40 - Defesa Roubo Majorado Advogado Criminalista Alegacoes Finais Memoriais_superpeticao com

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
Autos nº
XXXXXXXXXXXX, já qualificado nos autos do processo criminal em epígrafe, por meio de seu Advogado, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, em virtude de acusação por crime de Roubo majorado e resistência, a fim de garantir o seu direito constitucional de defesa, o que fazem pelos fundamentos fáticos e jurídicos expostos em sucessivo:
I - Dos fatos
Segundo a peça inicial acusatória teria, no 09 de maio de 2018, nesta Capital, o denunciado teria praticado roubo majorado e resistência.
O réu confessou a prática delitiva perante a autoridade Judicial, em sede de audiência de instrução e julgamento, contudo negou ter adulterado o veículo.
As testemunhas ouvidas em juízo confirmam a versão apresentada pelo acusado.
Malgrado o conjunto probatório venha indicar no sentido da autoria e materialidade imputada ao réu, cabe destacar outros aspectos que lhe permite a inclusão em regime jurídico mais benéfico.
O laudo pericial atestou que o crime de adulteração não ocorreu.
II- Da confissão e menor idade relativa
O réu confessou a prática delitiva, perante a autoridade judicial, fazendo jus a atenuante da confissão espontânea e possuía menos de 21 anos na época do fato, fazendo jus, por ser direito subjetivo do réu, a atenuante da menor idade relativa.
III - Da aplicação da pena em caso de condenação
As circunstâncias judiciais são amplamente favoráveis ao réu, a sanção penal cabível na hipótese, em obediência aos princípios da proporcionalidade e legalidade, não dispõe de fundamentação lógica para sua aplicação em caráter superior ao mínimo legal.
Não há nenhuma informação negativa quanto à conduta social do réu ou sua personalidade, tampouco foi relatado qualquer fato diferenciado que os tenha movido a cometer o delito que possa agravar a dosimetria da pena.
A conduta do réu suso mencionado é inerente ao tipo penal, não há nos autos nenhuma conduta positiva que possa elevar a pena-base, já que tudo o que foi relatado é ínsito ao tipo penal.
As circunstâncias do crime se compõem apenas dos elementos próprios a sua tipologia, assim como não houve consequência produzida pelo delito
Superior ao próprio resultado necessário à consumação. Os bens foram devolvidos as vítimas.
É panorama para aplicação de pena mínima.
Atente-se ainda para a presença da atenuante da confissão espontânea da autoria do delito, nos termos do art. 65, III, d do Código Penal, a qual deve ser reconhecida e valorada em favor do réu.
A confissão espontânea manifestada perante autoridade, seja policial ou judiciária, possuindo o mesmo efeito para fins de valoração quando tenha influência na formação do convencimento do julgador (STF, HC 82122/SE, Rel. Min. Ellen Grace, 1ª Turma, j. em 30.05.03, DJ de 20.06.03).
Do Pedido
Ante o exposto, pugna a defesa técnica:
• pela absolvição do réu pela prática do crime de adulteração de sinais de veículo automotor, por restar provado que não ocorreu a prática delitiva;
• pela aplicação de pena mínima, reconhecimento e aplicação da atenuante da confissão espontânea e menor idade relativa;
• pela fixação do regime semiaberto após o reconhecimento das atenuantes, tudo por ser medida de inteira Justiça.
Neste termos
Pede Deferimento.
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