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ANEMIAS Bárbara Barreto Hematologia Tríade de B12: Fraqueza + dor na língua + parestesia Icterícia e hemoglobinúria → Causa de aumento da destruição ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO · Etapa I: Médico - Anamnese Screening Diagnostico presuntivo · Etapa II: Biomédico - Avaliação especifica · Etapa III: Biomédico e médico - Estudos adicionais DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO: Etapa 1 → Anamnese → Formula hipótese e solicita o exame · História clínica: • Idade, sexo, etnia, dieta, período neonatal, herança, uso de drogas, medicamentos (antibióticos: ampicilina, sulfas), infecção (Ex. Infecção pelo vírus de Herpes BA), exposição a tóxico (benzeno, mercúrio), sintomas sistêmicos. · Exame físico • Peso, estatura, fáscie icterícia, alt. Pele, mucosa oral, olhos, gânglios, hepatomegalia, esplenomegalia, extremidades. · Doenças hematológicas • Renal, tireoide, metabólicas e outras CLASSIFICAÇÃO FISIOLOGICA (mecanismo): · Hipoproliferativa (Baixa produção) · Hiperproliferativa (Aumento da destruição) · Hemorrágica MORFOLÓGICA (V.C.M): · Microcítica · Normocítica · Macrocítica ANEMIAS HIPOPROLIFERATIVAS (Baixa produção) · Anemia de doença crônica · Anemia de doente renal crônico · Anemia megaloblástica · Anemia ferropriva → Anemia por perda aguda de sangue é hipoproliferativa ANEMIAS ASSOCIADA A DOENÇAS CRÔNICAS · Normocítica e normocrômica , geralmente de 1 a 2 meses após a instalação da doença de base. · Doenças reumatológicas e câncer. · Estados inflamatórios: doença inflamatória ou infecciosa crônico ou processos inflamatórios. Aumento da ferritina e lactoferrina (maior afinidade que a transferrina pelo ferro e o transporta para os macrófagos medulares) Aumento da IL-1 impede a liberação do ferro dos macrófagos para os eritroblastos. Hepcidina. Transferrina: transportador de ferro Ferritina: reserva de ferro ANEMIA DOENTE RENAL · Paciente com Insuficiência renal crônica (IRC) · Ocorre diminuição da Eritropoietina (EPO) · Apesar do pouco número de eritroblastos formados, os eritrócitos formados são normocíticos, normocrômicos e sem anisocitose · Tratamento de pacientes com EPO recombinante: aumento de eritrócitos, policromasia e anisocitose Expressão de genes da biossíntese de heme e do receptor da transferrina. ANEMIAS CARÊNCIAIS: ANEMIA MEGALOBLÁSTICA · Defeito na síntese dos ácidos nucleicos de DNA e em menor grau de RNA, caracterizando células megaloblásticas; · Deficiência de vitamina B12 · Presença de megaloblastos na medula óssea devido à grande redução da divisão dos eritroblastos · Precursores eritróides: pro-megaloblastos · A medida que os eritrócitos saem da circulação, não há reposição das hemácias. Consequentemente a eritropoese fica mais lenta, ocorre redução na proliferação desses eritroblastos, causando uma anemia hipoproliferativa · Causada por deficiência /metabolismo da Vitamina B12 ou Ácido fólico RESUMO: Defeito na síntese do DNA vai culminar na liberação de hemácias grandes (macrocitos) Anemia MEGAloblástica: Células GRANDES na medula (megaloblastos) repercute diretamente no sangue periférico, liberando hemácias grandes (blastos ou ovalocitos) Eritroblastos precisa se dividir para gerar novos eritroblastos, que vão sintetizar a hemoglobina e perder o seu núcleo para dar espaço a hemoglobina, se o eritroblasto na medula não consegue se dividir, ele vai crescer de tamanho, vão se preparar para fazer a mitose, mas como não tem o aminoácido (Timina), consequentemente essa divisão não ocorre e essa célula grande vai se diferenciar em hemácia muito grande (macrocítica), ocorre uma perda muito grande de hemácias. · Causada por deficiência /metabolismo da Vitamina B12: · Causada por deficiência /metabolismo de Ácido Fólico: - Gravidez: reposição de ácido fólico · Anemia perniciosa: defeito na produção ou por questão imunológica, anticorpos conta fator intrínseco importante na absorção da vitamina B12 · Gastrectomia (Redução de parte do estômago – Cirurgia bariátrica): Risco de anemia · Doença de Crohn: condição inflamatória que altera a absorção de nutrientes e vitamina B12 ABSORÇÃO DA VITAMINA B12 CBL - cobalamina (ligada a proteína animal) → Intestino → secreção de pepsina e HCL (ácido clorídrico) → Liberação da CBL → as células do estômago produzem fator intrínseco essencial na absorção da CBL 1º passo ocorre no estomago Liberação da CBL da proteína animal, ocorre ligação com a proteína R Condições que podem interferir na produção do fator intrínseco, digestão da proteína e liberação da CBL, causando anemia: · Acloria: redução ou parada do ácido clorídrico - Exemplo: paciente que toma muito omeprazol (Não ocorre digestão direto, por que inibe a produção de ácido clorídrico) · Paciente que toma muito antiflamatorio não esteroidal aumenta a predisposição a ulcera grástica Pode desenvolver anemia futuramente • TRANSPORTADORES PLASMÁTICOS B12: · Transcobalamina I · Transcobalamina II · Transcobalamina II Cobalamina foi absorvida e agora precisa ser transportada dos enterócitos para os tecidos. TRASCOBALAMINA I (Tc I): muita afinidade pela vitamina B12, acesso se torna difícil quando ligada a transcobalamina I. • Liberada pelos granulócitos • Deficiência de Tcl-I não leva as manifestações características da deficiência de Vit B12 • Importância clínica (granulocitose (aumento na proliferação dos granulócitos): falso aumento de B12) • 15% dos casos de diminuição da concentração de Vit B12 não explicado, foram associados com a diminuição da concentração de Tcl I TRANSCOBALAMINA II (Tc II): Maior importância na deficiência de B12, transporta B12, mas tem menor afinidade. A maior parte da liberação da Vitamina B12 nos eritrócitos são associados a Tc II. • Produzida: fígado, macrófagos e enterócitos do íleo • Diminuição da Tc II: pode ser gerada por problemas de má absorção, depleção das reservas, danos hepático, dano renal e deficiência congênita • Tc II associada: anemia megaloblástica severa na infância, podendo ser encontrado níveis séricos de Vit B12 normais TRANSCOBALAMINA III (Tc III) • Síntese e liberação: fibroblastos, macrófagos, enterócitos, células renais, hepatócitos, mucosa gástrica e endotélio. • Alguns estudos sugere que a Tc III transporta B12 rápida e exclusivamente para o fígado VITAMINA B12 HEMOCISTEÍNA (HCY): quando você tem deficiência de Vit. B12 ou acido fólico, começa a acumular hemocisteína no corpo. • Fator de risco para aterosclerose e doenças cérebro vasculares: · Aumento da geração de espécies reativas de oxigênio e peroxidação lipídica • Doença vascular prematura em adultos · Coexistência de HHcy e dano vascular degenerativo no cérebro (fator de risco para infarto do miocárdio) • Fator de risco para demência e transtornos depressivos • Estudos in vitro e in vivo sugerem que a Hhcy promove a síntese de varias citocinas pró-inflamatória na parede arterial · VR= Hcy plasmática (8 e 12 uM) · Pequenas elevações (~5uM) no plasma aumentam em 60% os riscos de DAC para homens, e até 80% para mulheres ANEMIA FERROPRIVA · Anemia microcítica e hipocrômica (característica marcante) · Hipoproliferativa, associada a microcitose • Ausência de ferro para a síntese de hemoglobina nos eritroblastos medulares. - Causas: • Sangramentos crônicos • Necessidades aumentadas de ferro (crescimento, gestação, anemias hemolíticas crônicas) • Defeitos de absorção (cirúrgico, parasitário) • Falta de ferro na ingesta alimenta Comum em lugares sem saneamento básico, população carente, países subdesenvolvidos... Criança com barriga grande, típico de verminose, gestantes anêmicas... Tem que resolver a doença de base: Verminose... Características laboratoriais: • Diminuição da saturação da hemoglobina (Hb) • Mitose dos eritroblastos medulares • Aumento do número de eritrócitos pequenos e hipocrômicos • Aumento do RDW (microcitose heterogênea) • Diminuição do VCM e CHCM – gera a microcítose e a hipocrômia Na persistência do estímulo ou falta de tratamento poderá haver poiquilocitose (variação no formatodos eritrócitos): eliptócitos hipocrômicos (charutos ou lápis) ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO: · Região carente · Abdome distendido · Dor abdominal · Fraqueza · Mucosa pouco corada · Hemograma com reticulócitos reduzidos Tratamento: antiparasitário e suplementação com sulfato ferroso FASE 1: Diminuição da Ferritina QUEDA DA FERRITINA (1º marcador) Cuidado na interpretação da ferritina • Doenças hepáticas ( ferritina) • Processos infecciosos e inflamatórios ( ferritina) • < 12ug/L são fortes indicadores de depleção das reservas de ferro em crianças menores de 5 anos. • < 15 ug/L para crianças entre 5 e 12 anos FASE 2: Diminuição da eritropoese e do Ferro • Diminuição do ferro • Aumento da capacidade total de ligação do ferro à transferrina – TIBC (>250-390ug/dl). • Diminuição da saturação da transferrina (ferro sérico/ TIBC) VR: 16% a 50%. (Não esta no gráfico) • Aumento do Receptor solúvel da transferrina (sTfR): • Síntese regulada pelos níveis de ferro teciduais, havendo diminuição do ferro funcional há o estímulo para a síntese de TfR. FASE 3: Anemia está estabelecida: Hemoglobina e VCM , RDW Mecanismo para compensar a redução de ferro: corpo começa a produzir hemoglobina com zinco · Diminuição da hemoglobina e do VCM microcitose, hipocrômia · Aumento da RDW: anisocitose Diretrizes: departamento de nutrologia e hematologia-hemoterapia – sociedade brasileira de pediatria Site laces laces.icb.ufg.br/p/20104-alteracoes-patologicas-serie-vermelha-sangue-periferico
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