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SEMIOLOGIA GINECOLÓGICA- PATOLOGIAS BENÍGNAS DO SIS. GENITAL FEMININO- ANATOMIA FEMININA- REPRODUÇÃO

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Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
Saúde da mulher I 
SEMIOLOGIA GINECOLÓGICA 
 A consulta ginecológica será sempre mais delicada por tratar de assuntos que envolvem a 
sexualidade e a intimidade das pacientes. 
 Na consulta ginecológica não lidamos necessariamente com doenças. Muitas pacientes 
procuram atendimento para fazer o exame preventivo, conversar sobre aspectos de 
intimidade e sexualidade, mas sem patologia nenhuma. 
ANAMNESE: 
Deve ser realizada com naturalidade, cordialidade e acolhimento. Nesta consulta a anamnese será 
dirigida, pois geralmente as pacientes procuram a consulta para conversar/obter atenção, 
principalmente se estivermos tratando de uma UBS. 
 Identificação: normal, geralmente ela é feita pela secretária. Levar em consideração 
a idade da paciente para distinguir/guiar situações de tumores malignos e 
benignos. Observar local onde a paciente mora, que se relacionará às doenças 
endêmicas. Procurar sempre saber o local de trabalho da paciente, principalmente 
se estiver gravida ou com a intenção de engravidar. 
 Queixa principal 
#DISPAREUNIA= dor durante a relação sexual 
 Antecedentes familiares: mias relacionado à presença de câncer de mama na 
família, buscar sempre saber se foi antes ou pós menopausa. Câncer ginecológico 
(útero, ovários, trompas) Câncer de mama (perguntar grau de parentesco e idade de 
aparecimento do câncer nesses famíliares). Outros tipos de câncer o Diabetes Mellitus, 
Hipertensão Arterial Sistêmica, Tromboembolismo, doenças tireoidianas, osteoporose 
 Antecedentes patológicos: buscar sempre saber de cirurgias que a paciente possa 
ter feito, sejam elas no ovário, nas trompas, região pélvica. 
#atenção Às pacientes que falarem que já tiveram apendicite, caso o apêndice tenha 
supurado pode haver comprometimento das trompas isso dificutará a gravidez. 
Tr o m b o e m b o l i s m o ( r e l a ç ã o c o m u s o d e anticoncepcional e TH), cigarro, diabetes 
o Alergias medicamentosas. 
 Hábitos de vida: sempre atentar-se aos hábitos que possam ser prejudiciais à 
gravidez (álcool, drogas, tabaco). 
 Antecedentes ginecológicos: 
-Menarca: quando ocorre de maneira muito precoce (antes 9 anos) pode ser um indicativo 
de câncer de mama, visto que esse alimenta-se de estrogênio... 
-Sexarca: quando muito precoce associasse as patologias do colo de útero, bem como ISTS 
-Data da última menstruarão: visto que a idade gestacional, é sempre relacionada à ultima 
menstruarão. 
-Ciclo menstrual: buscar saber como ´o fluxo(se sempre foi muito ou aumentou a 
quantidade ultimamente), duração do ciclo, quantos dias a paciente sangra, quantidade 
de menstruação. 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
#METRORRAGIA: sangramento do útero que ocorre entre as menstruações, anormal, pode 
ser causado por estrese ou efeito colateral à algumas menstruações. 
-Sintomas menstruais: DISMENORREIA => cólica menstrual 
#Primária: (ocorre sem que haja lesões nos órgãos pélvicos. Geralmente, ocorre nos ciclos 
menstruais normais e logo após as primeiras menstruações na adolescência, podendo cessar ou 
reduzir significativamente quando a mulher atinge a faixa dos 20 e poucos anos) 
#Secundária: (relacionada a alterações do sistema reprodutivo) 
ANTICOCEPÇÃO: 
 Tipos (oral, DIU, laqueadura) 
 Tempo de uso 
LEMBRANDO QUE ESSAS PERGUNTAS SERÃO FEITAS NA PRIMEIRA CONSULTA, COM O 
PASSAR DO TEMPO VOCÊ PERGUNTARÁ SE AINDA COTINUA COM TAL MEDICAMENTO. 
TERAPIA HORMONAL: 
Comum em mulheres que estão na menopausa. Procurando sempre saber quando ela 
começou a utilizar, por qual motivo, se sentia alguns sintomas e por isso começou a 
utilizar. 
 Tipo 
 Tempo de uso. 
HISTÓRIA OBSTÉTRICA: 
 Gestações 
 Partos (tipo/via)- VALE RESSALTAR QUE A UTILIZAÇÃO DE FORCEPS PODE CAUSA 
DISTOPIA GENITAL que é o deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal. 
(cistocele, queda do intestino/reto, retoce, laceração perineal, prolapso uterino) 
 Abortamentos (espontâneos/provocados) 
 Pela história obstétrica você pode deduzir algumas patologias ginecológicas, por exemplo, 
se os partos foram vaginais, com uso de fórceps e a paciente pode apresentar distopias 
genitais. 
HDA: 
 Fluxos/ secreções genitais 
A paciente refere como “corrimento” vaginal 
Odor, Cor,Prurido Ex: só pelas características do fluxo já posso fazer alguns diagnósticos. Na 
paciente que tem uma candidíase vaginal a secreção é branca, com grumos, associado a prurido. 
ATENÇÃO alguns pacientes poderão queixar-se de estar com um corrimento, ai quando a 
perguntar quando surgiu e se ela disser que sempre teve isso significará que ela tem um fluxo de 
secreção vaginal maior. 
 Vida sexual: cuidado é um assunto extremamente delicado para algumas pacientes. 
Procure saber sobre a presença de dor nas relações, sangramento (sinusorragia). Libido, 
muitas vzes relacionada à fatores psicológicos ou hormonais (hipoestrogenismo). E o 
número de parceiros, fielmente relacionado à transmissão de doenças sexualmente 
transmissíveis. Cuidado com a forma de perguntar. “já teve muitos parceiros ?” 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 Sintomas mamários: •Dor •Nódulos visualizados a palpação, assim srá possível saber se 
este é móvel ou não. •Descarga mamilar (no exame clínico o médico faz a expressão) 
 Sintomas climatéricos: •fogachos e sudorese fria na parte superior do tórax e cabeça •ganho 
de peso principalmente na região do abdome, consequentemente tem dificuldade de perde-
los •insônia •alterações psico-emocionais 
AO FINAL DA ANAMNESE SEMPRE DEIXAR ESPAÇO PARA OS MOTIVOS OCULTOS, ou 
seja, COISAS QUE A PACIENTE POR ALGUM MOTIVO AINDA NÃO TE RELATOU. SENDO 
ASSIM, PERGUNTE AO FINAL DA ANAMNESE "Tem mais alguma coisa que você acha 
importante e que eu não perguntei?" 
EXAME CLÍNICO: 
É o exame geral, avaliação de mucosa, de mamas, abdome, se a paciente se referir a algum 
incomodo cardiovascular afira a pressão a ausculte. 
Fazer sempre com uma pessoa junto 
EXAME DAS MAMAS: 
 Inspeção estática: Paciente sentada, despida da cintura para cima (o tórax deve estar 
desnudo), braços pendentes, lateralmente ao tronco. 
 Simetria (99% das mamas são assimétricas, mas as vezes essa assimetria é de tal 
intensidade que pode ter algum significado clínico, como agenesia da musculatura peitoral) 
 Volume 
 Forma (pendente, hipertrófica) 
 Mamilos (se tem alguma retração, se essa retração foi recente ou não, se na hora que mexe 
el volta ao normal) ALERTA SE A MULHER FALAR QUE NOS UTIMOS MESES SEU MAMILO 
ENCONTRA-SE EM RETRAÇÃO ATENTAR-SE POIS PODEMOS ESTAR DIANTE DE UM 
CANCER DE MAMA. 
 Revestimento cutâneo (edema da pele - peau d’orange ou pele em casca de laranja – no 
câncer de mama) 
 Inspeção dinâmica: Realizar manobras para a contração da musculatura peitoral, o que 
permite identificar abaulamentos e retrações. PEDIR A MULHER PARA COLOCAR AS MAÕS 
NA CINTURA. 
 Palpação da cadeia axilar e fossas supra e infra-
claviculares: pesquisar por linfadenopatias (áreas de 
disseminação linfática do Ca de mama). O Médico vai segurar o 
braço da paciente para relaxar a musculatura peitoral, pedir para 
ela deixar o braço bem solto. Ir com a mão no cavo axilar e fazer 
o movimento correto com a mão. 
ENCONTRAR UM LINFONODO PALPAVEL NESSA REGIÃO 
N QUER DIZER CA, SE ESSA MULHER SE DEPILA COM 
GILETE OU FAZ USO DE DESODORANTE ROLON ISSO 
PODE SER ENCONTRADO M SIGNIFICAR PATOLOGIA. 
 
 
 
 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 Palpação mamária digital: Paciente em decúbito dorsal, com as mãos atrás da cabeça, 
expondo a totalidade do tecido mamário. A palpação é feita sempre contra o gradil costal. 
Pode fazer do modo que o examinador quiser desde que examine a mama toda. Algumas pessoas 
fazem por quadrante, outras fazem no sentido do mamilo para a periferia, outros percorrem a 
mama de cima para baixo continuando a palpação de baixo para cima, percorrendo a mama toda.O 
importante é não ficar nenhuma região mamáriasem exame. Deve-se criar uma rotina e fazer 
sempre do mesmo modo. 
SE CASO A PACIENTE queixar-se de dor na mama direita, examine primeiro a esquerda e depois 
faça uma comparação entre elas. 
 Realizar expressão mamária (sempre de maneira leve). Se positivo, observar a característica 
do líquido, cor, se é unilateral ou bilateral (bilateral fala a favor de um processo fisiológico,) 
se é uni ou multiductal (quando a secreção sai por vários ductos fala a favor e algum 
processo não patológico, como por exemplo, a dilatação do ducto pós-amamentação). 
Sempre colha o líquido e leve para a citologia. 
APÓS O FINAL DO EXAME DA MAMA CUBRA A PACIENTE. 
NÃO OLHE NOS OLHOS DELA, ISSO PODE A DEIXAR CONSTRANGIDA. 
EXAME DO ABDOME: 
OBSERVAR A PRESENÇA DE Cicatrizes (cicatriz mediana de cesárea pode ter sido uma cesárea 
de urgência). 
Sinais de ascite (ex: por carcinomatose peritoneal por Ca de ovário). 
Sinais de irritação peritoneal (ex: pode ser uma DIP – doença inflamatória pélvica) 
EXAME PELVICO: 
Posição ginecológia = litotomia 
 Despida, com avental aberto na frente 
 Corpo deitado com a face voltada para cima, flexão de 90º do quadril, expondo o períneo 
 VULVA E PERÍNEO: Parte externa do aparelho genital feminino, vagina é da vulva 
até o colo do útero. 
 Distribuição e características dos pêlos (se ginecóide ou androide- comum em pacientes 
com SOP) 
 Presença/ausência de hímen (para saber como vai-se examinar a paciente: usar ou não o 
espéculo vaginal? Qual tamanho do espéculo deve ser utilizado?) 
 Tamanho dos pequenos lábios e clitóris, algumas mulheres tem o que se chama de 
hipertrofia dos pequenos lábios, isso pode ser corrigido através de cirurgia, mas apenas se 
estiver incomodando a paciente. 
 Secreções exteriorizadas 
 Lacerações perineais 
 Prolapsos (aqui é muito importante a história obstétrica) 
 Condilomas 
 Outras lesões vulvares 
 Alterações anais (hemorróidas, fissuras) 
Teste de Collins Vulva 
É feito na presença de lesões vulvares. 
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Azul de toluidina a 2% . Cora com mais intensidade as áreas com maior replicação celular (é um 
corante de núcleo). Indica local de biópsia. 
 EXAME ESPECULAR: 
Existe o espéculo de metal que deve sempre ser esterilizado e o de plástico, descartável 
que deve ser descartado a cada paciente. Eles possuem numeração P,M e G, o médico 
analisa e observa qual será o tamanho adequado. 
A finalidade do espéculo é abrir a cavidade vaginal e expor o colo do útero. Introduzir o espéculo 
fechado, em sentido longitudinal oblíquo e apoiando na fúrcula vaginal, forçando um pouco a 
região perineal que é menos sensível que a uretra. Depois de introduzido, você roda o espéculo de 
forma que uma haste fique na parede vaginal anterior e outra na parede vaginal posterior, expondo 
o colo do útero. 
Lubrificante? (depende da conduta do serviço, a maioria dos serviços não se orienta passar quando 
for colher citologia, para não inviabilizar a coleta) Durante a introdução girar no sentido horizontal 
ü Avisar sobre o “desconforto” (“vou passar o espéculo, vai incomodar um pouco, mas não vai 
doer”) ü Abertura gradual do espéculo para individualizar o colo uterino e o tamanho do espéculo 
vai depender das características da paciente. A presença de lubrificante dificulta a análise da 
citologia. 
NÃO USE LUBRIFICANTE, POIS ELE DIFICULTARÁ A ANALISE CITOLÓGICA, DIFICULTA A 
VISUALIZAÇÃO DAS CELULAS. 
NÃO ESQUEÇA DE FECHAR ESPÉCULO NA HORA QUE FOR TIRA-LÓ CASO CONTRARIO 
CAUSARA GRANDE INCOMODO À PACIENTE. 
Esse exame observa: 
 Pregueamento e trofismo da mucosa vaginal 
 Secreções vaginal 
 Lesões da mucosa 
 Septos o Condilomas 
 Pólipos 
 COLETA DA CITOLOGIA: 
Espátula de Ayre = análise ectocérvice 
 Extremidade arredondada 
Coleta de secreção 
Coloca o raspado na lâmina com SF e leva ao microscópio (exame a fresco). 
Uso de KOH 10%: A reação química da Gardnerella sp com KOH libera odor amínico (WIFF TEST) 
 Extremidade rabo de peixe 
Movimento circular 360° uniforme 
Coleta da zona de transformação 
Escova endocervical 
 Mais eficiente na coleta endocervical 
 4 a 5 rotações unidirecionais, suaves 
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Ela é introduzida no orifício externo do colo, no qual são feitas d 4 a 5 rotações unidirecionais 
suaves para a coleta de células endocervicias. Não é raspar o colo do útero, se não vai sangrar e a 
patologista não vai conseguir analisar as células. 
Teste de Schiller (Walter Schiller, 1928) DETECTA LESÕES DE COLO 
 Aplicação de lugol 4% (solução iodada) 
 Cora as células da ectocérvice (escamosas) esse teste se baseia na reação do iodo com o glicogênio, 
que fica com cor escura. Ele só cora células escamosas! Não cora células glandulares! 
 Coloração transitória (+/- 10 min) 
 Ácido acético 5% è para remoção da solução de Schiller – “descolorir” o colo 
Caso haja invasão de células endocervicais para fora da ectocervice do orifício externo, não cora=> 
teste de Schiller POSITIVO 
 
PATOLOGIAS BENÍGNAS DO SISTEMA 
GENITAL FEMININO 
 Infecção Ginecológica; 
 Distúrbio Benigno do Trato Reprodutor Inferior; 
 Sangramento Uterino Anormal; 
 Massa Pélvica; 
 Endometriose; 
 Dor Pélvica; 
 Doença Mamária; 
INFECÇÃO GINECOLÓGICA: 
 A flora vaginal de uma mulher normal, em idade reprodutiva, assintomática, inclui várias espécies 
aeróbias ou facultativas, bem como espécies anaeróbias obrigatórias. Essas bactérias mantêm 
uma relação simbiótica com o hospedeiro e sofrem modificações dependendo do microambiente. 
O trato reprodutor feminino não é estéril, mas a presença dessas bactérias não indica infecção 
ativa. 
 TIPOS DE INFECÇÕES GINECOLÓGICAS 
• Vaginose Bacteriana 
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 • Infecções Por Patógenos Causadores De Úlcera Genital 
• Infecção Pelo Vírus Herpes Simples 
• Sífilis 
• Cancro Mole 
• Granuloma inguinal 
• Linfogranuloma venéreo 
• Patógenos Causadores Da Vaginite Infecciosa 
• Infecção Por Fungo 
• Tricomoníase 
• Patógenos Causadores De Cervicite Supurativa 
• Neisseria Gonorrhoeae 
• Chlamydia Trachomatis 
• Patógenos Causadores De Lesões De Massa 
 • Molluscum Contagiosum 
• Verrugas Genitais Externas - Condiloma 
• Patógenos Causadores De Prurido 
• Escabiose 
• Pediculose 
 • Infecções Do Trato Urinário 
• Doença Inflamatória Pélvica 
• Infecção Pós-operatória 
• Abscesso Vulvar 
• Abscesso Em Ducto Da Glândula De Bartholin 
VAGINOSE BACTERIANA: 
 
 
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Espécies anaeróbias: Gardnerella vaginalis, Ureaplasma urealyticum, Mobiluncus spp., 
Mycoplasma hominis e Prevotella spp. 
Ausência ou redução significativa de espécies normais de Lactobacillus produtores de peróxido de 
hidrogênio. 
DEVE SER TRATADA QUANDO O PACIENTE APRSENTAR SNTOMAS DE VAGINOSE. 
- Também pode ser causada por uma redução dos Lactobacillus produtores de H2O2. 
- Pode ser tratada com Metronidazol por VO ou intravaginal. 
 
 
INFECÇÕES POR PATÓGENOS CAUSADORES DE ÚLCERA GENITAL 
 Infecção Pelo Vírus Herpes Simples 
Herpes genital→ doença ulcerosa de maior prevalência. 
Há doistipos do vírus herpes simples : 
• HSV-1 : lesões orais. 
 • HSV-2 : lesões genitais. 
Ambos os tipos possam causar herpes genital. Faixa etária comum: entre 14 e 49 anos. Sintomas: 
3 Fases : (1) vesícula com ou sem formação de pústula (7 dias); (2) ulceração; e (3) crosta. 
Queimação e dor intensas. 
 
 TRATAMENTO: aciclovir tópico ou oral 
 
 
 
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 Sífilis 
IST - infecção sexualmente transmissível causada pela 
espiroqueta Treponema pallidum. 
Sífilis primária: cancro duro. 
• Úlcera clássica, isolada, firme ao toque, com bordas 
arredondadas levemente elevadas e base integrada não 
infectada. 
• Colo uterino, vagina, vulva, boca, ânus. 
Sífilis secundária: bacteriemia. 
• Desenvolve-se em6 semanas a 6 meses após o 
surgimento do cancro. 
 • Manifestação: • Exantema maculopapular que pode 
envolver todo o corpo e inclui palmas, plantas e 
mucosas. Febre e malestar. 
 • Sistemas orgânicos: renal, hepático, osteoarticular e 
o nervoso central (SNC) (meningite) 
A bacteremia trata-se de uma infecção sistêmica, ou 
seja, ela não vai limitar-se apenas ao sistema genital. 
Sífilis latente: 
 • Sífilis latente secundária: período 1 ano após o surgimento de sífilis secundária sem tratamento, 
durante o qual podem surgir sinais e sintomas secundários. Entretanto, as lesões associadas a 
essas manifestações, em geral, não são contagiosas. 
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• Sífilis latente tardia passado um ano desde a infecção inicial. Sífilis terciária: Esta fase da sífilis 
não tratada pode surgir até 20 anos após a latência 
 • Envolvimento cardiovascular, SNC e musculoesquelético. 
• Neurossífilis e a sífilis cardiovascular são 50% menos comuns nas mulheres. 
 
Antes de tratarmos a Sífilis precisamos saber se ela é uma sífilis recente, tardia ou 
neurossífilis. 
. Sífilis recente -> primária, secundária e latente recente. 
. Sífilis tardia -> latente tardia e sífilis terciária. 
. Neurossífilis 
Obs.: como as vezes não sabemos se a Sífilis é recente ou tardia, utiliza-se 3 doses IM de 
Benzilpenicilina benzatina para todos os pacientes, exceto para gestantes. 
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Obs.: mas na prova, 1 dose única para sífilis primária e 3 (1x semana) para sífilis tardia. 
 Cancro Mole 
Cancro mole é uma dasISTs clássicas. Bacilo, gram-negativo, o 
Haemophilus ducreyi. Sintomas: é uma pápula eritematosa que 
evolui para pústula que sofre ulceração em 48 horas. Em regra, as 
lesões são recobertas com material purulento e, quando 
secundariamente infectadas, exalamodor fétido. 
 
Azitromicina, VO dose única. 
 
 Granuloma inguinal 
Também é conhecida como DONOVANOSE, e é causada por uma bactéria intracelular gram-
negativa, Calymmatobacterium (Klebsiella) granulomatis. Sintomas: úlceras altamente 
vascularizadas, avermelhadas e carnudas, que sangram com facilidade ao contato. 
 
 
 Linfogranuloma venéreo 
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Essa doença genital ulcerativa (IST) é causada pela Chlamydia 
trachomatis. Sintomas: três fases: (1) vesícula ou pápula pequena; 
(2) linfadenopatia inguinal ou femoral (bubão); e (3) síndrome 
anogenitorretal. 
 
 
Primeira opção: Doxiciclina (100mg, VO, 2x/dia por 21 dias) 
. Segunda opção: Azitromicina (500mg, VO, 1x semana por 21 dias) 
PATÓGENOS CAUSADORES DA VAGINITE INFECCIOSA 
 Infecção Por Fungo 
Agente mais comum: Candida albicans. Sintomas: prurido, dor, eritema vulvar e edema com 
escoriações. 
 O corrimento vaginal semelhante ao queijo cottage. 
 
- Pode acometer crianças, adultos e idosos. 
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Uso local -> Nistatina 
. VO -> Fluconazol (proibido para gestantes) 
 Tricomoníase: Os Trichomonas vaginalis (IST) são protozoários anaeróbios com flagelo 
anterior e, portanto,móveis. Sintomas: leucorreia vaginal mal cheirosa, fina e amarela ou verde. 
Além disso, disúria, dispareunia, prurido vulvar e dor podem ser observados. Às vezes, a 
sintomatologia e os achados físicos são idênticos àqueles da DIP aguda. 
 
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PATÓGENOS CAUSADORES DE CERVICITE SUPURATIVA 
 Neisseria Gonorrhoeae 
Muitas mulheres com Neisseria gonorrhoeae no colo uterino são assintomáticas. Por essa razão, 
as mulheres em grupo de risco devem ser rastreadas periodicamente. 
Sintomas: secreção vaginal profusa sem odor, não irritante e de cor branca-amarelada. Podem 
infectar as glândulas de Bartholin e de Skene e a uretra, e ascender para o endométrio e as tubas 
uterinas, causando infecção no trato reprodutivo superior. 
 
Ceftriaxona (IM) + Azitromicina (dose única) 
. Doxiciclina (2x dia por 7 dias) 
 
 Chlamydia Trachomatis 
É a segunda espécie mais prevalente entre as ISTs, e sua 
maior prevalência está entre os jovens com menos de ≤ 25 
anos de idade. Recomenda-se rastreamento anual nas 
mulheres sexualmente ativas com idade 25 anos e 
naquelas consideradas de risco. 
Sintomas: descarga mucopurulenta ou secreções 
ectocervicais. 
 Se infectado, o tecido ectocervical costuma se apresentar 
edemaciado e hiperêmico. 
A uretrite é outra infecção do trato genital inferior que pode ocorrer com intensa disúria. 
 
Azitromicina (dose única) 
. Doxiciclina (2x dia por 7 dias) 
PATÓGENOS CAUSADORES DE LESÕES DE MASSA 
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 MolluscumContagiosum 
A resposta do hospedeiro à invasão viral é uma pápula com 
umbilicação central. 
Sintomas: Pápula única ou várias e costuma ser observada na vulva, 
na vagina, nas coxas e/ou nas nádegas. 
 O molusco é contagioso até que aslesões desapareçam. 
 Tratamento: Maioria regride espontaneamente em 2-3 meses. Se a 
opção for por remoção: crioterapia, coagulação por agulha 
eletrocirúrgica ou curetagem com agulha de ponta cortante a partir 
do centro umbilicado da lesão. Aplicação tópica de agentes usados no 
tratamento das verrugas genitais também é eficaz para tratar o 
molusco contagioso. 
 
 
 Verrugas Genitais Externas – Condiloma 
Infecção pelo papilomavírushumano (HPV). 
Sintomas: verrugas genitais de morfologias diferentes, e o aspecto 
externo varia desde pápulas planas até as clássicas lesões 
exofíticas verrucosas, denominadas condiloma acuminado. 
Tratamento: muitas mulheres preferem a remoção, e as lesões 
podem ser extirpadas com bisturi ou eletrocirurgia, crioterapia 
ou ablação por laser. Alternativamente, pode-se aplicar agentes 
tópicos para resolver aslesões por meio de diversos mecanismos. 
 
Tratamento: 
Aplicado pelo paciente -> Imiquimode 
. Administrado pelo profissional de saúde -> Ácido tricloroacético 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
PATÓGENOS CAUSADORES DE PRURIDO 
 Escabiose- parasaitose causada pela sarna 
O Sarcoptes scabiei infecta a pele, resultando em erupção 
com prurido intenso - "sarna". 
Sintomas: pápulas, vesículas ou nódulos eritematosos além 
dostúneis concomitantesna pele. Prurido. Áreas mais 
comuns: mãos, punho, cotovelos, regiões inguinaise 
tornozelos. 
 Tratamento: creme de lindano a 1% (Kwell). Loção de 
crotamitona a 10%. Creme de permetrina a 5%. 
Ivermectina. O uso de anti-histamínico ajuda a reduzir o prurido. 
 
 Pediculose 
São ectoparasitas(piolhos). 
• piolho do corpo (Pediculus humanus) 
• piolho chato (Phthirus pubis) 
 • piolho da cabeça (Pediculus humanus capitis). 
Sintomas: prurido. 
O ato de coçar resulta em eritema e inflamação, o 
que aumenta o suprimento de sangue na área. 
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Tratamento: Xampus contendo piretrina e butóxido de piperonil devem permanecer na pele por 
pelo menos uma hora. Xampu de lindano a 1% apenas para o tratamento do piolho pubiano. 
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO 
 
Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga, causada principalmente pela E. coli. 
 
A pielonefrite é quando a infecção “sobe” e atinge o rim. 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
Trata-se de infecção nos órgãos do trato 
reprodutivo superior feminino. Embora 
todos os órgãos estejam envolvidos, os 
de maior importância, com ou sem 
formação de abscesso, são as tubas 
uterinas. A importância clínica do 
diagnóstico de DIP é revelada por suas 
sequelas conhecidas, que incluem 
infertilidade por problemas tubários, 
gravidez ectópica e dor pélvica crônica. 
 
 
Ceftriaxona (IM dose única) + Doxiciclina (VO, 2x dia, 14 dias) + Metronidazol (2x dia, por 14 dias) 
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INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA 
 Incisão superficial -> pele e tecido subcutâneo. 
 Incisão profunda -> tecidos moles (fáscia e músculos). 
 Incisão de órgão cavitárioMaria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
 
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ABSCESSO VULVAR ABSCESSO EM DUCTO DA GLÂNDULA DE 
BARTHOLIN 
Abscesso vulvar e em ducto da Glândula de Bartholin, surgem de forma similar a de outros 
abscessos superficiais. 
Tratamento: antibioticoterapia (bactrin; clavulin), drenagem de abscesso, antiinflamatório 
e analgésico. 
 
DISTÚRBIO BENIGNO DO TRATO REPRODUTOR INFERIOR 
• Lesões de Vulva; 
 • Septo/trave himenal 
• Hipertrofia de pequenos lábios 
• Leucorréias 
 • Condiloma vulvar 
• HPV 
• Abscesso das glândulas de Bartholin e Skene 
• Líquen 
• Hidradenite Supurativa 
• Lesões Vaginais 
 • Lesões Cervicais 
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LÍQUEN ESCLEROSO: É uma condição dermatológica progressiva, benigna e crônica, 
caracterizada por uma inflamação acentuada da vulva, causando um afinamento do 
epitélio vulvar e alterações dérmicas distintas, como hipocromia e distorções de sua 
anatomia. 
 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
 
 
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SANGRAMNETO UTERINO ANORMAL: 
É uma das principais queixas ginecológicas em ambulatórios. 
Responsável por 2/3 de todas histerectomias. 
Acomete todas as faixas etárias, sendo de maior prevalência nos extremos de idade. 
 SANGRAMENTO MENSTRUAL NORMAL 
 •ocorre após a queda dos níveis hormonais 
 • estrogênio e progesterona 
• Vasoconstricção endometrial 
• Liberação de enzimas e citocinas 
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ENDOMÉTRIO: 
• CAMADA BASAL serve de reservatório para a regeneração da camada funcional após a 
menstruação. 
• CAMADA FUNCIONAL reveste a cavidade uterina, sofre grande alteração durante o ciclo 
menstrual e, finalmente, desprende-se durante a menstruação. 
 
 Sangramento Uterino Anormal 
• Pré-Puberdade 
Antes da menarca, que em geral, não ocorre antes de 9 anos de idade, qualquer sangramento exige 
avaliação. 
VULVARES E EXTERNAS 
- Vulvite com escoriação 
–Traumatismo (acidente [lesão à 
cavaleiro] ou abuso sexual) 
- Líquem escleroso 
- Condilomas 
- Molusco contagioso 
- Prolapso uretral 
 
 
VAGINAIS 
- Vaginite 
- Corpo estranho na vagina 
- Traumatismo (abuso e 
penetração) 
- Tumor vaginal 
 
LESÃO ULCERATIVA 
CONDILOMA 
CORPO ESTRANHO LEUCORREIA 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
UTERINAS 
 • Puberdade precoce 
TUMOR OVARIANO 
- Tumor de células germinativas 
- Tumor de células granulares 
ESTROGÊNIOS EXÓGENOS 
- Tópico / Sistêmico 
• Pré-Menopausa (Menacme) 
Eixo hipotálamo-hipófise-ovariano imaturo 
 Alterações hematológicas→ fluxo e duração aumentados 
 Abuso sexual 
 Vulvovaginites 
 Tireoidopatias 
 Complicações gravídicas 
 Hormônios exógenos 
 Descartar a presença de gestação. 
 Endometrite 
 Anticoagulantes 
 Cancer de endométrio 
 Adenomiose 
 Trauma 
 Leiomiomas → 50% das mulheres com mais de 35 anos, porém em sua maioria assintomáticos 
• Pós-Menopausa 
As principais causas são: 
 Endometrite/ vaginite atrófica- 30% 
 TRH- 30% 
 Cancer de endométrio- 10% 
 Pólipos- 10% 
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 Hiperplasia endometrial- 5 a 10 % 
 Cancer de colo- 10% 
 Terapia de reposição cíclica 
 PALM-COEIN 
 Polipo 
Tumores benignos de causa desconhecida. Pode ser estimulado 
pelo uso de terapia estrogênica. 
 Adenomiose 
Tecido endometrial cresce na parede uterina) 
 • Leiomioma 
 Malignidade e hiperplasia do endométrio 
 
Coagulopatia 
Disfunção Ovulatória 
Endometrio 
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Iatrogenica 
 Não especificado 
DIAGNÓSTICO História Clínica (anamnese) Exame clínico (vaginoscopia) Exame de imagem: • 
ultrassonografia • ressonância nuclear magnética • tomografia computadorizada 
 
Alterações medicamentosas -> uso de anticoagulantes e antidepressivos. 
 
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Massa Pélvica 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
As massas pélvicas são achados clínicos comuns e podem comprometer órgãos reprodutivos ou 
estruturas não ginecológicas. Sintomas: Assintomáticas ou sintomáticas. 
Sintomáticas: dor, sensações de pressão, dismenorreia ou sangramento uterino anormal. 
 Diagnóstico: Anamnese(PACIENTE VAI QUEIXAR-SE DE AUMENTO DO ABDOME, 
DESCONFORTO DURANTE RELAÇÃO/ DESCONFORTO ABDOMINAL) + exame físico (SENTIDO 
À PALPAÇÃO) + laboratório + imagem. 
 Laboratório: propedêutica básica; b-hCG; marcadores tumorais (CEA, alfafetoproteína, ca125). 
=>o beta HCG é pedido pois uma das causas de massa pélvica é a gravidez. 
 Imagem: USG, TC ou RM. 
 Tratamento: de acordo com os sintomas, a idade e os 
fatores de risco da paciente. 
 Pré-puberal A maioria das massas pélvicas 
ginecológicas nesse grupo etário compromete o ovário. 
Os tumores ovarianos malignos em crianças e 
adolescentes são raros e responsáveis por apenas 
0,9% de todas as malignidades nesse grupo etário. Os 
cistos simples assintomáticos inicialmente podem ser 
considerados funcionais e mantidos em observação 
 
Pré-puberal -> raros, assintomáticos, geralmente achados ao acaso. 
 Adolescentes -> semelhante a pré-puberal. 
 
 Adolescentes: Semelhante a pré-puberal, no 
entanto, a partir do início da função 
reprodutiva, as massas pélvicas nas 
adolescentes também podem incluir 
endometriomas, sequela de doença inflamatória 
pélvica (DIP) e gravidez. 
 
 
 
 Idade Reprodutiva 
Aumento uterino produzido por gravidez, cistos ovarianos funcionais e leiomiomas são as causas 
mais comuns. Endometrioma, teratoma cístico maduro, abscessos tubo-ovarianos agudos ou 
crônicos e gestações ectópicassão outras causas frequentes. Em sua maioria, as massas pélvicas 
nessa faixa etária são benignas, mas as taxas de tumores malignos caracteristicamente aumentam 
com a idade 
=>principais causas nesse período é a gravidez, cistos ovarinos funcionais e leiomiomas 
=>a medida com que a mulher vai envelhecendo a probabilidade de ser maligno aumenta. 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
 
 Pós-Menopausa 
Com o término da ovulação e da função reprodutiva, as causas de massas pélvicas também 
mudam. Cistos ovarianos simples e leiomiomas ainda são fontes comuns. Embora normalmente 
a menopausa resulte em atrofia dos leiomiomas, em muitas mulheres persiste o aumento do útero. 
É importante notar que a malignidade é uma causa mais frequente de massas pélvicas nesse grupo 
demográfico. Os tumores uterinos, inclusive o adenocarcinoma e o sarcoma, podem causar 
aumento uterino associado. Além disso, o câncer ovariano é responsável por quase 3% dos novos 
cânceres entre todas as mulheres. 
=>atenção, pois nessa época probabilidade de ser maligno é maior 
=>atenção ao câncer de ovário 
 
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ENDOMETRIOSE 
 A endometriose é um distúrbio ginecológico benigno comum definido pela presença de 
glândulas e estroma endometriais fora do sítio normal. 
 Doença hormônio-dependente, por isso encontrada sobretudo nas mulheres em idade 
reprodutiva. 
 Adenomiose: tecido endometrial localizado dentro do miométrio. 
Sintomas: assintomáticas, dor pélvica, dismenorreia, dispareumia, disúria, dor 
defecatória, infertilidade. 
 
 
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DOR PÉLVICA• 
 Dor aguda 
 
Obs: em caso de aborto clínico combinação metotrexato e misoprostol é segura e 
eficiente...... 
 Dor crônica 
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 Dismenorreia 
Dor no período menstrual (cólica). Em geral, é acompanhada por dor lombar, náusea e vômitos, 
cefaleia ou diarreia. 
Dismenorreia primária: dor menstrual cíclica sem patologia associada identificada. 
Dismenorreia secundária: em geral relaciona-se com endometriose, leiomiomas, DIP, adenomiose, 
pólipos endometriais e obstrução do fluxo menstrual. Associada à outras patologias 
 Fisiopatologia: durante a descamação endometrial, as células endometriais liberam 
prostaglandinas no início da menstruação.As prostaglandinas estimulam as contrações 
miometriais e desencadeiam isquemia.= dor 
 Dispareunia 
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Queixa ginecológica frequente. 
A relação sexual dolorosa pode estar associada a distúrbios vulvar, visceral, 
musculoesquelético,neurogênico ou psicossomático. 
TIPOS: 
Introito: dor no início da penetração. 
 • Vulvodínia, vulvite e lubrificação inadequada. 
Profunda: associada à penetração profunda. 
 • Endometriose, aderências pélvicas e leiomiomas volumosos. 
Dispareunia primária: problema desde a primeira relação sexual. 
• Abuso sexual, mutilação genital feminina e anomalias congênitas. 
Dispareunia secundária: relação sexual dolorosa que se inicia após período de atividade sexualsem 
dor. 
 Causas são mais variadas. 
Dispareunia generalizada: ocorre em todos os episódios de relação sexual, ou situacional, 
associada a parceiros ou posições específicas. 
 Disúria 
Dor ao urinar. Causas: infecção do trato urinário, cervicites, cistite intersticial, entre outros. 
 Distúrbios funcionais do intestino 
 
 Etiologias musculoesqueléticas 
Hérnia de Parede Abdominal 
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 Etiologias neurológicas 
A compressão de nervos pode levar à dor pélvica crônica e pode envolver nervos da parede anterior 
do abdome ou aqueles no interior da pelve. 
 Exemplos: 
• Síndrome de compressão nervosa na parede anterior do abdome 
• Neuralgia do pudendo 
• Síndrome do piriforme 
DOENÇA MAMÁRIA 
São condições muito comuns na prática clínica. Podem ser incluídas todas as alterações 
histopatológicas encontradas no tecido mamário, excetuando-seo carcinoma mamário. 
Diagnóstico diferencial com o carcinomamamário. 
As afecções mais comuns são as alterações funcionais benignas da mama (AFBM) e as 
neoplasias benignas. 
 Alterações funcionais benignas da mama (AFBM) 
• Mastalgia cíclica (oscilações hormonais do ciclo menstrual) 
• Condensações ou espessamento do parênquima mamário 
• Cistos: Predominantemente após 30 anos. Origem: dilatação de um lóbulo ou ducto terminal, 
com acúmulo de líquido em seu interior 
 • Descarga papilar sero-esverdeada, multiductal bilateral: 
Derrame papilar. Eliminação de qualquer secreção proveniente do ducto mamário através da 
papila. 
95% dos casostem causa benigna. 
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 Processos inflamatórios 
-Mastite 
 • Mastite aguda puerperal 
 
 • Eczema areolo papilar : pode estar associado à micose. 
 
• Abscesso mamário 
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 NÓDULOS 
 Lesões delimitadas em três dimensões (largura, comprimento e profundidade) 80% benignos 
 
Exame físico das mamas auxilia na verificação/ visualização da presenças de 
tais alterações mamárias. 
 
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ANATOMIA FEMININA 
 PELVE 
ÓRGÃOS EXTERNOS 
 
Um erro muito comum é confundir o introito vaginal com a vagina, pois a vagina é um 
órgão interno. 
Ressalta-se que o introito vaginal é a abertura da vagina. 
 Glândulas de Bartholin: responsáveis pela lubrificação do introito vaginal. 
 Glândulas de Skene: também responsáveis pela lubrificação, porém nesse 
momento ela só ocorre após o orgasmo feminino. 
O clitóris, assim como o pênis possui glande, na foto acima é apena ela que aparece. 
 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
A imagem representa o Clitóris excitado com os bulbos cavernosos inchados. Por essa 
razão pode-se dizer que uma mulher pode ter orgasmo vaginal baseando-se na premissa 
de excitação de clitóris e corpo esponjoso excitados. Por outro lado, a maneira mais fácil 
de se alcançar o orgasmo feminino é através da glande do clitóris. O orgasmo vaginal vai 
depender de quão excitado está o clitóris e quanto o corpo cavernoso está inchado. 
 
 
O tamanho do pênis não tem importância durante a estimulação do clitóris, o que importa 
é a espessura. 
Média do pênis no Brasil é de 14cm. 
A média do tamanho do canal vaginal é de 7-9 cm da vagina em repouso 
Obs.: mas a vagina é puro músculo elástico, ela aumenta o diâmetro na medida do que 
for preciso. O estímulo sexual é para aumentar o tamanho da vagina e não incomodar a 
mulher durante o ato sexual. 
ÓRGÃOS INTERNOS: 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
O útero possui DOIS ORIF´CIOS, um externo que mantem contato vagina com o colo do 
útero e dois internos, que mantem contato com as tubas uterinas que saem nos ovários 
e na cavidade abdominal. 
Obs.: quando o ovócito não cai nas tubas e é fecundado, ele cai na cavidade abdominal, formando assim 
uma gravidez ectópica. 
 
 
 
PARTE ÓSSEA: 
 
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MUSCULATURA FEMININA: 
 
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INERVAÇÃO: 
 
Não tem uma inervação específica para a parte intracavitária. 
 
VASCULARIZAÇÃO: 
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As principais artérias que irrigam o útero e a vagina são os ramos artéria ilíaca interna. 
 
FISIOPATOLOGIA REPRODUTIVA 
 
Esteriodogênese é a formação dos esteroides sexuais e outros. 
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Todo esteroide começa a partir de uma fração do colesterol. 
Todo esteroide se transforma em uma fração da progesterona. 
Além disso, uma mesma enzima é utilizada em partes diferentes desse ciclo. Por conta 
disso, por essas enzimas serem utilizadas em vários pontos, se eu tenho um problema em 
um local, pelo uso excessivo ou escasso de uma enzima, isso irá afetar também outros 
locais. 
O sulfato de DHEA- é produzido na adrenal, ele é extremamente importante na gravidez, 
sem a sua produção no feto não há manutenção da gravidez. 
 
 
 
A via do cortisol, a via dos andrógenos, a via dos estrógenos, dos progestágenos e da 
aldosterona estão ligadas uma a outra. Sendo assim, se eu tiver uma alteração em 
qualquer uma dessas vias, eu também posso ter uma alteração na outra. 
 
Progestágenos: precursores dos demais esteróides e mantém a secreção do endométrio. 
Obs.: a gravidez não acontece na luz do útero, mas sim dentro do endométrio, onde o ovulo se 
implante e se desenvolve. A gravidez não pode acontecer na luz do útero porque ele está em contato 
com o meio externo. 
 
Glicocorticóides: Afetam o metabolismo de proteínas e carboidratos, suprimem resposta 
imune, inflamação e reações alérgicas. 
 
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Mineralocorticóide: regula a reabsorção de sódio, cloreto e bicarbonato nos rins. 
 
Andrógenos: Desenvolvimento muscular e desejo sexual. 
 
Estrógenos: Caracteres sexuais secundários, fase proliferativa do endométrio. 
 
 A ESTRONA É TARSNFORMADA EM ESTRADIOL, a partir de uma enzima de aromatização, 
umas das enzimas mais comuns no corpo todo. Desse modo, se houver alguma alteração 
desse ciclo por exemplo um aumento de tecido adiposo afetará essa reação, pois a enzima 
de aromatização transforma Estrona -> Estradiol + Tecido adiposo. 
Estrona (E1) 
 Precursora do estradiol e estriol 
 Sintetizado pelo tecido adiposo 
Estradiol (E2) 
 Caracteres secundários 
 Muitos efeitos colaterais e risco de CA 
 Inibe a liberação de FSH 
 Sintetizado pelo corpo lúteo 
 Estriol (E3) 
 Trofia da vagina, cérvix e vulva 
 Sintetizado pela placenta 
 
Logo, com o aumento de um dos produtos eu tenho uma diminuição da formação de 
Estradiol, gerando uma alteração hormonal. 
GESTAÇÃO – ESTERIODOGÊNESE 
 
- Esteroidogênese: 
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. Feto 
. Placenta 
. Mãe 
Principal hormônio produzido na gravidez: S DHEA 
. Se o feto estiver em sofrimento fetal intenso e ele tiver que poupar o que ele puder para 
não morrer, ele só vai preservar cérebro, coração e suprarrenais. A suprarrenal, VISTO 
dele manda Sulfato de DHEA (S-DHEA) para a placenta e a placenta passa para mãe. 
Desse modo, mantendo a gravidez, sem ele não haverá a troca placentária. 
Além disso, a progesterona, assim como a Sulfato de DHEA é produzido pelofeto. Desse 
modo, a mulher continua produzindo todos os hormônios que ela produzia antes, mas 
esse excesso de hormônios é produzido pelo feto. 
Obs.: quanto maior o neném, maior a placenta, maior é a quantidade de hormônios 
produzidos. Por isso, que cada gravidez é diferente. A progesterona é o hormônio liberado 
durante a TPM, que permanece em níveis elevados durante toda a gravidez, tendo uma 
queda a cerca de 2 semanas antes do parto. 
 
 
GAMETA FEMNINO: 
 
O período fértil é sempre 14 dias antes da mulher ficar menstruada. 
Obs.: por isso que muitas das vezes o método da tabelinha não funciona, devido a variação do período 
menstrual de uma mulher para outra. 
Os oocistos estão parados na meiose 1 dentro do ovário da mulher desde que ela se 
encontrava na barriga de sua mãe. Com o início do ciclo menstrual o FSH começa a 
aumentar e para que a mulher libere o óvulo ocorre o aumento de LH. Os cistos são os 
produtores de hormônios dentro do ovário, mas desses cistos são selecionados apenas um 
deles para ser o ovócito que será liberado para ser fecundado. Com esse cisto formado, o 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
LH vai ser o responsável pela ruptura da membrana, jogando assim o ovócito nas trompas 
uterinas. 
Oocistos é o mesmo que ovócito, mas cada um recebe um nome dependendo da sua fase 
do ciclo menstrual. 
Junto ao FSH ocorre também um aumento do estrógeno que é produzido dentro de cada 
ovócito, pois ele irá transformar o endométrio para poder receber o bebê. 
Obs.: O ovócito produz estrógeno e progesterona, mas em um primeiro momento o 
estrógeno. 
 
 
 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
Após o ovócito ser liberado as fimbrias tem a função de pegá-los. Quando as fimbrias 
não conseguem captar o óvulo, ele cai na cavidade abdominal e quando fecundado forma 
uma gravidez ectópica, visto que elas não cobrem os ovários em 360°. 
O uso de anticoncepcional pode levar ao mau funcionamento das fimbrias, visto que em 
sua composição há a admiração de estrógeno e progesterona, esse que mantém o 
estrógeno em níveis aceitáveis e aumenta a espessura do muco cervical. 
Vale ressaltar que devido ao tempo que o ovócito sobrevive (2 dias) e que o espermatozoide 
sobrevive (7 dias), passa a ser muito difícil a utilização do método de tabelinha. 
 
 
FECUNDAÇÃO: a partir da relação sexual, o homem deposita o sêmen e forma um leito 
na vagina da mulher. Independentemente de onde o esperma foi ejaculado isso não vai 
facilitar as chances de uma fecundação, visto que o tamanho do pênis não importa para 
que ela aconteça 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
 Os espermatozóides atravessam o muco uterino 
(mais fluído no período da ovulação) 
 Encontro com o oócito no último terço da trompa. 
 Células foliculares secretam uma substância que 
atraem os espermatozóides. 
 Os espermatozóides atingem a zona pelúcida e se 
ligam aos seu receptores. 
 Exocitose da zona pelúcida e penetração 
do espermatozóide na membrana do oócito. 
 Fusão das membranas dos dois gametas. 
 Alteração da zona pelúcida para impedir 
outros espermatozóides de entrarem. 
 
 
O DNA mitocondrial é todo materno, pois o paterno não é utilizado na fecundação. 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
 
 
EMBRIOLOGIA: 
 
Como essas células possuem um alto potencial de replicação elas necessitam de energia 
e nutrientes para o seu desenvolvimento. 
A parte com mais células do blastocisto é a que vai entrar em contato com o endométrio, 
onde vai formar o sinciciotrofoblasto, que tem a função de entrar no endométrio e 
estabelecer o blastocisto. O desenvolvimento do feto ocorrerá no endométrio e não na luz 
do útero. Essas células em multiplicação vão começar a formar os hormônios da gravidez, 
inclusive o HCG.

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