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ANATOMIA DO CORAÇÃO DOENÇAS CORONARIANAS Posição do coração no tórax • cavidade torácica • 2/3 à esquerda da linha mediana • posteriormente ao esterno e cotelas • superiormente ao diafragma • entre os pulmões, no mediastino Sulcos interventriculares anterior e posterior Sulco coronário NN Septo interventricular Átrio direito e esquerdo Septo interatrial Anatomia - átrio direito • fossa oval • músculos pectíneos • óstio do seio coronário • óstio das veias cavas • óstio para ventrículo direito Ventrículo direito *Valva atrioventricular direita – TRICÚSPIDE (3 válvulas); * Músculos papilares; * Trabéculas cárneas * Cordas tendíneas; * Valva do tronco pulmonar (3 válvulas semilunares); Anatomia - átrio esquerdo • septo interatrial • óstios das veias pulmonares • óstio para ventrículo esquerdo Ventrículo esquerdo * Valva atrioventricular esquerda – MITRAL (2 válvulas); * Músculos papilares; * Trabéculas cárneas; * Cordas tendíneas; * Va l v a d a a o r t a ( 3 válvulas semilunares). Tronco pulmonar Aorta Aorta Anatomia – coronárias A.coronária direita • a. anterior direita (nó SA) • a. marginal direita • a. interventricular posterior A.coronária esquerda • a. circunflexa • a. interventricular anterior (DA) Artéria coronária esquerda • Constituida por um curto seguimento (troco), que depois se divide em DA e CX • Irriga todo o átrio esquerdo, os 2/3 anteriores do septo, a margem esquerda da parede livre do VD e parede anterior e lateral do VE Artéria coronária direita • Nasce do seio Valsava direito (97%), e acompanha o sulco atrioventricular direito • Atravessa a “Crux Coedis” e se divide • Dá origem a 4-5 ramos ventriculares • Artéria do nó sinusal em 55% dos casos • Irriga toda a parede livre do VD, 1/3 posterior septo, parede inferior do VE, e todo átrio direito Dominância coronariana • Dominancia CD: 85% dos casos – ultrapassa a “crux cordis” e da origem a Descendente Posterior (DP) e Ventricular Posterior (VP) • Dominancia CX: 8% dos casos – Descendente posterior e ventricular posterior originam-se da porção distal de CX (CD não envia sangue para VE) • Condominancia: 7% dos casos – Coronária Direita origina a DP e a CX origina VP e, eventualmente, pode dar origem a outra DP • Dominância Direita (72%): CD fornence ramo interventricular posterior • Dominância Esquerda (20%): CE fornece ramo interventricular posterior • Dominância balanceada (8%): ambas as coronárias emitem ramos posteriores Reserva coronariana Capacidade da circulação coronária em fornecer ao miocárdio, quando em necessário, uma quantidade de fluxo adicional de sangue oxigenado • O miocárdio é perfundido na diástole • O músculo cardíaco é o único tecido do corpo em que a taxa de extração de O2 é máxima (75%) em repouso • Aumentar a oferta de O2 ao miocárdio = vasodilatação coronariana • Em indivíduos normais pode aumentar até 6X • Modulação do tônus vascular depende do endotélio • Aumento do trabalho das células miocárdicas: H+, CO2, adenosina = recrutam reserva coronariana • Endotélio libera óxido nítrico, prostaciclina, fator hiperpolarizante endotéliodependente • HAS, dislipidemias, diabetes, tabagismo = disfunção endotelial Doença coronariana Fatores predisponentes • Tendência genética • Obesidade/sedentarismo • Homens >55a e mulheres >65a Pressão alta (lesão endotelial) • Dislipidemia • Tabagismo • Estresse • Diabetes DISFUNÇÃO ENDOTELIAL • HAS, dislipidemias, diabetes, tabagismo ! disfunção endotelial. • Estresse oxidativo por partículas aterogênicas depositadas na camada íntima das artérias ! inativa o óxido nítrico. • A disfunção endotelial aumenta a trombogenicidade do vaso (aumenta ativação plaquetária e diminui a fibrinólise). Localização da dor • Dor cardíaca – produção de ácido lático • fibras sensitivas de dor com origem no mesmo segmento da medula espinhal Causas de morte no IAM 1. Diminuição do débito cardíaco (Choque cardiogênico) 2. Edema pulmonar 3. Fibrilação cardíaca – diminuição do fluxo na área de infarto – alteração da repolarização / alteração da condução elétrica 4. Ruptura cardíaca Exames complementares • Marcadores bioquímicos • ECG Basal • Teste ergométrico • Cintilografia de perfusão miocárdica • Exames com estresse farmacológico (dipiridamol, dobutamina) • Coronariografia Teste ergométrico • Avaliação da capacidade cardiopulmonar durante esforço programado e monitorado • Critério de Bruce • A cada 3 minutos aumentase a inclinação e a velocidade da esteira • 7 estágios • Sensibilidade 75% • Especificidade 85% HIPERTENSÃO ARTERIAL REPERCUSSÕES CARDÍACAS Epidemiologia • Prevalência no Brasil: 20-30% da população • 65% dos idosos com mais de 60 anos são hipertensos! • Fatores envolvidos * Raça, *Sexo *Obesidade *Hábitos de vida (sedentarismo, alimentação etc) Definição Entidade clínica na qual o indivíduo apresenta níveis médios de PA que conferem um significativo aumento do risco de eventos cardiovasculares a curto ou longo prazos, justificando uma programação terapêutica. PA > 140/90 mmHg Etiologia • 95% " primária ou essencial • 5% " secundária *Doença parenquimatosa renal *Estenose da artéria renal *Uso de ACO * Coarctação da aorta * Doença de Cushing *Feocromocitoma * Hiperaldosteronismo primário * Uso de drogas ilícitas Fisiopatologia - Hipertensão primária • Maioria dos hipertensos: DC normal e RVP elevada • O evento primário seria o aumento da RVP? DP x RVP = PA • Autorregulação do fluxo sanguíneo orgânico • ↓ DC " vasodilatação arteriolar (↓ RVP) • ↑ DC " vasoconstricção arteriolar (↑ RVP) • Sistema renina-angiotensina-aldosterona Influência da volemia • Com PA 50mmHg, diurese zero • Com PA 100mmHg, diurese normal • Com PA 200mmHg, diurese 6-8 x > Sistema renina-angiotensina v Hipertensão essencial • DC aumentado - suprir adipócitos e aumento dos órgãos e tecidos • atividade nervosa simpática • angiotensina/aldosterona • diminuição da natriurese de pressão • Hipertensos tem um numero menor de nefrons e um volume glomerular maior que os normotensos Aterosclerose • Doença da parede arterial • Acomete artérias de grande e médio calibre ! *Coronárias, carótidas, mesentéricas, renais, femorais • Placa de ateroma * Obstruir gradativamente o lúmen arterial *Evoluir para formação de um trombo oclusivo (instabilidade da placa de ateroma) * A HAS está entre os principais fatores de risco para a aterosclerose, a patologia vascular mais incriminada nos eventos cardiovasculares! • Receptor AT1 da Angiotensina II * produção de radicais livres de O2 (estresse oxidativo) * aumento da oxidação do LDL, captação de LDL oxidada e formação de células espumosas • Fatores hemodinâmicos * A distensão do vaso leva à disfunção endotelial, com menor produção de NO e diminuição da distensibilidade do vaso Aterosclerose - fatores de risco • MODIFICÁVEIS * Tabagismo *Obesidade * Sedentarismo * Dislipidemias *HAS * Resistência à insulina * DM • NÃO-MODIFICÁVEIS *Idade>50a *Sexo masculino ou feminino pós-menopausa *Genética – história familiar positiva Aterosclerose – patogênese • Lesão inicial: estria gordurosa * 15-35 anos: quase todos indivíduos apresentam • Acúmulo na camada íntima * LDL * Leucócitos * Músculo liso * Envoltório fibroso • Relação com a HAS • Bifurcações arteriais* Carótidas • Região proximal de médias artérias * Renais * Mesentéricas * Coronárias Aterosclerose - instabilidade da placa de ateroma • Envoltório fibrótico • Células espumosas (macrófagos que fagocitam lipídeos) no interior • Ativação leucocitária no interior da placa " metaloproteinases " rotura da placa " trombose Tríade de Virshow Hipertrofia ventricular esquerda • Sobrecarga pressórica " hipertrofia miocárdica ! *Concêntrica * Excêntrica • 50% dos hipertensos não tratados apresentam • Aumenta mortalidade Hipertrofia de VE - disfunção diastólica • Achado comum no Ecocardiograma dos hipertensos *Déficit no relaxamento ventricular *Aumento atrial esquerdo * Hipertrofia ventricular concêntrica Hipertrofia de VE - disfunção sistólica • HAS: 1ª / 2ª causa de insuficiência cardíaca no Brasil • Disfunção sistólica " dilatação ventricular Remodelamento cardíaco • Os mesmos mediadores neurohumorais que inicialmente mantém o paciente compensado (SRAA, sistema adrenérgico) passam a exercer um efeito deletério na função miocárdica. *Noradrenalina: efeito miocardiotóxico, receptores beta 1 e 2. * Angiotensina II: age nos receptores AT1 dos miócitos e causam apoptose, proliferação de fibroblastos. * Aldosterona: age sobre receptores citoplasmáticos de esteróide e levam a proliferação de fibroblastos.
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