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Cálculo II EXPRESSÕES E EQUAÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS E MAIS... GRÁFICO DE FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS APRESENTAÇÃO Prezado(a) aluno(a), você está iniciando uma experiência fascinante e enriquecedora. Bem-vindo(a) à nossa discussão. Espero que você aproveite todo o conteúdo que lhe for oferecido, para que possa atingir o seu objetivo neste novo processo de aprendizagem. Neste módulo você vai estudar as funções exponenciais e as funções logarítmicas. Essas funções são amplamente aplicadas na matemática e na ciência, pois possibilitam abordar problemas que envolvam o crescimento populacional, a velocidade de uma reação química, a desintegração radioativa e até mesmo a frequência das vibrações que geram notas musicais. Estou torcendo pelo seu sucesso! OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final deste módulo, você será capaz de: • Resolver expressões e equações exponenciais e logarítmicas; • Identificar e construir gráfico de funções exponenciais e logarítmicas; • Reconhecer as funções exponenciais e logarítmicas na solução de problemas que envolvem crescimento e decrescimento de quantidades. FI CH A T ÉC N IC A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Gestão Pedagógica Coordenação Gabrielle Nunes P. Araújo Transposição Pedagógica Flávia Juliana da Silva Produção de Design Multimídia Coordenação Rodrigo Tito M. Valadares Design Multimídia Nathan Ackerman Chagas de Souza Raphael Gonçalves Porto Nascimento Infra-Estrututura e Suporte Coordenação Anderson Peixoto da Silva AUTORIA Profa. Dayse Magda Fialho Sodré Prof. Renaldo Sodré BELO HORIZONTE - 2013 FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS Função Exponencial Você sabe o que é uma função exponencial? Para iniciar esse assunto, é importante que você saiba esse conceito, vamos a ele! Uma função exponencial é aquela em que a variável encontra-se no expoente e a base é uma constante: ( ) expoentebas x ey f x a → →= = ATENÇÃO É importante lembrar que a base “a” tem que ser diferente de 1 e maior que 0, ou seja, a ≠ 1 e a > 0 . Vejamos alguns exemplos de funções exponenciais: a) -( ) 2 xf x = b) 1( ) 3 x f x = c) ( ) xf x e= d) ( ) xf x π= Observe que f (x) = x2 ou f (x) = e3, não são funções exponenciais, pois a variável não está no expoente. SAIBA MAIS A constante “e”, que pode ser observada no exemplo do item (c) é um número irracional e foi estudada pelo matemático e físico Leonhard Euler. É chamada de base exponencial natural e tem um valor aproximado de 2,718281... Funções Exponenciais e Logarítmicas 7 PROPRIEDADES OPERATÓRIAS É sempre bom lembrar as propriedades operatórias da potenciação para que você consiga resolver uma equação exponencial: .m n m na a a += ( ) .m m mab a b= m m n n a a a −= ( )m n mna a= ( ) m m m a a b b = 1n na a − = 1a = m n mna a= Agora, observe alguns exemplos numéricos: a) 3 5 4 3 5 4 122 .2 .2 2 2+ += = b) 4 4 2 2 2 3 3 3 3 −= = c) 3 5 15(2 ) 2= d) 4 4 4(2.3) 2 .3= e) 2 2 2 2 2( ) 5 5 = f) 2( ) 1 3 = g) 3 3 12 2 − = h) 2 3 235 5= EQUAÇÕES EXPONENCIAIS Para resolver uma equação exponencial, é recomendável que você transforme os membros da equação em potência de mesma base. Veja o exemplo: 2x = 16 Para resolver esta equação, os dois lados da igualdade devem ficar com a mesma base “2”. Você se lembra quando estudou matemática no 1º grau e aprendeu sobre fatoração? Para que essa equação fique com a mesma base você deve fatorar o número 16 (16 = 24). Então, igualando as bases, 2x = 24. Agora sim, como as bases ficaram iguais os expoentes também podem ser igualados. Portanto, x = 4. Acompanhe comigo outro exemplo: 3x2–x–3 = 27 Igualando as bases temos: 3(x2–x–3) = 33 Igualando os expoentes: x2 – x – 3 = 3 Perceba que chegamos a seguinte equação de 2º grau: x2 – x – 6 = 0 Para resolvê-la vamos usar a fórmula de Bhaskara e assim obter os dois valores de x. Funções Exponenciais e Logarítmicas8 Você se lembra da fórmula de Bhaskara? 2 4 2 b b acx a − ± − = Vamos aplicá-la na equação x2 – x – 6 = 0 1 1 24 2 2 3 xx x ± + = − = = = Desta maneira temos os dois valores para o x do nosso exemplo. Vamos ao último exemplo: 23 12 16 x x− = Fatorando o denominador: 23 4 12 2 x x− = Passando o 24 para o numerador, naturalmente com o expoente negativo, temos: 2(3x–x2) = 2(–4) - Utilizando a fórmula de Bhaskara na equação: -x2 + 3x + 4 = 0 , obtemos os seguintes valores de x: 1x = − e 4x = Olha aluno(a), com esses exemplos, acabamos de rever como se calcula uma equação exponencial. Agora está na hora de aprendermos a construir gráficos de funções exponenciais. Vamos a eles! GRÁFICO Caro(a) aluno(a), sempre que for construir o gráfico de uma função, você deve analisar o comportamento dela em alguns aspectos, como o seu domínio, a interseção com os eixos coordenados e o cálculo de limites, sempre que esta função apresentar pontos críticos, para avaliar a existência de assíntotas. Esses conhecimentos você já obteve no Cálculo I, lembra? Então vamos revê-los. No caso das exponenciais, teremos dois tipos de gráfico, pois como já foi citado as bases podem ser: a > 0 e a ≠ 1 Portanto teremos aquele gráfico que representa a > 1 e outro que representa 0 < a < 1. Vamos ao primeiro caso: a > 1. Exemplo 1 ( ) 2xf x = , note que a = 2, ou seja, a > 1 Funções Exponenciais e Logarítmicas 9 Vejamos aquelas análises que são necessárias antes de construirmos o gráfico desta função: Domínio: Você aprendeu no Cálculo I, que para achar o domínio de uma função, temos que analisar as condições de existência dela. Na função em questão: Domínio: x∈ ,você pode atribuir qualquer valor a x de ( ),−∞ +∞ . Interseção com os eixos coordenados: Para a construção de um gráfico, é sempre impor- tante você saber os valores dos interceptos do eixo x e do eixo y. Então vamos a eles: - Quando a curva intercepta o eixo x: y=0 então 2x = 0. ATENÇÃO Mas esta equação é impossível! Porque nenhum valor atribuído à x fará com que essa equa- ção seja igual a ‘0’ portanto, a curva não intercepta o eixo x. - Quando a curva intercepta o eixo y: x=0, então: 2 1y y= ∴ = , então teremos a coordenada (0,1) Comportamento nos infinitos/assíntotas: Para que possamos fazer o gráfico, vamos calcular os limites nos infinitos, em busca de alguma assíntota, já que não temos outros pontos críticos no domínio da função. Sabemos, do Cálculo 1, que assíntotas são retas imaginárias que nos auxiliam na execução de um gráfico. Elas podem ser horizontais verticais, ou oblíquas. Para que surja uma assíntota, uma grandeza tem que tender aos infinitos, no caso em questão “x” e a outra, “y”, que é a resposta do limite, tender a um número finito, nesse caso, 0. Sempre que isso acontece, temos uma assíntota horizontal: 1 1lim 2 2 0 ( ) 0 2 x x surge uma assíntota horizontal AH y−∞ ++∞→−∞ = = = = → =+∞ Observe neste limite, que não haverá assíntotas, porque x tende ao infinito e y também: lim 2 2 , .x x neste caso não há assíntotas+∞ →+∞ = =+∞ Agora, vamos representar a análise realizada no gráfico! Funções Exponenciais e Logarítmicas10 GRÁFICO 01: FUNÇÃO EXPONENCIAL Y = F(X) = 2X 1 1 2 3 4 y 2 3 4 x -1 0-1-2-3-4 AH y = 0 Fonte: próprio autor Analisando o gráfico: Regiões de crescimento e decrescimento: Como podemos observar no gráfico, esta função cresce em todo o seu domínio, ou seja, de (–∞, +∞). Imagem: A imagem, que é lida no eixo y, retrata todos os valores de y que estão asso- ciados a algum valor de x, portanto: ( )0, y ∈ +∞ Repare que nessa condição, a curva do gráfico 01 está inteiramente situada acima do eixo x, já que não toca o eixo das abscissas, por se tratar de uma assíntota horizontal. No exemplo 2, vamos analisar outro tipo de função exponencial, aquela cuja base é fracio- nária, acompanhe comigo. Exemplo 2 1( ) 2 xy = Note que 1 2 a = , então, 0 < a < 1. Damesma forma como fizemos no exemplo 1, vamos analisar esta nova função nas prin- cipais características necessárias para a construção do seu gráfico: Domínio: x∈ Interseção com os eixos coordenados: 1: 0 ( ) 0 2 xEixo x y = → = impossível,portanto,o gráfico não intercepta o eixo x. 1: 0 ( ) 1 0, 2 ( 1)Eixo y x y y° = → = ∴ = Comportamento nos infinitos/assíntotas: 1 1lim ( ) ( ) 2 2 2 x x −∞ +∞ →−∞ = = =+∞ não há assíntota 1 1 1 1lim ( ) ( ) 0 2 2 2 x x +∞ + +∞→+∞ = = = = +∞ , surge uma assíntota horizontal (AH) y = 0 Funções Exponenciais e Logarítmicas 11 GRÁFICO 02: FUNÇÃO EXPONENCIAL 1( ) ( ) 2 xy f x= = 1 1 2 3 4 y 2 3 4 x -1 0-1-2-3-4 1( ) 2 xy = Fonte: próprio autor Regiões de crescimento e decrescimento: A função é estritamente decrescente no inter- valo de (–∞, +∞) Imagem: ( ) 0, y ∈ +∞ Agora caro(a) aluno(a), no gráfico a seguir, estão desenhadas várias funções exponenciais. GRÁFICO 03: FAMÍLIA DE FUNÇÕES EXPONENCIAIS: 1 1 2 3 4 y 2 3 4 x -1 0-1-2-3-4 ( )1 2 x ( )1 3 x ( )1 10 x 10 x 3 x 2 x Fonte: Cálculo, volume 1, Howard Anton Você pode observar a semelhança dos gráficos das funções cuja base é fracionária, as da esquerda (0 < a < 1) e aquelas cuja base é maior que 1 (a > 1), as funções da direita. Funções Exponenciais e Logarítmicas12 E para finalizar, vamos resolver um problema onde teremos a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos. Problema: Uma cultura com 100 bactérias reproduz-se em condições ideais, por divisão celular, duas outras bactérias idênticas por hora. a) Qual a população dessa cultura após 6 horas do instante inicial? b) Depois de quantas horas a população dessa cultura será de 51.200 bactérias? Solução a) No instante inicial são apenas 100 bactérias. Como a reprodução é de 2 bactérias por hora, veja a evolução: Instante inicial – 100 bactérias Após 1 hora - 100. 2 Após 2 horas - (100. 2). 2 = 100. 22 Após 3 horas - (100. 22). 2 = 100. 23 E assim por diante. Chegamos à conclusão que após “t“ horas, a fórmula para calcular a produção é: P = 100. 2t. Para t = 6 horas, temos que P = 100. 26 = 6 400 bactérias. Então serão produzidas 6 400 bactérias após 6 horas de cultura. b) Nesse caso, o número de bactérias produzidas será de 51 200, portanto P = 51 200. Desejamos saber o valor de t, então: P = 100. 2t 51 200 = 100 . 2t 2t = 51200 100 , simplificando, 2t = 512, fatorando e reduzindo à mesma base 2, 2t = 29, igualando os expoentes, t = 9 horas. Com este exemplo, você pode observar o quanto uma operação exponencial nos auxilia na resolução de problemas que envolvem números muito grandes. Então aluno(a), após ter entendido tudo isto vamos nos envolver com a função inversa à exponencial: as funções logarítmicas. Você vai aprender que para resolvermos um logaritmo, devemos transformá-lo numa exponencial. Vamos ver como faremos isso! Funções Exponenciais e Logarítmicas 13 Função Logarítmica Os logaritmos surgiram para facilitar a solução de problemas que envolvessem números muito grandes (como astronomia, por exemplo) ou números muito pequenos (como no estudo molecular). Esta é a definição da função logarítmica: ( ) ay f x log x= = Logaritmando Base As condições de existência de um logaritmo são: e0; 0 1x a a> > ≠ Pelo fato da função logarítmica ser a função inversa da função exponencial, para resolver um logaritmo, você deve transformá-lo numa exponencial. Veja o exemplo: alog x y= , então ya x= , invertendo as variáveis: xa y= Observe um exemplo numérico: 3 28 2 8 2 2 y ylog y= → = → = , então 3y = IMPORTANTE Saiba que quando a base do logaritmo for 10, não é necessário escrevê-la. log10x = log x E se a base for o número de Euler (e ≅ 2,718281…), vamos ter um logaritmo natural ou neperiano, que representaremos por lnx: logex = ln x Então, o logaritmo de x na base ‘e’, é igual ao logaritmo neperiano ou natural de x. Acompanhe comigo alguns exemplos: a) log6 36=m, 6m=36, igualando as bases: 6m=62, então: 2m = b) log 0,01=m, Neste caso, como a base não foi colocada, você já sabe que ela é 10, então: 10m = 0,01. No ensino médio, você aprendeu através da potência de 10 que 0,01 = 10–2, então igua- lando as bases: 10m = 10 -2 assim, 2m = − Funções Exponenciais e Logarítmicas14 LOGARITMOS ESPECIAIS Vejamos alguns logaritmos que são chamados de especiais, porque a resposta deles é imediata. Observe: a) loga1 = 0, o logaritmo de 1 em qualquer base é igual a 0, pois a° = 1 b) logaa = 1, quando o logaritmando for igual à base, o logaritmo é igual a 1, pois a1 = a c) logaam = m, o logaritmo de am na base a, é igual a m, pois am = am d) alogab = b, se a base a estiver elevada à um logaritmo de b na própria base a, a resposta para a equação é b, pois se falarmos que x = logba, ax = b. Para que fique mais claro, veja um exemplo de cada um desses logaritmos: a) log31 = 0 b) log55 = 1 c) ln e2 = 2 d) 4 log46 = 6 Veja agora estes exemplos para determinar o valor das expressões: a) log773 + log91 + lne + log33 = 3 + 0 + 1 + 1 = 5 b) log216 + log28 – log31 + 2 log24 = 4 + 3 – 0 + 4 = 11 Agora é um desafio que deixo para você, Veja se consegue resolvê-lo! Log (log10) = 0 PROPRIEDADES OPERATÓRIAS A princípio, veja abaixo algumas regras relacionadas às propriedades operatórias. Elas serão fundamentais para aprofundarmos no assunto. Regra do Produto: o logaritmo de um produto se transforma numa soma. logab.c = logab + logac Regra do Quociente: o logaritmo de um quociente se transforma numa subtração. loga b c = logab – logac Regra da Potenciação: o expoente ‘n’ pode ser colocado à frente do logaritmo. logabn = n logab Funções Exponenciais e Logarítmicas 15 Para que você compreenda como na prática as regras mencionadas são aplicadas, veja abaixo um exemplo de cada propriedade: Se log2 = 0,3 e log3 = 0,5, calcule: a) log6 = log2.3 = log2 + log3 = 0,3 + 0,5 = 0,8 (Regra do produto) b) log 3 2 = log 3– log2 = 0,5 – 0,3 = 0,2 (Regra do quociente) c) log23 = 3log2 =3.0,3 = 0,9 (Regra da potenciação) Vamos agora aprender como se resolve uma equação logarítmica? Vamos lá! EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS A princípio, gostaria de chamar a sua atenção para algo necessário. É importante que você esteja atento ao domínio do logaritmo antes de resolver a equação. Por exemplo: a) log3(x–1) = 2 Domínio: x – 1 > 0 x > 1 Solução: 32 = x – 1 x – 1 = 9 ∴ x = 10 como 10 é maior que 1, a resposta é: 10x = b) log (x+1) (19–x) = 2 Domínio: 19 – x > 0 ∴ x < 19 x + 1 > 0 → x > – 1 x + 1 ≠ 1 → x ≠ 0 Solução: (x+1)2 = 19 – x x2 + 2x + 1 = 19 – x → x2 + 3x – 18 = 0 x ' = – 6 e x" = 3 Verificando o domínio, você pode notar que a única resposta possível é: 3x = Agora vamos utilizar as propriedades operatórias para resolver estas equações logarítmicas: a) log2 (x+2) + log2 (x–2) = 5 Domínio: x + 2 > 0 → x > – 2 x – 2 > 0 → x > 2 Como: loga b.c = loga b + logac: log2 (x+2) (x–2) = 5, então 25 = (x + 2) (x – 2) 32 = x2–4 x2 = 36 ∴ x ± 6 Verificando o domínio: 6x = Funções Exponenciais e Logarítmicas16 b) log2 (x+2) – log2 (x–1) = 3 Domínio: x+2 > 0 → x > –2 x–1 > 0 → x > 1 Como: loga b c =logab–loga c: log2 2 1 x x + − =3, então 23 = 2 1 x x + − 2 1 x x + − = 8 ∴ x + 2 = 8x – 8 –7x = – 10 Sendo coerente com o domínio, temos: 10 7 x = MUDANÇA DE BASE Como você pode verificar, as equações anteriores possuem a mesma base. Mas se as bases são diferentes, para resolver a equação você deve igualá-las. E a propriedade que permite mudar a base de um logaritmo é esta: cb c log alog a log b = Repare que a base b foi trocada pela base c. Para que você compreenda melhor, observe os exemplos: Escreva os seguintes logaritmos na base 3: a) 32 3 66 2 loglog log = b) 33 3 33 3 loglog log = c) 3 3 22 10 loglog log= d) 35 3 44 5 loglog log = Agora você consegue resolver esta equação: 2 4 16 7log x log x log x+ + = para x > 0 Mudando para a base 2: 2 2 2 2 2 7 4 16 log x log xlog x log log + + = 2 2 2 72 4 log x log xlog x + + = , tirando o m.m.c: 2 2 2 2 4 2 7 7 28 4 log x log x log x log x+ + = ∴ = 4 2 4 2log x x= ∴ = 16x = Funções Exponenciais e Logarítmicas 17 Então aluno(a) está compreendendo os conceitos que foram apresentados até este momento? Se ainda está em dúvida retome a leitura e faça os exemplos acima em seu caderno. Lembre-se que cálculo só se aprende realizando muitos exercícios. Agora, vamos ver os elementos necessários para a construção dos gráficos das funções logarítmicas. Vamos lá! GRÁFICO Como na função exponencial, teremos também na função logarítmica, dois tipos de gráfico: o gráfico que representa a > 1 e outro que representa 0 < a < 1. No exemplo 1 vamos falar dos logaritmos cuja base a > 1 Exemplo 1 ( ) 2y f x log x= = note que a > 1 • Domínio: x > 0, ou seja ( ) 0, x∈ +∞ • Interseção com os eixos coordenados: ( ) 2 : 0 0 2 1 1,0 Eixo x y log x x x° = → = = ∴ = ATENÇÃO : 0 Eixo y x = → Impossível! Veja domínio Portanto o gráfico não intercepta o eixo y. • Comportamento nos pontos críticos/assíntotas: Nesse caso vamos calcular os limi- tes à direita de 0 e em +∞, de acordo com o domínio da função. Já vimos anteriormente que uma assíntota é necessária sempre que uma grandeza tende a um número finito, no caso x está tendendo a 0 e a outra tende aos infinitos, no caso y, que é a resposta do limite, está tendendo a –∞. Sempre que isso acontece, temos uma assíntota vertical. 2 2 0 0 limlog x log x + + = =−∞ → → Aqui temos uma assíntota vertical 0x = ( )2 2 limlog x log x = +∞ = +∞ → → +∞ Não há assíntota Veja como foram feitos os cálculos: 2 1 10 2 0 2 0 0 2 ylog y+ + −∞ + ++∞= → = → = → = =+∞ ,então y ∞= − ( )2 2 2ylog y +∞+∞ = → = +∞ → = +∞ ,então y ∞= + Funções Exponenciais e Logarítmicas18 GRÁFICO 1 1 2 3 4 -4 -3 -2 y 2 3 4 x -1 0-1-2-3-4 2y log x= AV x = 0 Fonte: próprio autor • Regiões de crescimento e decrescimento: f é estritamente crescente de (0 + ∞) • Imagem: ( ) ,x∈ −∞ +∞ No exemplo 2, vamos construir o gráfico da função logarítmica de base 0 < a < 1 Exemplo 2 ( ) 1 2 y f x log x= = a base agora é 1 2 , então 0 < a < 1 • Domínio: ( ) 0, x∈ +∞ • Interseção com os eixos coordenados: 1 2 1 : 0 0 1 2 1,0Eixo x y log x x x ° = → = → = ∴ = Eixo y:x = 0 → impossível,portanto não intercepta o Eixo y. • Comportamento nos pontos críticos/assíntotas: 1 1 2 2 0 0 limlog x log x + + = =−∞ → → Assíntota vertical 0x = ( )1 1 2 2 limlog x log x = +∞ =−∞ → → +∞ Não há assíntota Funções Exponenciais e Logarítmicas 19 Cálculos 1 2 1 1 1 10 ( ) 0 ( ) 0 2 2 2 ylog y+ + +∞ ++∞= → = → = = =+∞ , então y ∞= + ( )1 2 1 1 1( ) ( ) 2 2 2 2 ylog y −∞ +∞−∞+∞ = → = +∞ → = = = +∞ , então y ∞= − GRÁFICO 1 1 2 3 4 -4 -3 -2 y 2 3 4 x -1 0-1-2-3-4 1 2 y log x= AVx=0 • Regiões de crescimento/ decrescimento: f é estritamente crescente de (0 + ∞) • Imagem: ( ) ,x∈ −∞ +∞ Agora, vamos a um exemplo prático, para que você tenha a oportunidade de aplicar o que foi aprendido. Problema Um satélite que requer 7 watts de potência para operar em plena capacidade, está equipa- do com uma fonte de potência de radioisótopos cuja saída em watts é dada pela equação: P = 75 e -t/125, onde t é o tempo em dias que a fonte é usada. Por quanto tempo o satélite pode operar na capacidade máxima? Funções Exponenciais e Logarítmicas20 Solução Como é necessário 7 watts de potência para a capacidade máxima, a Potência P decairá para 7 watts quando: ( /125)7 75 te −= A solução para t é portanto: ( /125)7 75 te −= Aplicando o logaritmo neperiano em ambos os lados, teremos: /1257ln ln 75 te−= Aplicando a Regra da Potência: 7ln ln 75 1 25 t e−= , como já vimos que lne = 1, Então 7t 125 ln 75 = − Com o uso de uma calculadora, você verá que 7ln 2,37 75 = − , portanto a resposta do nosso problema é t ≈ 296,4, logo o satélite pode operar na capacidade máxima por cerca de 296 dias. E agora, para que você pratique todos os conhecimentos adquiridos neste módulo, resolva todos os exercícios de fixação e sempre que aparecer alguma dúvida, retome a leitura e busque esclarecer as suas dúvidas, boa sorte! Funções Exponenciais e Logarítmicas 21 Síntese Meu(minha) caro(a) aluno(a)! Nesse módulo vimos o conceito e a importância do estudo das características das funções exponencial e logarítmica para a solução de problemas e aprendemos também a representar graficamente tais características. Para melhor compreender esses conceitos, observamos a solução de equações logarítmicas e de equações exponenciais bem como as propriedades operatórias nelas envolvidas. Foi possível você compreender todos estes conceitos? Caso não tenha compreendido retome a leitura do módulo! Bons estudos! Referências Básicas FLEMMING, D. M. e GONÇALVES, M. B. – Cálculo A. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. THOMAS, G. B. – Cálculo - Volume 1. São Paulo: Addison Wesley, 2002. ANTON, H., BIVENS, I. e DAVIS, S. – Cálculo – Volume 1. Porto Alegre: Bookman, 2007. Referências Complementares SANTANA, A., PONGELUPE, É. G. e SOUZA, R. C. – Matemática – Volume 2. Belo Horizonte, 2006. LEITHOLD, L. – O Cálculo com Geometria Analítica – Volume 1. São Paulo: Harbra Ltda, 1994. LARSON, R. E., HOSTETLER, R. P. e EDWARDS, B. H. – Cálculo e Geometria Analítica – Volume 1. USA: LTC, 2006. SIMMONS G. F. – Cálculo com Geometria Analítica – Volume 1. São Paulo: Makron Books, 1987. GIOVANNI, J. R., BONJORNO, J. R. – Matemática: Uma Nova Abordagem. São Paulo: FTD, 1992. 22
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