Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Habilidades II (aula 06 – 2° estágio) – Prof. André Teixeira 1 - Avaliar a responsividade: “Senhor, senhor” - Observar se o paciente responde e se está respirando. - Pedir ajuda a sua equipe: “Pessoal, preciso da minha equipe aqui. Podemos ter uma possível para cardíaca. Tragam o desfibrilador manual (carrinho de parada) e o kit de reanimação.” OBS! SEMPRE lembrar de colocar a superfície plana e rígida no dorso do paciente. - Realizar o CAB: C = checar o pulso central por até 10 segundos. Se não tiver pulso, inicia RCP ✓ Compressões fortes e rápidas: 5 ciclos (cada ciclo: 30 compressões e 2 respirações) ou por 2 minutos interruptos para pct com VA definitiva (intubados) ✓ Comprimir 5 cm e descomprimir os mesmos 5 cm. ✓ Deve trocar quem está fazendo as compressões a cada 5 ciclos ou antes se cansar (devido a fadiga muscular) ✓ A cada 5 ciclos ou 2min de RCP a equipe para, para que o médico possa reavaliar o ritmo no monitor cardíaco. - Ritmo de fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular sem pulso (TVSP): indicativo de desfibrilação - Ritmo de assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP): não é indicativo de desfibrilação e reinicia as manobras de ressucitação A = abertura das vias aéreas B = ventilação (duração de 1 segundo e intervalo entre elas de 1 segundo também) RITMOS DE PARADA CARDIACA • Fibrilação ventricular (FV): -De início, apresenta ondas largas e grandes. Com o passar do tempo, as ondas ficam finas. - Uma FV pode se apresentar em linhas retas, devido as ondas estarem cada vez mais finas - Pode evoluir para uma assistolia. • Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP): - Monomórfica: apresenta o mesmo padrão de ritmo. - Polimórfica: apresenta alterações nos padrões das ondas. • Assistolia: - Linha reta pode ou não ser assistolia, tem um diagnostico diferencial. • Atividade elétrica sem pulso (AESP) - Traçado organizado porem sem pulso - Quem checa o ritmo é o médico: Liga o desfibrilador manual. Coloca as pás no tórax. O monitor cardíaco irá apresentar o ritmo. Obs: O médico pode apenas coordenar, conduzir e orientar sua equipe de ressuscitação, ficando de fora, sem realizar RCP e administrar o choque. - Lembrar que FV e TVSP são indicativos de desfibrilação. Já assistolia e AESP não, nesse caso segue a RCP. DESFIBRILAÇÃO Deve colocar um gel específico de eletrocardiografia nas pás, mas não deve ser em excesso já que pode provocar uma ponte de comunicação e a carga elétrica passe por cima e não dentro do tórax, diminuindo a eficácia do choque. ✓ Realiza a diminuição da impedância transtorácica (resistência da passagem da carga elétrica no tórax): faz uma força de 13 kg em cima das pás na aplicação sobre o peito do paciente Habilidades II (aula 06 – 2° estágio) – Prof. André Teixeira 2 - Em crianças, faz a força, porém menos do que 13 kg OBS: quando for pá adesiva não precisa diminuir a impedância, ou seja, não precisa aplicar força. As pás devem ser colocadas na região infraclavicular direita e a outra na região inframamária esquerda. Quando colocadas muito próximas, podem formar arcos voltaicos, podendo provocar combustão do tórax do paciente. No desfibrilador manual, há pás menores, portanto, a posição das mesmas em crianças é a mesma de um adulto. Após posicionar as pás, quem irá administrar o choque diz: “Atenção, vou dar o choque no 3” ✓ No 1, observa se ela própria está em contato com o paciente, maca ou equipamento. ✓ No 2, observa se alguém está em contato. ✓ No 3, administra o choque ESQUELETO DO RCP EM FV OU TVSP I. 1º ciclo de RCP é até o desfibrilador chegar e analisar o ritmo. Se chocável, administra o choque e segue para o 2º ciclo de RCP. II. No 2º ciclo, pede para alguém da equipe obter um acesso venoso periférico (no membro superior – se não conseguir, realiza um acesso intraósseo) e preparar 1 ampola de adrenalina (1 mg = 1 ml) em uma seringa de 5 ml e 20 ml de solução salina em uma seringa de 20 ml. OBS! Ao terminar o 2º ciclo, analisa o ritmo e se for o caso administra o choque e inicia o 3º ciclo. Se for chocavel, choque e depois RCP. III. No 3º ciclo, pede para administrar a adrenalina e a solução salina preparada durante o 2º ciclo. Além disso, pede para levantar o braço do paciente por 10-20 segundos. Pede para preparar 2 ampolas de amiodarona (300 mg = 300 ml), que só será aplicada se o paciente não sair da parada OBS! Se não tiver amiodarona pode usar lidocaína (1 a 1,5mg/kg) OBS! Finaliza o 3° ciclo, checa o ritmo e administra o choque se necessário, seguindo para o 4º ciclo. IV. No 4º ciclo, pede para aplicar a amiodarona reparada durante o 2º ciclo, além de administrar 20 ml de solução salina. Pede para levantar o braço do paciente por 10-20 segundos. Pede para preparar 1 ampola de adrenalina OBS! Finaliza o 4º ciclo, analisa o ritmo e dá o choque se necessário, seguindo para o 5 º ciclo. V. No 5º ciclo, pede para aplicar a adrenalina preparada durante o 4º ciclo. Pede para preparar 1 ampola de amiodarona (150 mg). OBS! Conclui o 5º ciclo, analisa o ritmo e dá o choque. - Não pode parar compressões para administrar drogas. O ideal é aplica-las após o choque. - Segue nessa ordem, alternando as drogas, até que o paciente volte. LEMBRE-SE: Somente a primeira dose de amiodarona será dobrada. - Droga não muda desfecho de parada cardíaca, e sim compressões torácicas de alta qualidade e desfibrilação - Paciente com hipomagnesemia (doentes crônicos em UTI ou alcoólatras crônicos – com torsão das pontas ou intervalo QT prolongado) deve ser administrado magnésio no soro durante a RCP. - A adrenalina deve ser repetida a cada 3-5 minutos – intercalando um ciclo - Se após o choque, o paciente sair da parada e voltar a ter pulso: Não interrompa a RCP imediatamente, deve ser feito mais um ciclo mesmo apresentando pulso. Mesmo que o ritmo volte a ficar organizado e o paciente saia da PCR, o coração demora minutos para ter um bom batimento e gerar uma boa perfusão coronariana Se interromper, o paciente pode ter uma nova PCR PROTOCOLO PARA AESP OU ASSISTOLIA - Não são chocáveis. - Não se aplica amiodarona, apenas adrenalina em um ciclo e no seguinte não aplica nenhum medicamento. PROTOCOLO CAGADA - Deve ser realizado em 10 segundos. - Diagnóstico diferencial para cessar os erros em um paciente com assistolia. - Passos: CA = checagem da conexão dos cabos no paciente e no monitor GA = Observação do ganho do ECG – ampliação da linha para saber se é uma linha reta (assistolia) ou uma FV de ondas finas. Habilidades II (aula 06 – 2° estágio) – Prof. André Teixeira 3 DA = Checagem das derivações – escolher a melhor derivação ou trocar o posicionamento das pás CAUSAS DA PCR - Importante para o diagnóstico: Conhecer a histórico do paciente. Colher os dados das queixas. - 5H’s: Hipovolemia. Hipóxia. Hidrogênio – acidose. Hipo/hipercalemia. Hipotermia. - 6T’s: Toxicidade. Trombose coronariana (IAM). Tromboembolia. Tensão no tórax (pneumotórax). Tamponamento cardíaco Trauma - Capnografia em formato de onda: padrão outro para intubação e ressuscitação Se o capnógrafo registrar menos do que 10: compressões ruins – deve trocar o compressor imediatamente. Se o capnógrafo subir para 45: o paciente retornou à circulação espontânea. ✓ Não deve interromper o RCP até terminar o ciclo e só depois iniciar os cuidados pós-RCP.
Compartilhar