sujeito é responsável por aquilo que sente, pensa, rejeita e como se comporta. É ele quem determina o sentido dado à uma experiência com base em suas percepções e seu processo vivido (história pessoal e experiências vividas anteriormente). ● Lewin fundamentou a Teoria de Campo em duas suposições: 1) O ser humano comporta-se em resposta à totalidade de fatos coexistentes e 2) Os fatos coexistentes resultam no campo dinâmico onde cada um de eus componentes é interdependente. ● Segundo ele, o comportamento humano não depende somente do passado, ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é “o espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico”. ● Características direcionais: explicação do comportamento - todo comportamento tem propósitos subjacentes e objetivos para os quais é dirigido, e pode ser modificado. ● Motivação: é a tensão persistente que visa à satisfação de uma ou mais necessidades determinadas. Contudo, nem sempre a satisfação de necessidades é obtida, pode existir algum obstáculo para alcançá-la. E toda vez que alguma satisfação é bloqueada por uma barreira, ocorre frustração. ● O espaço vital psicológico ou espaço de vida do indivíduo é definido como a totalidade de fatos que determinam o comportamento de um indivíduo em certo momento. Assim, a estrutura do meio tal qual é percebida por um indivíduo depende de seus desejos, de suas necessidades, de suas expectativas, de suas aspirações, enfim de suas atitudes, enquanto o conteúdo ideativo do ambiente coloca o indivíduo em um determinado estado de espírito. ● A inter-relação entre os fatos e eventos cria um campo dinâmico. Os indivíduos participam de uma série de espaços vitais (família, escola, trabalho, igreja, etc.), que foram construídos sob a influência de inúmeros vetores de força. ● Objetos, pessoas ou situações podem adquirir uma valência (positiva ou negativa) no ambiente psicológico, ocasionando um determinado determinado campo dinâmico de forças psicológicas. Valência positiva: podem ou prometem satisfazer necessidades presentes do indivíduo (atraem); Valência negativa: podem ou prometem ocasionar algum prejuízo (repelem). ● Modelo de comportamento humano: C = f (P.M). O comportamento (C) resulta da função (f) interação entre pessoa (P) e seu meio externo (M). A partir dessa teoria e representação, entende-se que, o indivíduo comporta-se de acordo com suas percepções e não conforme a realidade. O ambiente pode "garantir" a satisfação das necessidades do indivíduo ou a sua frustração, contudo, isso depende de sua perspectiva sobre o que é bom ou ruim. ● A interdependência das partes do espaço vital: O significado de um fato (uma parte) e, portanto, sua influência sobre um comportamento depende, em certa medida, de sua relação com os outros fatos do espaço vital. ● Contemporaneidade: Esse princípio diz que o comportamento em determinado momento somente pode ser influenciado pelos fatos que existem neste momento. Os fatos passados e até futuros, como expectativas, esperanças e aspirações, podem ser incluídos no espaço vital desde que existam para o indivíduo no mesmo momento do comportamento estudado. ● Graus de liberdade se referem a regiões com maior e menor liberdade de ação nos espaços de vida e o que a determina são os diferentes grupos sociais, pois, por exemplo, uma atividade pode não ser totalmente proibida e, apesar disso, a pessoa pode sentir-se limitada e impedida no interior de determinada região. ● Para Lewin, um grupo consiste em uma totalidade dinâmica que não resulta apenas da soma de seus integrantes; e tem propriedades específicas enquanto totalidade, princípio da Escola da Gestalt. ● Cada grupo possui estrutura própria, objetivos e relações com outros grupos. ● O principal objetivo do grupo, para Lewin, é levar as pessoas a novos comportamentos por meio da exposição, discussão e decisão em grupo. Nesse sentido, as tentativas com vistas à realização dos objetivos grupais criam no grupo um processo de interação entre as pessoas, que se influenciam reciprocamente e pode haver a produção de novos significados e metas. ● "Regiões periféricas" e "regiões centrais" das pessoas: são os diferentes graus de intimidade que uma pessoa está disposta a compartilhar com outra. Região central: vida particular; Região periférica: campo de vida aberta, comum, pública. ● A característica essencial de um grupo não é a semelhança entre seus membros, mas a interdependência dinâmica entre eles, isto significa dizer que o grupo é um todo dinâmico e que quaisquer mudanças em uma subparte modifica o estado de todas as outras subpartes. ● De acordo com Lewin, o comportamento de uma pessoa é resultado de suas percepções acerca da realidade, esta que se dá através das vivências e história pessoal da pessoa, logo, é importante compreender o todo que antecede às partes, ou seja, as atitudes, ideias e comportamento do indivíduo. Dessa forma, é importante para a Terapia Ocupacional, compreender o contexto do indivíduo e ter com este um olhar mais amplo, um olhar biopsicossociocultural, para melhor compreendê-lo e atender suas necessidades psicológicas. Além disso, assim, proporcionar novos olhares, percepções para ressignificar determinadas percepções que podem estar contribuindo para um sofrimento psíquico e uma baixa qualidade de vida para o indivíduo.
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