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PNEUMOLOGIA-PROVA 1

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MEDICAÇÕES MAIS UTILIZADAS NA PNEUMOLOGIA: 
• Os principais sintomas são dispneia, tosse, dor torácica, febre e chiado de 
peito. 
• Broncodilatadores: beta-adrenérgicos, anticolinérgicos e metilxantinas. 
Beta-2-adrenérgicos: 
• Fazem broncodilatação, podem ser de curta, longa e ultralonga duração. 
• Curta duração: 
• tem tempo de meia vida de 4 a 6 horas, tempo de ação de 1 a 3 minutos. 
Podem causar tremor de extremidade e taquicardia. 
 
 
 
 
• Esses medicamentos de curta duração servem para pacientes asmáticos em 
quadro de broncoconstrição, não são para tratamentos de longa duração. 
• São chamados de medicamentos de resgate, por serem ideias em crises de 
broncoespasmo por sua rápida ação (bombinha). 
• Em caso de inalação, a exemplo do Berotec, dilui-se o medicamento no soro 
ou em água destilada (3 a 5 ml de diluição). 
• REMEBER: B2 adrenérgico faz broncodilatação, vasodilatação, dilata 
músculo liso visceral, faz neoglicogênese, dilata coronária e faz anabolismo 
de músculo esquelético. 
• Por esse motivo é importante se atentar a dose de B2, numa senhora de 60 
anos com arritmia e Parkinson a dose deve ser menor. 
• Além disso, esses medicamentos apresentam como efeito colateral- 
taquicardia, tremor de extremidade, câimbra, formigamento e 
hipopotassemia. 
• Longa duração: 
• Tem tempo de meia vida de 12 horas, ideal para tratamento, demora mais 
para agir (de 20 a 30 minutos), fica mais tempo no organismo. 
• Existem apenas em forma de dispositivos e spray. 
• Formoterol (Fluir) 
• Sameterol (Serevent) 
• Também dão taquicardia e tremor de extremidade, mas de menos 
intensidade que os de curta duração. 
• Ultra longa duração: 
• Tempo de meia vida de 24 horas e em média 20 minutos para fazer efeito. 
• Serve para os casos em que o brônquio está fibrosado, ele não fecha mais. 
• Olodaterol (Striverdi e Respimat) 
• Indacaterol (Onbrize) 
• Forma de uso- em forma de aparelhos (bombinhas) que chamamos de pós 
secos, ou em forma de spray. Muitos estão associados a corticoides 
inalatórios. 
• São ideias para um tratamento e não para crise, pois deixam o brônquio 
aberto pelo maior tempo possível. São ótimos para o controle da asma. 
• Não possuem muitos efeitos colaterais. 
Pneumologia 
Fenoterol (Berotec)- spray de 100 e 200 microgramas, 1 gota a cada 3 a 5 kilos, 
sendo no máximo 10 gotas. 
Salbutamol (Aerolin)- forma líquida para inalação (flaconete), xarope, comprimido e 
spray com 100 ou 200 microgramas. 
Terbutalina (Bricanyl)- tem xarope e injetável subcutâneo. 
• Associação com corticoide inalatório, já que na asma há processo 
inflamatório crônico. Precisa dilatar e diminuir o processo inflamatório. 
 
Anticolinérgicos: 
• Brometo de ipratropio (Atrovent)- tempo de meia vida de 8 horas, tempo de 
ação de 5 a 10 minutos. No máximo 40 gotas em inalação (3 a 5 ml de soro) 
ou spray. 
• Fenoterol (Duovent)- é o spray associado com beta 2 de curta duração, 
inalação por gotas, no máximo 40 gotas. 
• Duovent N- é a bombinha de fenoterol mais atrovent. 
• Contraindicação: glaucoma devido ao ressecamento da mucosa e problemas 
de próstata. A vantagem é que não dá taquicardia. 
• Brometo de tiotrópio (Spiriva)- tem uma duração mais longa, tempo de meia 
vida de 24 horas. É um anticolinérgico de ação prolongada. Melhora a 
complacência pulmonar, ajuda na expiração de paciente DPOC. 
• Brometo de glicopirrônio- feito quando o Spiriva perdeu a patente. 
 
Metilxantinas: 
• O problema dessa classe é que o efeito terapêutico é muito próximo ao efeito 
colateral, paciente entra em arritmia. 
• Faz o relaxamento da musculatura lisa, são inibidores da fosfodiesterase 3 e 4 
e antagonista da adenosina (cafeína). 
 
• Aminofilina- de 100 e 200, uma ampola de 10 ml tem 240 mg. Medicamento 
de última alternativa no paciente asmático. 
• Bamifilina (Bamiflix)- de 300 e 600 mg. 
• Talofilina (Teolong)- de 200 e 400 mg. 
• Os efeitos colaterais são náuseas, arritmias e taquicardias. 
• É contraindicado para pacientes com gota, porque as xantinas pioram o 
depósito de sal de urato. 
CORTICÓIDES: 
• O mais usado é prednisona. 
• Inalatórios- a maioria é associado a beta-2 adrenérgicos de ação prolongada e 
ultra prolongada, sendo assim se usa cronicamente. 
• Melhor usar inalatório que oral, porém oral e EV (endovenoso) usa para tirar o 
paciente de crise com inflamação brônquica. 
• Inalatórios: SERETIDE (salmeterol com fluticasona), ALENIA (formoterol com 
budesonida), FOSTAIR (formoterol com beclometasona), SYMBICORT 
(formoterol com budesonida) e FORASEQ (formaterol com budesonida). 
• Os inalatórios demoram cerca de 4 a 5 horas para fazerem efeito. 
• Orais: prednisona (Meticorten, 1 mg por kg, máximo 60 mg), decadron, 
metilprednisolona. Usar oral ou EV para tirar de crise. 
• Corticoides se altera o ritmo circadiano- pela manhã, o nível de corticoide já é 
alto, então não faz diferença. A tarde é um pouco menor e, a noite é o 
momento que o paciente piora o quadro de asma pois o nível de corticoide 
baixa. 
• NÃO SE PODE USAR AINE- pois agrava o quadro. 
1. Abeclometasona (Clonil)- tanto para crise, quanto uso crônico em 
bombinha. 
2. Flunisolida (Budenorida)- tanto crise quanto uso crônico em forma de 
bombinha. 
3. Prednisona- uso crônico, comprimido, via enteral. 
4. Metolprednisolona (Solumedrol)- corticoide potente para crises intensas, 
IV e enteral. 
Antialérgicos: 
• De 2° geração para renite, retirada de crises e não tratamento, efeito rápido. 
 
Antitussígenos: 
• Utilizado em paciente com DPOC, ou asmático, lembrar que a tosse é um 
sintoma. 
• Expectorantes: 
• Acetilcisteina (Ambroxol)- tem por função auxiliar na fluidificação da secreção 
para o paciente conseguir expectorar. Muito usado em pacientes com fibrose 
cística, DPOC e bronquiectasia. 
 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS INVASIVOS E NÃO INVASIVOS: 
• Exames complementares nas doenças respiratórias não substituem o exame 
físico e a anamnese. 
• Não se pede exames que não se sabe interpretar- saber interpretar os 
achados. 
• Saber o que fazer com o resultado, tanto positivo quanto negativo, qual a 
conduta a seguir. 
• Todo exame tem riscos e gastos (benefício deve ser maior que o risco). 
 
Exames não invasivos 
• Teste de função pulmonar: 
• É o exame mais solicitado pelo pneumologista, junto do raio-x de tórax. 
• Os testes de função pulmonar são- espirometria, volumes pulmonares, 
capacidade de difusão pulmonar e testes de broncoprovocação. 
• Espirometria- pode ser feita com ou sem o uso de broncodilatadores, em uma 
ou duas fases. 
• Espirometria é diferente dos exames que avaliam os volumes pulmonares- 
porque o volume residual, a capacidade residual funcional e a capacidade 
pulmonar total não são avaliadas na espirometria. 
• A espirometria consegue ver muito bem todos os fluxos e capacidades 
respiratórias que se consegue mobilizar. 
• Determina volume corrente, capacidade respiratória e capacidade vital (volume 
de reserva inspiratória + volume de reserva expiratória). 
 
 
 
• Fluxo e volume pulmonar é diferente. 
• Fluxo pulmonar- é o volume de ar que com manobras conseguimos mobilizar, 
ou seja, manobra de ventilação corrente, manobra inspiratória completa e 
expiratória completa. 
• Espirometria- manobra expiratória forçada voluntária, seguida de uma 
inspiração. Quando o paciente atinge o volume de reserva expiratório e não 
tiver mais o que soprar, faz nova manobra inspiratória. 
• A espirometria tem objetivo de mobilizar todo o ar de dentro do pulmão, para 
identificar se o paciente tem algum distúrbio respiratório obstrutivo ou restritivo. 
• Deve-se fazer no mínimo 3 manobras/vezes e no máximo 8. 
 
Volumes pulmonares: 
• Consegue avaliar o volume residual. 
• Menos acessível, exame caro. 
• Mede volume residual, capacidade residual funcional e capacidade pulmonar 
total. 
• Volume residual- sai do volume corrente, entra no volume de reservaexpiratório, expira tudo e, mesmo que não consiga expirar mais, ainda tem um 
residual- chamado de volume do espaço morto. 
• Aplicabilidade- quer saber o paciente que tem DPOC do paciente com fibrose 
pulmonar, então faz o exame para saber se o volume residual é aumentado ou 
diminuído. 
• O exame pode confirmar o diagnóstico de distúrbio restritivo, diferenciar os 
subtipos de restrição (doença pulmonar fibrosante, doença de parede torácica 
e doença neuromuscular). 
Pletismografia de corpo inteiro: 
• Mais utilizado, mede os volumes pulmonares, a partir dos movimentos da caixa 
torácica. 
• O paciente expira e inspira profundamente, permite-se observar a variação de 
volume dentro da cabine pela variação de pressão que ocorre dentro dela. 
• A partir da variabilidade de pressão dentro da cabine, que ocorre durante as 
manobras, pode-se determinar qual o volume de gás intratorácico do paciente 
(capacidade pulmonar total e volume residual). 
• Depende de cabine específica, hermeticamente fechada. 
• Quando o paciente enche bem o pulmão a pressão atmosférica muda, 
aumentando. E se ele soltar todo ar, a caixa torácica esvazia e a pressão 
diminui. 
• Exame bom para pacientes que tem doença que aumente o volume residual, 
por exemplo, DPOC muito grave, com espaço morto muito grande. 
Método da diluição de gases: 
• Inalação de um gás inerte, geralmente hélio, com concentração e volume 
conhecidos. 
• Após exalação, se faz nova medida e determinação do volume pulmonar. 
• Acessível, mas não tão preciso. 
Método por imagem radiográfica: 
• Paciente foi fazer tomografia por neoplasia pulmonar, daí pode pegar esse 
exame, colocar em um software específico e determinar o volume pulmonar 
pela imagem. 
• Pode ser feito, mas é caro e envolve radiação. 
 
Resistência das vias aéreas por oscilometria de impulso: 
• É um exame que não tem radiação e quase nenhuma contraindicação porque é 
feito através de ondas sonoras, utilizando o eco. 
• Então ele manda uma frequência de onda para dentro da via aérea, o gerador 
sonoro emite a onda e a partir do eco e reverberação dessa onda, consegue 
saber a resistência da via aérea. 
• Avalia se a via aérea está mais aberta ou fechada, se tem maior ou menor 
resistência. 
• Outra alternativa a espirometria. 
 
Capacidade de difusão pulmonar/avaliação da troca gasosa: 
• De forma geral, a difusão pulmonar é muito alta, ou seja, todo gás que chega 
no alvéolo, passa quase que 100% para o capilar sanguíneo. Isso só ocorre se 
o alvéolo está saudável, se o capilar está bem e se o interstício está bem. 
• Se o interstício (espaço que fica entre a membrana alvéolo-capilar) está 
aumentado, o caminho vai ser maior e a difusão pode ser menor. 
• A avaliação de troca gasosa avalia a membrana alvéolo-capilar. 
• Difusão pulmonar por monóxido de carbono- monóxido de carbono é um gás 
extremamente difusível, inclusive mais que o oxigênio. Para esse teste, se 
pega uma quantidade conhecida de CO (marcador), pede para o paciente 
inalar profundamente na máscara de gás, segurar por 10 segundos e soltar. Se 
inspirar 10 particular por bilhão do gás e voltar zero, significa que a difusão 
está em 100%. 
• Se o paciente inspirar 10 e jogar 5, quer dizer que tem difusão de 50%. 
 
Teste de caminhada de 6 minutos: 
• Teste de esforço submáximo, preditor de morbimortalidade de inúmeras 
condições. 
• Paciente se senta antes de começar o exame e mede a saturação dele, após 
caminhar 6 minutos, na maior velocidade que conseguir, mede a saturação de 
novo. 
• Se cair, por exemplo, de 96 para 80, quer dizer que a difusão de oxigênio, não 
passou para o sangue. 
• Então, quando há aumento do débito cardíaco, paciente dessatura. 
• Não consegue determinar o que está causando o problema. 
• Se cair a saturação mais que 4% o resultado é positivo, significando que tem 
alguma alteração na membrana alvéolo-arterial. 
Ergoespirometria: 
• Semelhante ao teste da caminhada, mas aqui o esforço é máximo. 
• Se usa esteira ou bicicleta. 
• Muito realizado por atletas, para saber se tem alguma doença pulmonar que 
nunca souberam até então. 
• Paciente chega ao máximo de sua capacidade cardiopulmonar. 
Avaliação da musculatura respiratória: 
• Pressão inspiratória máxima (PImax) e pressão expiratória máxima (PEmax) 
através do sensor que mede a pressão. 
• De forma indireta se mede a pressão diafragmática, para ver se o paciente tem 
fraqueza muscular respiratória. 
• Exemplo- doença neuromuscular. 
• Maior pressão gerada em manobra de inspiração ou expiração- avaliação da 
força diafragmática. 
• Doenças neuromusculares e obesidade- pode gerar uma hipoexpansividade 
pulmonar (hipoxemia, hipercapnia, ventilação ineficaz). 
Teste de broncoprovocação: 
• É o contrário do exame de espirometria que faz pré e pós broncodilatador. 
• Indicado principalmente no diagnóstico de doenças obstrutivas, quando o teste 
de broncodilatação não mostrou a alteração que esperava. 
• Se usa no diagnóstico de asma, quando este é provável e os métodos 
tradicionais não foram definitivos para diagnóstico. 
• Expõe o paciente a condição adversa que faz ele piorar, por exemplo, oferece 
pelo de gato ao paciente alérgico ou metacolina ou carbacol e exercícios para 
o asmático- gerando uma broncoconstrição. 
• Broncoprovocação por agente inalatório- metacolina e carbacol. 
• Broncoprovocação pelo exercício- esteira. 
• Faz espirometria em repouso e depois faz outra após inalar a substância, se 
piorar, quer dizer que tem doença pulmonar. 
• É pouco utilizado, tem mais riscos. 
 
Radiologia de tórax: 
• Raio-x de tórax e tomografia são os exames mais utilizados, o problema é a 
radiação- principalmente em pacientes mais jovens e mulheres (mamas). 
• Raio-x de tórax- exame acessível, de pouca radiação ionizante e indolor. As 2 
incidências clássicas são póstero-anterior e perfil, pode pedir em decúbito 
lateral direito ou esquerdo (ver derrame pleural). 
• Tomografia de tórax- pode pedir direto a tomografia quando acha que o 
paciente tem algo mais específico que não vai aparecer no raio-x, como fibrose 
pulmonar incipiente. 
• Pode pedir tomografia para esclarecer achados alterados vistos no raio-x de 
tórax. 
• Tem radiação ionizante. 
• Angiotomografia de tórax- com contraste, é uma variação da tomografia 
normal. 
• Ecografia pulmonar- tem como vantagem não utilizar radiação, é examinador 
dependente, ainda não há protocolos bem definidos. 
• Ressonância magnética pulmonar- muito pouco utilizado, muito bom por não 
ter radiação, é examinador dependente, demorado, indicações precisas. 
Medicina nuclear: 
• Cintilografia pulmonar- inala ou injeta um radiofármaco, pode ser feito tanto na 
fase de ventilação, quanto de perfusão. O marcador é IV ou inalatório, se o 
radiofármaco injetado aparece em todo o pulmão e o inalado não aparece em 
todo pulmão- pode se dizer que tem uma área perfundida, mas não ventilada. 
Se o contraste IV não chega em todo pulmão, pode ter uma obstrução na 
artéria ou uma embolia pulmonar. Exame pouco utilizado hoje em dia, pois foi 
superado pela angiotomgrafia de tórax. 
Exames do escarro: 
• Quando se tem suspeita de infecção respiratória, condição infecciosa ou 
neoplásica. 
• Perguntar cor, que horas vem mais, se é grudento, se tem sangue ou não. 
• Um escarro bom e de origem pulmonar- tem muito leucócito e poucas células 
epiteliais (menos de 10 células epiteliais e mais que 25 leucócitos). 
• Se tiver mais células epiteliais é cuspe, proveniente da boca. 
• Na citologia- citopatológico e citológico diferencial. 
 
 
 
 EXAMES INVASIVOS 
 
Gasometria arterial- exame bastante solicitado, determina a quantidade de 
O2 no alvéolo, no capilar sanguíneo, bicarbonato e equilíbrio ácido-base. 
• Pa02, Paco2, bicarbonato (compensação renal) e Sa02. 
• Pa02- 104 mmHg e Paco2- 40mmHg. 
• Sepse- leva a taquipneia- que faz uma acidose metabólica. 
 
Broncoscopia- é a endoscopia do pulmão, inspeção diagnóstica (câmera 
dentro da via aérea), inspeção e coleta de material. 
• Faz sedação, entra com o aparelho com caninho e luz na ponta, geralmente pelo 
nariz. 
• Pode fazer uma lavado no brônquio, escovado da parede traqueal (ver se tem 
fungo, por exemplo), pode fazer biópsia, pode jogar soro lá dentro e recuperar o 
líquido depois pra mandar para a biópsia. 
• Broncoscopia diagnóstica- inspeção da via aérea, coleta de material. 
• Broncoscopia intervencionista/terapêutica- retirada de corpo estranho, fuligem e 
catarro, biópsias excisionais, toalete brônquico (atelectasia junta muita 
secreção), tratamento de hemoptise (pela formação de coágulos- se injeta 
medicações para conter o sangramento). 
• Aplicações terapêuticas- usado principalmente em inalação de fumaça e 
queimadura de via aérea (limpeza). 
• Biópsia pulmonar- pode ser endobrônquica (visão direta da lesão por 
broncoscopia), transbrônquica (joga a pinça lá dentro as cegas, sem saber onde 
está a lesão), percutâneas (em lesões periféricas, se faz guiada por ecografia ou 
tomografia- punção anterior ou posterior) e cirúrgicas (através de microcirurgias). 
• Toracocentese- punção do espaço pleural para retirada de líquido, para 
diagnóstico se faz a retirada de alguns ml (50 ou 100). Citologia avalia se o 
liquido é neoplásico ou inflamatório. Terapêutica- tira 60 a 70 ml para mandar 
para o laboratório e depois disso esvazia, tirando de 600 a 1000 ml para aliviar 
e diminuir a ocupação do líquido. 
• Biópsia de pleura- as cegas, com a agulha de Cope, que tem um gancho voltado 
para cima. Se belisca a pleura, engancha e puxa para mandar para análise 
microscópica. Paciente sente muita dor e o método é feito as cegas, funciona 
muito bem para tuberculose pleural (pois acomete a pleura de forma uniforme). 
Já o tumor de pleura pode ser mais localizado e não aparecer no diagnóstico. 
• Vídeo toracoscopia- vídeo cirurgia para identificar o local mais acometido, em 
casos onde a doença é mais localizada e não geral. 
• Arteriografia/cateterismo- entra através da artéria radial ou femoral e vai até a 
artéria pulmonar. Exame invasivo, pois entra no sistema vascular do paciente e 
injeta um contraste para poder ver se tem alguma obstrução pulmonar. É como 
se fosse o cardíaco, feito para identificar áreas de obstrução vascular (embolia 
pulmonar), se procura por defeitos de enchimento, mal formações arterio-
venosas. Também mede a pressão da artéria pulmonar (avaliar se tem 
hipertensão pulmonar). 
 ASMA: 
• Uma das doenças mais comuns no consultório pneumológico. 
• É uma doença inflamatória crônica, heterógenea, sendo muito variável. 
• A grande maioria dos pacientes tem um quadro de asma leve com dias normais 
e dias com sintomas. 
• Por definição, sabe-se que a base do tratamento é com anti-inflamatórios 
esteroidais. 
• Paciente com dispneia em exercício de pequena a moderada intensidade, tosse 
e chiado de peito. 
• Na asma podem haver crises graves a ponto de levar o paciente a óbito. 
Epidemiologia 
• Pode afetar qualquer idade, é muito prevalente. 
• Países mais frios tem tendência maior de ter asma. 
• Varia com o clima, exposição e fatores genéticos. 
• 1-18% da população mundial tem asma. 
• No brasil, 15% das crianças e 10% dos adultos tem asma. 
• Essa doença tem custos muito elevados, por ser uma das maiores causas de 
absenteísmo escolar e laboral. 
• Apesar de estar havendo um declínio no número de hospitalizações, a asma 
ainda é a quarta causa de internamento no brasil. 
• A mortalidade permanece estável. 
• Pode afetar qualquer idade, mas o pico de prevalência é na infância, sendo o 
predomínio maior entres os meninos. 
• Uma vez asmático – sempre asmático, por mais que com o avanço de idade 
nosso sistema imune atinja sua maturidade (na adolescência ocorre diminuição 
dos sintomas). 
• Algumas condições podem predispor uma reativação dos sintomas. 
• Diferente das crianças, nos adultos a prevalência é igual em ambos os sexos. 
Principais fatores de risco: 
• Gatilhos são coisas que podem levar pacientes, sabidamente asmáticos, a terem 
sintomas ou crises. 
Fatores endógenos – são aqueles que não conseguimos mudar. 
• Predisposição genética. 
• História de atopia (resposta imune exagerada) – rinite, dermatite ou urticária. 
• Hiperresponsividade das vias aéreas – o brônquio pode ser hiper-responsivo se 
fecha mais do que uma pessoa normal em situações de hiperventilação. 
• Gênero – meninos são mais afetados. 
• Etnia – negros tem maior prevalência. 
• Obesidade – paciente obeso tem maior predisposição a asma, embora seja um 
fator endógeno, pode ser modificado. 
• Infecções virais precoces – criança logo que nasce já tem pneumonia e 
bronquiolite. 
Fatores ambientais – são modificáveis. 
• Alérgenos domiciliares. 
• Alérgenos externos – pó, fumaça, poluição, ácaros. 
• Sensibilizantes ocupacionais – exposição de trabalhadores a substâncias 
químicas. 
• Tabagismo passivo – principalmente na infância ou fetal. 
• Infecções respiratórias – virais ou bacterianas. 
• Dieta hipercalórica ou muito gordurosa. 
• Paracetamol/acetaminofeno. 
Gatilhos – coisas que o paciente sabidamente asmático entra em contato e o leva a ter 
uma crise. 
• Alérgenos – poeira, mofo, ar muito frio. 
• IVAS- Hiperresponsividade brônquica secundária a um vírus que tem tropismo 
pelas vias respiratórias. 
• Exercício/hiperventilação – volume de ar corrente aumentado causa agressão. 
• Ar frio/seco. 
• Drogas – beta bloqueadores e aspirina. 
• Estresse – dispneia por hiperventilação. 
• Gases irritantes – componente ocupacional. 
 
Fisiopatologia: 
• Os alérgenos ativam, através das células dendríticas e dos mastócitos, os 
eosinófilos e linfócitos TH2. 
• Isso promove uma reação inflamatória, que pode desencadear vários 
componentes. 
• Aumento de secreção respiratória – pode começar a ter secreção inflamatória 
amarelada ou esverdeada. 
• Vasodilatação com edema da mucosa e vias aéreas – a mucosa edemaciada 
diminui a luz da via respiratória, isso causa falta de ar e tosse. 
• Cascata inflamatória através da ativação do SNA – pode causar edema vascular 
local, vasodilatação, neovascularização, hiperplasia de glândulas mucoides, 
hipersecreção das vias aéreas, broncoconstrição por hiperplasia e hipertrofia do 
músculo liso das vias aéreas (gera sibilos). 
• Por ser uma doença inflamatória, tem-se dois caminhos, ou o processo 
inflamatório melhora ou cronifica. 
• Então, uma asma grave e não tratada pode evoluir com fibrose subepitelial e, 
daí o paciente passa a ter sintomas irreversíveis, se comportar como paciente 
com DPOC (chamada asma remodelada). O brônquio fibrosado perde sua 
capacidade de constrição e dilatação, ficando rígido. 
• A abordagem farmacológica visa atenuar os efeitos inflamatórios que essas 
células causam. 
Manifestações clínicas: 
• Sintomas variam de intensidade e frequência. 
• Tosse, sibilos, aperto no peito ou dispneia. 
• Sintomas piores a noite ou nas primeiras horas da manhã. 
• Sintomas pioram com desencadeantes (IVAS, exercício, exposição alergênica, 
mudanças climáticas, risada, irritantes inalatórios). 
• Histórico de atopia. 
• Aumento da secreção respiratória (por vezes com dificuldade para expectorar). 
• Disfunção ventilatória, uso de musculatura acessória. 
• Exame físico pode ser normal, sinais clássicos são roncos e/ou sibilos, 
principalmente expiratórios (roncos são equivalentes aos sibilos, só que na 
grande via aérea). 
• Em casos mais avançados – hiperinsuflação. 
• Doenças inflamatórias pioram com o cortisol baixo (que varia com o ritmo 
circadiano, sendo menor a noite). 
Diagnóstico:• É dado pelas manifestações clínicas associadas a uma limitação variável do 
fluxo expiratório. 
• Essa limitação deve ser achada e isso é feito através da espirometria. 
• Espirometria serve para diagnóstico, definição de gravidade e monitoramento 
(anualmente 2 vezes/ano em pacientes asmáticos, para ver se o paciente está 
perdendo função pulmonar). Precisa de comparação com exames anteriores, 
por não ser estatístico. 
Espirometria – feita em duas etapas no mesmo dia. 
• Fase pré-broncodilatora: faz a prova inicial e confere os valores de VEF1 e CVF, 
dá o broncodilatador para o paciente e 20-30 minutos depois repete o exame, 
para avaliar se o paciente melhorou (expiração mais efetiva). 
• Fase pós-broncodilatadora: ocorre melhora do VEF1, aumento da capacidade 
vital, aumento do pique de fluxo expiratório. 
• Ao laudo – resposta ao broncodilatador, paciente com asma. 
• Um paciente com VEF1 mais baixo, vai ser mais grave que um paciente com 
VEF 1 normal. 
• OBS – VEF 1 representa o volume de ar exalado registrado no primeiro segundo 
durante a manobra de CVF. 
 
• Asma – aumento do VEF de mais de 12% e mais de 200 ml, precisa desses dois 
juntos. 
• A asma não precisa ser diagnosticada exclusivamente pela espirometria, pode 
ser por outros métodos, diferentemente do DPOC. 
Manejo do paciente: 
1. Paciente chega com sintomas respiratórios na consulta (tosse, dispneia, chiado 
e aperto no tórax), história e exame clínico confirmam o diagnóstico. 
2. Tentar confirmar esse diagnóstico, com uma espirometria no mesmo dia ou 
prova funcional respiratória. Tem limitação variável ao fluxo aéreo expiratório. 
3. Caso a história e o exame físico confirmem, realiza-se qualquer manobra para 
determinar a variabilidade do fluxo aéreo. 
4. Caso alguma manobra confirme o diagnóstico já começa o tratamento. 
 
Ou seja, paciente chegou em quadro agudo, parece ser 
asma e não há tempo de fazer espirometria, institui 
tratamento empírico (corticoide inalatório e 
broncodilatador) e depois avalia a resposta. 
Se com essas manobras o paciente melhorou, pode 
mandar o paciente embora e pedir para retornar em 1 
semana, se tiver tudo bem mantém o tratamento por 1-3 
semanas. 
Consulta eletiva para confirmação do diagnóstico. 
Outros exames (auxiliares): 
• Exames hematológicos são muito pouco utilizados, pode pedir hemograma para 
ver ser tem aumento de eosinófilos ou pedir IgE total para ver se está 
aumentado. 
• Raio-x é bastante pedido na urgência, serve para verificar alguma complicação 
decorrente da asma ou em algum diagnóstico diferencial. 
• Testes cutâneos – não adianta nada saber ao que o paciente é alérgico. 
• Fração expirada de NO (FENO) – é um exame mais recente, o NO é um dos 
derivados da inflamação que pode ser expelido na expiração. Se a dosagem de 
NO estiver alta ou baixa reflete se está mais ou menos inflamado. 
Tratamento: 
• Tem como objetivo controlar os sintomas e reduzir riscos, impedindo que o 
paciente evolua para uma doença crônica fibrosante do pulmão (asma 
remodelada). 
Broncodilatadores 
• São usados em pacientes sintomáticos, geram menos tosse, falta de ar e sibilos. 
• B2 agonistas – via inalatória, promovem relaxamento da musculatura lisa do 
brônquio, não tem efeito anti-inflamatório. Beta 2 de curta duração 
(salbutamol/aerolin e fenoterol/berotec), beta 2 de longa duração (formoterol e 
salmeterol) se usa para tratamento crônico, beta 2 de ultra longa duração 
(vilanterol e indacaterol). 
 
• Anticolinérgicos- antagonistas dos receptores muscarínicos (M3), previnem 
broncoconstrição e secreção mucosa. Ação de curta duração 
(ipratrópio/atrovent), ação de longa duração (tiotrópio/spriva, glicopirrônio e 
umeclidínio). Os de longa duração são usados em pacientes mais graves, pode 
gerar boca seca, retenção urinária e glaucoma. 
• Teofilina – do grupo das metilxantinas, causam muitos efeitos colaterais, são 
pouco usados, é um broncodilatador, não deve ser usado isoladamente. 
Corticoides 
• Atuam na doença, terapia de manutenção. 
• Inalatórios – tratamento de primeira linha para asma, é tópico (age apenas na 
mucosa respiratória), precisa de alguns dias para apresentar efeito. Tem como 
efeito colateral rouquidão e candidíase oral. 
• Sistêmicos – oral ou parenteral, os parenterais são 
hidrocortisona/metilprednisolona ou orais que são prednisona/prednisolona. São 
prescritos na urgência, em crise asmática (não há evidência que a via parenteral 
seja melhor que a oral), tem inúmeros efeitos colaterais que ocorrem após 10-
14 dias de tratamento contínuo. 
Antileucotrienos: 
• Montelucaste/zafirlucaste, pouco eficazes em monoterapia, úteis em 
associação, quase sem efeitos colaterais. 
• Os leucotrienos participam no processo de inflamação aguda. 
Cromonas: 
• Cromoglicato/necromil, curta meia vida, pouco utilizado, forma inalatória. 
• Podem ser usados para bloqueio de indutores específicos (usado antes de 
treinar, por exemplo). 
GINA – diretriz internacional do manejo da asma: 
• Steps variam conforme a necessidade do paciente, após a avaliação encaixa o 
paciente em um step. 
• Paciente com asma bem controlada – step 1, asma leve. 
• Reavalia a resposta ao tratamento depois de 2-3 meses, se melhorou mantém 
no step que ele está ou tenta diminuir. 
• Se o paciente não melhorou após o tratamento deve subir o step. 
 
 
 
• Step 1 – não usar medicação, só quando necessário. Deve-se usar Aerolin e 
uma dose de corticoide inalatório. 
• Existem medicamentos que já tem a combinação de broncodilatador com 
corticoide inalatório. 
• Está no step 1 ou 2 com dose baixa de corticoide, se precisar aumentar, pode 
passar para uma dose moderada de corticoide inalatório ou fazer associação. 
• Deve-se usar corticoide inalatório sempre, independente do estágio do paciente. 
 
 
 
 
 
• A gravidade da asma não é estática, avaliada de forma retrospectiva a partir da 
etapa de tratamento necessário para controlar os sintomas e exacerbações. 
 
 
 
 
 TUBERCULOSE: 
• Doença de classe social mais baixa, jovens, doença de notificação compulsória 
(mesmo sem exames confirmatórios). 
• Quem deve cuidar da tuberculose é a atenção primária – posto de saúde, caso 
necessário, encaminha para um centro de tuberculose ou especialista (a 
tuberculose foi descentralizada) 
 
Paciente tem: 
• Baciloscopia positiva – exame de escarro (BAAR) OU; 
• Cultura positiva OU; 
• Clínica – raio x de tórax com exames complementares. 
 
• Sempre que um paciente tiver características de uma doença infectocontagiosa 
nunca se deve desconsiderar tuberculose. 
• Pode existir em outros órgãos além do pulmão. 
• 90.000 a 100.000 casos novos por ano. 
• 6% das pessoas morrem pela doença ou com a doença. 
• É um grande problema de saúde pública, este fato deve-se a grande 
desigualdade social ainda existente. 
• A emergência de cepas resistentes tornou-se mais comum nos últimos anos, isto 
se deve ao tratamento prolongado – as pessoas melhoram e abandonam o 
tratamento antes do prazo previsto. 
• As taxas de abandono do tratamento no Brasil e no Paraná giram em torno de 
15%. 
 
Agente etiológico: 
• Mycobacterium tuberculosis, é uma doença milenar. 
• Bacilo aeróbio – ápices pulmonares. 
• É corado por imunofluorescência (método de Ziehl-neelsen). 
• É um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR). 
• Tem duplicação lenta, por isso o tratamento é demorado, de 6-9 meses de 
tratamento, tem de ser feito com várias drogas combinadas. 
 
Reservatório e fonte de infecção: 
• O reservatório do bacilo é o homem, a fonte de infecção é a pessoa que está 
tossindo e escarrando. 
• As gotículas/partículas/perdigotos contém os bacilos que se dispersam no ar e 
são inaladospor terceiros. 
• Não transmite por objetos. 
• Quem transmite são apenas os pacientes sintomáticos, que estão com tosse 
produtiva e eliminam secreção no ar. 
• Se um paciente faz a prova tuberculínica, mas não está sentindo nada, não irá 
transmitir. 
 
 
• Apenas a tuberculose pulmonar é transmissível, a transmissão precisa de tosse. 
• Locus minor resistence – é o órgão ou sistema suscetível a sofrer interferências 
internas e externas. Por exemplo, se o indivíduo tem doença de crohn ou 
síndrome do intestino irritável, seu locus minor é o intestino. 
• Quando o paciente com TB tosse e outra pessoa inala, o bacilo vai até os 
pulmões e faz uma lesão conhecida como cancro de inalação – que pode evoluir 
para a doença (no pulmão ou cair na corrente sanguínea e se dispersar) ou para 
a cura (nódulo calcificado, em pessoas hígidas). 
• TB em outros órgãos – tem que investigar HIV, geralmente está associado a 
imunossupressão. 
 
 
Quadro clínico e exame físico: 
• Tosse há mais de 3 semanas, seca ou produtiva (com secreção). 
• Secreção amarelada ou esverdeada. 
• Obrigatório fazer BAAR – exame de escarro com tosse de mais de 3 
semanas. 
• Pode haver hemoptise também, em 50% dos casos. 
• Febre – 37,5 ou 37,8, não costuma ser uma febre muito alta (febrícula), 
aparece sempre no final da tarde. 
• Sudorese noturna – paciente relata que molhou o colchão. 
• Emagrecimento e sintomas gerais como astenia. 
• No exame físico não se acha nada muito significativo, paciente pode estar 
emagrecido ou não, a ausculta pode ter ronco, sibilos ou ser normal. 
Diagnóstico: 
 
• Em crianças – elas não escarram, então posso passar uma sonda gástrica e 
observar se tem BAAR no suco gástrico dessa criança, pois na noite anterior ele 
pode ter engolido essa secreção. 
• Se vier negativo o exame de escarro, posso pedir a cultura, mas esse exame 
demora cerca de 45-60 dias, não dá pra esperar todo esse tempo pra tratar o 
paciente com tuberculose. Então se inicia o tratamento e enquanto isso espero 
os resultados da cultura. 
 
• Raio-x de tórax: é um dos exames utilizados na pesquisa, porém ele não serve 
para diagnóstico, dá apenas imagens sugestivas de TB. Quem dá o diagnóstico 
é o bacilo encontrado no escarro. 
• As principais imagens de raio-x são as cavernas/cavitações, que ocorrem 
principalmente nos ápices pulmonares. 
• Prova tuberculínica (PT) e derivado proteico purificado (PPD): injeta-se no 
antebraço esquerdo, por via intradérmica, um derivado proteico da TB/extrato da 
bactéria. Depois de 40-72 horas se faz a leitura desse processo, não é 
caracterizado por vermelhidão e sim por uma pápula. 
• Alguns laboratórios menos experientes consideram hiperemia local na leitura, 
mas o que deve ser considerado é a pápula – faz a medição dessa pápula em 
mm e a partir disso toma-se a conduta. 
• OBS – a prova tuberculínica não dá diagnóstico de TB, só nos fornece que o 
individuo já foi infectado pelo bacilo da TB. Sabemos que 1/3 da população já foi 
infectado pelo bacilo. 
 
 
 
Diagnóstico diferencial de tuberculose: 
• Paracoccidioidomicose – é a blastomicose sul-americana, muito parecida com a 
TB. Sintomas e achados radiológicos parecidos, costuma dar lesão nos terços 
médios de ambos os pulmões, lesão parece uma asa de borboleta. 
 
• Neoplasia de pulmão – paciente com 60 anos, fumou, agora está com tosse 
secretora, faz uns 2 meses que emagreceu e teve hemoptise. Esse quadro 
retrata uma hipótese diagnóstica de neoplasia. 
• Bronquiectasia – paciente que há 5 anos foi tratado pra TB e agora está 
apresentando os mesmos sintomas que antes. O que provavelmente aconteceu 
é que a tuberculose deu no parênquima pulmonar e gerou alguns processos 
infecciosos no brônquio, melhorou a infecção, mas o brônquio retraiu, devido a 
cicatrização e gerou uma bronquiectasia. Esse é o diagnóstico diferencial mais 
importante. 
 
Tuberculose extrapulmonar: 
• Não precisa ter tido a pulmonar, dificilmente acomete o pulmão e a pleura. 
• Tuberculose pleural – mais importante, gera micronódulos na pleura parietal, se 
faz toracocentese para o diagnóstico. Na tuberculose tem exsudato, linfócitos, 
monócitos, eosinófilos Ph, proteínas e critérios de light. 
 
 
 
 
Tratamento: 
• Consegue tratar 99% dos pacientes, sendo que esse 1% é praticamente porque 
o paciente não toma a medicação. 
• Trata ambulatorialmente, sem necessidade de internação. 
• Casos em que se pensa em internação – etilista, hepatopata, nefropata, 
intolerância medicamentosa e morador de rua. 
• Meningite tuberculosa – indicação cirúrgica em decorrência da tuberculose, 
intolerância medicamentosa incontrolável em ambulatório. 
 
Medicamentos/antibióticos: 
• Isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. 
• 4 antibióticos no mesmo comprimido, isso para pacientes com mais de 10 anos, 
abaixo dos 10 anos não entra o etambutol. 
 
• Em diabético insulinodependente e em meningite tuberculosa trata 2 meses 
com todos os medicamentos, depois retira 2 seguindo o tratamento normal, mas 
continua com isoniazida e rifampicina por mais 7 meses, totalizando 9 meses 
de tratamento. 
 
• Efeitos colaterais – dor epigástrica, náusea, vômitos, pruridos, alterações 
enzimáticas e dor articular. 
 
Raio-x:

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