Buscar

Suporte avançado de vida em cardiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Liandra Bezerra, 2020.2 
 
• 70% da sua pratica consiste no BLS; 
CABD primário 
• Primeiro deve-se identificar se realmente se trata de uma 
parada cardiorrespiratória; 
• Em seguida, checa-se a responsividade; 
➝ Batendo em seu ombro e chamando-o; 
• Em seguida, solicita-se a ajuda da equipe para trazer o 
carrinho de parada e chamar a equipe de ressuscitação; 
OBS.: idealmente, uma equipe de ressuscitação deve ser 
composta por 6 pessoas; 
• Em seguida, checa-se o pulso e, se necessário, inicia-se a 
ressuscitação; 
COMPRESSÕES (C) 
• Compressões fortes e rápidas, em esquema de 30:2 
(>100/min); 
OBS.: paciente entubado realiza-se 100 compressões por 
minuto, com 1 ventilação a cada 5 – 6 segundos; 
• Afundando e permitindo o retorno do tórax em 5 cm; 
• As compressões só devem ser interrompidas em últimos 
casos; 
• O ritmo cardíaco deve ser checado a cada 2 minutos/ 5 
ciclos; 
OBS.: deve-se parar as compressões para que o médico 
responsável pela equipe faça a análise do ritmo cardíaco do 
paciente; 
VIAS AÉREAS (A) E RESPIRAÇÃO (B) 
• Abrir vias aéreas igualmente à técnica do BLS; 
• Seguem-se as mesmas recomendações quanto ao uso dos 
dispositivos de vias aéreas e manobras; 
DESFIBRILAÇÃO (D) 
• No BLS, o DEA analisa por conta própria o ritmo do paciente, 
sendo capaz de identificar dois ritmos desfibriláveis, a fibrilação 
ventricular e taquicardia ventricular sem pulso; 
OBS.: caso não identifique um desses dois ritmos, vai afirmar 
que o ritmo não é chocavel; 
• Já no ACLS, o médico deve observar o monitor cardíaco 
para avaliar o ritmo do paciente; 
• Uma parada cardíaca pode se dar em quatro ritmos: 
1. Fibrilação ventricular: 
completamente anárquico, 
sem padrão definido; 
2. Taquicardia ventricular sem 
pulso; 
3. Assistolia: normalmente de apresenta em linha reta, 
com poucas variações de pequena amplitude; 
4. Atividade elétrica sem pulso: traçado organizado e 
regular, com padrão 
definido, porem o paciente 
não apresenta pulso; 
• Utiliza-se o desfibrilador manual, e essa fase é crítica para a 
sobrevivência do paciente; 
OBS.: a probabilidade de sucesso da desfibrilação diminui 7 – 
10% por minuto; 
• O ritmo inicial mais frequente de PCR é a fibrilação 
ventricular; 
• Não é o médico que aplica o choque no paciente, esse papel 
normalmente cabe ao enfermeiro. O médico tem o papel de 
coordenar a equipe e padronizar o atendimento; 
Liandra Bezerra, 2020.2 
 
• Ao terminar os 5 ciclos de RCP o médico deve solicitar o 
enfermeiro que ligue o desfibrilador e aplique o gel nas pás e 
aplique as pás no tórax do paciente; 
• Pontos importantes devem ser observados: 
➝ Deve-se diminuir a impedância transtorácica, ou seja, a 
resistência que o tórax impõe a passagem da carga elétrica; 
OBS.: para realizar esse passo, ao aplicar as pás no tórax do 
paciente, deve-se exercer uma força de no mínimo 12kg, para 
isso, o profissional pode subir na escada ao lado do leito e usar 
o peso do próprio corpo. Isso não se aplica para o uso de pás 
adesivas; 
➝ Se atentar para o correto posicionamento das pás, igual 
ao posicionamento do DEA, usado no BLS; 
➝ Utilizar gel adequado; 
OBS.: o gel adequado para desfibrilação é o mesmo que usa-
se para eletrocardiografia, o qual é diferente do utilizado para 
ultrassonografia. 
OBS.2: Além disso, o gel não deve ser aplicado em excesso 
pois, para evitar que se espalhe pelo tronco do paciente. Isso 
porque se o gel aplicado em uma pá tocar o gel aplicado na 
outra pá, vai ser formada uma ponte condutora que vai 
impedir que a corrente elétrica fique na superfície da pele e 
seja ineficaz; 
➝ Uso de material condutor e formação de arcos voltaicos; 
OBS.: durante o atendimento e a desfibrilação, um outro 
profissional vai estar responsável pela ventilação do paciente. 
Caso, no momento da descarga, esse profissional não se 
afaste o suficiente ou faça uma compressão do AMBU 
expelindo O2 a alta concentração, pode ocorrer uma 
combustão pelo contato do oxigênio com a descarga elétrica; 
➝ Procedimento de desfibrilação, ou seja, se atentar para que 
toda a equipe esteja fora de risco e afastada do paciente no 
momento da descarga; 
Protocolos 
• A primeira droga a ser utilizada é a epinefrina (adrenalina), a 
1 mg, por via intravenosa ou intraóssea; 
➝ Esse é a único medicamento que possui recomendação 
de uso para os quatro ritmos de parada cardiorrespiratória; 
 
OBS.: a ampola com 1 mg de adrenalina tem 1 ml de volume; 
• Para aplicar a adrenalina, pode-se usar de duas técnicas: 
1. Prepara-se a medicação em uma seringa + 20 ml de 
solução salina em uma outra seringa e levanta-se o 
braço do paciente por 10 – 20 segundos; 
2. Preparar, em uma seringa de 10 ml, a dosagem de 1 
ml de adrenalina + 9 de água destilada, seguida de 
20 ml de solução salina, em seguida levanta-se o 
braço do paciente; 
OBS.: as duas formas são aplicadas em bolus. TUDO na 
ressuscitação é aplicado em bolus; 
OBS.2: a adrenalina não tem dose máxima, podendo ser 
reaplicada conforma necessidade a cada 3 – 5 minutos; 
OBS.3: levanta-se o braço do paciente para que o 
medicamento atinja a circulação o mais rápido possível; 
• Após encerrar um ciclo, avalia-se novamente o ritmo e, caso 
seja chocavel, inicia-se novamente a RCP com um novo ciclo; 
OBS.: como no primeiro ciclo foi feita a aplicação de adrenalina, 
no segundo não se usa novamente esse medicamento, e sim 
um antiarrítmico, normalmente a Amiodarona; 
 
• A Amiodarona apresenta-se em ampolas de 150 mg, então 
deve-se usar 2 ampolas na primeira aplicação; 
Liandra Bezerra, 2020.2 
 
• Caso não seja possível fazer uso da Amiodarona, ela pode 
ser substituída pela Lidocaína; 
• Caso o paciente apresenta parada com ritmo de taquicardia 
ventricular polimórfica, sempre deve-se pensar em 
hipomagnesemia associada à parada; 
➝ Nesse caso, deve-se considerar realizar aplicação de 
magnésio em dose de ataque de 1 – 2 g via intravenosa ou 
intraóssea; 
OBS.: o magnésio, especificamente, não deve ser aplicado em 
bolus e sim diluído em soro por 10 – 20 minutos; 
➝ Deve-se suspeitar de hipomagnesemia em pacientes com 
esse ritmo cardíaco, com intervalo QT prolongado, críticos de 
UTI e ainda pacientes alcóolatras crônicos; 
Realização da desfibrilação 
• Com desfibrilador manual bifásico, normalmente usa-se 
entre 120 a 200 J, o qual pode ser realizado de duas formas: 
1. Pode-se aplicar sempre a mesma carga de 200J; 
2. Pode fazer o protocolo de intensificação de carga, 
iniciando com 200J e aumentando progressivamente 
até, no máximo, 360J; 
➝ Recomenda-se usar a primeira opção por ser menos 
passível de esquecimento; 
• Já usando o desfibrilador monofásico, aplica-se sempre a 
carga máxima de 360 J; 
• Após o choque deve-se reiniciar a RCP imediatamente; 
• Se por fim o choque eliminar a parada, leva-se alguns 
minutos para que haja ritmo cardíaco normal e um tempo 
ainda maior para criar fluxo sanguíneo; 
• Por isso, um breve período de compressões deve ser 
realizado para oferecer oxigênio e energia até que tudo se 
estabilize. Caso contrário, o paciente pode entrar novamente 
em parada; 
OBS.: é por esse motivo que não se deve chegar pulso ou 
ritmo após o choque pois, muitos profissionais, ao perceberem 
que o paciente saiu da parada, para as compressões. O correto 
é fazer mais um ciclo de compressões após um choque e ao 
final dele checar o pulso, caso o paciente tenha saído da 
parada com o choque, as compressões necessárias para 
ajudar na oxigenação já foram realizadas; 
RITMO NÃO CHOCÁVEL/ DESFIBRILÁVEL 
• Ao analisar o ritmo e verificar que ele não é chocável, ou 
seja, assistolia ou AESP, inicia-se um protocolo diferente; 
 
OBS.: paciente com ritmo em linha reta nem sempre é 
assistolia, existe diagnostico diferencial; 
• Quando o paciente apresentar um ritmo em linha reta, inicia-
se o protocolo da linha reta (protocolo da CAGADA);• CA: cabos 
➝ Deve-se avaliar se os cabos estão conectados ao paciente 
e ao monitor; 
• GA: ganho 
➝ Avaliar, no monitor, como está o campo “ganho” e, caso 
esteja aparecendo a letra N, deve-se aumentar para 2N; 
➝ Depois desse passo, o ritmo pode mudar no monitor e 
passar a ser desfibrilável, seguindo novamente o protocolo de 
aplicar o choque; 
• DA: derivação 
➝ Caso mesmo após aumentar o ganho para 2N o paciente 
ainda apresente uma linha reta no monitor, deve-se inverter 
as pás; 
OBS.: a infraclavicular troca de lugar com a inframamária; 
➝ Caso o paciente esteja com os eletrodos cardíacos, deve-
se mudar também o eletrodo, não importa para qual, seja V1, 
V2, AvR; 
➝ Esse passo simula a troca de derivação no 
eletrocardiograma 
• Caso mesmo com todos os passos o paciente ainda 
apresente uma linha reta, confirma-se o diagnóstico de 
assistolia; 
PROTOCOLO PARA ASSISTOLIA E AESP 
• Deve-se reiniciar imediatamente a RCP por 5 ciclos; 
• Aplica-se adrenalina 1mg IV/ IO, da mesma forma que nos 
ritmos chocáveis, podendo ser repetida a cada 3 – 5 minutos; 
• Caso continue em ritmo não desfibrilável, inicia-se um novo 
ciclo; 
Liandra Bezerra, 2020.2 
 
• Tratar causas reversíveis; 
OBS.: nesse novo ciclo, não usa-se novamente a adrenalina 
pois ainda não passou-se o intervalo de 3 minutos. Nesse caso, 
ou não aplica-se nenhuma droga, ou pode-se fazer aplicação 
de algum medicamento referente a causa da parada; 
• Paciente com esses ritmos, deve-se pensar no que causou 
essa parada e tratar a causa. Sempre pensar nos Hs e Ts; 
➝ H: hipovolemia, hipóxia, hidrogênio (acidose), hipo e 
hipercalemia, hipotermia; 
➝ T: toxicidade, tamponamento cardíaco, tensão no tórax 
(pneumotórax), trombose coronária (IAM), tromboembolia 
pulmonar, trauma; 
Equipe de ressuscitação 
• A equipe deve funcionar em conjunto, com 
funções pré-determinadas; 
• Um profissional para vias aéreas; 
• Um profissional para compressões; 
• Um profissional para terapia elétrica; 
OBS.: os profissionais da compressão e da terapia elétrica são 
os que revezam entre si ao final dos 5 ciclos ou quando o 
compressor cansar; 
• Um profissional para medicações e acessos venosos e 
intraósseos; 
• Um profissional para anotar cada medida realizada e o 
tempo; 
• O médico, para tomar as decisões e coordenar o restante 
da equipe; 
Cuidados após sair da parada 
• Deve-se seguir uma ordem de cuidados; 
• Garantir que o paciente esteja respirando e manter a via 
aérea desobstruída, realizar ventilação e entubar; 
OBS.: caso o paciente não respire sozinho após sair da parada, 
deve-se iniciar o protocolo de intubação, com a pré-
oxigenação e medicações; 
➝ Enquanto o paciente está em parada, deve ser ofertado 
oxigênio a 100%, mas após sair, sua saturação deve estar entre 
94 – 99%, para evitar liberação de radicais livres; 
• Verificar a circulação, observando a PA, perfusão; 
• Deve-se avaliar os diagnósticos diferenciais (Hs e Ts), e 
realizar um ECG; 
• Se indicado, realiza-se intervenção coronariana percutânea; 
• Realiza-se avaliação neurológica, chamando pelo paciente 
para avaliar responsividade e testando estimulo doloroso; 
➝ Caso não responda, deve-se avaliar e controlar possível 
hipotermia; 
• Encaminhar para UTI e tratamento hemodinâmico; 
• Deve-se focar na proteção neurológica, objetivando metas 
de saturação, capnografia, PA 
e controle de temperatura 
para preservar o cérebro; 
• Aplica-se soro a 4ºC ou bolsa 
de gelo, ou os dois associados;

Outros materiais