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Benzodiazepínicos: Indicações e Contraindicações

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PSICOFARMACOLOGIA
1. BENZODIAZEPÍNICOS
a. DIAZEPAM 
Os benzodiazepínicos agem seletivamente como agonistas nos receptores GABA, mais especificamente na subunidade
GABAA, que promove a transmissão sináptica inibitória em todo o SNC. Os benzodiazepínicos intensificam e aumentam a
ação do GABA ao facilitar a abertura dos canais de cloreto, acarretando a hiperpolarização, ou seja, inibição do neurónio. A
ocupação do espaço de ligação das benzodiazepinas pelo diazepam, acompanhando o GABA, potencia a sua ação inibitória,
pois estes ligam-se especificamente a um local deste receptor, distinto de onde se liga o GABA, e agem alostericamente,
aumentando a afinidadedo GABA pelo receptor.
Os benzodiazepínicos são mais seletivos do que os barbitúricos por não envolverem mais sítios de ligação, logo, possuem
uma maior margem de segurança.
O diazepam é um sedativo e também exerce efeito contra ansiedade, convulsões e é relaxante muscular. A ação do fámaco
se faz sentir após cerca de 20 minutos de sua administração.
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: O diazepam é indicado para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas
ou psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pode também ser útil como coadjuvante no tratamento da
ansiedade ou agitação associada a desordens psiquiátricas. O diazepam é útil no alívio do espasmo muscular reflexo devido a
traumas locais (lesão, inflamação). Pode ser igualmente usado no tratamento da espasticidade devida a lesão dos
interneurônios espinhais e supra espinhais tal como ocorre na paralisia cerebral e paraplegia, assim como na atetose e na
síndrome rígida. Os benzodiazepínicos são indicados apenas para desordens intensas, desabilitantes ou para dores extremas.
CONTRAINDICAÇÕES: Diazepam (substância ativa) não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos
benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente do produto, glaucoma, de ângulo agudo, insuficiência respiratória grave,
insuficiência hepática grave (pois os benzodiazepínicos podem levar à ocorrência de encefalopatia hepática), síndrome da
apneia do sono ou miastenia gravis. Benzodiazepínicos não são recomendados para tratamento primário de doença
psicótica. Eles não devem ser usados como monoterapia na depressão ou ansiedade associada com depressão, pela
possibilidade de ocorrer suicídio nesses pacientes.
*Diazepam (substância ativa) é contraindicado para menores de 12 anos de idade
USO DO DIAZEPAM:
GERAL: Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. O tratamento deve ser iniciado com a menor dose
apropriada eficaz para a condição particular.
DOSES ORAIS USUAIS PARA ADULTOS
DOSE INICIAL: 5 -10 mg. Dependendo da gravidade dos sintomas, 5 - 20 mg/dia. Cada dose oral para adultos não deve
normalmente ser superior a 10 mg.
APRESENTAÇÃO: Comprimido: 5 e 10 mg e Ampola (2ml): 10 mg
DOSE DIÁRIA: 
 Disturbio de ansiedade:
 Dose inicial: 2-4 mg/dose x 2
 Dose habitual : 10 a 40 mg/dia divido em 2 a 3 tomadas
 Ansiolitico
 VO: Inicial 2 mg/dia divido por 1 a 2 tomadas 
 EV ou IM: 5 a 10 mg/dose ate 4/4 h. 
 PRE-OPERATÓRIO
 10 mg dose unica
 Abstinencia alcoolica:
 VO: 10 a 20 mg
 EV: 5 A 10 mg ( de 1 a 4 horas) conforme o necessario
 Interromper convulsão
 EV ou retal: 0,2 a 0,5 mg/kg/dose 
 Infusao ev continua: 4 a 8 mg/hora ( diluir 50 a 100 mg em 50 ml de SGI e correr 40 ml/hora)
DOSE MÁXIMA: 40 mg/dia
FARMACOCINETICA/DINÂMICA: Boa absorção pelo TGI; pode ser feito IV, com aplicação lenta para evitar depressão
respiratória- mais indicada quando a via oral não melhora os sintomas; Concentração plasmática máxima em 30 a 90
minutos; Atinge equilíbrio plasmático em 1 ou 2 semanas; É uma medicação bifásica, possui 2 meia-vida: uma fase de
distribuição inicial rápida e intensa com meia-vida de 3 horas e uma fase terminal prolongada com meia-vida de 20 a 80
horas.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO.
A duração do tratamento deve ser a menor possível. O paciente deve ser reavaliado regularmente quanto à necessidade de
se continuar o tratamento, especialmente no paciente assintomático. O tratamento não deve exceder dois a três meses,
incluindo o período de retirada progressiva. A extensão além desse limite poderá ser feita após reavaliação da situação. É útil
informar ao paciente quando o tratamento for iniciado que o mesmo terá duração limitada e explicar como a dose será
progressivamente reduzida. Além disso, é importante que o paciente seja alertado sobre a possibilidade do fenômeno de
rebote, para minimizar a ansiedade sobre tais sintomas, caso eles ocorram durante a retirada. Existem evidências de que, no
caso de benzodiazepínicos de curta duração, o fenômeno de retirada pode se manifestar no intervalo entre as doses,
especialmente quando a posologia é alta. No caso de benzodiazepínicos de longa duração, como o Diazepam (substância
ativa), é importante prevenir quando se trocar para um benzodiazepínico de curta duração, pois podem ocorrer sintomas de
abstinência.
INSTRUÇÕES PARA DOSAGENS ESPECIAIS
USO GERIÁTRICO: A dose mais baixa possível deve ser utilizada em idosos. Esses pacientes devem ser acompanhados
regularmente no início do tratamento para minimizar a dosagem e/ou frequência de administração, para prevenir superdose
causada pelo acúmulo.
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: Pacientes com distúrbios hepáticos podem apresentar meia-vida de eliminação mais prolongada.
Pacientes com insuficiência hepática grave não devem ser tratados com Diazepam (substância ativa). Em pacientes cuja
insuficiência hepática é leve ou moderada, a menor dose possível deve ser administrada.
Diazepam (substância ativa) deve ser administrado por via oral.
Os comprimidos podem ser divididos em partes iguais para facilitar a dosagem.
Os efeitos colaterais mais comumente citados são:Cansaço, sonolência e fraqueza muscular; em geral, estão relacionados
com a dose administrada. Esses efeitos ocorrem predominantemente no início do tratamento e geralmente desaparecem
com a administração prolongada.
DISTÚRBIOS DO SISTEMA NERVOSO: Ataxia, disartria, fala enrolada, dor de cabeça tremores, tontura, diminuição do estado
de alerta. Amnésia anterógrada pode ocorrer com doses terapêuticas, sendo que o risco aumenta com doses maiores. Efeitos
amnésicos podem estar associados com comportamento inapropriado.
DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS: Reações paradoxais como inquietude, agitação, irritabilidade, desorientação, agressividade,
nervosismo, hostilidade, ansiedade, delírios, raiva, pesadelos, sonhos anormais, alucinações, psicoses, hiperatividade,
comportamento inapropriado e outros efeitos comportamentais conhecidos. Esses efeitos são mais prováveis em crianças e
idosos e, caso ocorram, o uso do medicamento deve ser descontinuado. Estado confusional, distúrbios emocionais e de
humor, depressão e alterações na libido.
O uso crônico (mesmo em doses terapêuticas) pode levar ao desenvolvimento de dependência física. O risco é mais
pronunciado em pacientes que recebem tratamento prolongado e/ou com doses elevadas e, particularmente, em pacientes
predispostos com antecedentes pessoais de alcoolismo ou abuso de drogas. Uma vez que a dependência física 10 aos
benzodiazepínicos se desenvolve, a descontinuação do tratamento pode ser acompanhada de sintomas de abstinência ou
fenômeno de rebote.
Tem sido relatado abuso de benzodiazepínicos em usuários de múltiplas drogas.
Lesões, envenenamento e complicações de procedimentos
Existem relatos de quedas e fraturas em pacientes sob uso de benzodiazepínicos. O risco é maior em pacientes recebendo,
concomitantemente, sedativos (incluindo bebidas alcoólicas) e em pacientes idosos.
Distúrbios gastrintestinais
Náuseas, boca seca ou hipersalivação, constipação e outros distúrbios gastrintestinais.
Distúrbios oculares
Diplopia, visão turva.
Distúrbios vasculares
Hipotensão, depressãocirculatória.
Exames
Frequência cardíaca irregular, transaminases aumentadas muito raramente, aumento da fosfatase alcalina sanguínea.
Distúrbios renais e urinários
Incontinência, retenção urinária.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Reações cutâneas.
Distúrbios do ouvido e do labirinto
Vertigem.
Cardiopatias
Insuficiência cardíaca, incluindo parada cardíaca.
Distúrbios respiratórios
Depressão respiratória, incluindo insuficiência respiratória.
Distúrbios hepatobiliares
Muito raramente icterícia
Resultados de Eficácia:
Síndrome da ansiedade
O uso de Diazepam (substância ativa) melhora os sintomas de agorafobia e ansiedade. A dose recomendada é de 2 a 10 mg
administrada duas a quatro vezes ao dia .. 
Espasmos musculares
A terapêutica com Diazepam (substância ativa) é indicada e eficaz como adjuvante no tratamento de espasmos musculares
causados por reflexo à patologia local, como inflamação ou trauma, espasticidade causada por lesões de neurônio motor ou
atetose e, também, para alívio da espasticidade na esclerose múltipla e lesões medulares. Porém, poderá ocorrer tolerância
sendo necessária a alternância de doses e/ou modificação da terapêutica.
Delirium tremens – abstinência de álcool
A administração de benzodiazepínicos é eficaz no tratamento da abstinência, pois reduz a severidade e a incidência de
convulsões e delírio. Alguns clínicos preferem Diazepam (substância ativa), por causa de sua meia-vida longa e a possibilidade
de retirada mais branda. O uso de alprazolam foi tão efetivo quanto o Diazepam (substância ativa) no tratamento da
abstinência de álcool.
Abstinência de benzodiazepínicos
A administração de Diazepam (substância ativa) para desintoxicação de pacientes com uso abusivo de outros
benzodiazepínicos tem sido eficaz.
b. ALPRAZOLAM 
Comprimidos de 2 mg; 1mg; 0,5mg e 0,25mg.
Alprazolam 0,25 mg, 0,5 mg, 1,0 mg, 2,0 mg é apresentado em cartuchos contendo 20 cps. ou 30 cps.
O alprazolam é indicado no tratamento de estados de ansiedade. Não deve ser administrado a pacientes com sintomas
psicóticos. Os sintomas de ansiedade podem incluir: ansiedade, tensão, medo, apreensão, intranqüilidade, dificuldades de
concentração, irritabilidade, insônia e/ou hiperatividade neurovegetativa. Alprazolam também é indicado no tratamento de
ansiedade associada com outras manifestações, como a abstinência ao álcool, além do tratamento do transtorno do pânico,
com ou sem agorafobia. A sua principal característica é crise de pânico não esperada, um ataque súbito de apreensão
intensa, medo ou terror.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS: Estes fármacos exercem seus efeitos através da ligação com receptores
estereoespecíficos em vários locais no sistema nervoso central. Seu mecanismo de ação exato é desconhecido. Clinicamente,
todos os benzodiazepínicos causam um efeito depressor, relacionado com a dose, que varia de comprometimento leve de
desempenho de tarefas à hipnose. Após a administração oral, o alprazolam é facilmente absorvido. Os picos de concentração
plasmática ocorrem em uma a duas horas após a administração. A meia-vida de eliminação plasmática média de alprazolam é
de aproximadamente 11,2 horas em adultos saudáveis. Os metabólitos predominantes são (α)-hidroxialprazolam e uma
benzofenona derivada do alprazolam. A atividade biológica do (α)-hidroxialprazolam é aproximadamente metade da
atividade biológica do alprazolam. O metabólito benzofenona é essencialmente inativo. Os níveis plasmáticos desses
metabólitos são extremamente baixos, o que impede a descrição precisa da farmacocinética. O alprazolam e seus
metabólitos são excretados primariamente através da urina. A segurança e a eficácia de alprazolam em indivíduos com
menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas.
CONTRA INDICAÇÕES: contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida e em pacientes portadores de
miastenia gravis. O alprazolam pode ser usado em pacientes com glaucoma de ângulo aberto que estão recebendo um
tratamento apropriado, mas está contra-indicado em pacientes com glaucoma de ângulo estreito agudo. A eficácia foi
limitada a quatro meses de duração para o tratamento da ansiedade e quatro a dez semanas para o tratamento do
transtorno do pânico; entretanto, os pacientes com o transtorno do pânico foram tratados em um estudo aberto por até oito
meses sem perda aparente do benefício. Recomenda-se que a dose seja limitada a menor dose eficaz, para evitar o
desenvolvimento da ataxia ou hipersedação, que pode ser um problema em idosos ou debilitados. Foram relatados episódios
de hipomania e mania em associação com alprazolam em pacientes com depressão. Foram relatadas disforia leve e insônia e
síndrome maior que pode incluir cãibras musculares e cólicas abdominais, vômitos, sudorese, tremor e convulsões de
abstinência em associação com a interrupção do tratamento com alprazolam.
Pelos efeitos depressores do SNC, pacientes em tratamento com alprazolam são advertidos para não se envolverem em
ocupações de risco ou atividades que requerem um alerta mental completo, como operar máquinas ou conduzir veículos
motorizados, até que se tenha certeza de que não sintam sonolência ou tontura enquanto recebem o medicamento. Pela
mesma razão, os pacientes devem ser advertidos para não ingerirem simultaneamente bebidas alcoólicas e outras drogas
depressoras do sistema nervoso central durante o tratamento com alprazolam.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: benzodiazepínicos podem causar malformações congênitas quando administrados a gestantes.
Lactantes: benzodiazepínicos, incluindo alprazolam, são excretados no leite materno humano. Como regra geral, mulheres
que usam alprazolam não devem amamentar.
EFEITOS COLATERAIS: se presentes, geralmente são observados no início do tratamento e habitualmente desaparecem com a
continuidade do tratamento ou diminuição da dose. As reações adversas mais comuns relatadas por pacientes tratados para
a ansiedade foram sedação/sonolência e tontura/vertigem. As reações adversas menos comuns foram visão turva, cefaléia,
depressão, insônia, nervosismo/ansiedade, confusão, síncope, acatisia, tremor, rigidez, alteração do peso, comprometimento
da memória/amnésia, falta de coordenação, sintomas gastrintestinais variados (boca seca, obstipação, diarréia,
náuseas/vômitos, salivação aumentada), taquicardia/palpitações, dermatite/alergia, congestão nasal e manifestações
autonômicas.
Indicação Dose inicial * Limites da dose habitual
Estados de ansiedade 0,25 mg a 0,5 mg, 3x/dia. 0,5 a 4,5 mg ao dia, administrados em doses divididas.
Transtorno do pânico 0,5 – 1,0 mg antes de dormir,
ou 0,5 mg, 3x/dia.
Os ajustes de dose devem ser aumentados no máximo 1
mg a cada três ou quatro dias. Doses adicionais podem ser
adicionadas até que seja alcançada uma posologia de 3 ou
4 vezes diariamente.
Pacientes geriátricos
ou na presença de
condições debilitantes
0,25 mg, 2 ou 3x/dia.
0,5 a 0,75 mg ao dia, administrados em doses divididas;
poderão ser gradualmente aumentadas, se necessário e
tolerado.
 
c. CLONAZEPAM 
APRESENTAÇOES: Comprimidos de 0,5 mg e 2mg, comprimidos sublinguais de 0,25mg e soluçao oral de 2,5mg /ml.
Clonazepam apresenta propriedades farmacológicas comuns aos benzodiazepínicos, que incluem efeitos anticonvulsivantes,
sedativos, relaxantes musculares e ansiolíticos. Assim como acontece com outros benzodiazepínicos, acredita-se que esses
efeitos podem ser mediados principalmente pela inibição pós-sináptica mediada pelo GABA. Estudos mostraram que
clonazepam suprime rapidamente muitos tipos de atividade paroxística, incluindo o aparecimento de ondas pontiagudas e
descarga de ondas na ausência de convulsões (pequeno mal), ondas lentas pontiagudas, ondas pontiagudas generalizadas,
espículas temporais ou de outra localização, bem como espículas e ondas irregulares. 
É rapidamentee quase completamente absorvido após administração oral. As concentrações plasmáticas máximas de
clonazepam são alcançadas dentro de 1-4 horas. A meia-vida de absorção é de, aproximadamente, 25 minutos.A meia-vida
de eliminação é de 30 a 40 horas.
A posologia depende da indicação e deve ser individualizada, de acordo com a resposta clínica, tolerabilidade e idade do
paciente. Os comprimidos de 0,5 mg facilitam a administração de doses diárias mais baixas para adultos nas fases iniciais do
tratamento e auxiliam no reajuste das doses.
Distúrbios epilépticos (Adultos): A dose inicial para adultos com crises epilépticas não deve exceder 1,5 mg/dia, dividida em
três doses. A dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,5 a 1 mg, a cada três dias, até que as crises epilépticas estejam
adequadamente controladas ou até que os efeitos colaterais tornem qualquer incremento adicional intolerável. A dose diária
máxima recomendada é de 20 mg e não deve ser excedida
TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE: 
 Distúrbio do pânico: a dose inicial para adultos com distúrbio do pânico é de 0,5 mg/dia, dividida em duas doses. A dose
pode ser aumentada com acréscimos de 0,25 a 0,5 mg/dia, a cada três dias, até que o distúrbio do pânico esteja
controlado ou até que os efeitos colaterais tornem qualquer acréscimo adicional intolerável.
 Nas crises agudas de pânico: deve-se administrar 1 comprimido sublingual.
 Como ansiolítico em geral: 0,25 mg a 4,0 mg/dia. Em geral, a dose 
 recomendada deve variar entre 0,5 a 1,5 mg/dia (dividida em 3 vezes ao dia).
 Tratamento da fobia social: 0,25 mg/dia até 6,0 mg/dia (2,0 mg, 3 vezes ao dia). Em geral, a dose recomendada deve
variar entre 1,0 e 2,5 mg/dia.
TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DO HUMOR: 
 Transtorno afetivo bipolar (tratamento da mania): 1,5 mg a 8 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar entre
2,0 e 4,0 mg/dia. 
 Depressão maior (como adjuvante de antidepressivos): 0,5 a 6,0 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar
entre 2,0 e 4,0 mg/dia. 
PARA O EMPREGO EM SÍNDROMES PSICÓTICAS:
 Tratamento da acatisia: 0,5 mg a 4,5 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar entre 0,5 e 3,0 mg/dia. 
Tratamento da síndrome das pernas inquietas: 0,5 mg a 2,0 mg ao dia. 
Tratamento dos movimentos periódicos das pernas durante o sono: 0,5 mg a 2,0 mg ao dia. 
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas, vômitos, pré-síncopes ou
síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia, hipersensibilidade a sons, hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção
auditiva, diplacusia e outros: 0,5 mg a 1,0 mg ao dia (duas vezes ao dia). Doses diárias superiores a 1,0 mg não são
recomendáveis, pois podem exercer efeito contrário, 
Tratamento da síndrome da boca ardente: 0,25 a 6,0 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar entre 1,0 e 2,0
mg/dia. Uso em idosos 
CONTRAINDICAÇÕES Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com: História de hipersensibilidade aos
benzodiazepínicos ou a qualquer dos componentes da fórmula; Insuficiência respiratória grave; Insuficiência hepática grave;
Glaucoma agudo de ângulo fechado. 
PRECAUÇÕES: Os pacientes que estejam recebendo este medicamento devem ser advertidos quanto a realizar ocupações
perigosas que exijam agilidade mental, como operar máquinas ou dirigir veículos. Também devem ser advertidos sobre o uso
concomitante de álcool ou outros medicamentos depressores do SNC durante a terapia com clonazepam
Em pacientes com porfiria, clonazepam tem que ser usado com cuidado porque pode ter um efeito porfirogênico.
Clonazepam somente pode ser administrado durante a gestação se houver indicação absoluta.
REAÇOES ADVERSAS: Os efeitos colaterais que ocorreram com maior frequência com Rivotril® são referentes à depressão do
SNC. Os eventos adversos são sonolência, cefaleia, infecção de vias aéreas superiores, fadiga, gripe, depressão, vertigem,
irritabilidade, insônia, ataxia, perda do equilíbrio, náusea, coordenação anormal, sensação de cabeça leve, sinusite e
concentração prejudicada. 
SUPERDOSE Raramente esta associada ao risco de morte, caso o medicamento tenha sido tomado isoladamente, mas pode
levar à arreflexia, apneia, hipotensão arterial, depressão cardiorrespiratória e coma. Se ocorrer coma, normalmente tem
duração de poucas horas; porém, pode ser prolongado e cíclico, particularmente em pacientes idosos. Os efeitos de
depressão respiratória por benzodiazepínicos são mais sérios em pacientes com doença respiratória. Os benzodiazepínicos
aumentam os efeitos de outros depressores do sistema nervoso central, incluindo o álcool.
2. ANTIDEPRESSIVOS 
A. IMAO
Os primeiros antidepressivos clinicamente efetivos a serem descobertos foram os inibidores da enzima monoamina oxidase
(MAO). Embora mais bem conhecidos como antidepressivos poderosos, os inibidores da monoamina oxidase (IMAO)
também são agentes terapêuticos altamente efetivos para determinados transtornos de ansiedade, como o transtorno de
pânico e a fobia social.
NÃO SELETIVOS E IRREVERSÍVEIS: Iproniazida, Isocarboxazida, Tranilcipromina e Fenelzina.
SELETIVOS E IRREVERSÍVEIS: Clorgilina.
SELETIVOS E REVERSÍVEIS: Brofaromina, Moclobemida, Toloxatona e Befloxatona.
MECANISMO DE AÇÃO. A atividade da enzima monoaminoxidase está inibida. Os subtipos da MAO, A e B, estão envolvidos
no metabolismo de serotonina, noradrenalina e dopamina. A redução na atividade da MAO resulta em aumento na
concentração desses neurotransmissores nos locais de armazenamento no sistema nervoso central (SNC) e no sistema
nervoso simpático. 
A moclobemida é um antidepressivo inibidor seletivo da MAO-A e reversível, que desamina 5-HT e NA, ao passo que
inibidores seletivos da MAO-B, como a selegilina, não possuem ação antidepressiva significativa
FARMACOCINÉTICA. Os IMAOs são bem absorvidos pelo trato gastrintestinal, sofrem biotransformação hepática rápida por
oxidação. O início de ação se dá entre 7 a 10 dias com doses apropriadas em alguns pacientes, mas pode levar de 4 a 8
semanas para atingir o efeito terapêutico pleno. O pico de concentração plasmática é atingido ao fim de 1 a 5 horas. 
COMPLICAÇÕES. Os efeitos secundários dos IMAOs são frequentemente a hipotensão ortostática grave (vertigens e tonturas,
especialmente ao levantar) e os menos frequentes incluem a diarreia, o edema nos pés e tornozelos (pode desaparecer
espontaneamente em semanas); no caso destes efeitos secundários persistirem, deve-se monitorizar os eletrólitos para
verificar a existência da síndrome de secreção inadequada da hormona antidiurética. Consideram-se efeitos secundários
raros a hepatite, a leucopenia, a síndrome de Parkinson, a síndrome da serotonina na combinação com medicamentos
serotoninérgicos (amitriptilina, clomipramina, doxepina, imipramina; fluoxetina, sertralina, paroxetina ou trazodona). A
síndrome pode manifestar-se por confusão mental, hipomania, inquietação, mioclonias, hiperreflexia, frio, tremores,
diarreia, incoordenação e febre.
Pelo fato de os IMAOs inibirem a MAOde forma permanente, é necessário adotar dieta pobre em tiramina,aminoácido
precursor de catecolaminas, de modo a evitar umacrise hipertensiva potencialmente fatal.
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA. 
 ANTICOLINÉRGICOS: Potencialização dos efeitos.
 ANTIDEPRESSIVOS: A associação, quando indicada, deve respeitar algumas regras: início simultâneo e utilização de doses
menores. 
o Risco menor: amitriptilina, nortriptilina. 
o Risco considerável: imipramina, clomipramina, inibidores seletivos de recaptação de serotonina.
 ANTI-HIPERTENSIVOS Reserpina: excitação autonómica, agitação, hipertensão; Clonidina: hipertensão. Tiazídicos:
potencialização de efeitos hipotensores. Guanetidina: inibição dos efeitos anti-hipertensivos.
 AGENTES HIPOGLICEMIANTES: Hipoglicémia por potencialização do efeito da hormona insulina. AMINAS SIMPATOMIMÉTICAS: Hipertensão, agitação, febre, convulsões, coma.
 SUCCINILCOLINA: O uso de fenelzina pode levar a apneia prolongada.
 TRIPTOFANO: Delírio, mioclonias, hipomania.
INDICAÇÃO. Os IMAO são muito úteis em pacientes resistentes às demais terapias ou com depressões atípicas.
POSOLOGIA.
A. MOCLOBEMIDA (AURORIX):
 Deve ser administrado após as refeições. 
 Comprimidos de 150 e 300mg.
 A dose recomendada de aurorix® é de 300 - 600 mg/dia, geralmente dividida em duas ou três doses diárias. A dose inicial
é de 300 mg/dia, podendo ser aumentada até 600 mg/dia, nos casos de depressão grave. 
 As doses não devem ser aumentadas antes da primeira semana de tratamento, uma vez que a biodisponibilidade
aumenta durante esse período. O tratamento deve continuar por, pelo menos, 4 – 6 semanas para alcançar a eficácia do
medicamento.
B. TRANILCIPROMINA (PARNATE):
 A dose inicial normalmente é de 20 mg/dia, administrando-se um cp de 10 mg pela manhã e outro à tarde.
 Caso não haja resposta satisfatória após duas semanas, poderá aumentar a dose com mais um cp ao meio-dia.
 A dosagem deve ser mantida por pelo menos uma semana. Quando uma resposta satisfatória for estabelecida, seu
médico poderá reduzir a dose para o nível de manutenção. Alguns pacientes serão mantidos com 20 mg por dia (dois
comprimidos); outros necessitarão de apenas 10 mg (um comprimido) por dia. 
 Dose máxima diária: 60 mg (seis comprimidos)
B. TRICÍCLICOS
1. IMIPRAMINA (Tofranil)
Imipramina é um antidepressivo tricíclico (assim denominado pois contém em sua estrutura 3 anéis).
Os antidepressivos tricíclicos são extremamente eficazes, porém todos dessa classe envolvem ações que podem ser
indesejáveis, como: bloqueio dos receptores colinérgicos muscarínicos M1 (causando boca seca, visão turva, retenção
urinária e constipação intestinal), bloqueio dos receptores H1 histamínicos (causa sedação e pode causar ganho de peso) e
bloqueio dos receptores alfa1-adrenérgicos (podendo causar hipotensão ortostática e tontura). Além do bloqueio dos 3
receptores previamente citados, também ocorre o bloqueio dos canais de sódio sensíveis à voltagem no coração e no
cérebro. Em superdosagem, acredita-se que seja a causa de coma e convulsões em resultado de sua ação no sistema nervoso
central, bem como arritmias cardíacas, parada cardíaca e morte, devido às ações cardíacas periféricas.
Os antidepressivos tricíclicos passaram a ser usados como segunda linha no tratamento da depressão, visto que possuem
alguns efeitos colaterais e um potencial de morte quando feita uma superdosagem.
USO DA IMIPRAMINA
 Transtorno Depressivo Maior
 Depressão associada à distúrbios de personalidade
 Depressão associada com alcoolismo crônico
 Transtorno de pânico
 Condições dolorosas crônicas
CONTRAINDICAÇÕES
 Em combinação ou em um intervalo de 14 dias antes ou depois com um inibidor de MAO
 Concomitante com inibidores seletivos de MAO-A
 Período agudo de recuperação de tratamento para infarto agudo do miocárdio
POSOLOGIA
 Depressão e síndromes depressivas 
Iniciar o tratamento com 25 mg, 1-3 vezes ao dia. Aumentar a posologia diária gradualmente até 150-200 mg. Essa dosagem
deverá ser alcançada ao final da primeira semana de tratamento e mantida até que se observe uma melhora clinica evidente.
A dose de manutenção que deverá ser determinada individualmente por meio da redução cautelosa da posologia,
usualmente é de 50-100 mg ao dia. 
 Pânico
Iniciar o tratamento com 10 mg ao dia. Dependendo de como o medicamento for tolerado, aumentar a dosagem, até que
seja obtida a resposta desejada. A posologia diária varia extremamente de paciente para paciente e situa-se entre 75 e 150
mg. Se necessário, a posologia poderá ser aumentada para 200 mg. É recomendável não descontinuar o tratamento antes de
6 meses. Durante esse período, a dose de manutenção dever ser reduzida lentamente.
A dose máxima diária não deve ultrapassar 200 mg.
 Condições Dolorosas Crônicas
A dosagem devera ser individualizada (25-300 mg ao dia). Em geral, uma posologia diária de 25-75 mg é suficiente. 
A dose máxima diária não deve ultrapassar 300 mg.
 Pacientes Idosos
Os pacientes idosos geralmente apresentam uma maior resposta a Cloridrato de Imipramina (substância ativa) que os
pacientes de faixas etárias intermediárias, portanto uma dose inicial mais baixa pode ser utilizada e a dose deve ser
aumentada cautelosamente. 
Iniciar o tratamento com 10 mg ao dia. Aumentar gradualmente a posologia para 30-50 mg diários (nível ideal), que deve ser
atingida após cerca de 10 dias, e então mantida até o final do tratamento.
INTERAÇÕES EM USO CONCOMITANTE NÃO RECOMENDADO
 ISRS
O uso concomitante de Imipramina e ISRS pode resultar em exposição e acúmulo aumentado de Cloridrato de Imipramina. O
ajuste das doses nesse caso é necessário 
 Agentes Antiarrítmicos 
Agentes antiarrítmicos, tais como quinidina, que são inibidores potentes de CYP2D6 não devem ser administrados em
combinação com antidepressivos tricíclicos. 
 Agentes Anticolinérgicos
Os antidepressivos tricíclicos podem potencializar os efeitos desses fármacos nos olhos, no sistema nervoso central, no
intestino e na bexiga (ex.: fenotiazina, agentes antiparkinsonianos, anti-histamínicos, atropina, biperideno). 
 Depressores do SNC
Os antidepressivos tricíclicos podem potencializar o efeito do álcool e de outras substâncias depressoras centrais (ex.:
barbitúricos, benzodiazepínicos ou anestésicos gerais). 
INTERAÇÕES QUE RESULTAM EM AUMENTO DO EFEITO DA IMIPRAMINA
 Antipsicóticos (combinação com tioridazina pode produzir arritmias cardíacas graves);
 Antifúngicos Orais, terbinafina;
 Cimetidina, Metilfenidato;
 Bloqueadores do canal de cálcio, verapamil e diltiazem;
 Estrógenos.
INTERAÇÕES QUE RESULTAM EM DIMINUIÇÃO DO EFEITO DA IMIPRAMINA
 Indutores das enzimas hepáticas (Indutores de enzimas como os antiepiléticos (ex: barbitúricos, carbamazepina,
fenitoína) e nicotina podem acelerar o metabolismo e diminuir a concentração plasmática do Cloridrato de Imipramina
(substância ativa), resultando em eficácia reduzida.
INTERAÇÕES QUE INFLUENCIAM EM OUTROS MEDICAMENTOS
 Anticoagulantes (potencializam o efeito dos fármacos cumarínicos, graças a inibição do seu metabolismo hepático)
 Bloqueadores Adrenérgicos Neuronais (reduz ou inibe o efeito antihipertensivo da guanetidina, betanidina, reserpina,
clonidina e alfa-metildopa. Os pacientes que necessitam de comedicação para hipertensão deverão, portanto, ser
tratados com antihipertensivos de mecanismo de ação diferente (ex.: diuréticos, vasodilatadores, betabloqueadores).
 Fármacos Simpatomiméticos (pode potencializar os efeitos cardiovasculares da adrenalina, noradrenalina, efedrina,
isoprenalina e fenilefrina – ex: anestésicos locais)
a. NORTRIPTILINA (cloridrato de nortriptilina)
APRESENTAÇÕES: Cápsulas. Embalagens com 20 ou 30 cápsulas de 10 mg, 25 mg, 50 mg e 75 mg. 
É um antidepressivo tricíclico não inibidor da monoaminoxidase. O mecanismo de melhora do humor por antidepressivos
tricíclicos é desconhecido. Inibe a recaptação de norepinefrina e serotonina no Sistema Nervoso Central, mas sua atividade
como antidepressivo não muito elucidada. Ele aumenta o efeito vasoconstritor da norepinefrina, mas bloqueia a resposta
vasoconstritora da feniletilamina. O início de ação é de 2 semanas. Uma melhora inicial pode ocorrer dentro de 2 a 7 dias.
Pacientes idosos deprimidos podem precisar de 6 semanas para responder.
Dose usual para adultos: 25 mg três ou quatro vezes ao dia; o tratamento deve ser iniciado com doses baixas, aumentadas de
acordo com a necessidade. Como esquema posológico alternativo, a dose diária total pode ser administrada uma 1x/dia.
Quando forem administradas doses diárias >100 mg, os níveis plasmáticos de nortriptilina deverão ser monitorizados e
mantidos na faixade 50-150 ng/mL. Não são recomendadas doses diárias superiores a 150 mg. Pacientes idosos e
adolescentes: 30 mg a 50 mg por dia, em 2 ou 3 administrações, ou a dose total diária pode ser administrada uma vez ao dia. 
É contraindicado o uso de nortriptilina ou de outros antidepressivos tricíclicos simultaneamente com inibidores da
monoaminoxidase (IMAO). Há relatos de hiperpirexia, convulsões graves e morte quando antidepressivos tricíclicos similares
foram usados nesse tipo de combinação. É aconselhável descontinuar o inibidor da MAO pelo menos duas semanas antes de
se iniciar o tratamento com o cloridrato de nortriptilina.
Pacientes com distúrbio depressivo principal, adulto e pediátrico, podem experimentar piora da sua depressão e/ou o
surgimento do pensamento e comportamento suicida ou mudanças incomuns de comportamento, se eles estiverem
tomando ou não medicamentos antidepressivos, e este risco pode persistir até que ocorra remissão significante. Durante o
tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar
prejudicadas. O consumo excessivo de álcool durante o tratamento com a nortriptilina pode produzir efeito potencializador,
capaz de aumentar o risco de tentativas de suicídio ou de superdose, especialmente em pacientes com história de distúrbios
emocionais ou ideação suicida.
Deve-se recomendar aos pacientes, seus familiares e seus cuidadores que se atentem quanto ao aparecimento de ansiedade,
agitação, ataque do pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade, impulsividade, inquietação psicomotora,
hipomania, mania, outras mudanças incomuns de comportamento, piora da depressão, ideação suicida, especialmente no
início do tratamento com antidepressivo e quando a dose é ajustada para mais ou para menos. Sintomas como estes podem
estar associados com um aumento do risco de pensamento e comportamento suicida e indicam uma necessidade de
monitoramento próximo e, possivelmente, a alteração na medicação.
Manifestações clínicas de superdose incluem: alterações do ritmo cardíaco, aumento da pressão arterial grave, choque,
insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar, convulsões e depressão do SNC, incluindo coma. Alterações no
eletrocardiograma, particularmente no eixo ou largura do QRS, são indicadores clinicamente significantes de intoxicação por
antidepressivos tricíclicos. Outros sinais de superdose incluem: confusão, inquietação, dificuldade de concentração,
alucinações visuais transientes, pupilas dilatadas, agitação, reflexo hiperativo, estupor, sonolência, rigidez muscular, vômito,
diminuição ou aumento da temperatura.
b. AMITRIPTILINA
PRINCIPAIS INDICAÇÕES: antidepressivo, dor neurológica e é de primeira linha para tratamento de fibromialgia.
MEIA-VIDA: 10 – 28 horas
TEMPO PARA AÇÃO ANTIDEPRESSIVA: assim como outros antidepressivos, leva de 2 a 4 semanas para alcançar ação
terapêutica.
MECANISMO DE AÇÃO: bloqueia a recaptação da serotonina e noradrenalina. 
Tem afinidade pelos receptores alfa-adrenérgico, histamínico(H1) e muscarínico (M1- receptor de acetilcolina). A finidade por
esses receptores promove ações sedativas. 
Efeitos adversos gerais: ganho de peso, constipação, secura ocular, tontura e sonolência.
Adversos por bloqueio alfaadrenégico: por conta do bloqueio alfa adrenérgico pode causar hipotensão ortostática,
bradicardia, arritmia e prolongamento dd intervalo QT.
Adversos por bloqueio M1: vista embaçada, boca seca, retenção urinária, taquicardia, glaucoma de ângulo agudo, confusão,
delirium.
Adversos por bloqueio H1: sedação, aumento de apetite, ganho de peso, confusão, delirium.
Comparativo com outros tricíclicos: é mais sedativo e tem mais propriedade anticolinérgicas.
DOSAGENS:
 antidepressiva inicial: 25mg/dia à noite por conta da sedação
 analgésica inicial: 10 – 20 mg/dia
 enurese noturna: 10mg/dia
 dosagem máxima: 200 – 300mg/dia
Cuidados: é preciso fazer desmane para evitar abstinência; reduz limiar de convulsão; eleva marcadores de lesão hepática em
10 – 20% dos pacientes, mas raramente causa hepatite medicamentosa. Eleva risco de fraturas. Raramente causa supressão
da medula óssea; eleva risco de suicídio. Pode induzir mania/ hipomania em quem tem transtorno bipolar.
Contraindicações: história de arritmia, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca , glaucoma, retenção urinária e história de
convulsão.
C. INIBIDOR DA RECAPTAÇAO DE NORADRENALINA E SEROTONINA
a. VENLAFAXINA
NOMES COMERCIAIS: Efexor, alenthus Xr, venlift OD, vneforin, novidat
APRESENTAÇÃO: 
Comprimido : 37,5 mg- 50 mg- 75mg-150 mg
Capsulas LP: 37,5- 75- 150 mg
DOSE DIÁRIA: 
Depressao: dose incial 25 mg/dose divido em 2 a 3 tomadas ou de 75 mg/dose. Ajustar lentamente em intervalos mininos de
4 dias, ate cerca de 200 mg/dia. ( pct internados ate cerca de 350 mg/dia)
Disturbios de ansiedade: dose inicial 37,5 mg/dia / dose habitual 75 a 150 mg/dia
Dose inicial recomendada de 75mg em 2 ou 3 tomadas, para a de liberação imediata e uma tomada para o XR. Recomendado
durante as refeições. 
Dose máxima:225mg, morte por overdose principalmente associado a outras substancias, inclusive álcool.
INDICAÇÕES:
Tratamento da depressão, incluindo depressão com ansiedade associada. 
 Prevenção de recaída e recorrência da depressão. 
 Tratamento de ansiedade ou transtorno de ansiedade generalizada (TAG), incluindo tratamento em longo prazo. 
 Tratamento do transtorno de ansiedade social (TAS), também conhecido como fobia social. • Tratamento do transtorno
do pânico, com ou sem agorafobia, conforme definido no DSM-IV.
MECANISMO DE AÇÃO: Derivado da feniletilamina, antidepressivo; Indicado para depressão maior, ansiedade generalizada,
pânico e ansiedade social Inibidor duplo da recaptação da serotonina e noradrenalina e em certo grau da dopamina. Mais
potente é a da serotonina e está presente em pequenas doses, a da noradrenalina em doses mais altas, a da dopamina é a
menos potente e está em doses elevadas;
FARMACO: Absorção VO, sem interferência de alimentos; Meia vida de 5 horas e atinge pico plasmático 2 horas após
ingestão; Equilíbrio plasmático em 3 dias e tem baixa ligação as ptn plasmáticas; Eliminação primaria metabólica seguida de
excreção urinaria. Sofre muita primeira passagem onde é transformada no ativo OXIDISMETILVENLAFAXINA. Metabolismo
reduzido em cirrose ou problemas renais graves; Perfil favorável de interações;
OBS: Síndrome de retirada com tontura, nauseas, vomito, fotossensibilidade, alterações sensoriais, sonolência, fadiga,
inquietude e insônia, acentuada nos 3 primeiros dias.
REAÇÕES ADVERSAS: Náuseas, insônia, tremor, disfunção sexual, sudorese e boca seca (- comum) ECG alterado, alteração
hepática, anorexia, dor mamária com ingurgitação, galactorreia, rash cutâneo, retenção urinária, sonolência, visão turva,
vomito. Pode causar elevação pressórica sustentada e por isso deve monitorar a PA. 
CONTRAINDICAÇÃO: Uso associado a IMAOs( interromper 14 dias antes), usada com cautela em história de crise convulsiva.
Hipersensibilidade a venlafaxina ou a qualquer componente da fórmula.
D. INIBIDORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA
As indicações clínicas são: transtorno depressivo maior, transtornos de ansiedade, transtorno disfórico pré- menstrual e os
transtornos alimentares, TOC.
Na depressão, o conceito é de que o neurônio de 5HT apresenta deficiência relativa do neurotransmissor 5HT. Além disso, o
número de receptores de 5HT está suprarregulado, inclusive os autorreceptores 5HT1A pré-sinápticos e os receptores de 5HT
pós-sinápticos.
MECANISMO DE AÇÃO:
Todos os seis ISRS compartilham a mesma característica farmacológica importante: a inibição seletiva e potente da
recaptação de serotonina, também conhecida como inibição do transportador de serotonina ou SERT (receptor pré sináptico
que captaa serotonina da fenda e a devolve ao neurônio pré sináptico), com isso causando o efeito anti-depressivo
Quando se administra um ISRS, ele bloqueia imediatamente a bomba de recaptação de serotonina (SERT) levando um
aumento inicial do 5TH, isso provoca elevação inicial da serotonina apenas na área somatodendrítica do neurônio
serotoninérgico, como consequência há a desminealização ou infrarregulação dos autorreceptores 5HT1 somatodentriticos
Uma vez infrarregulados os receptores somatodendríticos, não há mais inibição do fluxo de impulsos no neurônio
serotoninérgico (5HT). Desse modo, o fluxo de impulsos dos neurônios é ativado. A consequência disso consiste na liberação
de 5HT no terminal axônico. No entanto, esse aumento é tardio, em comparação com a elevação da 5HT nas áreas
somatodendríticas do neurônio 5HT. Esse retardo resulta do tempo necessário para que a 5HT somatodendrítica infrarregule
os receptores 5HT1A e ative o fluxo de impulsos neuronais no neurônio 5HT. Essa demora pode explicar por que os
antidepressivos não aliviam imediatamente a depressão. Constitui também o motivo pelo qual o mecanismo de ação dos
antidepressivos talvez esteja ligado ao aumento do fluxo de impulsos neuronais nos neurônios 5HT, com elevação dos níveis
de 5HT nos terminais axônicos antes que o ISRS possa exercer seus efeitos antidepressivos
CUIDADOS:
Aumenta o risco de suicídio em pacientes com apatia e abulia, ao melhorar o quadro.
a. PAROXETINA:
NOMES COMERCIAIS: Aropax©, Parox©, Praxetin©
CARACTERÍSTICAS PECULIARES: 
Usada preferencialmente em pacientes com sintomas de ansiedade, tem efeito tranquilizante e sedativo no inicio do
tratamento.
APRESENTAÇÃO: 
10mg, 12,5mg, 15mg, 20mg, 25mg, 30mg, 40mg
DOSE MÁXIMA: 
60mg/dia
DIFERENÇAS NO MECANISMO DE AÇÃO:
 inibe o SERT, causando elevação da serotonina nas sinapses.
 inibe receptores muscarinicos M1, causando leves efeitos anticolinérgicos e/ou sedativos.
 inibição da recaptação de noradrenalina (IRN) fraca, que pode contribuir para ações antidepressivas adicionais,
principalmente em doses altas.
 inibição da enzima óxido nítrico sintetase (NOS), e pode contribuir para a disfunção sexual em homens.
USO CLINICO:
Depressao: iniciar com 20 mg/dia divido em 1 tomada- aumentar se preciso de 10 em 10 mg a cada 7 dias-> dose habitual 20
a 40 mg/dia divido em uma a duas tomadas.
EFEITOS ADVERSOS:
 sonolência nas primeiras semanas, por isso é preferencialmente administrado a noite.
 reações de abstinência com sua interrupção súbita, com aparecimento de sintomas como acatisia, inquietação, sintomas
gastrintestinais, tontura , letargia, alterações sensoriais e formigamento. Isso se deve, principalmente, ao seu efeito
anticolinérgico.
INTOXICAÇÃO:
2000mg ou 2G. O paciente apresenta queda do estado geral, febre, vomito, alterações na pressão arterial, ansiedade e
taquicardia. Não apresenta antidoto especifico.
CONTRAINDICAÇÕES:
Uso concomitante a IMAOs ou no intervalo até duas semans do termino do tratamento com esta classe de fármaco.
FARMACOCINETICA E FARMACODINÂMICA:
Pico de concentração 3-8 horas e meia vida de 21 horas
Absorção completamente por VO, sem interferência de alimento ou anti-ácido. Forte ligação as PTN plasmáticas (lipofílica);
Metabolização hepática e excretada pela urina (62%) e fezes. 
b. SERTRALINA
NOMES COMERCIAIS: Zoloft ©, Cefelic ©, Zortralina©, Assert©
CARACTERÍSTICAS PECULIARES: 
Uso em pacientes com depressão atípica (com sintomas de hipersonia), melhorando o quadro de baixa energia e reatividade
do humor. Pode ser associada à bupropiona somando as propriedades inibitórias fracas de cada agente sobre o DAT.
APRESENTAÇÃO: 
25mg, 50mg, 75mg e 100mg
DOSE MÁXIMA: 
200mg/dia
DIFERENÇAS NO MECANISMO DE AÇÃO:
 inibe o SERT, causando elevação da serotonina nas sinapses.
 inibição do transportador de dopamina (DAT) ou (IRD), a relevância clínica da IRD pela sertralina não é conhecida,
embora possa melhorar a energia, a motivação e a concentração.
 ligação aos receptores sigma-1 (σ1), não estão bem elucidadas, mas podem contribuir para seus efeitos ansiolíticos e, em
particular, para seus efeitos na depressão psicótica e na depressão delirante.
INDICAÇÃO CLINICA:
Depressão, distúrbio obsessivo compulsivo: Iniciar com 25-50 mg mg/dia e aumentar se preciso de 50 em 50 a cada 7 dias ate
o máximo de 200 mg/dia
EFEITOS ADVERSOS:
Náusea, boca seca, coriza, diminuição ou aumento do apetite, inquietude, redução da libido, disfunção ejaculatória e/ou
erétil, anorgasmia em mulheres, insônia, sonolência, sudorese, tremores e vômito
INTOXICAÇÃO:
Os sintomas de overdose são tontura, tremores, agitação, sonolência, taquicardia, alterações não específicas no ECG,
depressão respiratória, vômito, rabdomiólise, hipocalemia, acidose metabólica e convulsões. Em caso de overdose, não há
antídoto específico.
CONTRAINDICAÇÕES:
Pacientes alérgicos a sertralina, menores de 6 anos e gestantes.
FARMACOCINÉTICA E FARMACODINAMICA:
Começa a agir em 7 dias, apresenta meia vida de 26 horas.
Absorvido por VO, com meia vida longa, podendo ser usada em dose única diária.
c. CLORIDRATO DE FLUOXETINA
A fluoxetina é um inibidor seletivo da recaptação do neurotransmissor serotonina com propriedades antagonistas de 5HT2C.
A fluoxetina tem como função aumentar a serotonina do cérebro, ajudando a controlar os sintomas da depressão. 
Este ISRS exerce ações antagonistas de 5HT2C, que podem explicar muitas de suas propriedades clínicas singulares. Além da
inibição da recaptação de serotonina, a fluoxetina exerce inibição na recaptação de noradrenalina (IRN) e ações antagonistas
da serotonina 2C (5HT2C). 
Em condições normais a serotonina inibe a liberação de noradrenalina e de dopamina. Isso se da pela sua ligação nos
receptores 5HT2C que inibe essa liberação no córtex pré-frontal. As drogas antagonistas de 5HT2C (como a fluoxetina)
desinibe (causa efeito estimulante) a liberação de noradrenalina e de dopamina. Isso ocorre porque a droga ao se ligar nos
receptores 5HT2C impede a ligação da serotonina e sua ação. O antagonismo de 5HT2C pode contribuir não apenas para as
ações terapêuticas da fluoxetina, mas também para o seu perfil de tolerabilidade.
Os efeitos ativadores da fluoxetina podem decorrer de suas ações nos receptores 5HT2C. A inibição da recaptação de
noradrenalina pode ser clinicamente relevante apenas quando administrada em doses muito altas. 
Outros antidepressivos com propriedades antagonistas de 5HT2C são a mirtazapina e a agomelatina. Vários antipsicóticos
atípicos, como a quetiapina, olanzapina, asenapina e clozapina, também exercem potentes ações antagonistas de 5HT2C. 
A grande vatagem sobre o antagonismo de 5HT2C pode ser que ele seja ativador. Assim, muitos pacientes, mesmo com a
primeira dose, percebem que a fluoxetina produz um efeito energizante e de redução da fadiga, havendo também melhora
na concentração e na atenção. Esse mecanismo talvez seja mais apropriado para pacientes deprimidos que apresentam
redução do afeto positivo, hipersonia, retardo psicomotor, apatia e fadiga. O antagonismo de 5HT2C também contribui para
o efeito antibulimia de doses mais altas de fluoxetina, o único ISRS aprovado para o tratamento desse transtorno alimentar.
Por ser um ativador esse fármaco pode ser menos apropriado para pacientes com agitação, insônia e ansiedade. Estes
pacientes podem apresentar ativação indesejada e, até mesmo, ataques de pânico se tomarem um agente que os ative ainda
mais.
Outras propriedades singulares da fluoxetina são suas ações bloqueadoras fracas da recaptação de noradrenalina, que
podem se tornar clinicamente relevantes em doses muito altas.
INDICAÇÕES: tratamento da depressão associada ou não com ansiedade, transtorno alimentar, TOC e do transtorno disfórico
pré-menstrual, irritabilidade e disforia.
FARMACOCINÉTICA: A fluoxetina é bem absorvidaapós administração oral e atinge a concentração máxima dentro de 6 a 8
horas. A fluoxetina apresenta meia-vida longa (2 a 3 dias), e o seu metabólito ativo tem meia-vida ainda mais longa (2
semanas). Essa meia-vida longa é vantajosa, pois parece reduzir as reações de retirada características da suspensão súbita de
alguns ISRS, porém também significa que é necessário um tempo prolongado para a depuração do fármaco e de seu
metabólito ativo após a interrupção antes de iniciar outro agente, como um inibidor da monoamina oxidase. A fluoxetina
está disponível não apenas como formulação para uso 1 vez/dia, como também em formulação oral para administração 1
vez/semana.
POSOLOGIA: O cloridrato de fluoxetina deve ser administrado por via oral. Depressão: A dose inicial recomendada é de
20mg/dia (2 de 10 mg ou 1 de 20 mg). 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O cloridrato de fluoxetina deve ser administrado com cautela em pacientes tomando os
seguintes medicamentos: que são metabolizados pelo fígado (ex: clorpromazina, propranolol, propafenona, paracetamol).
Medicamentos ativos no sistema nervoso central, tais como fenitoína, carbamazepina, haloperidol, clozapina, diazepam,
alprazolam, lítio, imipramina e desipramina sofrem alterações nos níveis sanguíneos. Drogas que se ligam às proteínas do
plasma (Ex: ácido acetilsalicílico, fenitoína, diclofenaco, diazepam). Varfarina – podem ocorrer efeitos anticoagulantes
alterados. Ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não-hormonais – AINES ocorrência de aumento de sangramento
gastrointestinal. A combinação do álcool com o tratamento com cloridrato de fluoxetina não é aconselhável. 
EFEITOS ADVERSOS: Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes): ansiedade, diarreia, sonolência, fraqueza geral,
dor de cabeça, hiperidrose, insônia, náusea, nervosismo, bocejo.
d. OXALATO DE ESCITALOPRAM
INDICAÇÕES. O Esc (oxalato de escitalopram) é indicado para: 
 Tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão; 
 Tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia; 
 Tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG); 
 Tratamento do transtorno de ansiedade social (fobia social); 
 Tratamento do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 
Escitalopram é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (5-HT) de afinidade alta pelo sítio de ligação primário do
transportador de serotonina. Ele também se liga a um sítio alostérico no transportador de serotonina, com uma afinidade de
ligação 1000 vezes menor. A modulação alostérica do transportador de serotonina potencializa a ligação do escitalopram ao
sítio primário, o que resulta em uma inibição da recaptação de serotonina mais eficaz.
O escitalopram é metabolizado no fígado em derivados desmetilados e didesmetilados. Ambos são farmacologicamente
ativos. A meia-vida de eliminação (T1/2β) após doses múltiplas é de cerca de 30 horas, e o clearance plasmático oral (Cloral)
é de aproximadamente 0,6 L/min. Os principais metabólitos têm uma meia-vida consideravelmente mais longa. Assume-se
que o escitalopram e seus principais metabólitos são eliminados tanto pela via hepática como pela renal, sendo a maior parte
da dose excretada como metabólitos na urina.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
 ANSIEDADE PARADOXAL. Alguns pacientes com transtorno do pânico podem apresentar sintomas de ansiedade
intensificados no início do tratamento com antidepressivos. Esta reação paradoxal geralmente desaparece dentro de 02
semanas durante o tratamento contínuo. Recomenda-se uma dose inicial baixa para reduzir a probabilidade de um
efeito ansiogênico paradoxal.
 CONVULSÕES. Os ISRS podem diminuir o limiar convulsivo. Aconselha-se precaução quando administrada com outros
medicamentos capazes de diminuir o limiar convulsivo (antidepressivos, por exemplo (tricíclicos, ISRS) neurolépticos
(fenotiazinas, tioxantenos butirofenonas) mefloquina, bupropiona e tramadol). Descontinuar o escitalopram em paciente
que apresente convulsões pela primeira vez ou se há um aumento na frequência das convulsões (em pacientes com
diagnóstico prévio de epilepsia). Evitar o uso dos ISRSs em pacientes com epilepsia instável e monitorar os pacientes com
epilepsia controlada, sob orientação médica.
 DIABETES. Em pacientes diabéticos, o tratamento com ISRSs poderá alterar o controle glicêmico, possivelmente devido à
melhora dos sintomas depressivos. Pode ser necessário um ajuste na dose de insulina e/ou hipoglicemiantes orais em
uso.
 SUICÍDIO/PENSAMENTOS SUICIDAS OU PIORA CLÍNICA. A depressão está associada com um aumento dos pensamentos
suicidas, atos de autoflagelação e suicídio (eventos relacionados ao suicídio). Este risco persiste até que ocorra uma
remissão significativa da doença. Como não há uma melhora expressiva nas primeiras semanas de tratamento, os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados até que uma melhora significativa ocorra. É observado na prática
clínica um aumento do risco de suicídio no início do tratamento, quando há uma pequena melhora parcial
 GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO. Os ISRSs, inclusive o escitalopram, podem ter um efeito no tamanho da pupila
resultando em midríase. Esse efeito midriático tem o potencial de reduzir o ângulo ocular, resultando num aumento da
pressão intraocular e em glaucoma de ângulo fechado, especialmente em pacientes pré-dispostos. O escitalopram deve
portanto ser utilizado com precaução em pacientes com glaucoma de ângulo fechado ou histórico de glaucoma.
POSOLOGIA
A segurança de doses acima de 20 mg não foi demonstrada. 
TRATAMENTO DA DEPRESSÃO E PREVENÇÃO DE RECAÍDAS A dose usual é de 10 mg/dia. Dependendo da resposta individual,
a dose pode ser aumentada de 10 até um máximo de 20 mg diários. 
TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO COM OU SEM AGORAFOBIA Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg na
primeira semana de tratamento, antes de se aumentar a dose para 10 mg por dia, para evitar a ansiedade paradoxal que
pode ocorrer nesses casos. Aumentar a dose até um máximo de 20 mg por dia, dependendo da resposta individual do
paciente. 
TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL) A dose usual é de 10 mg/dia. Dependendo da
resposta individual, pode ser reduzida para 5 mg ou aumentada até um máximo de 20 mg/dia.
TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) A dose inicial usual é de 10mg/dia. Dependendo da
resposta individual do paciente, a dose pode ser aumentada para um máximo de 20 mg/dia. 
TRATAMENTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) A dose usual é de 10 mg/dia. Dependendo da resposta
individual, decrescer a dose para 5 mg/dia ou aumentar até um máximo de 20 mg/dia.
ANTIPSICÓTICOS
As drogas antipsicóticas estão associadas a eventos adversos, os quais contribuem para a má adesão do paciente ao
tratamento. O sistema extrapiramidal é a parte do sistema nervoso central, não incluída no sistema piramidal, que está
relacionada ao controle das funções motoras.
Os quadros sintomáticos relacionados às suas disfunções são: acatisia aguda, distonia aguda, parkinsonismo, discinesia tardia
e síndrome neuroléptica maligna.
- Acatisia aguda
Transtorno do movimento caracterizado por sensação subjetiva de inquietude interna e irritabilidade ou disforia, que podem
ser intensas. Associado a isso, observam-se sensação física e objetiva de desconforto e movimentos alternados dos pés ou
balanço alternado das pernas quando sentado. O quadro pode deixar o paciente agitado, sentar e levantar repetidamente, e
fazê-lo andar incessantemente e no mesmo lugar, como tentativa de aliviar o sofrimento causado pela sensação de
desassossego. Os sintomas são principalmente motores e não podem ser controlados pela vontade do paciente.
A acatisia pode aparecer a qualquer momento durante o tratamento, mas ocorre mais frequentemente nos três primeiros
meses da farmacoterapia. Sua ocorrência associa-se não somente à administração aguda do antipsicótico,mas também ao
recente aumento da dose, acometendo principalmente indivíduos jovens. A acatisia pode ser confundida com agitação
psicótica ou ansiedade. 
Reconhecida e diagnosticada a condição, a dosagem do antipsicótico deve ser reduzida ao mínimo eficaz. Apesar de não
haver evidências científicas, a prática clínica tem demonstrado alguns benefícios através do uso de betabloqueadores
(propranolol, de 40-120 mg/ dia, VO) ou benzodiazepínicos (clonazepam, de 2 a 6 mg/dia). Outra intervenção terapêutica
possível é a mudança do antipsicótico, preferencialmente para os de segunda geração.
- Distonia aguda
São movimentos involuntários provocados por contrações ou espasmos musculares lentos e contidos. A distonia pode
acometer o pescoço (torcicolo espasmódico), a mandíbula (abertura vigorosa da boca resultando em deslocamento da
mandíbula ou trismo), língua (protrusão) e o corpo todo (opistótono). O envolvimento dos olhos pode resultar em uma crise
oculogírica, caracterizada por um movimento dos olhos para o lado e para cima. A distonia pode ser dolorosa e assustadora,
prejudicando a adesão ao tratamento.
A incidência é mais observada em indivíduos do sexo masculino, de idade jovem (< 30 anos). Embora seja mais comum com
doses intramusculares de antipsicóticos de alta potência, a distonia pode ocorrer com qualquer antipsicótico. O diagnóstico
diferencial é feito principalmente com estados catatônicos e convulsões. O tratamento deve ser imediato e com o uso de
agentes anticolinérgicos, preferencialmente por via intramuscular (biperideno, 4 mg, uma ampola IM).
- Parkinsonismo
Transtorno do movimento caracterizado pela tríade: tremor, rigidez muscular e bradicinesia. O tremor geralmente é rítmico,
presente no repouso, e pode afetar membros, cabeça, boca e língua. Um tremor focal e perioral, ocasionalmente chamado
de síndrome do coelho, também pode ser observado. Além disso, o paciente pode apresentar marcha oscilante e postura
encurvada. O início do quadro ocorre entre duas e quatro semanas após a introdução ou o aumento da dose do antipsicótico.
O diagnóstico diferencial inclui outras causas de parkisonismo e depressão, que cursa com inibição psicomotora. As
estratégias terapêuticas envolvem a redução da dose ou mudança do antipsicótico, bem como a farmacoterapia
antiparkisoniana (biperideno, 2-6 mg/dia).
- Discinesia tardia
A discinesia tardia caracteriza-se por movimentos anormais, irregulares, involuntários, coreoatetoides e repetitivos. Os
movimentos dos dedos das mãos ou dos pés, assim como os movimentos periorais – movimentos mastigatórios e contrações
faciais – são os mais comuns. Os sintomas são exacerbados pelo estresse e desaparecem durante o sono. Sua evolução tende
a ser crônica, de início insidioso, geralmente após, no mínimo, seis meses de uso de antipsicóticos e a gravidade do quadro
pode ser variável.
O uso crônico e, paradoxalmente, a redução da dose podem predispor ao aparecimento dos sintomas. Devem-se excluir
estereotipias, tiques e outras condições clínicas ou neurológicas. Até o presente momento, não há tratamento eficaz. O
médico deve considerar a redução ou suspensão do antipsicótico. A prevenção também é importante no sentido de utilizar
medicação antipsicótica apenas quando claramente indicado e nas dosagens efetivas mais baixas.
- Síndrome neuroléptica maligna
A síndrome neuroléptica maligna é considerada uma complicação muito grave da farmacoterapia antipsicótica, podendo
ocorrer a qualquer momento do tratamento. Os sintomas motores podem incluir rigidez muscular, acinesia, mutismo,
agitação, distonia e alteração do nível de consciência. Os sintomas autonômicos incluem febre alta, elevação da pressão
arterial, taquicardia e sudorese. Seus principais fatores de risco são rápido aumento da dose, associação de antipsicóticos de
alta potência, e uso repetido de antipsicóticos por via intramuscular. 
O diagnóstico diferencial é principalmente feito com quadros catatônicos. Os achados laboratoriais podem apresentar
aumento da CPK e leucocitose. 
Deve-se iniciar o tratamento o mais rápido possível. O antipsicótico deve ser suspenso imediatamente e devem-se fornecer
medidas gerais de suporte, como monitoramento do equilíbrio hidroeletrolítico e da função renal. O tratamento específico é
feito com agonistas dopaminérgicos (bromocripitina, 2,5-10 mg, VO, três vezes ao dia), associado a relaxantes musculares
(dantrolene, 1-3 mg, VO, até quatro vezes por dia). O tratamento deve ser continuado por cinco a dez dias e, com a melhora
clínica do paciente, deve-se considerar a reintrodução cuidadosa do antipsicótico de baixa potência.
QUETIAPINA – Fumarato de Quetiapina (antipsicótico atípico):
É um antipsicótico atípico que atua como antagonista nos receptores e sertotonia5HT2A e de dopamina D2.
Não provoca praticamente nenhum sintoma extrapiramidal, independente da dose,nem provoca elevação de prolactina.
Disponível na formulação de liberação imediata (LI) e formulação de liberaçãoprolongada (LP); A formulação LP é ideal como
antipsicótico, enquanto a LI é ideal comohipnótico.
A quetiapina é dose dependente e formulação dependente.
POSOLOGIA:
Dose antipsicótica mais baixa efetiva/ antidepressiva = 300 mg/dia na formulação LP
Dose máxima (exceto em casos resistentes ao tto) = 800 mg/dia na formulação LP
Dose sedativo-hipnótico = 50 mg na formulação LI
Obs.: doses mais altas ocupam mais receptores D2, mas ao mesmo tempo bloqueiamoutros receptores.
ADMINISTRAÇÃO: oral (absorção rápida e completa)
INDICAÇÃO: esquizofrenia em maiores de 13 anos, TAG, TOC, refratário, TEPT, tto dossintomas de delirium, dependência de
álcool, dependenciia de cocaína, anorexianervosa, transtorno da conduta , etc.
EFEITOS ADVERSOS: hipotensão postural, ganho de peso, ↑ triglicerídeos, resistênciainsulínica, boca seca, constipação,
dispepsia, sonolência, tontura.
HALOPERIDOL
- É um antipsicótico típico ou de primeira geração de alta potência.
INDICAÇÕES
 Manifestações de transtornos psicóticos (oral, injeção de liberação imediata)
 Tiques e emissões vocais na síndrome de Tourette (oral, injeção de liberação imediata)
 Tratamento de segunda linha de problemas de comportamento graves em crianças com hiperexcitabilidade combativa e
explosiva (oral, injeção de liberação imediata)
 Tratamento de curto prazo de segunda linha de crianças hiperativas (oral, injeção de liberação imediata)
 Tratamento de pacientes esquizofrênicos (decanoato intramuscular depot)
 Transtorno bipolar 
 Transtornos comportamentais em demências 
 Delirium (com lorazepam) - O haloperidol com frequência é utilizado para tratar delirium, geralmente em combinação
com lorazepam, com a dose do haloperidol sendo 2 vezes a do lorazepam
MECANISMO DE AÇÃO
 Bloqueia os receptores de dopamina 2 mais seletivamente, reduzindo os sintomas positivos de psicose e possivelmente
comportamentos combativos, explosivos e hiperativos
 Bloqueia os receptores de dopamina 2 na via nigroestriatal, melhorando tiques e outros sintomas em síndrome de
Tourette
O haloperidol, um antipsicótico convencional popular, tem relativamente pouca atividade de ligação anticolinérgica ou anti-
histamínica
TEMPO PARA INÍCIO DA AÇÃO 
 Os sintomas psicóticos podem melhorar dentro de 1 semana, mas pode levar várias semanas para efeito completo no
comportamento.
 Na maioria das vezes, reduz os sintomas positivos na esquizofrenia, mas não os elimina
 A maioria dos pacientes esquizofrênicos não tem uma remissão total dos sintomas, mas uma redução de
aproximadamente um terço
 Continuar o tratamento na esquizofrenia até atingir um platô de melhora. Depois de atingido um platô satisfatório,
continuar o tratamento por pelo menos 1 ano depois do primeiro episódio de psicose em esquizofrenia 
 Para segundo episódio de psicose na esquizofrenia e episódios subsequentes, poderá ser necessário tratamento por
tempo indefinido Reduz os sintomas de mania psicótica aguda, mas não está comprovado como estabilizador do humor ou como um
tratamento de manutenção eficaz em transtorno bipolar. Depois de reduzir os sintomas psicóticos agudos em mania,
trocar por estabilizador do humor e/ou antipsicótico atípico para estabilização do humor e manutenção
EXAMES
 Importante determinar se o indivíduo já está com sobrepeso (IMC de 25,0-29,9) ou é obeso (IMC ≥ 30), já que esses
medicamentos estão frequentemente associados a ganho de peso.
 Antes de administrar uma substância que pode causar ganho de peso a um paciente com sobre-peso ou obeso,
determinar se o indivíduo já tem pré-diabetes (glicose plasmática em jejum de 100 a 125 mg/dL), diabetes (glicose
plasmática em jejum > 126 mg/dL) ou dislipidemia (colesterol total, colesterol LDL e triglicerídeos aumentados;
colesterol HDL reduzido) e tratar ou encaminhar tais pacientes para tratamento.
 Monitorar peso e IMC durante o tratamento. Considerar o monitoramento mensal dos triglicerídeos em jejum por vários
meses em pacientes com alto risco de complicações metabólicas e ao iniciar ou trocar antipsicóticos
 Deve ser verificada a pressão arterial em idosos antes de iniciar e durante as primeiras semanas de tratamento 
 O monitoramento dos níveis elevados de prolactina é de benefício clínico duvidoso 
 Pacientes com baixa contagem de leucócitos ou história de leucopenia/neutropenia induzida por substância devem ter
hemograma completo monitorado frequentemente durante os primeiros meses, e o haloperidol deve ser descontinuado
ao primeiro sinal de declínio de leucócitos na ausência de outros fatores causativos
EFEITOS COLATERAIS
 Síndrome de déficit induzido por neurolépticos 
 Acatisia
 Efeitos colaterais extrapiramidais, parkinsonismo, discinesia tardia, distonia tardia
 Galactorreia, amenorreia
 Tontura, sedação 
 Boca seca, constipação, retenção urinária, visão turva
 Redução da transpiração 
 Hipotensão, taquicardia, hipertensão 
 Ganho de peso
 Como a substância causa efeitos colaterais 
 Bloqueando receptores de dopamina 2 no estriado, pode causar efeitos colaterais motores
 Bloqueando receptores de dopamina 2 na hipófise, pode causar elevações na prolactina
 Bloqueando receptores de dopamina 2 excessivamente nas vias mesocortical e mesolímbica da dopamina, pode causar
piora dos sintomas negativos e cognitivos (síndrome de déficit induzido por neurolépticos)
 Bloqueando os receptores alfa-1 adrenérgicos, pode causar tontura, sedação e hipotensão
 O mecanismo do ganho de peso e uma possível incidência aumentada de diabetes ou dislipidemia com antipsicóticos
convencionais é desconhecido
O que fazer com os efeitos colaterais 
• Para sintomas motores, acrescentar um agente anticolinérgico • Reduzir a dose • Para sedação, dar à noite • Trocar por
antipsicótico atípico • Perda de peso, programas de exercícios e manejo clínico para IMC alto, diabetes, dislipidemia 
Melhores agentes de acréscimo para os efeitos colaterais 
• Benzotropina ou triexifenidil para efeitos colaterais motores • Algumas vezes amantadina pode ser útil para efeitos
colaterais motores • Benzodiazepínicos podem ser úteis para acatisia • Muitos efeitos colaterais não podem ser melhora-dos
com um agente de acréscimo
Dosagem e uso
Variação típica da dosagem 
 1 a 40 mg/dia por via oral 
 Injeção de liberação imediata de 2 a 5 mg cada dose
 Injeção de decanoato 10 a 20 vezes a dose diária prévia de antipsicótico oral
Formas de dosagem 
 Comprimidos de 0,5 mg sulcados, 1 mg sulcados, 2 mg sulcados, 5 mg sulcados, 10 mg sulcados, 20 mg sulcados
 Concentrado de 2 mg/mL 
 Solução de 1 mg/mL 
 Injeção de 5 mg/mL (liberação imediata) 
 Injeção de decanoato de 50 mg/mL, 100 mg/mL
Como dosar 
 Oral: dose inicial de 1 a 15 mg/dia; pode ser dado 1 vez ao dia ou em doses divididas no início do tratamento durante
rápida escalada da dose; aumentar conforme necessário; pode ser dosado até 100 mg/dia; segurança não está
estabelecida para doses acima de 100 mg/dia
 Injeção de liberação imediata: dose inicial de 2 a 5 mg; doses subsequentes podem ser dadas a cada hora; o paciente
deve ser trocado para administração oral assim que possível
Embora a administração IV apresente um início de ação mais rápido, a via IM é mais viável na situação de emergência. O
início da ação por essa via ocorre de 30 a 60 minutos após a aplicação. Podem-se utilizar 2 a 5 mg, a cada 1 a 4 horas. Para
combinações por via IM, a combinação haloperidol mais prometazina foi mais eficaz do que o haloperidol sozinho ou o
lorazepam sozinho.
Farmacocinética 
 Meia-vida do decanoato de aproximadamente 3 semanas
 Meia-vida oral de aproximadamente 12 a 38 horas
Interações medicamentosas 
 Pode reduzir os efeitos de levodopa e agonistas dopaminérgicos 
 Pode aumentar os efeitos de substâncias anti-hipertensivas, exceto guanetidina, cujas ações anti-hipertensivas o
haloperidol pode antagonizar
 Podem ocorrer efeitos aditivos se utilizado com depressores do SNC; a dose do outro agente deve ser reduzida 
 Alguns agentes pressores (p. ex., adrenalina) podem interagir com haloperidol e reduzir a pressão arterial 
 Haloperidol e agentes anticolinérgicos em conjunto podem aumentar a pressão intraocular 
 Reduz os efeitos de anticoagulantes 
 Os níveis plasmáticos do haloperidol podem ser reduzidos por rifampicina 
 Alguns pacientes que tomavam haloperidol e lítio desenvolveram uma síndrome encefalopática similar à síndrome
neuroléptica maligna 
Outras advertências/ precauções 
 Caso se desenvolvam sinais de síndrome neuroléptica maligna, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente 
 Usar com cautela em pacientes com distúrbios respiratórios 
 O tratamento deve ser suspendido se a contagem de neutrófilos absolutos cair abaixo de 1.000/mm3
 Evitar exposição ao calor extremo 
 Se for utilizado para tratar mania, os pacientes podem experimentar uma rápida mudança para depressão 
 Pacientes com tireotoxicose podem experimentar neurotoxicidade 
 Usar somente com muita cautela em doença de Parkinson ou demência de corpos de Lewy 
 Doses mais altas e administração IV podem estar associadas a risco aumentado de prolongamento de QT e torsades de
pointes; usar com cautela especial se o paciente tiver uma condição de pro-longamento de QT, anormalidades cardíacas
sub-jacentes, hipotireoidismo, síndrome do QT longo familiar ou estiver tomando uma substância que sabidamente
prolonga o intervalo QT
Potenciais vantagens 
 Formulação intramuscular para uso de emergência 
 Formulação depot de 4 semanas para não adesão 
 Respondedores em baixa dose podem ter eficácia em sintomas positivos e negativos comparável a antipsicóticos atípicos
 Tratamento eficaz e de baixo custo 
Potenciais desvantagens 
• Pacientes com discinesia tardia ou que desejam evitar discinesia tardia e efeitos colaterais extra-piramidais 
• Populações vulneráveis como crianças ou idosos 
• Pacientes com sintomas cognitivos ou de humor notáveis Principais sintomas-alvo 
• Sintomas positivos de psicose 
• Comportamento violento ou agressivo
RISPERIDONA
A Risperidona é considerada um antipsicotico atípico, antagonista dos receptores de dopamina, serotonina e norepinefrina.
Esse medicamento é comumente indicado para esquizofrenia, manias, manutenção do transtorno bipolar, depressão bipolar,
e transtornos relacionados a controle dos impulsos. Possui um efeito eficaz sobre um certo número de transtornos,
geralmente relacionados com o pensamento, com as emoções ou com as atividades, como confusão, alucinações, distúrbios
da percepção, desconfiança não habitual, isolamento da sociedade, entre outros. Além disso, melhora também a ansiedade,
a tensão e o estado mental, causados por estes transtornos, sendo também utilizada para manter os distúrbios sob controle.
A risperidona age bloqueando os receptores D2, diminuindo os sintomas positivose estabilizando os sintomas afetivos. Esse
bloqueio causa um aumento da liberação de dopamina que faz com que reduza os efeitos colaterais motores e melhora os
sintomas cognitivos e afetivos. Ela também tem efeito antagonista do 5HT7 que tem efeito antidepressivo. 
Na primeira semana pode começar a melhorar os sintomas psicóticos e maníacos, mas para efeito completo no
comportamento, cognição e afeto pode levar meses (na pratica pode levar de 16 a 20 semanas). 
Na maioria das vezes o medicamento não elimina totalmente os sintomas positivos da esquizofrenia, mas tem uma melhora
de aproximadamente 1/3 dos sintomas. Após um ano é possível em até 15% dos pacientes ver uma melhora global de 60%
dos sintomas. 
POSOLOGIA: a apresentação é em comprimidos de 1 mg, 2 mg ou 3 mg.
Esquizofrenia em adultos: a dose inicial é de 2 mg no primeiro dia, podendo ser aumentada pra 4 mg no segundo dia e 6 mg
no terceiro dia. A dose habitual varia entre 4 mg e 8 mg.
Agitação, agressividade ou sintomas psicóticos em pacientes com demência do tipo Alzheimer: a dose inicial é de 0,25 mg
duas vezes ao dia, podendo ser aumentada 0,25 mg duas vezes ao dia com pelo menos dois dias de intervalo. 
Transtorno bipolar em adultos: uso inicial de 2 mg/dia, podendo ser adicionado mais 2 mg com pelo menos dois dias de
intervalo. Os resultados são mais satisfatórios com dose entre 2 e 6 mg. 
PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS: cefaléia, ansiedade, insônia ou sonolência, dificuldade de concentração, aumento do
apetite (obesidade), retenção hídrica e hipotensão.
LEVOMEPROMAZINA
A Levomepromazina é um antipsicótico típico pertencente ao grupo das fenotiazinas que, assim como outras drogas desse
grupo, é dotada de atividade antiadrenérgica, antidopaminérgica, antisserotoninérgica, anti-histamínica e anticolinérgica. No
Brasil, é mais conhecida pelo nome Neozine®.
Nomes: Neozine, levozine, meprozin
APRESENTAÇÃO:
Comprimido 25-100 mg
Gotas: 40 mg/ml – 1 mg/gt
UTILIDADE: É indicado para transtornos delirantes ou esquizoafetivo, agitação em pacientes com retardo mental, mania
aguda com sintomas psicóticos, esquizofrenia, depressão psicótica e psicoses breves, controle da dor.
DOSE DIÁRIA:
Fase maníaca do bipolar com agitação: iniciar com 25 a 100 mg/dia divido em 2 a 3 doses e ajustar pela resposta até 300 mg/
dia. Retirar progressivamente assim que os sintomas forem controlados.
Disturbios psicossomáticas: 6-12 mg/dia.
Psicoese, algias: iniciar com 50-100 mg/dia. Dose máxima 500 mg/dia divido em 3 doses.
UTILIDADE: É indicado para transtornos delirantes ou esquizoafetivo, agitação em pacientes com retardo mental, mania
aguda com sintomas psicóticos, esquizofrenia, depressão psicótica e psicoses breves, controle da dor.
MECANISMO DE AÇÃO: Age como antiadrenérgico, antidopaminérgico, antosserotoninérgico, anti-histamínico e anti-
colinérgico.
Seu efeito antidopaminérgico causa o efeito antipsicótico e os efeitos secundários (Síndrome extrapiramidal, discinesias e
hiperprolactinemia).
Seu efeito sedativo é devido a sua alta capacidade de bloquear os receptores histamínicos.
Sua administração via oral garante uma boa absorção e biodisponibilidade do fármaco. Passa por biotransformação
metabólica hepática e é eliminada especialmente pela urina e bílis.
OBS: No início o paciente deve permanecer deitado após 1h pós administração de cada dose. Este medicamento não deve ser
partido. Uso com risco na gravidez, demonstrando risco fetal.
EFEITOS COLATERAIS: Pode causar hipotensão ortostática, efeitos anticolinérgicos (boca seca, constipação,íleo paralítico),
retenção urinária, sedação ou sonolência, ansiedade, variações do estado do humor, discinesias, aumento da prolactina,
aumento de peso, hiperglicemia.
CLOZAPINA
Indicado para tto de esquizofrenia resistente ao tratamento com outros antipsicóticos.
Indicado na redução do risco de comportamento suicida recorrente em pacientes com esquizofrenia ou transtorno
esquizoafetivo, quando considerados sob risco de repetir o comportamento suicida, baseado no histórico e estado clínico
recente.
Contraindicado em pacientes com transtornos renais ou cardíacos graves. Contraindicado também em casos de hepatopatia.
Recomenda-se que a frequência da contagem de glóbulos brancos seja SEMANAL nos seis primeiros meses de tratamento e
QUINZENAL após esses seis primeiros meses. O monitoramento deve continuar durante o tratamento e por 4 semanas após a
descontinuação de clozapina.
O início do tratamento com Clozapina (substânca ativa) deve ser restrito aqueles pacientes com uma contagem de glóbulos
brancos ≥ 3.500/mm3 (3,5 x 109/L) e de neutrófilos ≥ 2.000/mm3 (2,0 x 109/L), e dentro dos limites normais padronizados.
Em cada consulta, o paciente que recebe clozapina deverá ser lembrado de contatar imediatamente o médico se começar a
desenvolver qualquer tipo de infecção. Particular atenção deve ser dada à queixa de sintomas de gripe, como febre ou dor de
garganta e outras evidências de infecção, o qual pode ser indicativo de neutropenia.
É necessário que haja uma avaliação regular da glicemia e de níveis lipídicos.
A clozapina pode causar sonolência e se o paciente permanecer na cama por um período prolongado em combinação com o
ganho de peso pode levar à formação de coágulos de sangue em alguns pacientes.
Na maioria dos pacientes, pode-se esperar eficácia antipsicótica com 300 a 450 mg/dia, administrados em doses fracionadas.
Alguns pacientes podem ser tratados com doses mais baixas e outros pacientes podem requerer doses de até 600 mg/dia. A
dose diária total pode ser fracionada de forma desigual, administrando-se a parte maior à noite.
As reações adversas mais graves com a Clozapina (substânca ativa) são agranulocitose, convulsões, efeitos cardiovasculares e
febre. As reações adversas mais comuns são sonolência/sedação, tontura, taquicardia, constipação e hipersalivação.
OLANZAPINA
Olanzapina (substância ativa) é indicado para o tratamento agudo e de manutenção da esquizofrenia e outras psicoses em
adultos, nas quais sintomas positivos (exemplo: delírios, alucinações, alterações de pensamento, hostilidade e desconfiança)
e/ou sintomas negativos (exemplo: afeto diminuído, isolamento emocional/social e pobreza de linguagem) são
proeminentes. Olanzapina (substância ativa) alivia também os sintomas afetivos secundários, comumente associados com
esquizofrenia e transtornos relacionados.
Associado com o desenvolvimento de Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM) e Discinesia Tardia.
Deve ser utilizada cautelosamente em pacientes com histórico de convulsão ou que estão sujeitos a fatores que possam
desencadear convulsão, direta ou indiretamente; aumento da próstata; íleo paralítico; alterações na contagem de células
sanguíneas; história de depressão/toxicidade da medula óssea induzida por drogas; depressão da medula óssea causada por
doença concomitante; radioterapia ou quimioterapia; TGP e/ou TGO (enzimas do fígado) elevadas. Em pacientes com
diabetes ou com predisposição a esta doença, e que estejam em tratamento com olanzapina, recomenda-se o
acompanhamento médico devido ao aumento da frequência desta doença em pacientes com esquizofrenia. Foram
observadas alterações indesejáveis dos lipídios (triglicérides e/ou colesterol) em pacientes tratados com olanzapina.
Portanto, recomenda-se monitoramento clínico adequado.
A olanzapina poderá interagir com os seguintes medicamentos: inibidores ou indutores das isoenzimas do citocromo P450,
inibidores potentes da CYP1A2, carbamazepina, carvão ativado, fluoxetina e fluvoxamina. Devido à possibilidade de a
olanzapina diminuir a pressão sanguínea, o mesmo deve ser administrado com cuidado em pacientes que estejam em
tratamento com medicamentos para controlar a pressão.
A dose inicial recomendada de olanzapina para tratamento de esquizofrenia é de 10 mg, administrada uma vez ao dia,
independentemente

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