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Introdução a Cirurgia I

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Cirurgia I
Antigamente utilizávamos o cinzel e o martelo para cortar o osso, atualmente utilizamos uma broca cirúrgica de baixa rotação com irrigação de soro fisiológico 
Introdução
A exodontia foi considerada até bem pouco tempo como um ato cirúrgico de pequena importância sendo praticada por qualquer pessoa (ex: tiradentes)
Consequentemente ocorriam acidentes desde os mais simples até os mais graves, devido à falta de cuidados e a falta de técnicas aprimoradas 
Acidentes 
· Fraturas de dentes 
· Fraturas de mandíbula 
· Fraturas de agulhas anestésicas 
· Fraturas de agulhas de sutura 
· Contaminação de alvéolos 
· Fobias e traumas emocionais 
Conceito 
É uma cirurgia oral menor que consiste na remoção do órgão dentário de seu alvéolo (local em que o dente estava inserido) no todo ou em partes. Com o auxílio de técnicas e instrumentais próprios 
Manobras cirúrgicas fundamentais 
Em exodontia simples
Fazer a anamnese 
Colher o histórico familiar e histórico pessoal. Serve também para interagir com o paciente, deixando o mais solto e menos tenso 
Saber se o pai e a mãe estão vivos, se já morreram, de que morreram, se tiveram alguma doença como sifilis, tuberculose, chagas, AIDS, diabetes, hepatites, problemas cardíacoes.
Perguntar se ele já foi operado, se toma algum remédio controlado, se já desmaiou, se quando sangra o sangue demora a parar, se é solteiro ou casado, se faz uso de bebida alcoólica, se fuma, se faz uso de drogas. 
Efim, quanto mais dados melhor, isto serve também para descontrair o paciente
Vamos posicionar o paciente na cadeira: 
De acordo com o dente a ser extraído: (se o dente e na arcada superior ou inferior) 
Inclinação de encosto de 90-60º: para remoção de dentes na arcada inferior (INF) 
Inclinação de 60-45º: para remoção de dentes na arcada superior (SUP) 
Em posição horizontal: somente em hospitais e com o paciente entubado devido ao risco de deglutição do dente 
Obs: a saliva fica mais viscosa -devido à mudança de pH- deixando o instrumental e o dente mais escorregadio, correndo maior risco de deglutição. Se acontecer do dente ir para a traqueia o paciente tem somente 3 minutos para ser socorrido 
Observar a radiografia
· Se as raízes estão normais 
· Se tem alguma curvatura 
· Lesões apicais 
· Reabsorções radiculares
· Reabsorção interna: o dente fica destruído internamente 
· Lesões de furca: infecção instalada na divisão das 2 raízes 
· Perda óssea 
· Anquilose: dente colado no osso. Em um dente normal existe um espaço pericementário (linha escura na radiografia), em um dente anquilosado esse espaço desaparece e não conseguimos delimitar o espaço entre o dente e o osso. Então quando essa linha desaparece significa que o osso está colado no dente e com isso devemos utilizar a broca para descolar 
Assepsias 
Utilizamos 2 soluções antissépticas 
Clorexidina (0,2%) para fazer bochecho 
Povidine (10%): para pincelar no campo operatório 
Divisão da exodontia 
A exodontia se divide em 2 tempos: 
· Preliminar: diérese :  assepsia e anestesia (nessa estapa não tem sangramento) 
· Cirúrgico: exérese (campo cirúrgico c/ sangramento) e síntese (sutura) 
Diérese
· Assepsia: clorexidina e povidini 
· Anestesia: são todas aquelas anestesias utilizadas na cavidade oral 
· Tronculares superiores: alveolar sup, palatina posterior, infra orbitaria, palatina anterior (forame incisivo)
· Tronculares inferiores: alveolar inferior lingual; bucinador ou longo bucal; mentoniana 
· Complementares: subnuclear, subperiostica, pericementaria, intraóssea, intrapulpar 
Obs: para tirarmos os molares inferiores aplicamos a troncular é mais 2 anestesias de reforço: lingual e bucinador/vestibular 
Exérese
É um procedimento cirúrgico, e a exodontia propriamente dita 
Síntese
É o fechamento, a conclusão da exodontia
Não devemos deixar a sutura frouxa, devemos provocar uma leve isquemia do rebordo alveolar 
As suturas podem ser: 
· Reabsorvidas: são mais internas e não aparacem na cavidade 
· Não reabsorvidas 
Sindesmotomia
Ato cirúrgico de deslocar a gengiva inserida do colo do dente 
· Feita com o instrumental sindesmotomo, para permitir uma boa adaptação do mordente do fórceps ao colo do dente
· Este instrumental é semelhante ao holemback, porém suas pontas ativas não têm corte (para evitar dilacerar a gengiva inserida) 
· Em remoção de 2 ou mais dentes juntos, podemos usar além do sindesmotomo, um instrumento chamado destaca periósteo, para afastar da mucosa e do periósteo juntos 
Fórceps
Fórceps: é um instrumento usado para remover o órgão dentário de seu alvéolo 
Ele se divide em 3 partes: cabo, eixo e mordentes 
 
Adaptação do fórceps nos dentes
E o ato cirúrgico que se trata da maneira como devemos colocar o mordente do fórceps no colo do dente 
Linha imaginária do ápice do dente até a mão do operador, não podemos fugir dessa reta (não jogar o fórceps nem p/ direita nem p/ esquerda; ele deve abraçar o dente). Esse encaixe deve seguir critérios, como: o instrumento e o dente devem estar perpendiculares, isto é, devem estar sob uma mesma linha reta. A linha reta deve partir do ápice da raiz até o cabo do fórceps. Como representa a imagem:
 
Luxação de um dente
E o ato cirúrgico do fórceps com movimentos em sentido vestíbulo bucal e vice-versa, coadjuvado com movimentos rotatórios 
A proporção que eu trago o dente para vestibular ele vai para vestibular formando um espaço no bucal/ distal; também está ocorrendo uma pressão no ápice do dente. São aglomerados de movimento
Curetagem 
Ato cirúrgico pelo qual se remove do fundo e das paredes do alvéolo dentário toda a patologia existente, estimulando um sangramento para facilitar a formação do coágulo 
Evitando com isso o aparecimento de doenças como alveolite, lesões císticas, osteomielite e cistos residuais 
A curetagem é feita raspando o alvéolo do fundo para oclusal, em todas as paredes 
Temos um limite de isquemia; se tiver muita isquemia o dente e não vai sangrar e não vai coagular, então fazemos uma curetagem para promover esse sangramento. A medida que as paredes são curetadas, há a provocação de sangramento, entretanto muitas vezes, em razão da substancia vasoconstritora contida no anestésico local o sangramento não é suficiente, ou seja, a isquemia persiste em razão do vasoconstritor do AL. Dessa forma, para não deixar o alvéolo sem sangue estimulamos mais ainda o sangramento na mucosa do dente, a raspando. O sangue deve entrar dentro do alvéolo antes de suturar. 
Nunca esquecer de limpar o alvéolo 
Obs: em um alvéolo do molar superior, não devemos forçar a cureta para não romper a membrana do seio maxilar 
A curetagem de um alvéolo é feita com curetas de número 85.
A boa curetagem provoca um bom sangramento. E o profissional depende desse sangramento. Se possível, o alvéolo deve ser selado com sangue. “Porque o melhor remédio para qualquer ferida, é o próprio sangramento.” O sangramento evita doenças. 
A própria saliva pode contaminar o osso, por isso a necessidade de sangue conseguido com a curetagem.

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