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Meios de Cultura ● É todo o suporte (nutrientes, condições físicas e químicas) preparado fornecido, que permite o crescimento e desenvolvimento de microrganismos em laboratório (fora de seu hábitat natural); ● No caso do vírus que são parasitas intracelulares obrigatórios seu meio de cultura é vivo e não igual o das bactérias. ● NÃO HÁ UM MEIO DE CULTURA UNIVERSAL → Algumas bactérias podem crescer bem em qualquer meio de cultura; outras requerem meios especiais, e outras ainda não podem crescer em qualquer dos meios não vivos até agora desenvolvidos; ● Existem ainda algumas espécies bacterianas que só podem ser “cultivadas” em animais experimentais (ex. Mycobacterium leprae e Treponema pallidum); ● Variável; ● usados para análises laboratoriais e estudo científico >> utilização no isolamento e na identificação de bactérias que são de interesse para os pesquisadores em campos como a microbiologia de alimentos, de água e a microbiologia clínica. ● Inóculo - são microrganismos que são introduzidos em um meio de cultura para dar início ao crescimento; ● cultura - são micróbios que crescem e se multiplicam no interior ou sobre um meio de cultura; ➔ CRITÉRIOS QUE UM MEIO DE CULTURA DEVE PREENCHER: 1. deve conter os nutrientes adequados para o microrganismo específico que queremos cultivar. 2. Deve conter também uma quantidade de água suficiente ; 3. pH apropriado; 4. Nível conveniente de oxigênio , ou talvez nenhum . 5. deve ser estéril – isto é, inicialmente não deve conter microrganismos vivos – dessa forma, a cultura conterá apenas os microrganismos (e sua descendência) que foram introduzidos. 6. deve ser incubada em temperatura apropriada . ➔ CULTURA PURA: quando apenas um tipo de organismo está presente; ➔ CULTURA MISTA: quando populações de organismos diferentes estão presentes; ● A presença de determinados corantes ou de produtos químicos nos meios produzirão certas alterações características ou padrões de crescimento que são utilizados para a identificação ou a diferenciação de microrganismos. ➔ CLASSIFICAÇÃO: De acordo com o estado sólido (agente solidificante), objetivos funcionais e composição química. 1. Quanto ao Estado físico/Consistência - meios podem ser encontrados de 3 formas, sólidas, líquidas ou sem-sólidas ; sólidos > têm a adição de uma substância/agente solidificante em determinada quantidade (1,5 a 2% de ágar 1 ) ; superfície endurecida permitem a formação de colônias; usado para distinção da morfologia, isolamento de colônias, conservação de cepas; preparados adicionando-se ágar ao meio líquido e posterior colocação em tubos de ensaio ou placas de Petri , onde o meio se solidifica; o crescimento bacteriano é visualizado pela formação de colônias; ex: ágar nutritivo; Agar Sangue, Agar Manitol Salgado, Agar MacConkey, Agar A Hektoen Entérico, Agar Mueller Hinton, ágar chocolate; 1 hidrocolóide fortemente gelatinoso extraído de diversos gêneros e espécies de algas marinhas vermelhas que consiste em uma mistura heterogênea de dois polissacarídeos, agarose e agaropectina; solidificante que é usado no preparo dos meios de cultura, que quando adicionado a um caldo nutriente (mistura de nutrientes específicos necessários para o cultivo de um determinado microrganismo), forma um meio de cultura; Poucos microrganismos podem degradar o ágar, o que permite que ele permaneça sólido. Além disso, o ágar se liquefaz a cerca de 100°C (o ponto de ebulição da água) e ao nível do mar ele permanece líquido até a temperatura diminuir até cerca de 40°C. Para utilização no laboratório, o ágar é mantido em banho-maria a 50°C. Nessa temperatura, ele não destrói a maioria das bactérias quando adicionado sobre elas (como mostrado na Figura 6.17a, p. 168). Uma vez solidificado, ele pode ser incubado a cerca de 100°C antes de se liquefazer novamente; essa propriedade é particularmente útil quando bactérias termófilas estão sendo cultivadas. Os meios com ágar geralmente são contidos em tubos de ensaio ou placas de Petri. Líquido (caldo) - não possui agente solidificante; colocados em tubos de ensaio; pode ser usado como meio de nutriente, mas também como meio seletivo para identificação de algum tipo de bactéria; crescimento é observado pela turvação do meio; ex. BHI (infusão de cérebro e coração); Semi-sólido - têm 0,3 a 1,0 % de ágar; intermediário; forma gelatinosa; feito em tubos de ensaios; crescimento é visualizado pela turvação do meio; muito usado para observar a motilidade da bactéria; ex. ágar SIM; Nitrato Motilidade; 2. Quanto à composição química - Sintéticos e meios complexos; Sintéticos ou quimicamente definidos - são preparados a partir de ingredientes puros dos quais se conhece a exata composição química dos constituintes do ágar; usados para estudo de necessidades nutricionais de determinadas bactérias; meio mínimo se fornecer apenas os nutrientes exatos (incluindo quaisquer fatores de crescimento) necessários ao organismo para o crescimento; Complexos ou não-definidos - A exata composição do meio não é conhecida; meio quimicamente indefinido; função de similar ao ambiente natural da bactéria; contêm materiais complexos de origem biológica, como sangue ou leite ou extrato de levedura ou extrato de carne bovina, cuja composição química exata é obviamente indeterminada; ex. ágar sangue (quantidades não é conhecida porque pode variar a quantidade de nutrientes presentes no sangue); ágar chocolate; 3. Quanto à função - Meios simples, enriquecidos e meios seletivos, meios diferenciais, meios de enriquecimento, meio de transporte, meios de manutenção ou estocagem e meio deidentificação; Meio simples/básico - possuem os componentes essenciais para o crescimento de microorganismos pouco exigentes; permitem o crescimento, porém não atendem a nenhuma condição nutricional específica de um determinado microrganismo; servem ao cultivo de vários microorganismos; Ex: caldo/ágar simples; água peptonada, caldo/ágar nutriente, Agar Padrão para Contagem; Meio de enriquecimento - usado para amplificar as bactérias que estão em pequeno número na amostra; geralmente usado para microorganismo específico; normalmente é um meio líquido; Contém nutrientes especiais que permitem o desenvolvimento de microorganismos específicos que não deve estar presente em número suficiente para permitir ser isolado e identificado; usado p/ isolar um microorganismo de um meio que está em pequena quantidade; usados para amostras fecais (coprocultura) inibindo o crescimento da microbiota das fezes e permitindo o crescimento de Salmonella e Shigella que são patogênicas; ex. Caldo selenito-cistina; Caldo RappaportVassiliads, Caldo Verde de Malaquita; Caldo Acetamida; Meio enriquecido - permite o crescimento de micro-organismos exigentes que necessitam de fatores de crescimento, (sangue, soro, extrato de levedura, gema de ovo, etc.], mas não inibem o crescimento de outros; Ex: ágar sangue, ágar chocolate, caldo BHI; Meios seletivos - favorecem o crescimento de determinados Mo, mas inibem a proliferação de outros, devido à adição de substâncias inibidoras [antibióticos, sais biliares, corantes]; variação de nutrientes, pH, temperatura, pressão osmótica, etc. usado para isolar determinado MO ou categoria de bactérias; Ex: ágar mitis salivarius bacitracina sacarose, ágar Salmonella-Shigella 2 ; Lowenstein-Jensen; Mac Conkey além de seus nutrientes, contém cristal violeta e sais biliares que inibe o crescimento de bactérias gram-positivas e permite o crescimento de gram-negativas. 2 altamente seletivo para o isolamento de Salmonella spp. e algumas espécies de Shigella a partir de amostras clínicas e de alimentos. Meio diferencial - possui substâncias que evidenciam uma característica que permite separar um grupo ou uma espécie de micro-organismo. São comumente utilizados no isolamento e identificação presuntiva 3 de bactérias; por exemplo modificação da coloração, onde outros tipos de bactérias não conseguem mudar; geralmente permite o crescimento de várias espécies de MO ao mesmo tempo, nos permitindo distingui-los. permitem a distinção entre dois ou mais tipos de bactérias pela simples observação apresentadas pelas suas colônias que neles se desenvolvem. ex. Agar Sangue; Agar MacConkey, Agar Hektoen Entérico ; OBS: A grande maioria dos meios diferenciais são também seletivos ; 3 que tem possibilidades de ser; provável. Meio de transporte - usados para transporte e manutenção de amostras biológicas como fezes e secreções; meio inerte (porque permitem a viabilidade da maioria dos patógenos sem alterar a sua concentração); não possuem nutrientes, apenas um agente redutor > previne desidratação e oxidação enzimática dos patógenos presentes em fezes, e secreções; ex. meio de stuart ou Amies usado para o transporte com swabs; meio cary-blair e salina glicerinada tamponada (transporte de fezes para isolamento de Salmonella e shigella); Meio de estocagem ou manutenção - utilizados para conservação de microorganismos no laboratório, garantindo sua viabilidade; ex. Agar leite; Caldo TSB; Agar Sabouraud; água destilada; Meio de identificação - usado para identificação de bactérias gram-negativas e gram-positivas; ➔ Medidas do crescimento microbiano -crescimento de populações microbianas pode ser medido por meio de diversas técnicas; -Alguns métodos medem o número de células, outros medem a massa total da população, a qual é frequentemente proporcional ao número de células; -A quantificação de uma população normalmente é registrada como o número de células por mililitro (mL) quando for líquido ou número de células/grama (g) quando o meio for sólido; 1. Contagem total de células/Contagem microscópica direta - um determinado volume de uma suspensão bacteriana é colocado em uma lâmina microscópica ( lâmina de contador de células de Petroff-Hausser Especialmente ); frequentemente utilizado para contar o número de bactérias no leite; Uma amostra de 0,01 mL é espalhada em uma superfície de um centímetro quadrado da lâmina, um corante é adicionado para visualizar a bactéria, e a amostra é observada com lentes objetivas de imersão; Deve ser determinada a área de observação de cada região da lâmina; Após a contagem de diferentes regiões da lâmina, a média do número de bactérias por campo observado pode ser calculada; A partir desses resultados, o número de bactérias no centímetro quadrado contendo a amostra também pode ser calculado; Como essa área da lâmina continha 0,01 mL, o número de bactérias em cada mililitro da suspensão é o número de bactérias na amostra multiplicado por 100; desvantagem → bactérias móveis são difíceis de serem contadas por esse método; as células mortas acabam sendo contadas como vivas; necessidade de uma concentração de células bastante elevada para permitir uma contagem satisfatória – em torno de 10 milhões de bactérias por mililitro; vantagem → um tempo de incubação não é requerido; elas geralmente são reservadas para situações nas quais o tempo é essencial >> Esse é o caso dos contadores de células eletrônicos ou contadores Coulter, que contam automaticamente o número de células em um volume líquido determinado; 2. Contagem de viáveis ou contagem em placa - medeo número de células viáveis (vivas); é que são necessárias 24 horas ou mais para que colônias visíveis sejam formadas (desvantagem) → pode ser um problema sério para certas aplicações, como o controle de qualidade do leite, quando não é possível manter um lote do produto durante esse tempo; princípio > consideram que cada bactéria viva cresce e se divide para produzir uma única colônia → Isso não é sempre verdadeiro, pois as bactérias frequentemente crescem unidas em agregados ou cadeias > Portanto, uma colônia muitas vezes resulta não de uma única bactéria, mas de um curto fragmento de uma cadeia ou de um agregado bacteriano → unidades formadoras de colônias (UFC); Quando uma contagem em placas é feita, é importante que somente um número limitado de colônias se desenvolva na placa ( recomendação de 25 a 250 colônias) → Quando muitas colônias estão presentes, algumas células são reprimidas e não podem se desenvolver → causam imprecisão na contagem ; porém muitos microbiologistas preferem placas com 30 a 300 colônias → Para assegurar que algumas contagens de colônias estejam nessa faixa, é preciso diluir o inóculo inicial várias vezes >> processo de diluição seriada sabendo mais ou menos o número de bactérias que possam estar presentes no inóculo inicial é possível realizá-lo; ex. prepare um inóculo inicial que contém 10.000 bactérias/mL > muito grande e vai formar colônias maiores que a da faixa, por isso tem que diluir; se eu pegar 1mL desse inóculo inicial e acrescentar 9 ml de ágar estéril vou estar diluindo minha amostra 10 vezes dando um total de 1000 bactérias, mas ainda é muito, daí preciso diluir mais; então eu pego 1mL desse inóculo contendo 1000 bactérias e acrescento mais 9ml de ágar vou estar diluindo mais 10 vezes, daí se ele for semeado em placa vai conter só 100 bactérias; A forma de semear o inóculo aqui pode ocorrer de 2 formas: método de incorporação em placas >> meio é colocado em cima do inóculo bacteriano; Um mililitro ou 0,1 mL das diluições da suspensão bacteriana é introduzido em uma placa de Petri; O meio nutritivo, no qual o ágar é mantido líquido por aquecimento em banho-maria a 50°C, é vertido sobre a amostra, que é, então, misturada com o meio por agitação lenta da placa ; Quando o ágar solidifica, a placa é incubada; Com essa técnica, as colônias crescerão tanto dentro do ágar nutriente (a partir de células que ficaram em suspensão no meio nutritivo assim que o ágar solidificou) quanto na superfície da placa de ágar; desvantagens → alguns microrganismos relativamente sensíveis ao calor podem ser danificados pelo ágar fundido, sendo incapazes de formar colônias; quando certos meios diferenciais são utilizados, a aparência diferenciada da colônia na superfície é essencial para fins diagnósticos; As colônias que se formam abaixo da superfície de uma placa por incorporação não são adequadas para esses testes > por isso temos o outro método; ou pelo método de espalhamento em placas >> utilizado com frequência; Um inóculo de 0,1 mL é adicionado à superfície de um meio de ágar previamente solidificado; O inóculo é, então, espalhado de modo uniforme na superfície do meio com um bastão de vidro ou metal com um formato específico, esterilizado; Esse método espalha todas as colônias na superfície (colônias crescem apenas na superfície do meio) e evita o contato entre as células e o ágar fundido; 3. Massa de células/peso seco - Para bactérias e fungos filamentosos, os métodos comuns de medida são menos satisfatórios; Uma das melhores maneiras de medir o crescimento de organismos filamentosos é pelo peso seco; Neste procedimento, os fungos são removidos do meio de crescimento, filtrados para a remoção de outros materiais e secos em um dessecador , sendo, então, pesados ; Para bactérias, o mesmo procedimento básico é seguido; 4. Turbidimetria - estima a turbidez para monitorar o crescimento bacteriano, pois À medida que as bactérias se multiplicam em um meio líquido, o meio se torna turvo ou opaco com as células; instrumento usado é o espectrofotômetro (ou colorímetro); nele um feixe de luz é transmitido através de uma suspensão bacteriana até um detector fotossensível. Com o aumento do número de bactérias, menos luz atingirá o detector > Essa alteração da luz será registrada na escala do instrumento como a porcentagem de transmissão (%T). Também será registrada na escala do instrumento uma expressão logarítmica de absorbância (densidade óptica, ou DO) >> utilizada para representar graficamente o crescimento bacteriano; Quando as bactérias estão em crescimento logarítmico ou em declínio, o gráfico da absorbância em função do tempo será uma linha quase reta; Se as leituras de absorbância forem combinadas com contagens em placas da mesma cultura, essa correlação poderá ser utilizada para estimativas futuras do número de bactérias obtidas pela medida de turbidimetria; Mais de um milhão de células/mL devem estar presentes para que os primeiros sinais de turbidez sejam visíveis > Em torno de 10 milhões a 100 milhões de células por mililitro são necessários para que uma suspensão seja turva o suficiente para possibilitar uma leitura no espectrofotômetro. 5. Análises químicas/Atividade metabólica - maneira indireta de estimar o número de bactérias; mede a atividade metabólica de uma população; assume que a quantidade de um produto metabólico determinado, como um ácidoou CO2, é diretamente proporcional ao número de bactérias presentes ; Contam somente células vivas ativas metabólicamente; ex. ensaio microbiológico, no qual a produção de ácido é utilizada para se determinar as quantidades de vitaminas; 6. Contagem em Membrana Filtrante - limitado a análise de amostras líquidas límpidas, sem sólidos em suspensão, que possam ser filtradas através de uma membrana de poro; vantagem → permite a inoculação de maiores volumes da amostra, concentrando na membrana os microrganismos presentes na quantidade inoculada; Membranas filtrantes com tamanho de poro de 0,45µm têm sido reconhecidas como padrão para o crescimento de microrganismos . A utilização da técnica de membrana filtrante é de uso farmacêutico, alimentos e bebidas, águas, análises de microbiológicos geral; 7. Número Mais Provável (NMP) - técnica estatística; princípio: quanto maior o número de bactérias em uma amostra, maior será o número de diluições necessárias para reduzir a densidade até um ponto no qual mais nenhuma bactéria esteja presente nos tubos de diluição seriada; utilizado quando os microrganismos não crescem em um meio sólido ( bactérias quimioautotróficas nitrificantes ); Também é prático quando o crescimento de bactérias em um meio líquido diferencial é utilizado para identificar microrganismos ( como bactérias coliformes em água, que fermentam seletivamente lactose, produzindo ácido); fornece somente uma estimativa de 95% de probabilidade de uma população bacteriana estar em uma faixa determinada; MNP obtido é estatisticamente o número mais provável; ➔ TÉCNICAS DE INOCULAÇÃO/SEMEADURA OU SEMEIO -Semeadura = Inocular (transferir o micro-organismo a um meio de cultura) -Método pelo qual se transfere inóculos bacterianos de um meio de cultura ou material a ser analisado (secreções, alimentos) para um outro meio de cultura. -Para garantir que apenas o microrganismo desejado seja semeado, são utilizadas as técnicas assépticas → procedimentos que devem ser adotados visando a não contaminação de materiais, meios e culturas; -mudam de acordo com o tipo do meio de cultura e microrganismo que será estudado; ➢ TÉCNICA DE SEMEADURA EM MEIO SÓLIDO EM PLACA (TÉCNICA DE ESGOTAMENTO) -Nela, a suspensão bacteriana (que é o líquido com o microrganismo) é espalhada de forma aleatória em toda a placa, até que todo o material seja utilizado. Assim, é possível ter a certeza de que haverá realmente um crescimento bem distribuído e que garantirá uma boa análise mais tarde; -objetivo → obtenção de colônias isoladas ; É importante não cruzar as estrias (não tocar a alça na estria anterior), para reduzir o inóculo a cada estria e obter as colônias isoladas -materiais: alça ou fio de platino, alça descartável e alça de drigalski; -esgotamento em estrias ou estrias múltiplas; -Há duas possíveis condutas: 1. A placa é visualmente dividida em três setores, inicia-se a deposição das bactérias num setor, depois nos outros dois restantes. Não é necessário flambar 4 a alça antes de um novo estriamento, entretanto, uma estria NÃO DEVE tocar a outra. 2. A técnica consiste em depositar o material em um dos polos do meio de cultivo e depois espalhá-lo em 4 setores, por meio de estria em zig zag, utilizando uma alça de platina. Esta deve ser flambada antes de um novo estriamento e deve recarregar a alça na estria anterior, de maneira a obter quantidades progressivamente menores do material. -O sucesso da semeadura está em: a) grande número de estrias; b) não perfurar o meio; c) não voltar a alça sobre a estria d) pegar pequena quantidade de material para semear. e) SEMPRE TRABALHAR COM TODO MATERIAL PRÓXIMO À CHAMA DO BICO DE BUNSEN PARA EVITAR CONTAMINAÇÃO EXTERNA NO SEU EXPERIMENTO. f) SEMPRE FLAMBAR A ALÇA BACTERIOLÓGICA QUANDO NECESSÁRIO. g)DESCARTAR SWABS CONTAMINADOS EM SOLUÇÃO DE HIPOCLORITO DE SÓDIO À 0,5 %. 4 Passar pelas chamas para desinfectar. ➢ TÉCNICA DE SEMEADURA EM MEIO SÓLIDO EM PLACA (TÉCNICA DE INOCULAÇÃO POR ESPALHAMENTO OU SPREAD PLATE 5 ) -Inóculos de 0,1 ou 1,0 ml são espalhados uniformemente sobre a superfície do meio já solidificado com a própria ponta da pipeta, alça bacteriológica / swab / alça Drigalsky; -Neste caso só crescerão colônias na superfície do meio sólido ; -Objetivo → obtenção de crescimento confluente, ou para contagem bacteriana ; muito utilizada na realização de antibiogramas; 5 placa espalhada; ➢ TÉCNICA DE SEMEADURA EM MEIO SÓLIDO EM PLACA (TÉCNICA DE INOCULAÇÃO POUR-PLATE OU DISSEMINAÇÃO (MÉTODO EM PROFUNDIDADE) -técnica de semeadura em profundidade; -permite o crescimento na superfície e dentro do ágar; -Transferir 1,0 ml da cultura para placa de Petri vazia, colocar 10 – 20 ml do meio fundido (e resfriado a cerca de 45 – 50°C) sobre a cultura e homogeneizar suavemente com movimentos circulares , após a solidificação do meio, a placa será incubada em uma estufa bacteriológica para permitir o crescimento das colônias; -É preciso garantir que o meio não solidifique antes da homogeneização nem fique quente para não matar as células microbianas; -As colônias crescerão não só na superfície, como também no meio de cultura; -Objetivo → usado para contagem bacteriana; É utilizado também para análise de microrganismos anaeróbios, adicionando uma outra camada de meio fundido após o endurecimento da primeira camada; *RESUMO DAS DUAS ÚLTIMAS: ➢ TÉCNICA DE SEMEADURA EM MEIO SÓLIDO EM TUBO (ÁGAR INCLINADO) -Flambar a alça e deixar esfriar; Retirar a tampa (de rosca ou tampão de algodão) dotubo e retirar com a alça uma porção de amostra; Repor a tampa no tubo que contém a amostra; Retirar a tampa do tubo que vai ser inoculado; Introduzir a alça até a base da superfície do meio inclinado, passando-a ao longo da sua superfície em movimentos de zig-zag; Fechar o tubo; Flambar a alça; ágar inclinado 1. Estria sinuosa - semear com alça ou agulha bacteriológica, em zig-zag, partindo da base para a extremidade do bizel (superfície inclinada do meio). Objetivo → obtenção de intensa massa de micro-organismos; 2. Picada Central - semear com agulha bacteriológica, no centro do Ágar. Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo deste; Objetivo → verificar fermentação (metabolismo) e motilidade em algumas técnicas; 3. Picada em Profundidade - semear com agulha bacteriológica, no centro do Ágar; Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo deste. Objetivo → verificar fermentação e/ou motilidade em algumas técnicas; 4. Estria Reta - semear com agulha bacteriológica, fazendo uma linha reta, com cuidado de não ferir o Agar, partindo da base para a extremidade do bizel (superfície inclinada do meio); Objetivo → obtenção de pequena massa de microorganismos. ➢ TÉCNICA DE SEMEADURA EM MEIO LÍQUIDO: (TÉCNICA DA DIFUSÃO DO INÓCULO) -Objetivo → é um repique genérico para crescimento bacteriano em meio líquido; -Flambar a alça ou agulha bacteriológica e deixar esfriar; -Retirar a tampa (de rosca ou tampão de algodão) do tubo e retirar com alça uma porção de amostra; -Fechar o tubo que contém a amostra; -Retirar a tampa do tubo que vai ser inoculado Introduzir a alça até aproximadamente ¼ de profundidade do meio; -ou inclinar levemente o tubo (cerca de 30°) e agitar a alça para dispensar o micro-organismo; -Fechar o tubo. -Flambar a alça; -uma alça da colônia (Ágar em placa) ou da cultura (de outro meio ou líquido) é introduzida no meio líquido, com agitação da alça, para maior difusão dos micro-organismos (da alça para o meio e homogeneização no meio); RESUMO: ➢ Técnica de Coloração de Gram -mais utilizada; -consiste na preparação de um esfregaço em lâmina de vidro para microscopia, de preferência da porção mais purulenta/sanguinolenta da amostra; -No caso de líquidos corporais, pode-se realizar uma citocentrifugação para se concentrar o material, obtendo assim uma melhor visualização das estruturas. -O processo consiste basicamente em tratar bactérias sucessivamente com cristal violeta, lugol (suplemento iodado, iodo + iodeto de potássio), álcool e fucsina; -O cristal violeta e o lugol penetram tanto nas bactérias Gram-positivas quanto nas Gram-negativas, formando um complexo de cor roxa. -O tratamento com álcool é a etapa diferencial; -nas Gram-positivas, o álcool não retira o complexo cristal violeta+lugol, pois a sua ação desidratante faz com que a espessa camada de peptideoglicano torne-se menos permeável, retendo o corante; -Nas Gram-negativas, devido à pequena espessura da camada de peptideoglicano, o complexo corado é extraído pelo álcool, deixando as células descoradas; -O tratamento com fucsina não altera a cor roxa das Gram-positivas, ao passo que as Gram-negativas descoradas pelo álcool tornam-se avermelhadas; -coloração de Gram é amplamente utilizada para identificar e classificar bactérias; A) Preparar o Esfregaço 1. Utilizar um lâmina limpa e seca, flambe-a rapidamente no bico de Bunsen. Identifique o lado da lâmina onde será feito o esfregaço com o auxílio do lápis dermatográfico. 2. Colocar uma gota de solução salina sobre a lâmina. Com a alça microbiológica previamente flambada e fria retirar o material bacteriológico de uma colônia da placa de Petri ou tubo inclinado. Homogeneizar esse material com movimentos de rotação para se obter um esfregaço oval, fino e uniforme. 3. Deixar secar próximo da chama e após seco, fixar o esfregaço passando o lado oposto da lâmina rapidamente na chama do Bico de Bunsen (repetir o procedimento por três vezes). B) Coloração de Gram 1. Cubra toda a lâmina com solução de Cristal Violeta e aguarde por um minuto. 2. Depois lavar rapidamente com água destilada. 3. Cubra, a lâmina com solução de Lugol por um minuto e após este tempo, inclinando a lâmina gotejar sobre o esfregaço a mistura de Álcool-Acetona ou Álcool absoluto por 10 segundos, e em seguida lavar rapidamente em água corrente. 4. Cobrir a lâmina com solução de corante Fucsina, e após 30 segundos lavar com água destilada e secar sem esfregar a lâmina com o auxílio do papel de filtro, ou deixar em temperatura ambiente. 5. Depois de seca, colocar uma gota de óleo de imersão e observar o resultado no microscópio óptico sob objetiva de 100 X.
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