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Incorporação, Fusão, Cisão Total e Falência Há diversas formas de extinguir-se a personalidade jurídica da sociedade, dentre elas estão: a incorporação, a fusão, a cisão total e a falência. Segundo Ulhoa, a incorporação se dá pela operação que uma sociedade absorve outra ou outras, as quais deixam de existir; Todavia, ela pode ser confundida com a incorporação de ações, que está disciplinada no art. 252 da LSA e importa a conversão de sociedade anônima em subsidiária integral. Na incorporação de ações, todas as ações do capital social de uma companhia são transferidas ao patrimônio de uma sociedade empresária, que passa à condição de sua única acionista, sendo necessário que essa sociedade, detentora de todo o capital social da anônima, seja brasileira. Fazzio aponta que a partir da absorção, a sociedade que absorve, é responsável por todos os direitos e obrigações, e possui o aumento de capital da companhia devido a dissolução da companhia incorporada. No entanto, suas características são: a versão global do patrimônio (todos os direitos e obrigações); a participação dos acionistas ou sócios das incorporadas na sociedade incorporadora; e a extinção da(s) sociedade(s) incorporada(s), absorvida(s) pela incorporadora. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formação de uma nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações (art. 1.119 do Código Civil). Fran Martins define a fusão como a operação em que unem-se duas ou mais sociedades para gerar uma nova sociedade, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações, no entanto, essas sociedades antigas desaparecem. Essa operação, contudo, não dissolve as sociedades, apenas as extingue. Não se fará liquidação do patrimônio social, pois a sociedade que surge assumirá todas as obrigações ativas e passivas das sociedades fusionadas. Seus credores não poderão ser prejudicados e não são obrigados a aceitar a nova sociedade como sua devedora, uma vez que negociaram com sociedade diferente, tendo eles, o direito de pleitearem a anulação da fusão. Com o silêncio dos credores, considera-se a aceitação da nova sociedade, havendo, assim, novação tácita. Segundo Fazzio, tanto a fusão como a incorporação demandam a união de sociedades, a sucessão obrigacional universal e a extinção não liquidatória. Fazzio define a cisão total como o desdobramento de sociedade existente em, no mínimo, duas novas sociedades, criadas para suceder a transmitente extinta. Enquanto Martins, menciona que caracteriza a cisão como a operação pela qual a sociedade anônima transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se a versão for parcial (art. 229). Segundo o autor, na cisão haverá uma transferência, total ou parcial, do patrimônio de uma sociedade para outra ou outras. Sendo todo o patrimônio transferido para duas ou mais sociedades, extinguindo-se a sociedade cindida, sucedendo à extinta as sociedades que absorveram o seu patrimônio, na proporção dos patrimônios líquidos transferidos. Se a cisão for parcial, a sociedade que absorver parte do patrimônio da cindida passa a sucedê-la nos direitos e obrigações relacionados no ato da cisão. Acerca da dissolução da sociedade pela falência, Martins pontua que ela ao decretar de sua falência poderá representar somente a impontualidade ou estado de insolvabilidade, podendo partir a iniciativa do credor ou do devedor, no caso de autofalência (art. 1.044 do CC). Decretada a quebra, em regra, a sociedade se dissolve, mas a pessoa jurídica não se extingue de imediato. De fato, os sócios, a princípio, não são considerados falidos, assim se ele fizer parte de variadas sociedades, falindo uma delas, as outras não serão dissolvidas, pois os sócios apenas se sujeitam aos efeitos da falência, mas não são reputados falidos, segundo a lei do rito falimentar. Referências Bibliográficas: Martins, Fran. Curso de direito comercial / Atual. Carlos Henrique Abrão – 40. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017. Fazzio Júnior, Waldo Manual de direito comercial. – 17. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2016. Coelho, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa – 28. ed. - São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016. Aluna: Karina Beatriz Fernandes Jalles – DRN 401
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