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1 UNIVERSIDADE PAULISTA XXXXXXXXXXXXX – RA XXXXXXXXXX – RA ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS - APS CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA - CREA ARAÇATUBA 2021 2 RESUMO Crea, ou Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia, são entidades da esfera estadual que verificam, orientam e fiscalizam o exercício das profissões da área tecnológica em cada região, evitando a prática ilegal das atividades que englobam junto com o Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), do qual faz parte. Criado em 1933, durante o governo do presidente Getúlio Vargas, o Sistema Confea/Crea tem como objetivo melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da sociedade, gerando riquezas ao país por meio de serviços técnicos realizados por profissionais de engenharia, agronomia, geologia, geografia, meteorologia, além de tecnólogos e técnicos dessas áreas. Este trabalho tem como objetivo abordar as principais atividades do conselho, sua estrutura e legislação e suas atribuições aos profissionais ligados ao CREA. Palavras-chave: Engenharia; CREA; Fiscalização; CONFEA. 3 ABSTRACT Crea, or Regional Councils of Engineering and Agronomy, are entities of the state sphere that verify, guide and supervise the exercise of the professions of the technological area in each region, avoiding the illegal practice of the activities that they include together with Confea (Federal Council of Engineering and Agronomy), of which it is a part. Created in 1933, during the government of President Getúlio Vargas, the Confea / Crea System aims to improve the quality of life and well-being of society, generating wealth for the country through technical services carried out by engineering, agronomy, geology, geography, meteorology, as well as technologists and technicians from these areas. This work aims to address the main activities of the council, its structure and legislation and its attributions to professionals linked to CREA. Keywords: Engineering; CREA; Oversight; CONFEA. 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Logomarca CREA CONFEA. ....................................................................................... 6 Figura 2 – Prédio do CREA-SP com agentes de fiscalização em operação. ............................ 7 Figura 3 – Eleições do sistema CREA CONFEA adiadas em 2020. .......................................... 8 Figura 4 – Legislação do CREA. ................................................................................................... 8 Figura 5 – Código de Ética do CREA. ..........................................................................................12 Figura 6 – Exemplo de ART de inspeção veicular preenchida.. ..... Error! Bookmark not defined. 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 1.1 A história do CONFEA CREA .............................................................................................. 6 1.2 A estrutura do sistema CREA CONFEA ............................................................................. 8 1.3 Legislação do CREA CONFEA ............................................................................................ 9 2. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 10 2.1 Codigo de Ética ....................................................................................................................11 2.2 Manual da nova ART ...........................................................................................................13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 15 6 1. INTRODUÇÃO Crea significa Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e é provavelmente o maior Conselho de Fiscalização de Exercício Profissional do mundo. É responsável pela fiscalização de atividades profissionais nas áreas de Engenharia, Meteorologia, Geografia, Agronomia e Geologia, além das atividades dos Tecnólogos e das várias modalidades de Técnicos Industriais de nível médio. (SAMPAIO, [s.d.]). Confea significa Conselho Federal de Engenharia e Agronomia e é um conselho de fiscalização profissional responsável pela regulamentação e julgamento final no Brasil das atividades profissionais nas áreas de Engenharia, Meteorologia, Geografia, Agronomia e Geologia. O Crea constitui a manifestação regional do Confea.(SAMPAIO, [s.d.]) Figura 1 – Logomarca CREA CONFEA. Fonte: (CREA, [s.d.]).. 1.1 A história do CONFEA CREA Após a crise econômica mundial de 1929, o desemprego nos países desenvolvidos provocou a vinda de milhares de trabalhadores estrangeiros, especializados ou não, para o Brasil, atraídos pelas oportunidades geradas pelo processo de industrialização no cenário das grandes cidades. Com as construções se multiplicando rapidamente sob o comando de leigos ou estrangeiros, era preciso garantir espaço para os brasileiros diplomados em engenharia.(CONFEA, [s.d.]) Além disso, com o desenvolvimento industrial também se desenvolveu a consciência da importância de que as atividades com potencial de risco às pessoas e ao patrimônio fossem desempenhadas por indivíduos habilitados, daí a exigência da comprovação da habilitação por ente idôneo representante da sociedade. Assim, os usuários dos serviços e produtos da engenharia contariam com garantias de solidez, segurança e qualidade para a sua proteção.(CONFEA, [s.d.]) 7 Das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea, a primeira a ser regulamentada foi a de engenheiro agrônomo, por meio do Decreto nº 23.196, de 12 de outubro de 1933. Não obstante a regulamentação do exercício da profissão, àquela ocasião os engenheiros agrônomos ficaram desprovidos de um órgão dirigido pela categoria profissional para o ordenamento e a fiscalização profissional, que era exercida pelo Ministério da Agricultura.(CONFEA, [s.d.]) Logo em seguida, em razão da necessidade de se coibir o exercício profissional dos fornecedores dos produtos e serviços de engenharia e agronomia leigos e inabilitados e com o apoio de diversas associações, clubes de engenharia, o Sindicato Nacional de Engenheiros e o Instituto de Engenharia de São Paulo – que depois vieram a constituir as chamadas “entidades precursoras” –, ocorreu a promulgação do Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933. Essa norma passou a regular o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor. Diferentemente da regulamentação profissional dos engenheiros agrônomos, este Decreto criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, Confea e Creas respectivamente, sendo que o presidente do Federal seria indicado pelo Governo Federal.(CONFEA, [s.d.]) Tão logo foi instalado o Confea, verificou-se que os recursos provenientes das taxas concedidas por lei eram insuficientes para o exercício das competências legais e os trabalhos de fiscalização do exercício profissional. Em virtude disso, foi assinado o Decreto-Lei nº 3.995, de 31 de dezembro de 1941, que estabeleceu a obrigação do pagamento de anuidade pelos profissionais habilitados aos Conselhos Regionais.(CONFEA, [s.d.]) Figura 2 – Prédio do CREA-SP com agentes de fiscalização em operação na região. Fonte: (AEAIR, 2020) 8 1.2 A estrutura do sistema CREA CONFEA O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) é o órgão central do Sistema nacional de regulamentação efiscalização do exercício profissional da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, nos diversos níveis operacionais superior e técnico. A instituição, localizada em Brasília, é composta por 18 membros titulares, cada um com um suplente, além de seu presidente.(CREA- PE, [s.d.]) A reunião plenária do Conselho é a instância máxima e recursal do sistema nos processos éticos e de penalidades oriundas dos órgãos regionais. Os mandatos dos conselheiros titulares e o do presidente são honoríficos, não fazendo jus a qualquer tipo de remuneração e, quando exercidos em mais de um terço do período, são considerados relevantes serviços prestados à nação.(CREA-PE, [s.d.]) O presidente, assim como os demais conselheiros, é eleito em sufrágio universal direto para um mandato de três anos, podendo ser renovado uma vez. Para o desempenho de suas atividades de regulamentação e de fiscalização do exercício profissional, o Confea tem poderes para legislar através de Resoluções e Decisões. Essas Resoluções têm caráter de lei.(CREA-PE, [s.d.]) Figura 3 – Eleições do sistema CREA CONFEA adiadas em 2020. Fonte: (PORTAL DO CAREIRO, 2021). 9 1.3 Legislação do CREA CONFEA Em 1919, já era grande a preocupação no país, com o exercício da profissão por leigos, que além de representar desprestígio para a engenharia nacional, colocavam em risco a segurança da sociedade. As novas tecnologias, que exigiam conhecimentos complexos de cálculo estruturais, de resistência dos materiais e estabilidade das construções executadas em concreto armado, tornava extremamente necessário o envolvimento dos engenheiros qualificados profissionalmente para realização destes empreendimentos tecnológicos.(CREA-SP, 2009) Nestas condições, tem início o movimento para a regulamentação profissional e da engenharia nacional.(CREA-SP, 2009) No território paulista, documento elaborado por uma comissão do Instituto de Engenharia, foi encaminhado pelo recém eleito Presidente Francisco Monlevade à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.(CREA-SP, 2009) Esse documento deu origem a um Projeto de Lei, apresentado pelo Deputado Alcântara Machado, e que foi aprovado e transformado na Lei Estadual nº 2.022, promulgada em 27 de dezembro de 1924, regulamentando o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e agrimensor no território do Estado de São Paulo.(CREA-SP, 2009) A Prefeitura de São Paulo, em 1926, passou a exigir projetos com desenhos e memoriais descritivos assinados por engenheiro, arquiteto ou empreiteiro certificado por prova aplicada pela municipalidade, para autorizar a execução de obras.(CREA-SP, 2009) O Estado do Paraná (1926), Pernambuco (1928) e Bahia (1932) reconheceram, também, o privilégio do exercício das profissões da área. Porém, a ausência de uma estrutura de fiscalização do exercício profissional impedia o sucesso dessas iniciativas, motivando a categoria a continuar o movimento e implementar ações que culminaram, em 1933, com a edição do Decreto Federal nº 23.569, em 11 de dezembro de 1933, que regulamentou o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor em todo o território nacional.(CREA-SP, 2009). 10 Figura 4 – Legislação do CREA Fonte: (CREA-SP, 2009) 2. DESENVOLVIMENTO O Exercício Profissional efetivo, eficiente e eficaz desejado reflete-se, entre outros aspectos, na qualidade indispensável de obras, serviços e produtos colocados à disposição da sociedade, na flexibilidade exigida dos profissionais em um mercado em permanentes e aceleradas transformações e no comportamento 11 ético, sujeito aos padrões consensados pelos cidadãos-profissionais que integram o Sistema Confea/Crea. (CONFEA, [s.d.]) 2.1 Código de Ética Considerando as mudanças ocorridas nas condições históricas, econômicas, sociais, políticas e culturais da Sociedade Brasileira, que resultaram no amplo reordenamento da economia, das organizações empresariais nos diversos setores, do aparelho do Estado e da Sociedade Civil, condições essas que têm contribuído para pautar a “ética” como um dos temas centrais da vida brasileira nas últimas décadas; (CREA-SP, [s.d.]) Considerando que um “código de ética profissional” deve ser resultante de um pacto profissional, de um acordo crítico coletivo em torno das condições de convivência e relacionamento que se desenvolve entre as categorias integrantes de um mesmo sistema profissional, visando uma conduta profissional cidadã;(CREA- SP, [s.d.]) Considerando a reiterada demanda dos cidadãos-profissionais que integram o Sistema Confea/Crea, especialmente explicitada através dos Congressos Estaduais e Nacionais de Profissionais, relacionada à revisão do “Código de Ética Profissional do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo” adotado pela Resolução nº 205, de 30 de setembro de 1971;(CREA-SP, [s.d.]) Considerando a deliberação do IV Congresso Nacional de Profissionais – IV CNP sobre o tema “Ética Profissional”, aprovada por unanimidade, propondo a revisão do Código de Ética Profissional vigente e indicando o Colégio de Entidades Nacionais - CDEN para elaboração do novo texto,(CREA-SP, [s.d.]) RESOLVE: Art. 1º Adotar o Código de Ética Profissional da Enge�nharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, anexo à presente Resolução, elaborado pelas Entidades de Classe Nacionais, através do CDEN - Colégio de Entidades Nacionais, na forma prevista na alínea “n” do art. 27 da Lei nº 5.194, de 1966. Art. 2º O Código de Ética Profissional, adotado através desta Resolução, para os efeitos dos arts. 27, alínea “n”, 34, alínea “d”, 45, 46, alínea “b”, 71 e 72, da Lei nº 5.194, de 1966, obriga a todos os profissionais da Engenharia, da Arquitetura, da 12 Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, em todas as suas modalidades e níveis de formação. Art. 3º O Confea, no prazo de cento e oitenta dias a contar da publicação desta, deve editar Resolução adotando novo “Manual de Procedimentos para a condução de processo de infração ao código de Ética Profissional”. Art. 4º Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, em conjunto, após a publicação desta Resolução, devem desenvolver campanha nacional visando a ampla divulgação deste Código de Ética Profissional, especialmente junto às entidades de classe, instituições de ensino e profissionais em geral. Art. 5º O Código de Ética Profissional, adotado por esta Resolução, entra em vigor à partir de 1° de agosto de 2003. Art. 6º Fica revogada a Resolução 205, de 30 de setembro de 1971 e demais disposições em contrário, a partir de 1º de agosto de 2003. Brasília, 26 de novembro de 2002. Eng. Wilson Lang Presidente Publicada no D.O.U do dia 12 DEZ 2002 - Seção 1, pág. 359/360(CREA-SP, [s.d.]) Figura 5 – Código de Ética do CREA Fonte: (CREA-SP, [s.d.]) 13 2.2 Manual da nova ART Conforme a Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977, todo contrato escrito ou verbal para desenvolvimento de atividade técnica no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea deve ser objeto de registro junto ao Crea. Este registro se dá por meio da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART – documento que tem o objetivo de identificar o responsável técnico pela obra ou serviço, bem como documentar as principais características do empreendimento. (FERREIRA, 2011) Esta prerrogativa legal, aliada à edição do Código de Defesa do Consumidor, fixou o papel da ART na sociedade como um importante instrumento de registro dos deveres e direitos do profissional e do contratante. A ART também passou a ser adotada como prova da contratação da atividade técnica, indicando a extensão dos encargos, os limites das responsabilidades das partes, e a remuneração correspondente ao serviço contratado,o que possibilita que seja adotada simultaneamente como contrato, certificado de garantia e registro de autoria. (FERREIRA, 2011) Para o profissional, por sua vez, o registro da ART garante a formalização do respectivo acervo técnico, que possui fundamental importância no mercado de trabalho para comprovação de sua aptidão técnico-profissional.(FERREIRA, 2011) Em face destes aspectos e considerando ainda o desenvolvimento tecnológico, as mudanças no mercado de trabalho, a evolução da legislação federal que envolve as profissões regulamentadas e a integração com os demais órgãos públicos, o Sistema Confea/Crea orientou a revisão nos normativos vigentes, fixando como premissas a concepção de normativos que possam ser atualizados com maior flexibilidade e o desenvolvimento de sistemas de tecnologia da informação que possam viabilizar a adoção da ART como fonte de informações consistentes acerca das atividades técnicas nas áreas de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia.(FERREIRA, 2011) 14 Figura 6 – Exemplo de ART de inspeção veicular preenchida. Fonte: (CREA-RS, [s.d.]) 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AEAIR. Crea-SP conclui na sexta (14) fiscalização em 56 municípios do Interior – AEAIR. Disponível em: <http://www.aeair.org.br/crea-sp-conclui-na-sexta-14-fiscalizacao-em-56-municipios- do-interior/>. Acesso em: 15 maio. 2021. CONFEA. História | Confea - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Disponível em: <https://www.confea.org.br/sistema-profissional/historia>. Acesso em: 15 maio. 2021a. CONFEA. O Sistema | Confea - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Disponível em: <https://www.confea.org.br/sistema-profissional/o-sistema>. Acesso em: 15 maio. 2021b. CREA-PE. Estrutura do Sistema CONFEA / CREA – Crea-PE. Disponível em: <https://www.creape.org.br/confea-crea/estrutura-do-sistema-confea-crea/>. Acesso em: 15 maio. 2021. CREA-RS. MODELO DE ART PARA INSPEÇÃO VEICULAR. Disponível em: <http://www.crea- rs.org.br/site/documentos/inspecao veicular.pdf>. Acesso em: 15 maio. 2021. CREA-SP. Código de Ética. [s.l: s.n.]. CREA-SP. MANUAL DE FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO. p. 272, 2009. CREA. Downloads e Padrões – Crea-SE. Disponível em: <http://www.crea-se.org.br/downloads-e- padroes/>. Acesso em: 15 maio. 2021. FERREIRA, P. M. F. Manual de Procedimentos Operacionais - NOVA ART. [s.l: s.n.]. PORTAL DO CAREIRO. Eleições do Sistema CONFEA/CREA/MÚTUA são adiadas | Portal do Careiro. Disponível em: <https://www.portaldocareiro.com.br/eleicoes-do-sistema-confea-crea-mutua- sao-adiadas/>. Acesso em: 15 maio. 2021. SAMPAIO, F. D. Introdução de Engenharia - Trabalho CREA CONFEA. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/53689637/introducao-de-engenharia-trabalho-crea-confea>. Acesso em: 15 maio. 2021. 1. INTRODUÇÃO 1.1 A história do CONFEA CREA 1.2 A estrutura do sistema CREA CONFEA 1.3 Legislação do CREA CONFEA 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Código de Ética 2.2 Manual da nova ART REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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