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ACSA LENE HAM 3 1 SÍNDROMES BRÔNQUICAS TRANSCRIÇÃO/Dr. EMANUELL Dentro das síndromes brônquicas iremos focar em duas patologias. Em primeira instância é necessário revisar o exame físico do tórax, que consiste em: 1. Inspeção Estática e Dinâmica. Verificar se possui abaulamentos, cicatrizes, lesões, tipo de tórax, padrão respiratório. 2. Palpação Sensibilidade e FRÊMITO. É de suma importância a aplicação do frêmito toracovocal, pois apartir dele dá para diagnosticar sindrómico apenas com esse exame. Não é tão preciso mas sim sensível pois alterações já lhe sugere uma certa patologia. No que consiste o frêmito: Vibrações das cordas transmitidas à parede torácica. Técnica Resultado: Normal, diminuído/ abolido ou aumentado. 3. Percussão Difícil de ser realizado e impreciso. Panículo adiposo influencia a acurácia do exame. Pouca precissão. Quais são os achados? Som claro pulmonar ou atimpânico Hipersonoridade (Hiperinsuflação)- DPOC Submacicez ACSA LENE HAM 3 2 Macicez 4. Ausculta É de suma importância e possui uma acurácia maior. Como por exemplo, você vê um frêmito toracovocal alterado e você vai auscultar e está abolido só possui duas hipóteses diagnósticas: Derrame pleural ou atelectasia. Para diferenciar o contexto clínico ira sugerir qual síndrome é. Tem os métodos básicos de realizar o exame e sempre com a técnica adequada, lembrando que é simetricamente. Assim os resultados são: Normal: Murmúrio vesicular ( principal murmúrio ouvido principalmente nas regiões distais, geralmente no centro os sons são mais traqueais um som bronquial pois são sons com menos ruídos para o vento passar pela paredes traqueal com menos resistência, a medida que você vai dicotomizando (nome da divisão que ocorre em cada segmento chama-se dicotomia, a primeira dicotomização que temos é na carina) Diminuída ou abolida Ruídos anormais ou adventícios. o Sopro tubário (condensação) O livro fala que ele é um sopro que ocorre na Pneumonia, por que? Pessoal, em geral é devido ao dano ao nível de alvéolo, o que são os alvéolos na histologia? São saquinhos de cachos de uva que estão preenchidos por secreção que gera a imagem no RX de tórax. Broncograma aéreo ( dentro do exsudato da secreção do alvéolo tem sempre um brônquio chegando, os brônquios vão chegando e se dividindo em bronquíolo terminal, bronquíolo respiratório e alvéolo. Esse brônquio que chega está livre e gera um som no meio exsudato que é chamado de sopro tubário, ele chaga livre mais o alvéolo está todo congesto pela secreção o que gera o som. Ausculta em cima da consolidação o ar está passando pelo bronquíolo ou pelo brônquio e o alvéolo está consolidado, esse som gerado passando do bronquíolo para o alvéolo que gera esse som que geralmente é uma Pneumonia. o Sopro cavitário (cavernas) Menos achado, depende muito para acontecer. Tuberculose tem um marco muito importante na doença que são as cavitações pulmonares, que fazem certas cavidade em que dependendo da topografia se ausculta. É como se fosse uma caverna fazendo realmente um eco, em que geralmente está nas cavitações. o Cornagem ou estridor Ruído através da via aérea alta, traqueia e epiglote. Pode ser em decorrência de um trauma pancada, epiglotite viral ou bacteriana, corpo estranho. É visto de longe, traduz em obstrução em via aérea alta calibrosa. o Sibilos É um som agudo, assobio. É isso que acontece dentro do brônquio, pode ser devido ao broncoespasmo, secreção, edema ou tudo junto. O ACSA LENE HAM 3 3 calibre do brônquio está diminuído por algum motivo, e isso quando o ar vai sair ou entrar vai gerar sibilo. Qual a característica do sibilo? Ele é expiratório pois o ar entra mas quando sai vai piar. É igual miado de gato, geralmente o pacienta sente ou quem o acompanha. Devido o estreitamento do lúmen. o Roncos Ronco de transmissão: Obesidade, adenoide hipertrofiada, obstrução, amidalite, obstrução nasal. Quando eu ausculto esse som no tórax o que ele traduz? Inflamação mais secreção. O brônquio está inflamado, o ronco traduz inflamação no meu brônquio, geralmente tem secreção, qual o nome da secreção? Estertor grosso RONCO= VIA AÉREA INFAMADA + ESTERTOR GROSSO o Estertores finos (crepitantes) Barulho do roçar do cabelo, o que ele traduz. Não dá diagnóstico mas indica uma lesão no pulmão, aonde é a lesão? Alvéolo ou interstício pulmonar. Alvéolo: Pneumonia, Edema, congestão, ICC. o Estertores grossos ( bolhosos) Movimenta com a tosse, dá aquela quebrada boa. Catarro verde que se escarra. o Atrito pleural Muito raro, fricção das pleuras distinguido na inspiração e expiração. Geralmente a maioria dos pacientes já evoluíram para o derrame e assim não possui o atrito. o Ausculta da voz ( broncofonia, pecteriloquia, egofônia) Serve pra nadinha..... SONS PLEUROPULMONARES 1- SONS NORMAIS: Som traqueal ( porção proximal da parede respiratória) Respiração brônquica (paraexternal) Murmúrio Vesicular Respiração broncovesicular 2- SONS ANORMAIS: Descontínuos: Estertores finos e grossos Contínuos: Ronco, sibilo e estridor (cornagem) Pleural: Atrito pleural 3- SONS VOCAIS: através da parede torácica Broncofonia: Retumbância, sílabas indistinguíveis (condensação volumosa do parênquima, com brônquios permeáveis) Pectorilóquia: Difere da broncofonia, sílabas mais nítidas (cavernas ou condensação) Egofonia: Voz caprina ou polichinelo (derrames pleurais pequeno volume) Anfórica: Vibrante, audível nas grandes paredes cavernas lisas e nos pneumotórax. ACSA LENE HAM 3 4 SINTOMATOLOGIA PULMÃO E AS DOENÇAS SISTÊMICAS ASMA: rinossinussite, DRGE, otites. COLAGENOSES/ SARCOIDOSES/AR: dor articular, eritema nodoso. GRANULOMATOSE DE WEGENER: hematúria e proteinúria S. GOODPASTURE: hemoptiase e glomerulonefrite CRIPTOCOCOSE: meningite (doença fúngica acomete mais imunossuprimidos) Hipercapnia: Narcrose cerebral CO2 (letargia) SUPURAÇÕES CRÔNICAS: baqueteamento digital DPOC: Cor Pulmonale S. DE MEIGS: TU de ovário, ascite e derrame pleural. S. APNÉIA DO SONO/ S. PICKWICH: sonolência, cefaleia e obesidade. S. HODGKIN E TB: Perda de peso, sudorese e febre. CA BRÔNQUICOS: Manifestações paraneoplásicas, endócrinas e neurológicas. Doença pulmonar geralmente é uma doença sistêmica, raramente é local. 1- Sibilância ´´Chiado`` forma de percepção do paciente Início da expiração Associado à dispneia Localização no tórax ´´Asma cardíaca`` 2- DISFONIA Rouquidão ou mudança no timbre da voz Alteração na laringe : TB, BSA, TU benignos e neoplaícos. Extrínsecos: TU mediastino. 3- CORNAGEM Dificuldade inspiratória por redução vias aéreas superiores ( laringe) Manifestação por ruído ( estridor longo) Tiragem intercostal e extensão cervical forçada Causas : Laringite, difteria, edema de glote e CE.( Gostam da via aérea alta) SÍNDROME RESPIRATÓRIA BRÔNQUICA Síndrome por obstrução, dilatação ou infecção. ASMA BRÔNQUICA Definição: Doença inflamatória crônica das vias aéreas associadas a hiper-reatividade brônquica, com episódios de sibilos ou roncos, dispneia e tosse. Ocorre mais a noite e no início da manhã, com episódios de broncoespasmo reversível espontaneamente ou com tratamento. Pode ter tiragem expiratória em crise de asma. Na inspeção. ACSA LENE HAM 3 5 Palpação: frêmito geralmente reduzido segundo o livro mais comumente não possui tanta alteração. Percussão: Hipersonoridade ou hipertimpanismo. Devido o lúmen estar estreitado o ar entra e não sai. Geralmente em paciente graves e magros. Ausculta: Normal não exclui diagnóstico de asma, tempo expiratório prolongadodevido a obstrução. Sibilos ou roncos. Brônquio inflamado gera o sibilo, pode ser só pela inflamação, ou só secreção ou só estreitamento pelo bronquioespasmo. É reversível espontaneamente ou por tratamento. Aumento da incidência da Asma: o Obesidade Alteração mecânica Alteração imunológica Refluxo gastresofágico DRGE predispõe a asma. o Infecção o Estresse o Fatores ambientais não controlados Ambiente é o principal nos gatilhos na crise de asma, com tendência a ter crises recorrentes de asma. Mudanças de temperaturas abruptas é prejudicial ao pulmão. o Atopia (ALUNA) Professor, pq quem tem asma tem predisposição para ter sinusite? (PROFESSOR) É uma doença inflamatória crônica mediada por vários mediadores químicos, geralmente quem tem asma tem atopia ( 80% dos pacientes), a capacidade hereditária da pessoa ser alérgica a várias coisas no ambiente, paciente que tem esse caráter alérgico é avermelhado com o rosto inchado, toda hora está espirrando. Os mecanismo da asma são muito parecidos pois mechem com os mastócitos IgE, todos mediadores de alergia e inflamação. Asma é uma doença altamente prevalente mundialmente, causando muitos custos para a saúde pública, sendo assim, é necessário ser tratada primordialmente para a não evolução do caso. Asma grave Asma severa Asma moderada FISIOPATOLOGIA DA ASMA Degranulação dos mastócitos, aqui que entra aquela história dos mediadores químicos, com a liberação de histaminas, leucotrienos , citocinas inflamatórias. Mediadores químicos é a palavra chave da asma, com resposta precoce você possui bronquioespasmo, edema e obstrução do fluxo de ar. E uma resposta tardia e a inflamação da via aérea e hiperresponsividade. ACSA LENE HAM 3 6 Proliferação celular o eosinófilo é o grande célula no estimulo inflamatório mediado pelo IgE. ACSA LENE HAM 3 7 ACSA LENE HAM 3 8 Epitélio respiratório saudável X Epitélio respiratório danificado (histologicamente) Espessamento da membrana basal Hiperplasia das células caliciformes Infiltrado celular Broncoespasmo é tec muscular liso, mucosa edemaciada hipersecreção, crise de asma isolada é a secreção mucoide hialina. Amarelada é infecção. Asma eosinófilica é a mais frequente e no lavado pode possuir uma série de células. Broncoespasmo, edema e secreção o que aumenta a resistência das vias aéreas gerando uma hiperinsuflação. Desequilíbrio da relação v/q= Ventilação(V) Perfusão(V) Na asma o problema está na ventilação tendo um desequilíbrio do V, aumento do trabalho repiratório. Uso da musculatura acessória, taquipnéia e tiragem expiratória. Fadiga muscular leva o paciente a hipóxia e hipercapenia ( fadiga respiratória retendo o CO2). Troca gasosa- Hematose inala O2 e expira CO2, quando há a deficiência nessa troca gasosa e a absorção de CO2 supera a sua troca, há uma descompensação gerando a hipercapenia no paciente e assim deixando letárgico. Alterações na radiografia do tórax no paciente asmático Aumento do diâmetro póstero anterior Retificação da cúpula diafragmática Sinais de Hiperinsuflação pulmonar ( SUGERE DPOC E ASMA) Aumento do espaço retro esternal Coração em gota ACSA LENE HAM 3 9 Aumento dos espaços intercostais ACSA LENE HAM 3 10 Dilatação Bronquiectasia: Ectasia ela quer dizer dilatação, dilatação do brônquio permanente que gera o acúmulo de secreções e tosse produtiva estertor fino e grosso e sibilos. Infecção: Estertor grosso é o catarro verde amarelado que escarramos que pode ser uma traqueobronquite , bronquite aguda, gripe no início. Gotejamento nasal posterior Sinusite a secreção dos seios da face que cai na arvore respiratória em momentos de repouso. Paciente tossindo com corrimento amarelado devido a secreção da sinusite. Na árvore respiratória pode acumular no pulmão, clínica na via aérea alta. BRONQUIECTASIA DEFINIÇÃO: Dilatação permanente e irreversível dos brônquios em consequência de enfermidades clínicas pré- existentes. ASPECTO HISTÓRICO ´´Afecção brônquica`` por alguma doença, com ataques longos e violentos e frequentes de tosse que induz a produção crônica de expectoração. (NEVES, 2011) ACSA LENE HAM 3 11 Os amarelos são os principais, diante do quadro. Quais são as causa de bronquiectasia? O que a bronquiectasia? É uma dilatação permanente do brônquio sendo assim na região que está dilatada o clíarce mucociliar está deficiente ,o epitélio respiratório está sem os ´´garis`` do pulmão para filtrar as impurezas. Toalete matinal crônico é a limpeza do brônquio ao amanhecer. Paciente tosse muito devido ter excesso de secreção, sendo assim na ausculta espera-se encontrar estertor grosso que se movimentam com a tosse. Como ela é vista na TC? Área saudável X Bronquiectasia Dilatação dos brônquios espessados, quando é visível é patológico. Diferindo em sua morfologia podendo ser cilíndricas/ovaladas, varicosas/tortuosa, cística/saculares. Diminui o defesa respiratória, o que torna mais vulnerável a infecção por Pseudomonas. ACSA LENE HAM 3 12 O quadro sugere um diagnóstico. Não define a patologia. SINAIS RADIOLÓGICOS E DE TC NA BRONQUIECTASIA Hiperinsuflação pulmonar Espessamento brônquico ACSA LENE HAM 3 13 ACSA LENE HAM 3 14 Isaías 41:10. Por isso não temas, porque estou contigo; não te assustes, porque sou o teu Deus; Eu te fortaleço, ajudo e sustento com a mão direita da minha justiça. – Bíblia BOA PROVA MED XXXIX QUE DEUS ABENÇÕE ACSA LENE HAM 3 15