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@brunapvilla Abdome agudo perfurativo ➥ O abdome agudo perfurativo é a terceira síndrome abdominal mais frequente, vindo após o inflamatório e o obstrutivo ➥ Pode ocorrer devido a processos inflamatórios (úlceras pépticas, doenças inflamatórias intestinais), neoplásicas e infecciosas do aparelho digestivo (infecções por Salmonella tiphy, CMV, TB intestinal, etc.) ➥ Pode ainda ser decorrente da ingestão de corpos estranhos (exemplo as espinhas de peixe) e iatrogenias (procedimentos invasivos e terapêuticos, como anti-inflamatórios crônicos) Quadro clínico ➥ Intervalo curto de início da dor ➥ Dor súbita, intensa e difusa ➥ Sinais precoces de peritonite Defesa abdominal involuntária (no caso de perfuração, pode ser por extravasamento de ácido clorídrico) – Abdome em tábua (*) Dor a descompressão brusca ➥ Náuseas, vômitos e anorexia ➥ Sinais de sepse ➥ Se o paciente relata lombalgia, ele pode fazer uso crônico de anti-inflamatórios que pode levar ao desenvolvimento de uma úlcera péptica e a um quadro de perfuração. Diagnóstico ➥ Clínico: anamnese e exame físico – Imagem – ➥ Raio X – rotina de abdome agudo – Tanto no abdome agudo perfurativo quanto no abdome obstrutivo – No RX apresenta pneumoperitônio: ar livre na cavidade abdominal Identifica a partir de 1ml de ar ➥ RX de tórax PA ➥ RX de abdome AP ortostase ➥ RX de abdome AP em decúbito Alternativa: fazer rx de abdome em decúbito lateral, quando paciente não consegue ficar de pé – identifica a partir de 5-10ml de ar Sinal de Rigler: ar livre entre as alças intestinais Sinal do ligamento falciforme: pneumoperitônio ➥ Tomografia computadorizado ➥ Endoscopia – Laboratoriais – ➥ Hemograma: leucocitose Úlcera péptica Úlcera: lesão de mucosa e submucosa DUP: doença ulcerosa péptica ➥ Não complicada (dispepsia) ➥ Complicada: – Sangramento (EDA) – Perfuração à cirurgia – Estenose Etiologia e fisiopatogenia ➥ É uma das principais causas de abdome agudo perfurativo ➥ Sendo responsável por 5-10% das cirurgias abdominais de urgência ➥ Causada por um desequilíbrio entre o sistema protetor da mucosa e fatores agressores @brunapvilla – Fatores protetores: secreção mucosa de bicarbonato, produção de muco, fluxo sanguíneo, fatores de crescimento, renovação celular e PG2 endógenas. – Fatores lesivos: secreção de ácido clorídrico, pepsinas, ingestão de etanol, tabagismo, refluxo duodenal de bile, isquemia, AINEs, hipóxia e a H. pylori (75% dos casos de úlceras gástricas e 90% das úlceras duodenais). ➥ Localizações possíveis: esôfago, estômago e duodeno ➥ Podendo ser causada por uso indiscriminado de medicamentos (como AINEs e AAS) ou também por infecção bacteriana por H. pylori, o principal agente etiológico ➥ Tabaco, álcool, dieta rica em alimentos apimentados, refrigerantes, café e até mesmo estresse são fatores de riscos para seu surgimento Diagnóstico ➥ História clínica – Exames complementares – ➥ Endoscopia ➥ Biopsia/histopatológico (toda úlcera deve ser encaminhada para descartar quadros de neoplasia) Tratamento – Farmacológico – ➥ Principal objetivo é a diminuição da secreção da acidez gástrica, através do uso de fármacos como ARH2 ou inibidores de bomba de prótons (IBPs) à prazóis ➥ Fármacos citoprotetores: quelato de bismuto, sucralfato ou misoprostal ➥ Erradicação de H. pylori – ATB: claritromicina ➥ Cirurgia: quando há complicações da DUP Neoplasia gástrica Epidemiologia ➥ Grande número de casos na américa latina e incidência altíssima no Oriente (japão) ➥ 70% das vezes ocorre em idade >50 anos ➥ Desvio nas últimas décadas de CA gástrico distal para proximal – ↑ da incidência na cárdia: história de tabagismo, alcoolismo e obesidade Fatores de risco ➥ Meio ambiente, genética, anemia perniciosa, pólipos gástricos, gastrite hipertrófica, gastrite atrófica crônica, metaplasia intestinal, cirurgia gástrica prévia, infecção por H. pylori ➥ Dieta pobre em verduras e frutas, elevado consumo de carboidratos complexos e elevado consumo de nitrato Patologia ➥ O principal tipo histológico: – Adenocarcinoma gástrico 95% – Linfomas 3% – Carcinóides 2% ➥ Localização: – 35% no antro gástrico – 15-30% no corpo gástrico – 30-40% na cárdia – Classificação histológica de Lauren – ➥ Tipo intestinal: mais frequente no idoso, está associado com metaplasia e gastrite crônica ➥ Tipo difuso: maia comum em jovens sem histórico de gastrites, tende a difundir-se por via linfática. Associada a células em anel de sinete. Quadro clínico ➥ Plenitude pós-prandial (mais precoce) ➥ Perda de peso (70-80%) ➥ Anemia (40-50%) ➥ Massa palpável (30-50%) @brunapvilla ➥ Náuseas e vômitos (20-40%) ➥ Disfagia (20%) ➥ Melena – Classificação de Borrmann – – Sinais de malignidade – ➥ Paciente emagrecido ➥ Perda ponderal acentuada e inexplicada ➥ Astenia ➥ Anemia inexplicada Tratamento ➥ É cirúrgico ➥ A radioquimioterapia é utilizada como terapia adjuvante em alguns casos Neoplasia colorretal ➥ Compreende uma gama de tumores malignos que afetam o intestino grosso e reto, em casos graves pode causar perfuração Epidemiologia ➥ 4ª causa de morte pode neoplasia em homens e a 3º em mulheres – Todos acima de 45 anos devem fazer colonoscopia para rastreio de neoplasia colorretal Sinais e sintomas ➥ Fadiga ➥ Cólicas abdominais ➥ Tenesmo ➥ Constipação alternada com diarreia ➥ Evacuação dolorosa ➥ Hematoquezia (baixo) ou melena (alto) – Sinais de malignidade – ➥ Paciente emagrecido ➥ Perda ponderal acentuada e inexplicada ➥ Astenia ➥ Anemia inexplicada Fatores de riscos ➥ Dieta rica em açucares e gorduras, pobres em fibras ➥ Obesidade ➥ Tabagismo ➥ Consumo excessivo de álcool ➥ Sedentarismo ➥ História familiar positiva (famialres em 1º grau) Diagnóstico ➥ Exame de imagem ➥ Colonoscopia com biópsia ➥ Histopatológico Tratamento ➥ É cirúrgico ➥ A radioquimioterapia é utilizada como terapia adjuvante em alguns casos ➥ Quimioterapia @brunapvilla Corpo estranho Etiopatogenia ➥ 70-90% são eliminados ➥ Obstáculos mais comuns: junção faringo-esofágica, constrição do brônquio, constrição de aorta, válvula ileocecal ➥ Após a perfuração, o corpo estranho pode: – Permanecer no local da perfuração – Ir para cavidade peritoneal – Continuar o seu curso pelo tubo digestivo Quadro clínico ➥ Depende da víscera perfurada ➥ Depende do tamanho da perfuração ➥ Depende do tempo da perfuração – Sintomas – ➥ Dor é o sintoma mais comum ➥ Náuseas e vômitos – Exame físico – ➥ O paciente prefere a imobilidade ➥ Apresenta sinais de sepse ➥ Distensão ou irritação peritoneal ➥ Pode apresentar crepitação ao toque retal – Exames complementares – ➥ Leucocitose com desvio a esquerda – Exames de imagem – ➥ Rx simples: pneumoperitônio ➥ Endoscopia alta e baixa Tratamento ➥ Endocópico ou cirúrgico Perfuração por iatrogenia Etiopatogenia ➥ A iatrogenia é definida como um estado de doença, efeitos adversos ou complicações causadas por, ou resultantes de tratamentos médico ➥ Perfurações iatrogênicas podem ser por ulceração medicamentosa ou procedimentos invasivos ➥ Perfuração iatrogênica do reto e do cólon sigmoide é um evento raro. Pode ser causada por colonoscopia, enema opaco e inserção de corpo estranho ➥ Presente em 6% dos casos de abdome agudo perfurativo Diagnóstico ➥ Exames de imagem Tratamento ➥ Cirúrgico
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