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Maria Rita Duarte Agrellos Neves Saúde da mulher I SEMIOLOGIA GINECOLÓGICA A consulta ginecológica será sempre mais delicada por tratar de assuntos que envolvem a sexualidade e a intimidade das pacientes. Na consulta ginecológica não lidamos necessariamente com doenças. Muitas pacientes procuram atendimento para fazer o exame preventivo, conversar sobre aspectos de intimidade e sexualidade, mas sem patologia nenhuma. ANAMNESE: Deve ser realizada com naturalidade, cordialidade e acolhimento. Nesta consulta a anamnese será dirigida, pois geralmente as pacientes procuram a consulta para conversar/obter atenção, principalmente se estivermos tratando de uma UBS. Identificação: normal, geralmente ela é feita pela secretária. Levar em consideração a idade da paciente para distinguir/guiar situações de tumores malignos e benignos. Observar local onde a paciente mora, que se relacionará às doenças endêmicas. Procurar sempre saber o local de trabalho da paciente, principalmente se estiver gravida ou com a intenção de engravidar. Queixa principal #DISPAREUNIA= dor durante a relação sexual Antecedentes familiares: mias relacionado à presença de câncer de mama na família, buscar sempre saber se foi antes ou pós menopausa. Câncer ginecológico (útero, ovários, trompas) Câncer de mama (perguntar grau de parentesco e idade de aparecimento do câncer nesses famíliares). Outros tipos de câncer o Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, Tromboembolismo, doenças tireoidianas, osteoporose Antecedentes patológicos: buscar sempre saber de cirurgias que a paciente possa ter feito, sejam elas no ovário, nas trompas, região pélvica. #atenção Às pacientes que falarem que já tiveram apendicite, caso o apêndice tenha supurado pode haver comprometimento das trompas isso dificutará a gravidez. Tr o m b o e m b o l i s m o ( r e l a ç ã o c o m u s o d e anticoncepcional e TH), cigarro, diabetes o Alergias medicamentosas. Hábitos de vida: sempre atentar-se aos hábitos que possam ser prejudiciais à gravidez (álcool, drogas, tabaco). Antecedentes ginecológicos: -Menarca: quando ocorre de maneira muito precoce (antes 9 anos) pode ser um indicativo de câncer de mama, visto que esse alimenta-se de estrogênio... -Sexarca: quando muito precoce associasse as patologias do colo de útero, bem como ISTS -Data da última menstruarão: visto que a idade gestacional, é sempre relacionada à ultima menstruarão. -Ciclo menstrual: buscar saber como ´o fluxo(se sempre foi muito ou aumentou a quantidade ultimamente), duração do ciclo, quantos dias a paciente sangra, quantidade de menstruação. Maria Rita Duarte Agrellos Neves #METRORRAGIA: sangramento do útero que ocorre entre as menstruações, anormal, pode ser causado por estrese ou efeito colateral à algumas menstruações. -Sintomas menstruais: DISMENORREIA => cólica menstrual #Primária: (ocorre sem que haja lesões nos órgãos pélvicos. Geralmente, ocorre nos ciclos menstruais normais e logo após as primeiras menstruações na adolescência, podendo cessar ou reduzir significativamente quando a mulher atinge a faixa dos 20 e poucos anos) #Secundária: (relacionada a alterações do sistema reprodutivo) ANTICOCEPÇÃO: Tipos (oral, DIU, laqueadura) Tempo de uso LEMBRANDO QUE ESSAS PERGUNTAS SERÃO FEITAS NA PRIMEIRA CONSULTA, COM O PASSAR DO TEMPO VOCÊ PERGUNTARÁ SE AINDA COTINUA COM TAL MEDICAMENTO. TERAPIA HORMONAL: Comum em mulheres que estão na menopausa. Procurando sempre saber quando ela começou a utilizar, por qual motivo, se sentia alguns sintomas e por isso começou a utilizar. Tipo Tempo de uso. HISTÓRIA OBSTÉTRICA: Gestações Partos (tipo/via)- VALE RESSALTAR QUE A UTILIZAÇÃO DE FORCEPS PODE CAUSA DISTOPIA GENITAL que é o deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal. (cistocele, queda do intestino/reto, retoce, laceração perineal, prolapso uterino) Abortamentos (espontâneos/provocados) Pela história obstétrica você pode deduzir algumas patologias ginecológicas, por exemplo, se os partos foram vaginais, com uso de fórceps e a paciente pode apresentar distopias genitais. HDA: Fluxos/ secreções genitais A paciente refere como “corrimento” vaginal Odor, Cor,Prurido Ex: só pelas características do fluxo já posso fazer alguns diagnósticos. Na paciente que tem uma candidíase vaginal a secreção é branca, com grumos, associado a prurido. ATENÇÃO alguns pacientes poderão queixar-se de estar com um corrimento, ai quando a perguntar quando surgiu e se ela disser que sempre teve isso significará que ela tem um fluxo de secreção vaginal maior. Vida sexual: cuidado é um assunto extremamente delicado para algumas pacientes. Procure saber sobre a presença de dor nas relações, sangramento (sinusorragia). Libido, muitas vzes relacionada à fatores psicológicos ou hormonais (hipoestrogenismo). E o número de parceiros, fielmente relacionado à transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Cuidado com a forma de perguntar. “já teve muitos parceiros ?” Maria Rita Duarte Agrellos Neves Sintomas mamários: •Dor •Nódulos visualizados a palpação, assim srá possível saber se este é móvel ou não. •Descarga mamilar (no exame clínico o médico faz a expressão) Sintomas climatéricos: •fogachos e sudorese fria na parte superior do tórax e cabeça •ganho de peso principalmente na região do abdome, consequentemente tem dificuldade de perde- los •insônia •alterações psico-emocionais AO FINAL DA ANAMNESE SEMPRE DEIXAR ESPAÇO PARA OS MOTIVOS OCULTOS, ou seja, COISAS QUE A PACIENTE POR ALGUM MOTIVO AINDA NÃO TE RELATOU. SENDO ASSIM, PERGUNTE AO FINAL DA ANAMNESE "Tem mais alguma coisa que você acha importante e que eu não perguntei?" EXAME CLÍNICO: É o exame geral, avaliação de mucosa, de mamas, abdome, se a paciente se referir a algum incomodo cardiovascular afira a pressão a ausculte. Fazer sempre com uma pessoa junto EXAME DAS MAMAS: Inspeção estática: Paciente sentada, despida da cintura para cima (o tórax deve estar desnudo), braços pendentes, lateralmente ao tronco. Simetria (99% das mamas são assimétricas, mas as vezes essa assimetria é de tal intensidade que pode ter algum significado clínico, como agenesia da musculatura peitoral) Volume Forma (pendente, hipertrófica) Mamilos (se tem alguma retração, se essa retração foi recente ou não, se na hora que mexe el volta ao normal) ALERTA SE A MULHER FALAR QUE NOS UTIMOS MESES SEU MAMILO ENCONTRA-SE EM RETRAÇÃO ATENTAR-SE POIS PODEMOS ESTAR DIANTE DE UM CANCER DE MAMA. Revestimento cutâneo (edema da pele - peau d’orange ou pele em casca de laranja – no câncer de mama) Inspeção dinâmica: Realizar manobras para a contração da musculatura peitoral, o que permite identificar abaulamentos e retrações. PEDIR A MULHER PARA COLOCAR AS MAÕS NA CINTURA. Palpação da cadeia axilar e fossas supra e infra- claviculares: pesquisar por linfadenopatias (áreas de disseminação linfática do Ca de mama). O Médico vai segurar o braço da paciente para relaxar a musculatura peitoral, pedir para ela deixar o braço bem solto. Ir com a mão no cavo axilar e fazer o movimento correto com a mão. ENCONTRAR UM LINFONODO PALPAVEL NESSA REGIÃO N QUER DIZER CA, SE ESSA MULHER SE DEPILA COM GILETE OU FAZ USO DE DESODORANTE ROLON ISSO PODE SER ENCONTRADO M SIGNIFICAR PATOLOGIA. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Palpação mamária digital: Paciente em decúbito dorsal, com as mãos atrás da cabeça, expondo a totalidade do tecido mamário. A palpação é feita sempre contra o gradil costal. Pode fazer do modo que o examinador quiser desde que examine a mama toda. Algumas pessoas fazem por quadrante, outras fazem no sentido do mamilo para a periferia, outros percorrem a mama de cima para baixo continuando a palpação de baixo para cima, percorrendo a mama toda.O importante é não ficar nenhuma região mamáriasem exame. Deve-se criar uma rotina e fazer sempre do mesmo modo. SE CASO A PACIENTE queixar-se de dor na mama direita, examine primeiro a esquerda e depois faça uma comparação entre elas. Realizar expressão mamária (sempre de maneira leve). Se positivo, observar a característica do líquido, cor, se é unilateral ou bilateral (bilateral fala a favor de um processo fisiológico,) se é uni ou multiductal (quando a secreção sai por vários ductos fala a favor e algum processo não patológico, como por exemplo, a dilatação do ducto pós-amamentação). Sempre colha o líquido e leve para a citologia. APÓS O FINAL DO EXAME DA MAMA CUBRA A PACIENTE. NÃO OLHE NOS OLHOS DELA, ISSO PODE A DEIXAR CONSTRANGIDA. EXAME DO ABDOME: OBSERVAR A PRESENÇA DE Cicatrizes (cicatriz mediana de cesárea pode ter sido uma cesárea de urgência). Sinais de ascite (ex: por carcinomatose peritoneal por Ca de ovário). Sinais de irritação peritoneal (ex: pode ser uma DIP – doença inflamatória pélvica) EXAME PELVICO: Posição ginecológia = litotomia Despida, com avental aberto na frente Corpo deitado com a face voltada para cima, flexão de 90º do quadril, expondo o períneo VULVA E PERÍNEO: Parte externa do aparelho genital feminino, vagina é da vulva até o colo do útero. Distribuição e características dos pêlos (se ginecóide ou androide- comum em pacientes com SOP) Presença/ausência de hímen (para saber como vai-se examinar a paciente: usar ou não o espéculo vaginal? Qual tamanho do espéculo deve ser utilizado?) Tamanho dos pequenos lábios e clitóris, algumas mulheres tem o que se chama de hipertrofia dos pequenos lábios, isso pode ser corrigido através de cirurgia, mas apenas se estiver incomodando a paciente. Secreções exteriorizadas Lacerações perineais Prolapsos (aqui é muito importante a história obstétrica) Condilomas Outras lesões vulvares Alterações anais (hemorróidas, fissuras) Teste de Collins Vulva É feito na presença de lesões vulvares. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Azul de toluidina a 2% . Cora com mais intensidade as áreas com maior replicação celular (é um corante de núcleo). Indica local de biópsia. EXAME ESPECULAR: Existe o espéculo de metal que deve sempre ser esterilizado e o de plástico, descartável que deve ser descartado a cada paciente. Eles possuem numeração P,M e G, o médico analisa e observa qual será o tamanho adequado. A finalidade do espéculo é abrir a cavidade vaginal e expor o colo do útero. Introduzir o espéculo fechado, em sentido longitudinal oblíquo e apoiando na fúrcula vaginal, forçando um pouco a região perineal que é menos sensível que a uretra. Depois de introduzido, você roda o espéculo de forma que uma haste fique na parede vaginal anterior e outra na parede vaginal posterior, expondo o colo do útero. Lubrificante? (depende da conduta do serviço, a maioria dos serviços não se orienta passar quando for colher citologia, para não inviabilizar a coleta) Durante a introdução girar no sentido horizontal ü Avisar sobre o “desconforto” (“vou passar o espéculo, vai incomodar um pouco, mas não vai doer”) ü Abertura gradual do espéculo para individualizar o colo uterino e o tamanho do espéculo vai depender das características da paciente. A presença de lubrificante dificulta a análise da citologia. NÃO USE LUBRIFICANTE, POIS ELE DIFICULTARÁ A ANALISE CITOLÓGICA, DIFICULTA A VISUALIZAÇÃO DAS CELULAS. NÃO ESQUEÇA DE FECHAR ESPÉCULO NA HORA QUE FOR TIRA-LÓ CASO CONTRARIO CAUSARA GRANDE INCOMODO À PACIENTE. Esse exame observa: Pregueamento e trofismo da mucosa vaginal Secreções vaginal Lesões da mucosa Septos o Condilomas Pólipos COLETA DA CITOLOGIA: Espátula de Ayre = análise ectocérvice Extremidade arredondada Coleta de secreção Coloca o raspado na lâmina com SF e leva ao microscópio (exame a fresco). Uso de KOH 10%: A reação química da Gardnerella sp com KOH libera odor amínico (WIFF TEST) Extremidade rabo de peixe Movimento circular 360° uniforme Coleta da zona de transformação Escova endocervical Mais eficiente na coleta endocervical 4 a 5 rotações unidirecionais, suaves Maria Rita Duarte Agrellos Neves Ela é introduzida no orifício externo do colo, no qual são feitas d 4 a 5 rotações unidirecionais suaves para a coleta de células endocervicias. Não é raspar o colo do útero, se não vai sangrar e a patologista não vai conseguir analisar as células. Teste de Schiller (Walter Schiller, 1928) DETECTA LESÕES DE COLO Aplicação de lugol 4% (solução iodada) Cora as células da ectocérvice (escamosas) esse teste se baseia na reação do iodo com o glicogênio, que fica com cor escura. Ele só cora células escamosas! Não cora células glandulares! Coloração transitória (+/- 10 min) Ácido acético 5% è para remoção da solução de Schiller – “descolorir” o colo Caso haja invasão de células endocervicais para fora da ectocervice do orifício externo, não cora=> teste de Schiller POSITIVO PATOLOGIAS BENÍGNAS DO SISTEMA GENITAL FEMININO Infecção Ginecológica; Distúrbio Benigno do Trato Reprodutor Inferior; Sangramento Uterino Anormal; Massa Pélvica; Endometriose; Dor Pélvica; Doença Mamária; INFECÇÃO GINECOLÓGICA: A flora vaginal de uma mulher normal, em idade reprodutiva, assintomática, inclui várias espécies aeróbias ou facultativas, bem como espécies anaeróbias obrigatórias. Essas bactérias mantêm uma relação simbiótica com o hospedeiro e sofrem modificações dependendo do microambiente. O trato reprodutor feminino não é estéril, mas a presença dessas bactérias não indica infecção ativa. TIPOS DE INFECÇÕES GINECOLÓGICAS • Vaginose Bacteriana Maria Rita Duarte Agrellos Neves • Infecções Por Patógenos Causadores De Úlcera Genital • Infecção Pelo Vírus Herpes Simples • Sífilis • Cancro Mole • Granuloma inguinal • Linfogranuloma venéreo • Patógenos Causadores Da Vaginite Infecciosa • Infecção Por Fungo • Tricomoníase • Patógenos Causadores De Cervicite Supurativa • Neisseria Gonorrhoeae • Chlamydia Trachomatis • Patógenos Causadores De Lesões De Massa • Molluscum Contagiosum • Verrugas Genitais Externas - Condiloma • Patógenos Causadores De Prurido • Escabiose • Pediculose • Infecções Do Trato Urinário • Doença Inflamatória Pélvica • Infecção Pós-operatória • Abscesso Vulvar • Abscesso Em Ducto Da Glândula De Bartholin VAGINOSE BACTERIANA: Maria Rita Duarte Agrellos Neves Espécies anaeróbias: Gardnerella vaginalis, Ureaplasma urealyticum, Mobiluncus spp., Mycoplasma hominis e Prevotella spp. Ausência ou redução significativa de espécies normais de Lactobacillus produtores de peróxido de hidrogênio. DEVE SER TRATADA QUANDO O PACIENTE APRSENTAR SNTOMAS DE VAGINOSE. - Também pode ser causada por uma redução dos Lactobacillus produtores de H2O2. - Pode ser tratada com Metronidazol por VO ou intravaginal. INFECÇÕES POR PATÓGENOS CAUSADORES DE ÚLCERA GENITAL Infecção Pelo Vírus Herpes Simples Herpes genital→ doença ulcerosa de maior prevalência. Há doistipos do vírus herpes simples : • HSV-1 : lesões orais. • HSV-2 : lesões genitais. Ambos os tipos possam causar herpes genital. Faixa etária comum: entre 14 e 49 anos. Sintomas: 3 Fases : (1) vesícula com ou sem formação de pústula (7 dias); (2) ulceração; e (3) crosta. Queimação e dor intensas. TRATAMENTO: aciclovir tópico ou oral Maria Rita Duarte Agrellos Neves Sífilis IST - infecção sexualmente transmissível causada pela espiroqueta Treponema pallidum. Sífilis primária: cancro duro. • Úlcera clássica, isolada, firme ao toque, com bordas arredondadas levemente elevadas e base integrada não infectada. • Colo uterino, vagina, vulva, boca, ânus. Sífilis secundária: bacteriemia. • Desenvolve-se em6 semanas a 6 meses após o surgimento do cancro. • Manifestação: • Exantema maculopapular que pode envolver todo o corpo e inclui palmas, plantas e mucosas. Febre e malestar. • Sistemas orgânicos: renal, hepático, osteoarticular e o nervoso central (SNC) (meningite) A bacteremia trata-se de uma infecção sistêmica, ou seja, ela não vai limitar-se apenas ao sistema genital. Sífilis latente: • Sífilis latente secundária: período 1 ano após o surgimento de sífilis secundária sem tratamento, durante o qual podem surgir sinais e sintomas secundários. Entretanto, as lesões associadas a essas manifestações, em geral, não são contagiosas. Maria Rita Duarte Agrellos Neves • Sífilis latente tardia passado um ano desde a infecção inicial. Sífilis terciária: Esta fase da sífilis não tratada pode surgir até 20 anos após a latência • Envolvimento cardiovascular, SNC e musculoesquelético. • Neurossífilis e a sífilis cardiovascular são 50% menos comuns nas mulheres. Antes de tratarmos a Sífilis precisamos saber se ela é uma sífilis recente, tardia ou neurossífilis. . Sífilis recente -> primária, secundária e latente recente. . Sífilis tardia -> latente tardia e sífilis terciária. . Neurossífilis Obs.: como as vezes não sabemos se a Sífilis é recente ou tardia, utiliza-se 3 doses IM de Benzilpenicilina benzatina para todos os pacientes, exceto para gestantes. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Obs.: mas na prova, 1 dose única para sífilis primária e 3 (1x semana) para sífilis tardia. Cancro Mole Cancro mole é uma dasISTs clássicas. Bacilo, gram-negativo, o Haemophilus ducreyi. Sintomas: é uma pápula eritematosa que evolui para pústula que sofre ulceração em 48 horas. Em regra, as lesões são recobertas com material purulento e, quando secundariamente infectadas, exalamodor fétido. Azitromicina, VO dose única. Granuloma inguinal Também é conhecida como DONOVANOSE, e é causada por uma bactéria intracelular gram- negativa, Calymmatobacterium (Klebsiella) granulomatis. Sintomas: úlceras altamente vascularizadas, avermelhadas e carnudas, que sangram com facilidade ao contato. Linfogranuloma venéreo Maria Rita Duarte Agrellos Neves Essa doença genital ulcerativa (IST) é causada pela Chlamydia trachomatis. Sintomas: três fases: (1) vesícula ou pápula pequena; (2) linfadenopatia inguinal ou femoral (bubão); e (3) síndrome anogenitorretal. Primeira opção: Doxiciclina (100mg, VO, 2x/dia por 21 dias) . Segunda opção: Azitromicina (500mg, VO, 1x semana por 21 dias) PATÓGENOS CAUSADORES DA VAGINITE INFECCIOSA Infecção Por Fungo Agente mais comum: Candida albicans. Sintomas: prurido, dor, eritema vulvar e edema com escoriações. O corrimento vaginal semelhante ao queijo cottage. - Pode acometer crianças, adultos e idosos. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Uso local -> Nistatina . VO -> Fluconazol (proibido para gestantes) Tricomoníase: Os Trichomonas vaginalis (IST) são protozoários anaeróbios com flagelo anterior e, portanto,móveis. Sintomas: leucorreia vaginal mal cheirosa, fina e amarela ou verde. Além disso, disúria, dispareunia, prurido vulvar e dor podem ser observados. Às vezes, a sintomatologia e os achados físicos são idênticos àqueles da DIP aguda. Maria Rita Duarte Agrellos Neves PATÓGENOS CAUSADORES DE CERVICITE SUPURATIVA Neisseria Gonorrhoeae Muitas mulheres com Neisseria gonorrhoeae no colo uterino são assintomáticas. Por essa razão, as mulheres em grupo de risco devem ser rastreadas periodicamente. Sintomas: secreção vaginal profusa sem odor, não irritante e de cor branca-amarelada. Podem infectar as glândulas de Bartholin e de Skene e a uretra, e ascender para o endométrio e as tubas uterinas, causando infecção no trato reprodutivo superior. Ceftriaxona (IM) + Azitromicina (dose única) . Doxiciclina (2x dia por 7 dias) Chlamydia Trachomatis É a segunda espécie mais prevalente entre as ISTs, e sua maior prevalência está entre os jovens com menos de ≤ 25 anos de idade. Recomenda-se rastreamento anual nas mulheres sexualmente ativas com idade 25 anos e naquelas consideradas de risco. Sintomas: descarga mucopurulenta ou secreções ectocervicais. Se infectado, o tecido ectocervical costuma se apresentar edemaciado e hiperêmico. A uretrite é outra infecção do trato genital inferior que pode ocorrer com intensa disúria. Azitromicina (dose única) . Doxiciclina (2x dia por 7 dias) PATÓGENOS CAUSADORES DE LESÕES DE MASSA Maria Rita Duarte Agrellos Neves MolluscumContagiosum A resposta do hospedeiro à invasão viral é uma pápula com umbilicação central. Sintomas: Pápula única ou várias e costuma ser observada na vulva, na vagina, nas coxas e/ou nas nádegas. O molusco é contagioso até que aslesões desapareçam. Tratamento: Maioria regride espontaneamente em 2-3 meses. Se a opção for por remoção: crioterapia, coagulação por agulha eletrocirúrgica ou curetagem com agulha de ponta cortante a partir do centro umbilicado da lesão. Aplicação tópica de agentes usados no tratamento das verrugas genitais também é eficaz para tratar o molusco contagioso. Verrugas Genitais Externas – Condiloma Infecção pelo papilomavírushumano (HPV). Sintomas: verrugas genitais de morfologias diferentes, e o aspecto externo varia desde pápulas planas até as clássicas lesões exofíticas verrucosas, denominadas condiloma acuminado. Tratamento: muitas mulheres preferem a remoção, e as lesões podem ser extirpadas com bisturi ou eletrocirurgia, crioterapia ou ablação por laser. Alternativamente, pode-se aplicar agentes tópicos para resolver aslesões por meio de diversos mecanismos. Tratamento: Aplicado pelo paciente -> Imiquimode . Administrado pelo profissional de saúde -> Ácido tricloroacético Maria Rita Duarte Agrellos Neves PATÓGENOS CAUSADORES DE PRURIDO Escabiose- parasaitose causada pela sarna O Sarcoptes scabiei infecta a pele, resultando em erupção com prurido intenso - "sarna". Sintomas: pápulas, vesículas ou nódulos eritematosos além dostúneis concomitantesna pele. Prurido. Áreas mais comuns: mãos, punho, cotovelos, regiões inguinaise tornozelos. Tratamento: creme de lindano a 1% (Kwell). Loção de crotamitona a 10%. Creme de permetrina a 5%. Ivermectina. O uso de anti-histamínico ajuda a reduzir o prurido. Pediculose São ectoparasitas(piolhos). • piolho do corpo (Pediculus humanus) • piolho chato (Phthirus pubis) • piolho da cabeça (Pediculus humanus capitis). Sintomas: prurido. O ato de coçar resulta em eritema e inflamação, o que aumenta o suprimento de sangue na área. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Tratamento: Xampus contendo piretrina e butóxido de piperonil devem permanecer na pele por pelo menos uma hora. Xampu de lindano a 1% apenas para o tratamento do piolho pubiano. INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga, causada principalmente pela E. coli. A pielonefrite é quando a infecção “sobe” e atinge o rim. Maria Rita Duarte Agrellos Neves DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA Trata-se de infecção nos órgãos do trato reprodutivo superior feminino. Embora todos os órgãos estejam envolvidos, os de maior importância, com ou sem formação de abscesso, são as tubas uterinas. A importância clínica do diagnóstico de DIP é revelada por suas sequelas conhecidas, que incluem infertilidade por problemas tubários, gravidez ectópica e dor pélvica crônica. Ceftriaxona (IM dose única) + Doxiciclina (VO, 2x dia, 14 dias) + Metronidazol (2x dia, por 14 dias) Maria Rita Duarte Agrellos Neves INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA Incisão superficial -> pele e tecido subcutâneo. Incisão profunda -> tecidos moles (fáscia e músculos). Incisão de órgão cavitárioMaria Rita Duarte Agrellos Neves Maria Rita Duarte Agrellos Neves ABSCESSO VULVAR ABSCESSO EM DUCTO DA GLÂNDULA DE BARTHOLIN Abscesso vulvar e em ducto da Glândula de Bartholin, surgem de forma similar a de outros abscessos superficiais. Tratamento: antibioticoterapia (bactrin; clavulin), drenagem de abscesso, antiinflamatório e analgésico. DISTÚRBIO BENIGNO DO TRATO REPRODUTOR INFERIOR • Lesões de Vulva; • Septo/trave himenal • Hipertrofia de pequenos lábios • Leucorréias • Condiloma vulvar • HPV • Abscesso das glândulas de Bartholin e Skene • Líquen • Hidradenite Supurativa • Lesões Vaginais • Lesões Cervicais Maria Rita Duarte Agrellos Neves LÍQUEN ESCLEROSO: É uma condição dermatológica progressiva, benigna e crônica, caracterizada por uma inflamação acentuada da vulva, causando um afinamento do epitélio vulvar e alterações dérmicas distintas, como hipocromia e distorções de sua anatomia. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Maria Rita Duarte Agrellos Neves SANGRAMNETO UTERINO ANORMAL: É uma das principais queixas ginecológicas em ambulatórios. Responsável por 2/3 de todas histerectomias. Acomete todas as faixas etárias, sendo de maior prevalência nos extremos de idade. SANGRAMENTO MENSTRUAL NORMAL •ocorre após a queda dos níveis hormonais • estrogênio e progesterona • Vasoconstricção endometrial • Liberação de enzimas e citocinas Maria Rita Duarte Agrellos Neves ENDOMÉTRIO: • CAMADA BASAL serve de reservatório para a regeneração da camada funcional após a menstruação. • CAMADA FUNCIONAL reveste a cavidade uterina, sofre grande alteração durante o ciclo menstrual e, finalmente, desprende-se durante a menstruação. Sangramento Uterino Anormal • Pré-Puberdade Antes da menarca, que em geral, não ocorre antes de 9 anos de idade, qualquer sangramento exige avaliação. VULVARES E EXTERNAS - Vulvite com escoriação –Traumatismo (acidente [lesão à cavaleiro] ou abuso sexual) - Líquem escleroso - Condilomas - Molusco contagioso - Prolapso uretral VAGINAIS - Vaginite - Corpo estranho na vagina - Traumatismo (abuso e penetração) - Tumor vaginal LESÃO ULCERATIVA CONDILOMA CORPO ESTRANHO LEUCORREIA Maria Rita Duarte Agrellos Neves UTERINAS • Puberdade precoce TUMOR OVARIANO - Tumor de células germinativas - Tumor de células granulares ESTROGÊNIOS EXÓGENOS - Tópico / Sistêmico • Pré-Menopausa (Menacme) Eixo hipotálamo-hipófise-ovariano imaturo Alterações hematológicas→ fluxo e duração aumentados Abuso sexual Vulvovaginites Tireoidopatias Complicações gravídicas Hormônios exógenos Descartar a presença de gestação. Endometrite Anticoagulantes Cancer de endométrio Adenomiose Trauma Leiomiomas → 50% das mulheres com mais de 35 anos, porém em sua maioria assintomáticos • Pós-Menopausa As principais causas são: Endometrite/ vaginite atrófica- 30% TRH- 30% Cancer de endométrio- 10% Pólipos- 10% Maria Rita Duarte Agrellos Neves Hiperplasia endometrial- 5 a 10 % Cancer de colo- 10% Terapia de reposição cíclica PALM-COEIN Polipo Tumores benignos de causa desconhecida. Pode ser estimulado pelo uso de terapia estrogênica. Adenomiose Tecido endometrial cresce na parede uterina) • Leiomioma Malignidade e hiperplasia do endométrio Coagulopatia Disfunção Ovulatória Endometrio Maria Rita Duarte Agrellos Neves Iatrogenica Não especificado DIAGNÓSTICO História Clínica (anamnese) Exame clínico (vaginoscopia) Exame de imagem: • ultrassonografia • ressonância nuclear magnética • tomografia computadorizada Alterações medicamentosas -> uso de anticoagulantes e antidepressivos. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Massa Pélvica Maria Rita Duarte Agrellos Neves As massas pélvicas são achados clínicos comuns e podem comprometer órgãos reprodutivos ou estruturas não ginecológicas. Sintomas: Assintomáticas ou sintomáticas. Sintomáticas: dor, sensações de pressão, dismenorreia ou sangramento uterino anormal. Diagnóstico: Anamnese(PACIENTE VAI QUEIXAR-SE DE AUMENTO DO ABDOME, DESCONFORTO DURANTE RELAÇÃO/ DESCONFORTO ABDOMINAL) + exame físico (SENTIDO À PALPAÇÃO) + laboratório + imagem. Laboratório: propedêutica básica; b-hCG; marcadores tumorais (CEA, alfafetoproteína, ca125). =>o beta HCG é pedido pois uma das causas de massa pélvica é a gravidez. Imagem: USG, TC ou RM. Tratamento: de acordo com os sintomas, a idade e os fatores de risco da paciente. Pré-puberal A maioria das massas pélvicas ginecológicas nesse grupo etário compromete o ovário. Os tumores ovarianos malignos em crianças e adolescentes são raros e responsáveis por apenas 0,9% de todas as malignidades nesse grupo etário. Os cistos simples assintomáticos inicialmente podem ser considerados funcionais e mantidos em observação Pré-puberal -> raros, assintomáticos, geralmente achados ao acaso. Adolescentes -> semelhante a pré-puberal. Adolescentes: Semelhante a pré-puberal, no entanto, a partir do início da função reprodutiva, as massas pélvicas nas adolescentes também podem incluir endometriomas, sequela de doença inflamatória pélvica (DIP) e gravidez. Idade Reprodutiva Aumento uterino produzido por gravidez, cistos ovarianos funcionais e leiomiomas são as causas mais comuns. Endometrioma, teratoma cístico maduro, abscessos tubo-ovarianos agudos ou crônicos e gestações ectópicassão outras causas frequentes. Em sua maioria, as massas pélvicas nessa faixa etária são benignas, mas as taxas de tumores malignos caracteristicamente aumentam com a idade =>principais causas nesse período é a gravidez, cistos ovarinos funcionais e leiomiomas =>a medida com que a mulher vai envelhecendo a probabilidade de ser maligno aumenta. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Pós-Menopausa Com o término da ovulação e da função reprodutiva, as causas de massas pélvicas também mudam. Cistos ovarianos simples e leiomiomas ainda são fontes comuns. Embora normalmente a menopausa resulte em atrofia dos leiomiomas, em muitas mulheres persiste o aumento do útero. É importante notar que a malignidade é uma causa mais frequente de massas pélvicas nesse grupo demográfico. Os tumores uterinos, inclusive o adenocarcinoma e o sarcoma, podem causar aumento uterino associado. Além disso, o câncer ovariano é responsável por quase 3% dos novos cânceres entre todas as mulheres. =>atenção, pois nessa época probabilidade de ser maligno é maior =>atenção ao câncer de ovário Maria Rita Duarte Agrellos Neves ENDOMETRIOSE A endometriose é um distúrbio ginecológico benigno comum definido pela presença de glândulas e estroma endometriais fora do sítio normal. Doença hormônio-dependente, por isso encontrada sobretudo nas mulheres em idade reprodutiva. Adenomiose: tecido endometrial localizado dentro do miométrio. Sintomas: assintomáticas, dor pélvica, dismenorreia, dispareumia, disúria, dor defecatória, infertilidade. Maria Rita Duarte Agrellos Neves DOR PÉLVICA• Dor aguda Obs: em caso de aborto clínico combinação metotrexato e misoprostol é segura e eficiente...... Dor crônica Maria Rita Duarte Agrellos Neves Dismenorreia Dor no período menstrual (cólica). Em geral, é acompanhada por dor lombar, náusea e vômitos, cefaleia ou diarreia. Dismenorreia primária: dor menstrual cíclica sem patologia associada identificada. Dismenorreia secundária: em geral relaciona-se com endometriose, leiomiomas, DIP, adenomiose, pólipos endometriais e obstrução do fluxo menstrual. Associada à outras patologias Fisiopatologia: durante a descamação endometrial, as células endometriais liberam prostaglandinas no início da menstruação.As prostaglandinas estimulam as contrações miometriais e desencadeiam isquemia.= dor Dispareunia Maria Rita Duarte Agrellos Neves Queixa ginecológica frequente. A relação sexual dolorosa pode estar associada a distúrbios vulvar, visceral, musculoesquelético,neurogênico ou psicossomático. TIPOS: Introito: dor no início da penetração. • Vulvodínia, vulvite e lubrificação inadequada. Profunda: associada à penetração profunda. • Endometriose, aderências pélvicas e leiomiomas volumosos. Dispareunia primária: problema desde a primeira relação sexual. • Abuso sexual, mutilação genital feminina e anomalias congênitas. Dispareunia secundária: relação sexual dolorosa que se inicia após período de atividade sexualsem dor. Causas são mais variadas. Dispareunia generalizada: ocorre em todos os episódios de relação sexual, ou situacional, associada a parceiros ou posições específicas. Disúria Dor ao urinar. Causas: infecção do trato urinário, cervicites, cistite intersticial, entre outros. Distúrbios funcionais do intestino Etiologias musculoesqueléticas Hérnia de Parede Abdominal Maria Rita Duarte Agrellos Neves Etiologias neurológicas A compressão de nervos pode levar à dor pélvica crônica e pode envolver nervos da parede anterior do abdome ou aqueles no interior da pelve. Exemplos: • Síndrome de compressão nervosa na parede anterior do abdome • Neuralgia do pudendo • Síndrome do piriforme DOENÇA MAMÁRIA São condições muito comuns na prática clínica. Podem ser incluídas todas as alterações histopatológicas encontradas no tecido mamário, excetuando-seo carcinoma mamário. Diagnóstico diferencial com o carcinomamamário. As afecções mais comuns são as alterações funcionais benignas da mama (AFBM) e as neoplasias benignas. Alterações funcionais benignas da mama (AFBM) • Mastalgia cíclica (oscilações hormonais do ciclo menstrual) • Condensações ou espessamento do parênquima mamário • Cistos: Predominantemente após 30 anos. Origem: dilatação de um lóbulo ou ducto terminal, com acúmulo de líquido em seu interior • Descarga papilar sero-esverdeada, multiductal bilateral: Derrame papilar. Eliminação de qualquer secreção proveniente do ducto mamário através da papila. 95% dos casostem causa benigna. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Processos inflamatórios -Mastite • Mastite aguda puerperal • Eczema areolo papilar : pode estar associado à micose. • Abscesso mamário Maria Rita Duarte Agrellos Neves NÓDULOS Lesões delimitadas em três dimensões (largura, comprimento e profundidade) 80% benignos Exame físico das mamas auxilia na verificação/ visualização da presenças de tais alterações mamárias. Maria Rita Duarte Agrellos Neves ANATOMIA FEMININA PELVE ÓRGÃOS EXTERNOS Um erro muito comum é confundir o introito vaginal com a vagina, pois a vagina é um órgão interno. Ressalta-se que o introito vaginal é a abertura da vagina. Glândulas de Bartholin: responsáveis pela lubrificação do introito vaginal. Glândulas de Skene: também responsáveis pela lubrificação, porém nesse momento ela só ocorre após o orgasmo feminino. O clitóris, assim como o pênis possui glande, na foto acima é apena ela que aparece. Maria Rita Duarte Agrellos Neves A imagem representa o Clitóris excitado com os bulbos cavernosos inchados. Por essa razão pode-se dizer que uma mulher pode ter orgasmo vaginal baseando-se na premissa de excitação de clitóris e corpo esponjoso excitados. Por outro lado, a maneira mais fácil de se alcançar o orgasmo feminino é através da glande do clitóris. O orgasmo vaginal vai depender de quão excitado está o clitóris e quanto o corpo cavernoso está inchado. O tamanho do pênis não tem importância durante a estimulação do clitóris, o que importa é a espessura. Média do pênis no Brasil é de 14cm. A média do tamanho do canal vaginal é de 7-9 cm da vagina em repouso Obs.: mas a vagina é puro músculo elástico, ela aumenta o diâmetro na medida do que for preciso. O estímulo sexual é para aumentar o tamanho da vagina e não incomodar a mulher durante o ato sexual. ÓRGÃOS INTERNOS: Maria Rita Duarte Agrellos Neves O útero possui DOIS ORIF´CIOS, um externo que mantem contato vagina com o colo do útero e dois internos, que mantem contato com as tubas uterinas que saem nos ovários e na cavidade abdominal. Obs.: quando o ovócito não cai nas tubas e é fecundado, ele cai na cavidade abdominal, formando assim uma gravidez ectópica. PARTE ÓSSEA: Maria Rita Duarte Agrellos Neves MUSCULATURA FEMININA: Maria Rita Duarte Agrellos Neves INERVAÇÃO: Não tem uma inervação específica para a parte intracavitária. VASCULARIZAÇÃO: Maria Rita Duarte Agrellos Neves As principais artérias que irrigam o útero e a vagina são os ramos artéria ilíaca interna. FISIOPATOLOGIA REPRODUTIVA Esteriodogênese é a formação dos esteroides sexuais e outros. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Todo esteroide começa a partir de uma fração do colesterol. Todo esteroide se transforma em uma fração da progesterona. Além disso, uma mesma enzima é utilizada em partes diferentes desse ciclo. Por conta disso, por essas enzimas serem utilizadas em vários pontos, se eu tenho um problema em um local, pelo uso excessivo ou escasso de uma enzima, isso irá afetar também outros locais. O sulfato de DHEA- é produzido na adrenal, ele é extremamente importante na gravidez, sem a sua produção no feto não há manutenção da gravidez. A via do cortisol, a via dos andrógenos, a via dos estrógenos, dos progestágenos e da aldosterona estão ligadas uma a outra. Sendo assim, se eu tiver uma alteração em qualquer uma dessas vias, eu também posso ter uma alteração na outra. Progestágenos: precursores dos demais esteróides e mantém a secreção do endométrio. Obs.: a gravidez não acontece na luz do útero, mas sim dentro do endométrio, onde o ovulo se implante e se desenvolve. A gravidez não pode acontecer na luz do útero porque ele está em contato com o meio externo. Glicocorticóides: Afetam o metabolismo de proteínas e carboidratos, suprimem resposta imune, inflamação e reações alérgicas. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Mineralocorticóide: regula a reabsorção de sódio, cloreto e bicarbonato nos rins. Andrógenos: Desenvolvimento muscular e desejo sexual. Estrógenos: Caracteres sexuais secundários, fase proliferativa do endométrio. A ESTRONA É TARSNFORMADA EM ESTRADIOL, a partir de uma enzima de aromatização, umas das enzimas mais comuns no corpo todo. Desse modo, se houver alguma alteração desse ciclo por exemplo um aumento de tecido adiposo afetará essa reação, pois a enzima de aromatização transforma Estrona -> Estradiol + Tecido adiposo. Estrona (E1) Precursora do estradiol e estriol Sintetizado pelo tecido adiposo Estradiol (E2) Caracteres secundários Muitos efeitos colaterais e risco de CA Inibe a liberação de FSH Sintetizado pelo corpo lúteo Estriol (E3) Trofia da vagina, cérvix e vulva Sintetizado pela placenta Logo, com o aumento de um dos produtos eu tenho uma diminuição da formação de Estradiol, gerando uma alteração hormonal. GESTAÇÃO – ESTERIODOGÊNESE - Esteroidogênese: Maria Rita Duarte Agrellos Neves . Feto . Placenta . Mãe Principal hormônio produzido na gravidez: S DHEA . Se o feto estiver em sofrimento fetal intenso e ele tiver que poupar o que ele puder para não morrer, ele só vai preservar cérebro, coração e suprarrenais. A suprarrenal, VISTO dele manda Sulfato de DHEA (S-DHEA) para a placenta e a placenta passa para mãe. Desse modo, mantendo a gravidez, sem ele não haverá a troca placentária. Além disso, a progesterona, assim como a Sulfato de DHEA é produzido pelofeto. Desse modo, a mulher continua produzindo todos os hormônios que ela produzia antes, mas esse excesso de hormônios é produzido pelo feto. Obs.: quanto maior o neném, maior a placenta, maior é a quantidade de hormônios produzidos. Por isso, que cada gravidez é diferente. A progesterona é o hormônio liberado durante a TPM, que permanece em níveis elevados durante toda a gravidez, tendo uma queda a cerca de 2 semanas antes do parto. GAMETA FEMNINO: O período fértil é sempre 14 dias antes da mulher ficar menstruada. Obs.: por isso que muitas das vezes o método da tabelinha não funciona, devido a variação do período menstrual de uma mulher para outra. Os oocistos estão parados na meiose 1 dentro do ovário da mulher desde que ela se encontrava na barriga de sua mãe. Com o início do ciclo menstrual o FSH começa a aumentar e para que a mulher libere o óvulo ocorre o aumento de LH. Os cistos são os produtores de hormônios dentro do ovário, mas desses cistos são selecionados apenas um deles para ser o ovócito que será liberado para ser fecundado. Com esse cisto formado, o Maria Rita Duarte Agrellos Neves LH vai ser o responsável pela ruptura da membrana, jogando assim o ovócito nas trompas uterinas. Oocistos é o mesmo que ovócito, mas cada um recebe um nome dependendo da sua fase do ciclo menstrual. Junto ao FSH ocorre também um aumento do estrógeno que é produzido dentro de cada ovócito, pois ele irá transformar o endométrio para poder receber o bebê. Obs.: O ovócito produz estrógeno e progesterona, mas em um primeiro momento o estrógeno. Maria Rita Duarte Agrellos Neves Após o ovócito ser liberado as fimbrias tem a função de pegá-los. Quando as fimbrias não conseguem captar o óvulo, ele cai na cavidade abdominal e quando fecundado forma uma gravidez ectópica, visto que elas não cobrem os ovários em 360°. O uso de anticoncepcional pode levar ao mau funcionamento das fimbrias, visto que em sua composição há a admiração de estrógeno e progesterona, esse que mantém o estrógeno em níveis aceitáveis e aumenta a espessura do muco cervical. Vale ressaltar que devido ao tempo que o ovócito sobrevive (2 dias) e que o espermatozoide sobrevive (7 dias), passa a ser muito difícil a utilização do método de tabelinha. FECUNDAÇÃO: a partir da relação sexual, o homem deposita o sêmen e forma um leito na vagina da mulher. Independentemente de onde o esperma foi ejaculado isso não vai facilitar as chances de uma fecundação, visto que o tamanho do pênis não importa para que ela aconteça Maria Rita Duarte Agrellos Neves Os espermatozóides atravessam o muco uterino (mais fluído no período da ovulação) Encontro com o oócito no último terço da trompa. Células foliculares secretam uma substância que atraem os espermatozóides. Os espermatozóides atingem a zona pelúcida e se ligam aos seu receptores. Exocitose da zona pelúcida e penetração do espermatozóide na membrana do oócito. Fusão das membranas dos dois gametas. Alteração da zona pelúcida para impedir outros espermatozóides de entrarem. O DNA mitocondrial é todo materno, pois o paterno não é utilizado na fecundação. Maria Rita Duarte Agrellos Neves EMBRIOLOGIA: Como essas células possuem um alto potencial de replicação elas necessitam de energia e nutrientes para o seu desenvolvimento. A parte com mais células do blastocisto é a que vai entrar em contato com o endométrio, onde vai formar o sinciciotrofoblasto, que tem a função de entrar no endométrio e estabelecer o blastocisto. O desenvolvimento do feto ocorrerá no endométrio e não na luz do útero. Essas células em multiplicação vão começar a formar os hormônios da gravidez, inclusive o HCG.
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