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Distúrbios de Linguagem e Apraxias

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DEFINIÇÃO 
 
° Capacidade de reconhecer objetos sem o auxílio da visão, 
assim como, atender a chamados/comandos. 
 
LINGUAGEM 
 
° AFASIA DE BROCA: Paciente apresenta fala telegráfica, 
assim como dificuldade de expressão escrita e oral. 
° AFASIA DE WERNICK: Mais sutil, a qual pode passar 
despercebida, quando discreta. 
° DÉFICIT DE LINGUAGEM: Presente na compreensão oral e 
escrita, porém, o paciente apresenta prosódia e influência 
normais. 
 Fala prolixa e vazia. 
 Presença de parafasias, substituição de fonemas, 
silabas ou palavras no discurso do paciente, pode 
apresentar neologismos. 
 Paciente apresenta comportamento adequado e bom 
funcionamento das outras áreas. 
 
AGNOSIAS 
 
° Distúrbios de reconhecimento, dependentes das áreas 
associativas secundárias corticais, ou seja, é um processo 
intelectual relacionado com as várias formas de 
percepção ou sensibilidade. 
° São causadas por lesões das áreas secundárias, perdendo 
a capacidade de reconhecer os objetos por uma única via 
sensorial lesada, pesar das outras estarem funcionando 
normalmente. 
° AGNOSIA VISUAL: Incapacidade de reconhecer pela visão. 
 PROSOPAGNOSIA: Incapacidade de reconhecer rostos 
familiares, porém, é capaz de reconhecer as pessoas 
pela voz ou por sua descrição. 
↝ Ocorre devido uma lesão occipitotemporal bilateral 
ou por lesão occipitotemporal e parietal direita. 
 
 
 
 
 
° AGNOSIA AUDITIVA: Incapacidade de reconhecer pelos 
sons, causada por lesões do córtex auditivo secundário 
do lado direito. 
 Vozes familiares (fonagnosia), som ambiente e 
amusia. 
 SONS AMBIENTES: Paciente é incapaz de 
reconhecer sons comuns, como o de telefone ou de 
uma campainha. Relacionada com lesões bilaterais 
dos giros temporais superiores. 
 AMUSIA: Paciente possui dificuldade de reconhecer 
sons musicais, sendo relacionada com uma lesão 
temporal posterior ou parietal inferior, ambas à 
direita. 
 FONAGNOSIA: Agnosia a vozes familiares. Paciente é 
capaz de reconhecer pelo rosto, porém não 
reconhece pela voz. Ocorre devido uma lesão 
parietal inferior direita. 
° AGNOSIA SOMESTÉSICA (TÁTIL): Incapacidade de 
reconhecer objetos pelo tato, relacionada a lesões 
parietais tanto direita como esquerda. 
° RECONHECIMENTO DO OBJETO: 
 PRIMEIRA ETAPA: É a etapa de sensação, a qual 
depende das áreas primárias e consiste na chegada 
das informações. 
 SEGUNDA ETAPA: É a gnóstica, as informações do 
objeto são comparadas com o conceito do objeto 
existente na memória do indivíduo. 
 
APRAXIAS 
 
° Ocorre devido a lesões nas áreas motoras secundárias, 
áreas sensitivas secundarias e fibras ipsi e 
contralaterais. 
 Lesões na área pré-motora, área motora 
suplementar, junção temporoparieto-occipital e área 
de broca, principalmente ao lado esquerdo, levam a 
apraxia. 
° É a incapacidade de executar determinada função 
motora previamente aprendida, sem nenhum déficit 
sensitivo, motor primário ou cerebelar. 
 @lorenalimarl 
° APRAXIA IDEOMOTORA: Incapacidade do indivíduo 
executar uma ordem motora, ou seja, falta a ideia do ato 
motor, mas não o conceito da execução. É mais evidente 
quando o indivíduo tenta imitir o uso do objeto e menos 
evidente ao obedecer ao comando de realizar um gesto. 
 Fortemente associada a lesão inferior parietal 
esquerda. 
 Pode ocorrer por lesão da porção anterior do corpo 
caloso (APRAXIA DO CALOSO). 
° APRAXIA IDEATÓRIA: Paciente não possui ideia nem o 
conceito do movimento. Perdem a capacidade de realizar 
a sequência correta de determinada ação, mas são 
capazes de descrever a função do objeto. 
 Relacionada com lesões da junção parieto-occipital a 
esquerda. 
° APRAXIA CINÉTICA DOS MEMBROS: Dificuldade de 
manipulação de pequenos objetos com os dedos. Pode 
significar menor sinal de uma lesão piramidal. 
° APRAXIA DE CONDUÇÃO: Paciente piora muito o 
desempenho quando pede para que o mesmo imite os 
movimentos do examinador e melhora quando produz os 
movimentos sob comandos. 
° APRAXIA DISSOCIATIVA OU DE DESCONEXÃO: Incapacidade 
do paciente seguir ordens verbais ou imitar gestos. Ocorre 
devido a uma lesão no fascículo arqueado (como nas 
afasias de condução), existe uma desconexão entre as 
áreas posteriores de visualização do gesto ou de 
compreensão da ordem, com as áreas anteriores do lobo 
frontal que são responsáveis pela produção do movimento. 
 Paciente é capaz de utilizar corretamente as 
ferramentas necessárias, já que a elaboração e 
produção não dependem do fascículo arqueado. 
° APRAXIA BUCOLINGUOFACIAL: Ocorre por lesões 
proximais a área de Broca. O paciente não consegue 
movimentar a mandíbula, língua e lábios, sob comando 
voluntario, mas são capazes automaticamente como na 
mastigação. 
 
MEMÓRIA 
 
° Ato de reter as informações, a qual envolve o circuito de 
Papez. É a capacidade de assimilar atos ou ideias. 
° Porém, para a fixação da mesma, necessita-se da 
atenção, a qual relaciona-se com o lobo frontal. 
 Necessita-se da atenção integra. 
° MEMÓRIA IMEDIATA: Capacidade de guardar 
informações por alguns segundos ou minutos, a qual 
depende do nível de atenção do indivíduo. 
 Depende de alterações efêmeras nos terminais da 
cadeia neuronal do estimulo que facilitam a 
propagação. 
 Mais relacionada com a atividade do lobo frontal. 
° MEMÓRIA RECENTE: Individuo retém por mais tempo, 
horas ou dias. 
 Depende do sistema límbico. 
° MEMÓRIA REMOTA: Estável e relacionada com uma 
carga emocional, pode manter-se por vários anos ou 
pela vida toda, podendo resistir a lesões cerebrais. 
 Depende das áreas corticais occipitotemporais e 
suas conexões ao striatum e ao córtex pré-frontal 
inferior e as conexões amígdalo-hipocampais. 
° MEMÓRIA OPERACIONAL: Retenção de informações 
para a execução de determinada tarefa. Relacionada 
com a integridade do lobo frontal. 
° MEMÓRIA IMPLÍCITA: Individuo retém informações de 
aprendizado e não sabe disso. Dá a capacidade de 
realizar tarefas repetitivas com a habilidade 
progressivamente melhor, mesmo sem ter a consciência 
de ter feito anteriormente. 
 Depende das funções do cerebelo e núcleos da base. 
° MEMÓRIA CONSCIENTE: Conhecida como memoria 
explicita ou declarativa, a qual é mais sensível a lesões 
cerebrais. 
 MEMÓRIA EPISÓDICA: Memoria individual, 
autobiográfica. Depende do hipocampo e é 
facilmente perdida em lesões ou procedimentos 
cirúrgicos na região. 
 MEMÓRIA SEMÂNTICA: Para fatos e atributos do 
ponto central, como o conceito das coisas. Mais 
resistente a lesões. 
° MEMÓRIA VERBAL: Para nomes e palavras, ou seja, 
ligada a linguagem. 
° MEMÓRIA NÃO VERBAL: Relacionada a faces, objetos, 
música. 
 
 
EXAME DAS FUNÇÕES COGNITIVAS 
 
° Ferramenta especifica para saber qual domínio cognitivo 
do paciente está comprometido. 
° O MEEM (minimenton) inicia com a orientação temporal e 
depois a espacial. Varia com o grau de escolaridade do 
paciente. 
° Depois testa-se a memória imediata, utilizando 3 palavras 
(carro, vaso e tijolo), pedindo para que o paciente guarde-
as e repita ao final do exame. Para distrair o paciente, 
fazemos o teste do cálculo o qual é feito de cabeça e 
soletrar uma palavra ao contrário. 
 No cálculo avalia-se a função cognitiva e a atenção. 
° Na avaliação das funções executivas, avalia-se a linguagem 
associada aos domínios cognitivos. Pede para a paciente 
nomear os objetos que estão sendo indicados, dificultando-
os. Depois pede-se para repetir: “nem aqui, nem ali, nem 
lá”, avaliando a linguagem e o comando. 
° Para comando, pede-se para que a paciente pegue uma 
folha com a mão direita e dobre ao meio, depois coloque-
a ao seu lado esquerdo. 
° Por fim, pede-se ao paciente para repetir as três 
palavras faladas no início do exame. 
° Pede para o paciente escrever uma frase, avaliando o ato 
motor e o de linguagem. Não pode ser frase pronta, deve 
ter início, meio e fim. 
° A pontuação máxima= 30, porém existe a nota de corte 
de acordocom a escolaridade. 
 ANALFABETO: 14-16 
 4 ANOS: 18-21 
 4 A 7 ANOS: 20-21 
 PRIMEIRO GRAU: 21 
 SEGUNDO GRAU: 22-23 
 SUPERIOR: 25-26 (Utiliza-se o MOCA).

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