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* * Alunas: T: 4001 Emily Ghetti Fernanda Queiroz Marianna Bloise Patrícia Lunardi Disciplina: Genética Médica Prof.: Maria do Carmo UNESA – M2 * * O que é Farmacogenética? “É o estudo de diferenças na resposta a drogas decorrentes da variação alélica em genes que afetam seu metabolismo, sua eficácia e sua toxicidade.” (Thompson & Thompson - Genética Médica. 7a. ed. – Cap. 18) * * Qual a sua importância? Permite aos médicos escolher um medicamento ou uma dose do medicamento de modo que o paciente não esteja sob o risco de um evento adverso. Permite a decisão de uma dosagem que assegura uma terapia adequada e minimiza as complicações. OBS.: Como ocorre com todos os outros aspectos da medicina personalizada, é preciso comprovar o custo-benefício de tal exame, caso o objetivo seja integra-lo à assistência médica existente. * * Farmacocinética e Farmacodinâmica Farmacocinética: Absorção Transportação Metabolização Excreção das drogas ou de seus metabólitos Farmacodinâmica: Receptores Enzimas Vias metabólicas * * Variação na Resposta Farmacocinética: Variação na Fase I e II do Metabolismo de Drogas: Citocromo P450. Variação na Resposta Farmacodinâmica: Deficiência da Glicose-6-Fosfato Desidrogenase e Anemia Hemolítica * * VARIAÇÃO NA RESPOSTA FARMACOCINÉTICA * * Variação na Fase I do Metabolismo de Drogas: Citocromo P450 O Citocromo p450: Suas proteínas são uma família de 56 enzimas funcionais distintas; Cada uma codificada por um gene CYP diferente; São hemeproteínas do fígado; Ação: Adicionar um grupo hidroxila à molécula – Fase I do Metabolismo de Drogas Hidroxilação Alifática Hidroxilação aromática N-hidroxilação * * Variação na Fase I do Metabolismo de Drogas: Citocromo P450 São organizados em 20 famílias CYP1 CYP2 CYP3 Em particular, 6 genes são especialmente importantes para a farmacogenética: CYP1A1 CYP1A2 CYP2C9 CYP2C19 CYP2D16 CYP3A4 * * Variação na Fase I do Metabolismo de Drogas: Citocromo P450 * * 26 alelos Atividade Reduzida Atividade Ausente Atividade Aumentada Sem sentido Recomposição Repetição *Alelos selvagens * * Variação na Fase I do Metabolismo de Drogas: Citocromo P450 * * Variação na Fase II do Metabolismo de Drogas: Genes que codificam enzimas da fase II são: Funcionalmente polimórficos; Contribuem com uma variabilidade adicional. * * Glicuronidação pela UDP-glicosil-transferase: Importante via metabólica dessa fase; Parte da via de excreção da bilirrubina. Camptotecina: Alcalóide vegetal; Propriedades antitumorais. Variação na Fase II do Metabolismo de Drogas: Polimorfismo da Glicuronidação e Toxicidade da Camptotecina * * Camptotecina Toxicidade grave O Polimorfismo: UGT1A1 glicuronato transferase 7-etil-10-hidroxicampotetina excretada na bile * * Ocorre em um número variável de repetições no TATAA box dentro do promotor de UGT1A1: Alelo normal (UGT1A1*1) 6 repetições TA Alelo 28 (UGT1A1*28), uma variante comum 7 repetições TA reduz a transcrição do gene e os níveis da enzima Indivíduos homozigotos para UGT1A1*28 tratados com camptotecina: Risco relativo 3 a 5 vezes maior à toxicidade grave * * Isoniazida - Principal indutora de hepatoto- xicidade; - Metabolizada no fígado princi- palmente pela NAT2. Variação na Fase II do Metabolismo de Drogas: Polimorfismo da N-Acetiltransferase e o Tratamento da Tuberculose com Isoniazida * * O Polimorfismo: Pacientes que inativam a droga mais lentamente: Alta incidência de neuropatia periférica e supressão da medula óssea Acetiladores rápidos: Mais susceptíveis a desenvolver falência terapêutica Acetiladores lentos: Incidência maior de hepatotoxicidade do que os acetiladores rápidos * * Os fenótipos: Inativadores lentos e rápidos ocorrem por diferenças alélicas em um gene da N-acetiltransferase (NAT2) Os genótipos: Acetiladores lentos: Homozigotos recessivos Inativadores rápidos: Homozigotos dominantes Heterozigotos * * Variação na Fase II do Metabolismo de Drogas: Polimorfismo da Tiopurina Metiltransferase Gene TPMT – Codifica a enzima tiopurina metiltransferase Alterações genéticas – deficiência da TPMT – concentrações plasmáticas de tiopurinas aumentadas a níveis tóxicos. Tiopurinas (6-mercaptopurina, 6-tioguanina) Metilação * * Característica autossômica com codominância : 90% dos indivíduos apresentam alta atividade; 10% apresentam atividade intermediária devido a heterozigose; 0,3% apresentam baixa ou nenhuma atividade devido a dois alelos não funcionais. * * Variação na Fase II do Metabolismo de Drogas: Polimorfismo da Colinesterase Gene BCHE – enzima butirilcolinesterase Deficiência da colinesterase – homozigosidade para alelo A Alelo usual (U) e alelo atípico (A) Succinilcolina Relaxamento da musculatura esquelética Enzima butirilcolinesterase Hidrólise * * VARIAÇÃO NA RESPOSTA FARMACODINÂMICA * * Deficiência da Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6DP) G6DP - enzima que protege as hemácias dos efeitos da oxidação; Gene localizado no cromossomo X; No homem: XY Na mulher: XX (heterozigoto ou homozigoto) Indivíduos com deficiência da G6PD: Evitar determinados medicamentos, alimentos e substâncias – estresse oxidativo Infecções bacterianas e virais – estresse oxidativo Estresse oxidativo – ruptura da hemácia (hemólise) * * Anemia Hemolítica: Hemólise das hemácias; Diminuição das hemácias circulantes – diminuição da capacidade do organismo fornecer oxigênio para o corpo Sintomas : Fadiga Palidez da pele Icterícia * * Hipertermia Maligna Condição autossômica dominante, podendo haver resposta adversa à anestésicos de inalação (ex.Halotano) ou relaxantes musculares(ex.succinilcolina). É devida a uma elevação do nível de cálcio ionizado no sarcoplasma do músculo; Em relação aos adultos é 10 vezes mais elevada em crianças; * * Rigidez muscular, elevação da temperatura e rabdomiólise; 50% são devidas a mutações no gene RYR1 (crom.19) que codifica um canal de liberação de cálcio. Mutação do gene CACNL1A3, responsável por codificar a subunidade alfa 1 de um canal de cálcio sensível à diidropiridina. * * Tratamento com Varfarina Medicamento anticoagulante; Alguns indivíduos apresentam reações adversas, apresentando hemorragia e coagulação indesejada. * * Bloqueia Enzima complexo da vitamina K epóxido redutase Codificada pelo gene VKORC 1 Reduz a vitamina K para que ela seja reciclada e utilizada na biossíntese do fator de coagulação * * Fatores genéticos e ambientais dificultam o estabelecimento de uma dose terapêutica de varfarina; Alguns medicamentos interferem na fase I do m etabolismo da varfarina e afetam a dose utilizada; * * CYP2C9 O metabólito mais ativo da varfarina sofre destoxificação na fase I; A frequência total de alelos que causam a deficiência de CYP2C9 é: 20% em brancos 3,5% em afro-descendentes 2% em asiáticos Os heterozigotos requerem uma dose 20% mais baixa de varfarina para manter o mesmo grau de anticoagulação; * * VKORC1 Outra variabilidade genética de resposta ao tratamento com varfarina esta relacionado com essa enzima; Os alelos comuns dos polimorfismos de um único nucleotídeo não-codificador desse gene pode ser usado para definir duas famílias de haplótipos, A e B; O haplótipo A, está presente em 33% dos brancos, 89% dos asiáticos e 14% dos afro-americanos; * * Risco Genotípico de Consequências Adversas após Cirurgia Cardiotorácica Hemorragia prolongada Lesão do miocárdio Falha no enxerto Derrame Complicações comuns * * Risco Genotípico de Consequências Adversas após Cirurgia Cardiotorácica Alelos polimórficos em 7 lócus Codificam glicoproteínas de membrana Agregação plaquetária e Cascata de coagulação O risco de hemorragia pós-operatória * * Risco Genotípico de Consequências Adversas após Cirurgia Cardiotorácica Combinação de alelos em 2 lócus Inflamação, Proteína C-reativa e Interleucina-6 em 3x e risco de derrame * * FARMACOGENÔMICA A farmocogenética possui a possibilidade de realizar uma abordagem genômica, de modo que, o estudo acontece em torno das interações dos compostos químicos com seus receptores no organismo. * * FARMACOGENÔMICA Avalia-se as variantes genéticas pelo seu impacto sobre os efeitos da terapia com drogas; Distinguindo pacientes que responderam negativamente a uma droga considerada benéfica para outros; *Não é analisado especificamente o metabolismo da droga ou como os diferentes alelos podem modular a resposta à droga. * * MEDICINA PERSONALIZADA Usar novas descobertas e testes de diagnóstico molecular que permitam direcionar os medicamentos e controlar melhor as doenças; Medicamentos que se aproximem às necessidades individuais dos pacientes. * * As drogas: Efeito direto; - metabolizados por Por meio de metabólitos diferentes vias mais ativos - exercem efeitos sobre vários alvos As variantes em mais de um locus podem interagir Potencializam ou reduzem a eficiência de uma droga Aumentam seus efeitos colaterais tóxicos * * Exemplos: Câncer de mama: Medir a presença de um fator de crescimento (HER2) nos pacientes permite identificar os com maior chance de responder a determinado medicamento. Câncer colo-retal: O teste de mutação K-RAS identifica mutações específicas do tumor, que indicam o prognóstico da doença Algumas drogas usadas só são indicadas para pacientes que não apresentem mutações. * * A FARMACOGENÉTICA “É um campo de pesquisa muito importante para a ciência e que promete melhorar a qualidade de vida de quem faz uso dos fármacos. O ajuste da dose individual com base na informação genética melhora a relação risco/benefício, uma vez que estudos clínicos têm demonstrado que os efeitos terapêuticos e as reações aos medicamentos são modificados pelos polimorfismos. Porém ainda são necessários avanços, principalmente na identificação dos marcadores genéticos de maior relevância clínica e variações genéticas mais importantes, esbarrando ainda em questões éticas e econômicas.” (OLIVEIRA, BA et al. – O que é farmacogenética?) * * BIBLIOGRAFIA: Nussbaum, RL,McInnes, RR, Willard, HF. Thompson & Thompson - Genética Médica. 7a. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Oliveira, BA et al. – O que é farmacogenética?. Disponível em: http://mariliaescobar.wordpress.com/2010/12/26/o-que-e-farmacogenetica/. Acesso: 26/10/2011. BRASIL – Portal da Saúde Brasil, Roche – Medicina personalizada. Disponível em: http://dtr2001.saude.gos.br/editora/produtos/livros/genero/s00a.htm2011/. Acesso: 26/10/2011. * * *
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