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A NR-32 classifica agentes patogênicos que podem ou não transmitir problemas de Saúde ao trabalhador: • Classe 1: Agentes que não apresentam riscos para o manipulador, nem para a comunidade (por exemplo, E. coli, B. subtilis); • Classes 2: Apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo (por exemplo: bactérias, vírus – EBV, herpes e fungos – Candida albicans; parasitas – Plasmodium, Schistosoma); • Classe 3: São os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade e, às vezes, sem tratamento (por exemplo: bactérias – Bacillus anthracis, Brucella, Chlamy diapsittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus – hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos – Blastomy cesdermatiolis, Histoplasma; parasitos - Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi) (NR-32, p. 813-32). Por esses problemas de contaminação, a NR-32 estabelece que o Profissional da Saúde: • É obrigado a tomar vacina contra tétano, difteria, hepatite B e outras; • Deve passar por capacitações/orientações, para estar sempre atualizado com os procedimentos de Segurança do Trabalho quanto às maneiras de contaminação; • Deve respeitar as regras de segurança e utilização dos EPIs necessários à profissão (avental de algodão com mangas longas, luvas de látex descartáveis, máscaras, óculos de proteção e toucas para proteção dos cabelos); • Deve ter conhecimento da Legislação brasileira de Biossegurança, especialmente das Normas de Biossegurança emitidas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança; • Deve ter conhecimento dos riscos pelo manipulador. O Profissional de Estética pode executar procedimentos não invasivos (sem intervenção cirúrgica). 9 UNIDADE Biossegurança II Os trabalhadores dos laboratórios clínicos também estão expostos a materiais potencialmente contaminados, pois constantemente entram em contato com fluidos biológicos e tecidos. Além do risco de autocontaminação, ainda existe o risco de contaminação cruzada de equipamentos e materiais . A contaminação cruzada é a transferência de microrganismos patogênicos de um material ou equipamento contaminado para outro, direta ou indiretamente. O Quadro 1 ilustra esses procedimentos: 1. Limpeza de pele (rosto, mãos); o profissional deve usar os EPIs obrigatórios, pois os órgãos superiores entram em contato com a pele do paciente; 2. Drenagem linfática (estimulação das glândulas linfáticas). Nesse caso, não há a necessidade de EPIs, no máximo, de máscara; 3. Estimulação russa são eletrodos ligados a um aparelho, que liberam estímulos elétricos, fazendo com que os músculos sejam enrijecidos. Como o contato no corpo do paciente é mecânico, não há necessidade de EPIs; 4. Bronzeamento artificial é feito em câmaras ou em camas, que emitem Raios Ultravioletas (UV); o EPI deve ser usado pelo paciente. Procurar um Salão de Beleza ou Clínica Estética pode parecer um ato rotineiro, no entanto, pode ocorrer de nem todos os procedimentos que ocorrem nesses locais serem inócuos. Algumas técnicas podem ser maléficas à saúde e podem causar vários problemas graves. A Vigilância Sanitária Municipal é o órgão que realiza a regulamentação e a fiscalização dos estabelecimentos de beleza, como Salões e Clínicas Estéticas. A Lei Nacional 12.592/12 reconhece os profissionais de beleza e torna obrigatório o seguimento das normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a higiene desses locais, como a esterilização de materiais usados nesses estabelecimentos (tesouras, alicates, navalhas e lâminas de barbear). Essas esterilizações devem ser executadas por autoclaves, que são muito mais eficientes, pois utilizam vapor sob pressão e dessa forma, conseguem eliminar até vírus. A ANVISA determina, também, a utilização de papel descartável sobre macas e camas impermeáveis, toalhas individuais, seringas e agulhas descartáveis, e os locais devem ser bem ventilados e sempre limpos. Nos Salões de Beleza e ou Clínicas de Estética devem ser fixados, em local de visibilidade do cliente/paciente: 1. O certificado de qualificação dos profissionais; 2. Os produtos utilizados: 10 11 a) Devem conter rótulo com nome do produto, marca, nº de lote, prazo de validade, conteúdo, país de origem, fabricante/importador; composição, fi nalidade de uso e nº de registro no órgão competente do Ministério da Saúde; b) Se forem manipulados em Farmácias, só podem ser utilizados quando devidamente prescritos por médico; 3. Manter o Manual de Instrução dos aparelhos, notifi cação de isenção de registro no órgão competente do Ministério da Saúde e registro de Manutenção preventiva e corretiva do aparelho, conforme orientação do fabricante.
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