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Monitoria - Parasitologia Básica LEISHMANIOSE VISCERAL Agente etiológico: complexo Leishmania donovani Vetor: Lutzomyia longipalpis Reservatório: cães e raposas Doença crônica, grave, de alta letalidade se não tratada e responsável pela morte de milhares de pessoas Endêmica em muitos países em desenvolvimento Fatores de risco: Desnutrição Uso de drogas imunossupressoras Co-infecção com o HIV Uso de drogas injetáveis: mudança no perfil epidemiológico da doença CARACTERÍSTICAS GERAIS AGENTE ETIOLÓGICO/MORFOLOGIA Leishmania donovani Leishmania infantum Leishmania chagasi: responsável pelas formas clínicas da doença na América Amastigota Paramastigota Promastigota metacíclico CICLO BIOLÓGICO No vetor: Alimentação das fêmeas hematófagas em hospedeiro vertebrado infectado. Ingestão de formas amastigotas juntamente com o sangue. Diferenciação das formas amastigotas em paramastigotas no intestino do vetor. Metaciclogênese: formação de formas promastigotas metacíclicas. 1. 2. 3. 4. CICLO BIOLÓGICO No hospedeiro vertebrado: Inoculação de formas promastigotas metacíclicas durante o repasto sanguíneo do inseto. Fagocitose da forma infectante pelo macrófago. Diferenciação das formas promastigotas em amastigotas no interior do macrófago. Multiplicação das amastigotas Rompimento do macrófago pelo excesso de formas amastigotas 1. 2. 3. 4. 5. IMUNIDADE Saliva contendo uma substância: Anestésica Vasodilatadora Imunossupressora Fagocitose pelo macrófago: Inibição do sistema complemento pela proteína gp63 (C3b e C3bi) Expressão do LPG - impede a ação das enzimas lisossômicas e ativação dos macrófagos Apresentação do antígeno aos linfócitos Diferenciação de linfócitos Th0 em TH1 e Th2: TH1: secreção de citocinas pró- inflamatórias. Controle da infecção TH2: induz a atividade policlonal de células B. Progressão da doença 1. a. b. c. 2. a. b. 3. 4. a. b. PATOGENIA Alterações esplênicas Esplenomegalia é o achado mais importante Podem ser identificadas áreas de infarto Ocorre hiperplasia e hipertrofia das células do SMF, que se encontram densamente parasitadas Alterações pulmonares Pneumonite intersticial Raras formas amastigotas Principal sintoma: tosse seca O paciente pode apresentar broncopneumonia, importante causa de óbito PATOGENIA Alterações hepáticas Hepatomegalia O fígado mantém consistência firme Hiperplasia e hipertrofia das células de Kupffer, densamente parasitadas Alterações nos linfonodos Linfonodos aumentados Depleção de células T Alterações no tecido hematopoético PATOGENIA Alterações cutâneas Os parasitos podem ser encontrados na pele normal Pode ocorrer descamação da pele e queda de cabelo Hiperplasia de medula óssea, densamente parasitada Desregulação da hematopoese com diminuição da produção celular Anemia Leucopenia Plaquetopenia, tendo hemorragias como consequência PATOGENIA Alterações renais Formação de imunocomplexos circulantes Glomerulonefrite proliferativa causada pela deposição de imunocomplexos Raras formas amastigotas Albuminúria Azotemia Hematúria Alterações no TGI Proliferação de células do SMF no jejuno e no íleo Edema e alongamento das vilosidades Febre intermitente Hepatomegalia Esplenomegalia Emagrecimento e enfraquecimento geral do paciente Tosse não produtiva Anemia Leucopenia Trombocitopenia Hipergamaglobulinemia Hipoalbuminemia Entretanto... muitas pessoas contraem a infecção e não desenvolvem a doença, se recuperando espontaneamente QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO Clínico: Baseia-se nos sinais e sintomas associados à história de residência em área endêmica. Laboratorial: Pesquisa do parasito Aspirado de medula Inoculação em animais de labooratório Biópsia: fragmentos dos órgãos para pesquisa do parasito ELISA Intradermorreação de Montenegro: NEGATIVA na doença, mas positiva cerca de seis meses após a cura TRATAMENTO Quimioterapia: tratamento específico Glucantime Pentostam Em casos de recidivas: Anfotericina B Critérios de cura: Curva térmica normal Redução da hepatoesplenomegalia Melhora dos parâmetros hematológicos Negativação do parasitismo Miltefosine 14 PROFILAXIA Tríade (adotada pelo Ministério da saúde): Diagnóstico e tratamento dos doentes Eliminação dos cães como sorologia positiva Combate às formas adultas do inseto vetor Outras medidas: Uso, por cães, de coleiras impregnadas com inseticidas
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