Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AUDITORIA CONCORRENTE 1 Apresentação ................................................................................................................................ 4 Aula 1: Elementos básicos da auditoria concorrente .................................................................... 6 Introdução ............................................................................................................................. 6 Conteúdo ................................................................................................................................ 7 Prontuário médico ............................................................................................................. 7 Prontuário eletrônico do paciente ................................................................................. 8 Prontuários Eletrônicos e Registros Eletrônicos de Saúde ........................................ 9 Contratos ........................................................................................................................... 10 Cadastramento das entidades médicas ...................................................................... 11 Anexos do contrato ......................................................................................................... 11 Confidencialidade e autorização .................................................................................. 13 A auditoria concorrente ................................................................................................. 15 Aumento da competitividade da área de saúde ........................................................ 15 A análise dos pacientes internados .............................................................................. 16 Informações requeridas em uma auditoria ................................................................ 17 Elementos importantes no atendimento do paciente internado .......................... 17 Fases do atendimento ao paciente internado ........................................................... 18 Complementação do atendimento ............................................................................. 20 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 22 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 25 Aula 1 ..................................................................................................................................... 25 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 25 Aula 2: Principais instrumentos utilizados pela equipe de auditoria .......................................... 26 Introdução ........................................................................................................................... 26 Conteúdo .............................................................................................................................. 27 Relatório de Auditoria ..................................................................................................... 27 Obtenção da qualidade de dados para auditorias médicas .................................... 29 Fase de auditoria médica e pergunta-chave .............................................................. 29 O que está envolvido - sendo certo que: ................................................................... 30 Etapas de auditoria descritas no relatório................................................................... 31 Como tem início o processo da auditoria .................................................................. 31 Auditora de enfermagem ............................................................................................... 32 Faturamento ..................................................................................................................... 33 AUDITORIA CONCORRENTE 2 Aspectos importantes que deverão ser acompanhados pelos clientes ................ 36 Fluxo completo das contas médicas ............................................................................ 37 Atividade proposta .......................................................................................................... 38 Referências........................................................................................................................... 39 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 39 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 44 Aula 2 ..................................................................................................................................... 44 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 44 Aula 5: Relacionamento comercial como ponto central deste processo.................................... 46 Introdução ........................................................................................................................... 46 Conteúdo .............................................................................................................................. 47 Relacionamento entre prestadores de serviços hospitalares e pagadores de serviços .............................................................................................................................. 47 Processo de liberação de atendimento ....................................................................... 48 Passos para obtenção de autorização ......................................................................... 49 Perguntas sobre a autorização...................................................................................... 50 Técnicas de negociação ................................................................................................. 51 Glosas ................................................................................................................................. 52 Tipos de glosas mais comuns ....................................................................................... 56 Recuperação das glosas ................................................................................................. 56 Futuro da relação de pagadores de serviços de saúde e prestadores .................. 57 Atividade proposta .......................................................................................................... 58 Referências........................................................................................................................... 59 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 59 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 63 Aula 5 ..........................................................................................Erro! Indicador não definido. Exercícios de fixação ....................................................................................................... 63 Aula 6: Processo de faturamento e a análise das conformidades .............................................. 66 Introdução ........................................................................................................................... 66 Conteúdo .............................................................................................................................. 67 Importância da capacitação da equipe de auditoria ................................................ 67 Equipes de auditoria ........................................................................................................67 Qualidade em comunicação ......................................................................................... 67 Reuniões da equipe ......................................................................................................... 68 Critérios de auditoria....................................................................................................... 69 Condições da auditoria................................................................................................... 70 AUDITORIA CONCORRENTE 3 Causa .................................................................................................................................. 70 Efeito .................................................................................................................................. 71 Característica dos profissionais ..................................................................................... 71 Coordenadores de auditoria .......................................................................................... 73 Aspectos importantes da auditoria concorrente ....................................................... 75 Estabelecer objetivos da auditoria ............................................................................... 75 Equipamentos eletrônicos ............................................................................................. 76 Calculadora médica ........................................................................................................ 76 Softwares especiais ......................................................................................................... 77 Tecnologia e sua contribuição ..................................................................................... 78 Missão de cada processo ............................................................................................... 78 Missão de cada processo ............................................................................................... 79 DE: 10/04/2001 ................................................................................................................. 82 Atividade proposta .......................................................................................................... 82 Referências........................................................................................................................... 84 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 84 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 88 Aula 6 ..........................................................................................Erro! Indicador não definido. Exercícios de fixação ....................................................................................................... 88 Conteudista ................................................................................................................................. 90 AUDITORIA CONCORRENTE 4 Nesta disciplina você terá oportunidade de conhecer e compreender como ocorre o processo de relacionamento comercial entre os pagadores de serviços de saúde, que podem ser as operadoras de saúde; as seguradoras de saúde; as cooperativas de profissionais de saúde; e o próprio governo através do SUS e os prestadores de serviços neste caso seriam os hospitais; clinicas; laboratórios e os profissionais liberais em geral que atuam neste segmento. O conteúdo está dirigido para um dos tipos de auditoria que tem intensa utilização no sentido de esclarecer possíveis inconformidades no atendimento de seus clientes, que é a Auditoria Concorrente, que ocorre simultaneamente ao atendimento, procurando ao mesmo tempo analisar os diversos procedimentos e de alguma forma apoiar no melhor atendimento ao paciente. Mostramos desde o inicio do relacionamento que ocorre com o credenciamento do prestador, até o relacionamento mais intenso com a Auditoria e a Glosa que é uma forma de indicar ao prestador possíveis incorreções ao que foi estabelecido no contrato de prestação de serviços, ou até mesmo alguma condição de não conformidade com as práticas médicas e procedimentos de enfermagem já consagrados pelo mercado em geral. Sendo assim, essa disciplina tem como objetivos: 1. Apresentar os diversos processos que estabelecem o relacionamento entre pagadores e prestadores de serviços médico hospitalar. 2. Demonstrar como ocorrem as etapas do processo de auditoria concorrente. 3. Apresentar o processo de negociação entre pagadores e prestadores de saúde. AUDITORIA CONCORRENTE 5 4. Apresentar a participação da Agência Nacional de Saúde no relacionamento da saúde complementar. 5. Apresentar suas principais ações e responsabilidades. 6. Identificar as contribuições para com o sistema de saúde. 7. A importância da Auditoria Concorrente no efetivo controle dos custos. 8. Conhecer os processos de faturamento e pré-faturamento de contas médicas. 9. Ter a visão clara de como são relatadas as informações colhidas pelos auditores. 10. De que forma os clientes recebem autorização para realização dos diversos atendimentos medico hospitalar. AUDITORIA CONCORRENTE 6 Introdução Auditoria concorrente ou concomitante é um exame sistemático em pacientes internados em hospitais e casas de saúde, durante todo o período de internação, buscando garantir a atenção aos cuidados de saúde, e a conformidade com os aspectos comerciais definidos em contrato de credenciamento firmados com aquela instituição de saúde, salvaguardando os direitos e obrigações, a ética profissional e a correta confecção do faturamento dos valores de materiais e medicamentos efetivamente utilizados e definidos em contrato firmado. Objetivo: 1. Informar os principais elementos contidos em um processo de auditoria concorrente; 2. Apresentar a importância do processo de auditoria concorrente para as operadoras de saúde, seguros em saúde e cooperativas médicas. AUDITORIA CONCORRENTE 7 Conteúdo Prontuário médico O prontuário do paciente é definido pelo Conselho Federal de Medicina, Resolução nº 1.638/2002, “[...] Como o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo”. De acordo com o Conselho de Enfermagem (COFEN), nº 272/2002, Artigo 3º, a sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente, cliente, usuário, devendo ser composta por histórico de enfermagem, exame físico diagnóstico de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, evolução da assistência de enfermagem, relatório de enfermagem. O prontuário tem uma importância especial para a organização médica que presta cuidados ao paciente, para o médico, para o corpo de enfermagem, tendo ainda uma contribuição importante para o ensino e a pesquisa, sendo também o documento legal para qualquer comprovação em juízo. E por esses motivos é o principal documento utilizado pelos médicos e enfermeiros auditores nas visitas realizadas para constatação dos cuidados a saúde prestada aos pacientes. Ele é atualizado com frequência pelos serviços de saúde, sendo autorizada a sua substituição por elementos de maior durabilidade dos registros, como os informatizados, por exemplo, após 10 anos, contados da data em foi feito oúltimo registro de atendimento do paciente, assegurando com isso a completa reprodução dos dados contidos nesse tão importante documento. AUDITORIA CONCORRENTE 8 O prontuário médico apresenta, portanto, um conjunto de informações e documentos organizados cronologicamente seguindo padrões preestabelecidos, objetivando o registro dos cuidados profissionais prestados ao paciente pelos serviços de saúde, tanto públicos como privados. Prontuário eletrônico do paciente “A estrutura de um prontuário, independente de ser eletrônico ou em papel, deve seguir as orientações e determinações da Resolução CFM Nº 1638/2002 que define prontuário médico e torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. O prontuário em papel apresenta diversas limitações, sendo ineficiente para o armazenamento e organização de grande volume de dados, apresentando diversas desvantagens em relação ao prontuário eletrônico”. Limitações do prontuário em papel “A informação do prontuário em papel está disponível somente a um profissional. Ao mesmo tempo, possui baixa mobilidade e está sujeito a ilegibilidade, ambiguidade, perda frequente da informação, multiplicidade de pastas, dificuldade de pesquisa coletiva, falta de padronização, dificuldade de acesso, fragilidade do papel e a sua guarda requer amplos espaços nos serviços de arquivamento” (MANUAL DE PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA). Um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é uma versão digital de uma carta de papel que contém toda a história médica do paciente a partir de uma prática. Um PEP é usado principalmente por centros de diagnóstico e tratamento. Benefícios do Prontuário Eletrônico do Paciente Um Prontuário Eletrônico do Paciente é mais benéfico do que os registros em papel, pois permite que hospitais, clínicas e centros de tratamento: AUDITORIA CONCORRENTE 9 • Controlem os dados ao longo do tempo; • Identifiquem os pacientes que necessitam de visitas preventivas e exames; • Monitorem como os pacientes evoluem, medindo certos parâmetros, tais como pressão arterial, batimentos cardíacos e temperatura; • Melhorem a qualidade geral do atendimento como uma prática. As informações armazenadas em Prontuários Eletrônicos são facilmente compartilhadas com prestadores externos. Prontuários de um paciente podem até precisarem ser impressos e entregues por correio para especialistas e outros membros da equipe de cuidados. Prontuários Eletrônicos e Registros Eletrônicos de Saúde Suas diferenças são: Um Prontuário Eletrônico contém os dados médicos e clínicos padrões reunidos no hospital. Prontuários Eletrônicos podem ir além dos dados coletados no hospital e incluir uma história mais abrangente do paciente, facilitando as ações de tratamento. Por exemplo, Prontuários Eletrônicos são projetados para conter e compartilhar informações de todos os profissionais envolvidos no cuidado do paciente. Dados de Registros Eletrônicos de Saúde (RES) podem ser criados, gerenciados e consultados por hospitais, operadoras de saúde, funcionários autorizados e por mais de uma organização de saúde, facilitando o fluxo de informações. Ao contrário de PEP, os RES também permitem registro de saúde de um paciente para mover-se com eles, para outros profissionais de saúde, especialistas, hospitais, lares de idosos, e até mesmo entre os Estados. Vamos iniciar a seguir os contratos realizados na área de saúde. AUDITORIA CONCORRENTE 10 Contratos Contrato entre Operadoras de Saúde, Seguradoras e Cooperativas Médicas e os Prestadores de Saúde: A Agência Nacional de Saúde tem consciência da importância desse instrumento como um elemento que balize as relações de mercado e crie um equilíbrio comercial para que todos possam se beneficiar de uma relação mais justa entre os que buscam atuar de forma profissional no seguimento de saúde. O mais prejudicado neste processo é o cliente, que muitas vezes não compreende os aumentos de seu plano e ou seguro de saúde, que tecnicamente é chamado por um produto de atendimento médico hospitalar. Para que possamos ter uma visão mais objetiva e técnica desse importante instrumento vamos apresentar algumas considerações gerais. As Operadoras de Saúde, as Seguradoras e as Cooperativas de Médicos (pagadores de Serviços), possuem critérios técnicos e comerciais para credenciamento de seus diversos prestadores, mas no seguimento de clínicas e hospitais a negociação é mais abrangente por se tratar do maior custo que atinge suas planilhas de resultados, obrigando-os a um estudo mais profundo e mais claro para ambas as partes. Quando surge o interesse pelo credenciamento é feita uma visita preliminar para que possam ser definidos todos os elementos que deverão ser registrados em um contrato comercial. São analisadas as acomodações, as diversas áreas de atendimento, o centro cirúrgico, a UTI para adultos e Neonatal, e todos os demais consultórios e centros de diagnósticos. O processo de negociação tem inicio com a definição das tabelas praticadas pelo hospital, que serão estudadas com profundidade pelas pagadoras de serviços para que se estabeleça uma proposta de fechamento do contrato. AUDITORIA CONCORRENTE 11 As tabelas irão prever as diversas taxas e os diversos valores que nortearão, a partir de sua assinatura toda a relação comercial. Cadastramento das entidades médicas A Portaria Ministerial nº 376, de 3 de outubro de 2000, do Ministério da Saúde, a quem a Agência Nacional de Saúde está ligada, implica no cadastramento das entidades médicas conforme preceitua seu Artigo 2º: Determinar o recadastramento de todos os Estabelecimentos de Saúde prestadores de serviço ao SUS, o cadastramento dos Estabelecimentos de Saúde Hospitalares não contratados/conveniados com o SUS e dos estabelecimentos ambulatoriais, pessoas jurídicas, não vinculadas ao SUS, que realizam procedimentos de: • Patologia Clínica; • Radiologia; • Terapia Renal Substitutiva; • Radioterapia; • Quimioterapia; • Ressonância Magnética; • Medicina Nuclear; • Radiologia Intervencionista; • Tomografia Computadorizada. A partir desses elementos teremos um controle mais efetivo da relação comercial entre esse segmento do mercado, de importância especial para grande parte da população. Anexos do contrato Anexos ao contrato de prestação de serviços médicos e hospitalares com os pagadores de serviços: AUDITORIA CONCORRENTE 12 São anexados ao contrato diversos tipos de tabelas para facilitar a relação entre as partes, define-se, por exemplo, que os medicamentos e materiais serão pagos de acordo com a tabela materiais e medicamentos. Um dos grandes problemas é a diferença de nomenclatura de alguns materiais usados em procedimentos. Veja o exemplo a seguir. Exemplo: SCALP/BUTTERFLY/BORBOLETINHA Faz-se necessário uma padronização solicitada tanto pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, bem como pela ANS (Agência Nacional de Saúde).Existe uma Resolução Normativa de nº 305 da ANS, que estabelece o Padrão obrigatório de Troca de Informação na Saúde Suplementar (TISS). Veja a tabela TUSS, isso facilita o processo de auditoria e traz mais conforto para todos que militam nessa atividade. Os diversos pagadores de serviços estabelecem suas tabelas e alguns até as divulgam, como é o caso do SUS (SIGTAP - Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS), tudo para que o processo se torne mais transparente. Anexamos as diversas tabelas para que você possa ter uma ideia da complexidade dessa atividade para os diversos profissionais que nela atuam. Acredito que muitos dos alunos que participam desse curso, se não estiverem atuando, tem intenções defazê-lo no futuro. Apenas para deixar claro o objetivo, relacionamos as tabelas mais utilizadas em auditoria junto aos prestadores de serviços médicos e hospitalares, veja a seguir. • Tabela de Material e Medicamentos; • Tabela de Órteses, Próteses, Materiais Especiais - OPME; • Tabela de Medicamentos (brasíndice); • Tabela de procedimentos de enfermagem; AUDITORIA CONCORRENTE 13 • Tabela Terminologia Unificada da Saúde Suplementar - TUSS; • Tabela de Honorários médicos Associação Medica Brasileira - AMB; • Tabela de Honorários médicos Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos; • Médicos CBHPM; • Tabelas de Despesas Hospitalares: Tabelas de Diárias e Taxas (negociada entre as partes). Todos esses elementos acompanham os profissionais e fazem parte de seu material de trabalho, claro que hoje com os equipamentos eletrônicos disponibilizados, como notebooks, tablets e até mesmo alguns smartphones, tudo fica mais disponível de ser pesquisado e encontrado com facilidade para que o trabalho se torne mais objetivo. O trabalho da auditoria concorrente facilita em muito o trabalho complementar de análise de contas médicas feito na sede das empresas pagadoras de serviços, por diversos técnicos que tomam por base as informações lançadas pela equipe de auditoria concorrente e realiza o processo de fechamento de contas e o crédito dos valores para os prestadores de serviços. Entre os elementos que serão utilizados pela análise da equipe de auditoria teremos informações do pedido inicial da internação e a justificativa apresentada pelo médico que assiste o paciente, além dessa informação importante para avaliar o processo de internação teremos dados da ficha médica do paciente na operadora e outras possíveis internações e ou tratamentos a que o paciente foi submetido. Confidencialidade e autorização Todas as partes de uma auditoria de faturamento devem cumprir as leis federais e estaduais e os acordos contratuais referentes à confidencialidade das informações do paciente. Todas as organizações pagadoras de serviços, de auditoria e de prestadores ou envolvidas com auditorias de faturamento devem AUDITORIA CONCORRENTE 14 ter disposições em seus códigos de ética delineando sua obrigação de proteger a confidencialidade das informações do paciente. Além disso, essas organizações devem ter políticas e procedimentos explícitos que protegem a confidencialidade de todas as informações do paciente na sua posse e disposição dessas informações. A liberação do prontuário requer autorização do paciente. Deve ser fornecida essa autorização na admissão do paciente. Na ausência de tal declaração será exigida uma autorização para uma auditoria de faturamento. A autorização não precisa ser específica para a seguradora ou auditor na realização da auditoria. Essa autorização deve ser obtida pela empresa de auditoria de faturamento ou pagador e deve incluir pelo menos as seguintes informações: • Paciente, nome completo, endereço e data de nascimento; • Objetivo para liberar a obtenção das informações; • Data em que o consentimento é assinado; • Assinatura do paciente ou representante legal. Atribuições de benefícios de um paciente devem incluir uma presunção de autorização para revisar os registros. O representante coordenador de auditoria ou registros médicos deve confirmar para o representante de auditoria que uma condição da declaração de admissão está disponível para a auditoria especial que necessita de agendamento. O fornecedor informará ao solicitante, em tempo hábil, se existem quaisquer leis federais ou estaduais que proíbem ou restringem revisão do prontuário médico e, se houver políticas de confidencialidade e procedimentos institucionais que afetam a revisão, essas políticas de confidencialidade AUDITORIA CONCORRENTE 15 institucionais não devem ser orientadas especificamente, a fim de retardar uma auditoria no local. A auditoria concorrente A auditoria concorrente refere-se às avaliações realizadas em nome de pacientes que ainda estão em fase de cuidados. Ela inclui a avaliação do paciente à beira do leito em relação aos critérios predeterminados, entrevistando o pessoal responsável por esse cuidado e analisando o registro de pacientes e planos de cuidados médicos. O objetivode uma auditoria é detectar fraudes, erros técnicos e erros de princípio. No entanto, o reconhecimento na jurisprudência que é razoável esperar que os auditores para detectar todos os aspectos da fraude, mesmo que exercida com habilidades e cuidados satisfatórios, significa que este não é agora um objetivo primordial. Ao longo dos últimos anos a profissão de auditor tem procurado ampliar seu papel (por exemplo, com relação custo-benefício, auditorias operacionais.) Aumento da competitividade da área de saúde Instituições de saúde operam em ambiente de alta volatilidade. A atual tendência de mudança está levando a um aumento da competitividade da área de saúde, um aumento de cuidados com a saúde, bem como um aumento das expectativas de pacientes e pagadores. Situação nos mercados globais, que estão mudando de forma dinâmica o campo da medicina, serviços incluídos, fazem os gestores, forçadamente, buscar constantemente novos métodos e ferramentas de gestão eficaz. Os conhecimentos básicos da gestão devem ser fornecidos por informações de custo. A informação obtida a partir de contabilidade de custos tradicionais - contabilidade de custos total e custo variável -, agora é insuficiente. Por isso, é AUDITORIA CONCORRENTE 16 importante aplicar um processo de custeio modelo, que ajudaria a fornecer informações úteis sobre o tipo e a quantidade de utilização de recursos e possibilidades de redução. A análise dos pacientes internados Os valores pagos hoje em dia pelas empresas pagadoras de serviços de saúde estão abaixo do que deveriam estar. Foram perdendo no tempo sua capacidade de remunerar de forma justa os hospitais, clínicas e demais serviços de atendimento médico-hospitalar. Em razão das exigências maiores da Agência Reguladora, em especial com o sentido protecionista dado aos clientes em geral, ocorreu por parte das pagadoras de serviços uma redução significativa dos valores, quando analisados sob aspectos inflacionários. Nos últimos anos tivemos um aumento significativo na inflação médica, que infelizmente não entra nos cálculos de ajuste das mensalidades por parte da agência reguladora, em especial no que diz respeito aos clientes individuais, o reflexo disso é que a maioria das pagadoras de serviços está deixando de comercializar os produtos individuais e apenas comercializa os produtos corporativos ou planos de adesão que tem juridicamente a mesma constituição. Os pacientes passam vários dias em hospitais para se submeter a alguns exames para os quais algumas horas seriam suficientes, mas é rentável para o hospital manter o paciente por vários dias. As enfermeiras dizem que ninguém conta o custo com outras atividades administrativas, relatórios que elas precisam preparar e o custo do fato de que quando estão digitando, elas não estão com os pacientes. Todas essas discussões, procedures, reclamações são possíveis, porque o custo de atividades individuais, procedimentos, dias no hospital por pacientes, horas passadas pela enfermeira na frente do computador são de fato completamente desconhecidos. AUDITORIA CONCORRENTE 17 Existem parâmetros estabelecidos pelas operadoras para os diversos tipos de atendimento, nos diversos hospitais e clínicas da região em que está sendo realizada a auditoria, que tem por objetivo ajudar nos processos de auditoria estabelecendo práticas que podem ser apresentadas e debatidas com as equipes de cada prestador sem ferir a suscetibilidade. São, porexemplo, o tempo médio de internação para cada patologia cirúrgica, e no caso de patologias de internação clínica o processo é um pouco mais complexo. Informações requeridas em uma auditoria Continuando a análise dos pacientes internados temos algumas informações que normalmente são requeridas em uma auditoria, O “registro do paciente", “entrevista e exame físico" e o "estudo de imagem (por exemplo, Ultrassonografia, Raio X). Outros elementos adicionais como, por exemplo, a patologia, medicações ministradas durante a internação etc. A equipe de enfermeiros auditores se atém mais aos aspectos de procedimentos, medicamentos e materiais utilizados e os médicos analisam os aspectos clínicos do paciente e o tratamento que vem sendo realizado. ` Elementos importantes no atendimento do paciente internado Preparação para a cirurgia O paciente é levado para uma área de preparação de cirurgia. Aqui, como em todas as etapas do atendimento médico que se seguem, quase todos os que lidam com o paciente gravam suas atividades em um papel ou alimentam um sistema de informações eletrônico. Essas notas serão usadas para gerar a conta. O tratamento médico começa com pelo menos uma enfermeira fazendo uma avaliação para ter certeza de que a condição do paciente não mudou desde os testes de pré-avaliação. Um anestesista e um assistente irão avaliar a saúde do paciente e iniciar a preparação do paciente para dormir. Enquanto isso, o AUDITORIA CONCORRENTE 18 cirurgião, e os demais profissionais começam a sua preparação, enquanto enfermeiros, técnicos e assistente de um médico preparam o paciente, muitas vezes, raspando uma parte do corpo, anexando monitores, a inserção de um cateter, verificação de sinais vitais, e iniciando para administrar anestésicos e medicamentos. Acompanhe a seguir as fases dos procedimentos de auditoria em cada etapa da internação do paciente. Fases do atendimento ao paciente internado 1. Cirurgia Embora o número de médicos, enfermeiros e técnicos varie de acordo com o porte da cirurgia, os administradores do sistema de saúde estimam que normalmente em torno de 8 pessoas estejam na sala de cirurgia. O cirurgião realiza a operação, e o anestesista e o assistente do anestesista muitas vezes cobram dos pacientes separadamente, a menos que o cirurgião seja empregado pelo hospital. Todos eles registram suas ações e os equipamentos utilizados no prontuário do paciente, que passa a fazer parte dos documentos que serão auditados. Além disso, as medicações dispensadas pela equipe clínica adicional - muitas vezes enfermeiros e técnicos - serão incluídas na conta do hospital. 2. Recuperação O paciente é normalmente transferido para um quarto de recuperação, conhecido como uma unidade de recuperação pós-anestésica, para recuperar com segurança a consciência e receber cuidados pós-operatórios. O paciente é monitorado de perto, com verificações frequentes de pulso, pressão arterial, temperatura e os níveis de oxigênio no sangue. O pessoal do hospital, como enfermeiros, técnicos e demais profissionais que atendem ao paciente, deve observar o tempo gasto na sala de recuperação e tratamento prestados. Os cuidados com o paciente estão primariamente nas mãos de até três enfermeiros principais, de acordo com as mudanças de turno. Além disso, uma AUDITORIA CONCORRENTE 19 pessoa da equipe da unidade na recepção é geralmente responsável por organizar e monitorar o atendimento ao paciente, mesmo que o paciente nunca possa ver ou falar com essa pessoa. Na farmácia do hospital, um farmacêutico e técnico separam medicamentos e fazem o registro. Atenção Como a recuperação progride, a condição do paciente é verificada pelo anestesista, cirurgião e, muitas vezes, em um hospital de ensino, pelos residentes, os quais podem visitá-lo. 3. Erros que podem ocorrer nos processos de atendimento Durante a cirurgia, cada membro da equipe que entra em uma nota no gráfico deve garantir que as anotações sejam isentas de erro. Qualquer detalhe que falta ou excesso de tratamento previsto pode mudar o significado do que foi feito e, portanto, afetar a auditoria. Se as notas de um médico ou enfermeiro não transmitirem a informação médica mais correta e completa, a pagadora de serviços pode questionar se o tratamento era necessário. Além disso, essas notas podem indicar que um processo mais grave foi realizado, fazendo com que as taxas aumentem. 4. Transferência para um quarto O tratamento inicia-se quando o doente estabilizado é transferido para um quarto. O paciente é movido da sala de recuperação para uma sala de internamento. Um funcionário administrativo chamado para essa missão pode afetar as condições contatuais de internação, especialmente se a pessoa comete um erro e o paciente acaba em um quarto mais caro do que o seguro vai cobrir, o que é chamado de “upgrade”, nesse caso poderemos ter alterações significativas, pois, todas as taxas podem ser cobradas em dobro assim como os honorários AUDITORIA CONCORRENTE 20 da equipe médica sem cobertura por parte do pagador dos serviços, essa norma é internacional reconhecida e por esse motivo todos devem ter muita atenção quando autorizam a internação em um hospital, até mesmo os pacientes e seus familiares, para não terem uma surpresa desagradável. Complementação do atendimento A maior parte da assistência ao paciente - e, portanto, mais chances de erros que afetam uma auditoria - ocorrem durante a estadia hospitalar. A gravidade da condição do paciente determina o número de pessoas que prestam cuidados. A lista de pessoas que entram no quarto a cada dia fazendo anotações no gráfico "poderia ser interminável". Vários executivos do hospital estimam que 30 pessoas por dia ou mais, ao longo de uma estadia de quatro dias, prestam cuidados que mais tarde tornam-se parte da auditoria. Algumas dessas pessoas se tornam rostos familiares ao paciente, enquanto outros - como o pessoal da farmácia, técnicos de laboratório e funcionários administrativos - nunca podem ser vistos. As pessoas que não são responsáveis pela entrada de gráfico, mas fazem parte do preço do quarto incluem os trabalhadores de serviços de alimentação, zeladores e serventes. O preço do quarto também inclui fontes que não podem ser faturadas separadamente, como travesseiros e lâmpadas, e as despesas gerais para o pessoal de enfermagem. Os enfermeiros são a base do tratamento de um paciente. Eles executam uma variedade de funções, tomada de pressão arterial para mudar ligaduras para dar a medicação. Com as mudanças de turno, haverá, pelo menos, três enfermeiros principais por dia, 12 no total, com atenção a um paciente. E há muitos outros no corpo clínico que prestam assistência ao paciente. Em um hospital de ensino, isso vai incluir estudantes de medicina - dois por dia para um total de oito; estudantes de enfermagem - dois por dia para um total AUDITORIA CONCORRENTE 21 de oito; residentes - dois por dia para um total de oito; e estagiários - dois por dia para um total de oito. Haverá também médicos assistentes da unidade - dois por dia para um total de oito; o médico do paciente - um por dia para um total de quatro; quatro especialistas ou os seus colegas - duas vezes por dia, cada um para um total de 32; o cirurgião ou um colega - um por dia para um total de quatro. Há também um grande elenco de apoio, incluindo os profissionais de enfermagem - três por dia para um total de 12; fisioterapeutas - três por dia para um total de 12; terapeutas ocupacionais - um por dia para um total de quatro; um fonoaudiólogo - duas vezes durante a estadia; assistentes sociais ou especialistas de gestão de processos - um por dia para um total de quatro; e médicos assistentes - dois por dia para um total de oito.Se o paciente tiver picos de febre ou uma contagem baixa de glóbulos brancos, os especialistas podem chamar uma equipe de cerca de quatro pessoas por especialidade para ajudar. Por exemplo, a equipe de doenças infecciosas pode ser chamada em uma febre causada por uma infecção ou uma equipe de oncologistas pode rever uma contagem baixa de glóbulos brancos se houver suspeita de leucemia. Gerentes das unidades supervisionam atendimento clínico de um paciente - dois por dia para um total de oito. Um farmacêutico hospitalar e um par de técnicos dispensam atenção e fazem registo de medicação todos os dias - três pessoas por dia para um total de 12. Nos bastidores, especialistas e técnicos para lerem raios-X, exames de sangue e outros testes, pelo menos dois por dia para um total de oito. AUDITORIA CONCORRENTE 22 Cada pessoa faz entradas no prontuário em papel e/ou eletrônico, fornecendo o detalhe que o pessoal do departamento de faturamento vai precisar se traduzindo em códigos e valores faturáveis. Outros que desempenham um papel nessa fase incluem um especialista em documentação ou gerenciamento de utilização especialista clínico (o nome varia dependendo do hospital, mas em geral, um é atribuído para controlar cada paciente.) Essa pessoa realiza comentários continuamente no prontuário médico de um paciente - a garantia de que existe documentação adequada para entradas e que elas são precisas e refletem o tratamento de que um paciente está recebendo. Essa pessoa frequentemente fala com um representante do plano de saúde e os médicos do hospital ou outros membros do corpo clínico, dois por dia para um total de oito. Alguns hospitais têm um médico disponível para auxiliar o especialista em documentação em realizar perguntas ao pessoal médico. Material complementar Para saber mais sobre a Tabela Terminologia Unificada da Saúde Suplementar – TUSS, tabela de honorários médicos leia os textos disponíveis em nossa biblioteca virtual. Exercícios de fixação Questão 1 O prontuário médico tem grande importância para todos os profissionais que atuam na área médica, e seus dados devem ser preservados sempre para que possam estar em condições de pesquisa e estudos, sendo assim, a legislação permite que após um prazo decorrido o mesmo possa ser substituído por uma AUDITORIA CONCORRENTE 23 forma mais duradoura de armazenamento como os meios informatizados. Qual seria esse prazo? a) Cinco anos b) Doze anos c) Dez anos d) Trinta anos e) Oito anos Questão 2 Qual destas vantagens não diz respeito ao prontuário eletrônico? a) Controla os dados ao longo do tempo. b) Identifica os pacientes que necessitam de visitas preventivas e exames. c) Monitora como os pacientes evoluem, medindo certos parâmetros, tais como pressão arterial, batimentos cardíacos e temperatura. d) Melhora a qualidade geral do atendimento como uma prática. e) Reduz o custo dos pacientes com as internações. Questão 3 Considerando as diferenças entre o prontuário eletrônico e registros eletrônicos de saúde, você deverá analisar as alternativas abaixo e escolher a opção correta. I – Prontuários devem conter e compartilhar informações de todos os profissionais, internos ou externos, envolvidos no cuidado do paciente. II - Dados de Registros Eletrônicos de Saúde (RES) podem ser criados, gerenciados e consultados por hospitais, operadoras de saúde, funcionários autorizados, por mais de uma organização de saúde, facilitando o fluxo de informações. III – O prontuário eletrônico pode ser visto por outros profissionais de saúde, especialistas, hospitais, lares de idosos, e até mesmo por outros Estados. a) As afirmativas I e II estão corretas b) Apenas a afirmativa I está correta c) As afirmativas I e III estão corretas AUDITORIA CONCORRENTE 24 d) Apenas a afirmativa II está correta e) As afirmativas II e III estão corretas Questão 4 Quando se inicia a negociação para credenciamento de um hospital e ou clínica por uma operadora de saúde, quais os primeiros elementos que são considerados? a) Visita de reconhecimento ao credenciado. b) Definição de tabelas praticadas pelo hospital. c) Apresentação das tabelas praticadas pela operadora. d) Definição dos serviços que deverão ser contratados. e) Cadastro do prestador de serviços. Questão 5 A Portaria Ministerial nº 376, de 3 de outubro de 2000, do Ministério da Saúde, a quem a Agência Nacional de Saúde está ligada, implica no cadastramento das entidades médicas conforme preceitua seu Artigo 2º: “Determinar o recadastramento de todos os Estabelecimentos de Saúde prestadores de serviço ao SUS, o cadastramento dos Estabelecimentos de Saúde Hospitalares não contratados/conveniados com o SUS e dos estabelecimentos ambulatoriais, pessoas jurídicas, não vinculadas ao SUS, que realizam procedimentos de:” Qual dos citados abaixo não faz parte desta Portaria e, portanto, não está sujeito ao recredenciamento? a) Patologia clínica b) Radiologia c) Terapia ocupacional d) Radioterapia e) Quimioterapia AUDITORIA CONCORRENTE 25 Aula 1 Exercícios de fixação Questão 1 - C Justificativa: Por ser um dos principais instrumentos de trabalho, você deverá conhecer todas as normas e regulamentos que acompanham o uso do prontuário médico. Questão 2 - C Justificativa: Por ser um dos principais instrumentos de trabalho você deverá conhecer todas as normas e regulamentos que acompanham o uso do prontuário médico, assim como as variações técnicas de sua utilização. Questão 3 - B Justificativa: Você deverá ter a noção exata dos dois instrumentos que registram as informações sobre os pacientes para que possam utilizar de forma correta na sua prática de mercado. Questão 4 - B Justificativa: Você deverá ter a noção exata dos dois instrumentos que registram as informações sobre os pacientes para que possam utilizar de forma correta na sua prática de mercado. Questão 5 - C Justificativa: Você deverá ter a noção exata dos dois instrumentos que registram as informações sobre os pacientes para que possam utilizar de forma correta na sua prática de mercado. AUDITORIA CONCORRENTE 26 Introdução Nesta aula apresentaremos um dos principais instrumentos utilizados pela equipe de auditores, que é o relatório de auditoria, que se constitui em um documento com todas as informações colhidas na visita aos pacientes internados e o relato de dados apurados junto ao prontuário, em papel e ou eletrônico, de forma a subsidiar os serviços dos analistas de contas médicas. Teremos também a oportunidade de compreender melhor o processo de pré- faturamento e de faturamento de contas médicas e suas diversas implicações para a organização hospitalar. Objetivo: 1. Conhecer o principal documento de relato de informações por parte da equipe de auditores, base de todo processo de auditoria médica; 2. Conhecer o fluxo de pré-faturamento e faturamento de uma conta médico- hospitalar. AUDITORIA CONCORRENTE 27 Conteúdo Relatório de Auditoria Relatórios de auditoria devem ser escritos com detalhes suficientes para o leitor, que não realiza a auditoria, ser capaz de verificar como ela foi conduzida, tendo as informações suficientes para sua tomada de decisão. Importante destacar que os analistas de contas médicas são muitas vezes técnicos, não tendo formação nem médica nem em enfermagem, fato este que exige dos auditores uma descrição exata dos fatos para que possam ser compreendidos por esses profissionais. Veja os seguintes passos: • Pense em quem vai ler seu relatório e oriente o conteúdo e o estilo de acordo. Com isso, também, pense no que você está tentando alcançar, por exemplo, se você precisa convencer as pessoas da necessidade de umaação, verifique se o seu relatório traz os elementos conclusivos. • Faça com que pareça profissional e interessante. Use cores e fontes de forma sensata, seja consistente. • O relatório deve ser escrito em português simples e ter um fluxo lógico para ele. Faça a estrutura explícita com títulos das seções e parágrafos. Use os números de página. • Cada palavra em seu relatório deve contar para alguma coisa. Não embeleze o seu relatório desnecessariamente. Por exemplo: "Com isso em mente..." ou "Todas as coisas consideradas...". Um relatório de auditoria deve ser em grande parte descritivo, ou seja, uma declaração de fato. No entanto, ao analisar as respostas às questões abertas, pode ser apropriado incluir as opiniões e até mesmo comentários dos entrevistados. AUDITORIA CONCORRENTE 28 • Evite usar abreviaturas e siglas, é boa prática escrever na íntegra as palavras, em primeira instância. • É uma boa prática pedir a alguém para ler a prova do seu relatório antes de distribuí-lo. Eles podem verificar erros ou inconsistências, garanta que o relatório esteja fácil de entender e que flui bem. Os dados estão tratados de forma correta, refletem exatamente as operações de cuidados do paciente. Não existem erros nos dados em relação às informações originais, as fontes de dados refletem o que realmente aconteceu. Os dados permitem a identificação de pacientes ou eventos de forma exata e corretamente e podem ser recuperados relativamente rápido, quando necessário. Todos os elementos de informação necessários estão presentes na fonte de dados designada, nenhum elemento de informação necessária está faltando. Os dados são adequados para a finalidade pretendida. Os dados são importantes para os analistas de contas médicas atenderem o propósito de sua atividade. Os dados são os mesmos, não importa quem os coleta ou quando uma pessoa os utiliza. Os dados originais são gravados simultaneamente com a prestação de assistência ao paciente ou serviço e estão disponíveis em tempo para tomar decisões seguras sobre a qualidade do atendimento ou serviço ao paciente. AUDITORIA CONCORRENTE 29 Dados significativamente apresentam exatamente o que eles têm a intenção de representar. Obtenção da qualidade de dados para auditorias médicas A qualidade dos dados em uma auditoria médica não é simplesmente sobre a coleta de dados. Alcançar a qualidade dos dados é necessário em todas as fases de uma auditoria médica, cada etapa deve ser devidamente analisada e documentada com todas as informações necessárias que possam a qualquer momento ser comprovadas. Fase de auditoria médica e pergunta-chave Desenvolvimento de padrões – o que estamos auditando reflete as necessidades das demais etapas do trabalho? É importante que os auditores conheçam em especial a atividade de análise de contas médicas e como o processo ocorre para a liberação final do pagamento. Desenvolvimento de padrões e dados. Podem ser estes dados recuperados para as coisas que estão sendo medidas? Vamos analisar a seguir. A qualidade dos dados tem como característica: Ser apta para o efeito; Ser imparcial e completa; Ser válida; Ser relevante: Ser sensível e específica; Estar disponível ou acessível; AUDITORIA CONCORRENTE 30 Ser oportuna. O que está envolvido - sendo certo que: A propósito, a meta ou objetivo de uma médica é explícito sobre a confirmação de boas práticas ou melhorar a prática atual, corrigindo falhas e ou vícios. Não há viés na seleção do pretendido ou casos reais incluída em uma auditoria. Os casos a serem incluídos ou excluídos a partir de uma auditoria e as instruções para tomar as decisões de inclusão e exclusão estão explícitos. Todos os casos destinados são recuperados para uma auditoria e não há casos perdidos. O(s) objetivo(s) de uma auditoria é(são) traduzido(s) em aspectos específicos do cuidado de ser medido na auditoria. As medidas, como as normas, desenvolvidas para uma auditoria médica, são capazes de identificar instâncias de bom e não tão bom cuidado com o paciente de forma consistente e eficiente. Os dados necessários para tomar decisões explícitas sobre se há ou não cumprimento exigem padrões acordados ou são reunidos de forma relativamente eficiente. Dependendo do que está sendo medido em uma auditoria, dados também podem ser coletados concorrentemente com a prestação de cuidados, que é o caso de nossa auditoria, e para isso cuidados especiais devem ser tomados para evitar qualquer tipo de desgaste com o prestador que acima de tudo é um parceiro de negócios e deve ser tratado com toda consideração e respeito por todos os auditores. Estágios de uma auditoria médica que envolve a qualidade dos dados e perguntas sobre a qualidade dos dados em cada fase, o que está envolvido e as AUDITORIA CONCORRENTE 31 características de qualidade dos dados envolvidos - é importante que além dos dados técnicos verifique-se as condições gerais do atendimento, o estado de conservação das dependências do hospital para que se necessário for seja feita uma inspeção especial por parte do departamento de credenciamento, para correções e ajustes que se fazem necessários, antes que o próprio cliente produza queixas ou reclamações. Etapas de auditoria descritas no relatório Como garantir que o objetivo da auditoria médica é certo. O propósito de uma auditoria médica é: Confirmar que a qualidade atual de tratamento é consistente com as melhores práticas; Demonstrar que a qualidade do atendimento é melhorada, agindo sobre deficiências mostradas nos cuidados atuais e coleta de dados de repetição para mostrar o efeito das ações executadas; Certificar-se de que os dados definidos em contrato com a pagadora de serviços esteja sendo aplicado de forma correta por parte do hospital e da equipe médica. Um objetivo para uma auditoria médica tem de ser claro sobre o aspecto da qualidade do atendimento que é medido em comparação com as melhores práticas. Como tem início o processo da auditoria Acompanhe agora o passo a passo: Ao receber um pedido de internação clínica e/ou cirúrgica a pagadora de serviços cientifica-se das condições do cliente, analisando aspectos de adimplência e de cumprimento das carências e autoriza o atendimento emitindo AUDITORIA CONCORRENTE 32 uma senha que garante o faturamento futuro para o prestador dos serviços e para a equipe médica. A partir da autorização a equipe de auditores é informada e providencia a visita naquele hospital nas rotinas diárias de auditoria, munindo-se de todos os documentos necessários como a cópia da autorização de internação e o contrato firmado com aquele hospital, onde devem constar todos os valores ajustados desde as diárias até os diversos procedimentos de enfermagem que serão prestados aos pacientes. O auditor comparece na diretoria médica e informa sua presença no hospital e aos pacientes com que deverá realizar a auditoria. A equipe do hospital providencia os registros de internação, o prontuário médico e toda a documentação necessária para que possa ser iniciada a auditoria e acompanha o médico se for necessário para visitar o paciente e dialogar com o mesmo para saber do estágio de seu tratamento, quando necessário o médico assistente pode prestar informações complementares que ajudem na formulação do relatório de auditoria e na consequente análise da conta médica por parte dos analistas de contas médicas. Auditora de enfermagem A auditoria médica é complementada por uma auditoria de enfermagem. O profissional de enfermagem deve ter uma excelente experiência em atividades de atendimento a pacientes internados em um hospital, para que possa conduzir seu trabalho dentro dos preceitose normas aceitos pelo próprio Conselho de Enfermagem, deve checar se todos os procedimentos realizados estão devidamente documentados por solicitação médica e por anotação no prontuário do paciente, se os protocolos de tratamento vêm sendo seguidos. Ele verifica se os procedimentos realizados pela equipe de enfermagem e se o material e medicamentos prescritos pelos médicos assistentes foram passados para o paciente, em conformidade com as técnicas habituais de enfermagem e AUDITORIA CONCORRENTE 33 dentro do que está pactuado em contrato e se os valores condizem com as tabelas anexas ao contrato, validando o prontuário e o lançamento de valores na pré-fatura, para facilitar o processo de análise das contas médicas, quando da apresentação da fatura de cobrança. Quando necessário o médico e o enfermeiro realizam uma reunião de avaliação das informações para que sigam uma conduta de auditoria coerente e possam produzir um relatório conjunto, quando necessário, para esclarecimento de algum procedimento que possa trazer qualquer dúvida por parte dos analistas de contas médicas. Faturamento O faturamento é visto como uma área fundamental na recuperação dos valores investidos tem a missão de cobrar de forma objetiva todos os materiais e medicamentos utilizados nos diversos tratamentos oferecidos aos clientes de um hospital. Essa cobrança poderá ser realizada diretamente ao paciente ou aos seus familiares, assim como poderá ser fruto de um contrato comercial e vir a ser cobrada de uma pessoa jurídica que tenha convênio para atendimento de seus empregados; operadora de saúde; seguradora ou até mesmo uma cooperativa médica. A formação de valores, mais objetivamente preços, dos diversos serviços, materiais e medicamentos são frutos de levantamentos feitos com base nos valores de aquisição; prática de valores pelo mercado em geral, e margem de lucro que deve ser inserida para remunerar a empresa e seus acionistas, não esquecendo um fato importante quanto ao prazo de pagamento, que no caso de pagadores de serviços, incluindo-se também as pessoas jurídicas, os prazos são maiores, isso tem um elemento a mais que é o custo financeiro que deverá ser considerado, pois os valores praticados nesse caso são menores do que os valores cobrados aos pacientes particulares, em razão do maior volume de faturamento, ou seja, na negociação dos contratos devem ser analisados os resultados para que correções possam ser feitas evitando-se perdas. AUDITORIA CONCORRENTE 34 Para o faturamento do paciente e consequente cobrança, com o objetivo de receber pagamento pelos serviços prestados na forma sensível mais eficiente, oportuna e possível ao cliente e aos pagadores de serviços, entendemos, também, que o faturamento e cobrança de serviços de saúde podem ser complexos, afinal, são inúmeros os elementos que devem ser considerados e todos com embasamento técnico para que produza o efeito requerido, temos diversas tabelas, desde os procedimentos de enfermagem com os cuidados gerais dos pacientes internados, passando pelas tabelas de honorários médicos, tabela de material e medicamentos, tabela dos materiais e equipamentos utilizados em sala de cirurgia. Para melhor compreensão vamos fornecer algumas informações que podem facilitar a compreensão de todos os alunos, mesmo os que atuam em atividades administrativas. O hospital irá faturar junto ao seu pagador de serviços. Isso geralmente acontece dentro de um prazo estipulado no contrato de prestação de serviços e após a alta hospitalar, na prática o pagamento geralmente ocorre com sessenta dias da apresentação do faturamento. O plano de saúde e/ou seguro de saúde poderá enviar uma explicação de benefícios que resume o pagamento, para que possa até mesmo valorizar a importância da prestação desses serviços e compreender um pouco o processo de valores que são cobrados dos clientes. O faturamento é uma das atividades mais importantes em um hospital, subordinado diretamente à área de controladoria que tem como missão suprir a organização de todas as necessidades financeiras necessárias à sua continuidade, deve estar consciente de todos os valores utilizados durante a permanência de um paciente em uma unidade hospitalar, utilizando todos os documentos que dão os “inputs” necessários para a cobrança ou diretamente aos pacientes e familiares ou às entidades pagadoras de serviços médicos e hospitalares. AUDITORIA CONCORRENTE 35 Devemos destacar que durante a permanência de um paciente em uma grande unidade hospitalar, vários serviços são prestados e muitos podem ser realizados por terceiros, equipes contratadas pelo hospital para complementarem serviços de atendimento médico ou até mesmo de diagnóstico, e para que tudo seja cobrado de forma correta faz-se necessário que diversos sistemas de controle concorram de forma organizada para que não ocorram falhas que possam redundar em prejuízo para o hospital, hoje com a facilidade de sistemas informatizados todos esses controles são capturados de forma simples e natural em um único sistema que é controlado pelo setor de faturamento. Claro que para que as falhas não ocorram faz-se necessário o acompanhamento por parte de uma auditoria interna que, conjugada com a controladoria e o setor de faturamento, faz acompanhamento, por amostragem, dos diversos lançamentos, para ter a certeza de que as normas estão sendo cumpridas, levando em consideração também as glosas efetuadas pelos pagadores de serviços para que os erros ali constados não venham a se repetir ocasionando perdas ainda maiores. Todos os lançamentos devem estar respaldados nas solicitações dos médicos que assistem o paciente e na equipe de enfermagem que deve lançar todas as informações no prontuário do paciente, é importante ressaltar que todos os procedimentos são realizados pela enfermagem, desde uma assepsia para preparação de um paciente para um procedimento cirúrgico até a aplicação de medicamentos indicados pela equipe médica para o tratamento. Em razão da auditoria concorrente que vai sendo realizada em concomitância com o tratamento médico hospitalar, durante a internação do paciente faz-se necessário que todos os lançamentos fiquem transparentes para que a equipe de médicos e auditores possa avaliar e dar a autorização prévia, facilitando o processo de análise e liberação da conta nos escritórios da entidade pagadora dos serviços após o faturamento final, para isso deve ocorrer o chamado pré- faturamento, para que os auditores autorizem o pagamento são exigidos alguns elementos básicos, solicitação de um médico, lançamento das informações nas guias apropriadas, as autorizações da instituição pagadora e o laudo dos AUDITORIA CONCORRENTE 36 diversos exames realizados, sem esses elementos ocorrem as glosas, que são as não conformidades encontradas e relatadas pela equipe de auditores. As revisões antes do faturamento final incluem: Cobrança em duplicidade, taxas de procedimentos acima dos valores pactuados. Cobrança de serviços que no aspecto médico são desnecessários ou não preencheram os critérios de necessidades médicas. Cobrança de serviços com codificação incorreta (é informado um procedimento, mas o prontuário médico indica que um procedimento diferente foi efetivamente realizado). Os valores cobrados nas diversas hipóteses citadas são diferenciados e deixam margens diferentes de resultados, mas todos devem deixar algum saldo positivo para o hospital, contribuindo de forma efetiva no equilíbrio dos custos, evitando-se perdas que possam no final apresentar um resultado negativo. Aspectos importantes que deverão ser acompanhados pelos clientes Existem orientações importantes até mesmo aos clientes de planos e ou seguros de saúde, quando da solicitação de uma autorização para um procedimentode internação hospitalar. Independente do que o hospital ou médico fez para confirmar a cobertura com o pagador dos serviços, os pacientes também devem conferir pessoalmente com a empresa pagadora, antes de agendar a cirurgia. O paciente precisa garantir que todos os benefícios e informações foram atualizados e perguntar quais tratamentos são cobertos e por quais valores. AUDITORIA CONCORRENTE 37 Certifique-se de que todo o trabalho está sendo feito por um serviço devidamente credenciado, se isso for necessário para o pagamento dos serviços médicos e hospitalares. Infelizmente muitos pacientes, por desconhecer essa rotina, são surpreendidos com cobranças complementares pelos hospitais ou equipes médicas e muitas vezes não estão preparados financeiramente para arcar com mais esses valores. Fluxo completo das contas médicas A administração de custos em um hospital é um pouco mais abrangente do que simplesmente contribuir para estabelecer os valores corretos de produtos e serviços para as demonstrações contábeis exigidas por lei, perda de receitas no processo de faturamento possuem inúmeras origens, como cobrar um procedimento simples, mas o registro médico revela que um procedimento mais complicado foi realmente realizado, deixar de cobrar os matérias e medicamentos utilizados nos diversos atendimentos; não efetuar a cobrança dos diversos serviços de apoio; perda do prazo para entrega do faturamento; o processo de glosa que ocasiona perdas muitas vezes não recuperáveis; falta de atualização das tabelas junto às pagadoras de serviços, todos esses elementos merecem uma atenção especial dos responsáveis pelo setor financeiro do hospital. AUDITORIA CONCORRENTE 38 Em razão do maior profissionalismo dos pagadores de serviços médico- hospitalares, os hospitais estão tendo que se preparar melhor em seus serviços de faturamento, contratando equipes de profissionais treinados e preparados, muitos com experiência em operadoras e ou seguradoras de saúde que tinham a responsabilidade pela análise de contas médicas e com isso procuram evitar os erros mais comuns para não ter um grande volume de glosas que afetam de forma mais contundente o fluxo de entrada de recursos. Atividade proposta No seu entendimento quais seriam os aspectos que dariam mais problemas em relação ao faturamento? Enumere-os do ponto de vista de uma operadora de saúde. Chave de resposta: Glosas Administrativas Acréscimo de 30% cobrado indevidament. Ausência de autorização para o material cobrad. Ausência de autorização previa para o procediment. Ausência de guia de solicitação de internação Glosas Administrativas Acréscimo de 30% cobrado indevidamente Ausência de autorização para o material cobrado Ausência de autorização prévia para o procedimento Ausência de guia de solicitação de internação Cobrança de acomodação em desacordo com autorizado Cobrança de HM incompatível com a acomodação Cobrança de diária de apartamento indevida - autorizada acomodação em enfermaria Código de procedimento não acordado para cobrança Conta hospitalar com ausência de carimbo/assinatura do medico solicitante Duplicidade de procedimento para usuário Honorário médico pago para médico cooperado AUDITORIA CONCORRENTE 39 Item bloqueado para análise Material - enviar original ou cópia da nota fiscal Material especial e/ou alto custo sem cobertura – não autorizado Não cabe acréscimo de 100% referente à acomodação em plantão de UTI 12 horas Pagamento de acordo com tabela em vigência Pagamento de diária (s) de acordo com o autorizado Prazo vencido para apresentação da conta Procedimento pago conforme plano do usuário - Procedimento 00.04.999 não existe Sem assinatura do usuário Serviço cobrado não consta em tabela Glosas Técnicas Cobrança de material divergente da tabela contratada e ou divergente apontadas na auditoria médica/enfermagem Cobrança de medicamento divergente da tabela contratada e ou divergente apontadas na auditoria médica/enfermagem HM = pago 100% e 70% - vias de acesso diferentes ou bilaterais Item com glosa de auditoria local, porém cobrado integral no faturamento Procedimento incluso no serviço principal Referências LOVERDOS, A. Auditoria e análise de contas Médico-hospitalares. São Paulo: STS, 1999. Exercícios de fixação Questão 1 Qual dessas frases não condiz com a prática usual de um relatório bem redigido, objetivo e claro? a) Seu relatório será lido pelos executivos de sua empresa: oriente o conteúdo e o estilo de acordo. AUDITORIA CONCORRENTE 40 b) Faça com que pareça profissional e interessante. Use cores e fontes de forma sensata, seja consistente. c) Cada palavra em seu relatório deve contar para alguma coisa. Não embeleze o seu relatório desnecessariamente. d) Evite usar abreviaturas e siglas, é boa prática escrever as palavras na íntegra, em primeira instância. e) É uma boa prática pedir a alguém para ler a prova do seu relatório antes de distribuí-lo. Questão 2 Qual destes itens não está incluído na qualidade de dados de um relatório? a) Ser apto para o efeito. b) Ser parcial e definitivo. c) Ser relevante. d) Ser sensível e específico. e) Estar disponível ou acessível. Questão 3 Como garantir que o objetivo da auditoria médica é certo? O propósito de uma auditoria médica é: I. Confirmar que a qualidade atual de tratamento é consistente com as melhores práticas utilizadas naquele hospital. II. Demonstrar que a qualidade do atendimento é melhorada, agindo sobre deficiências mostradas nos cuidados atuais e coleta de dados de repetição para mostrar o efeito das ações executadas. III. Certificar-se de que os dados definidos em contrato com a pagadora de serviços esteja sendo aplicados de forma correta por parte do hospital e da equipe médica. Analisando as alternativas acima escolha uma das opções abaixo: a) As afirmativas I e II estão corretas AUDITORIA CONCORRENTE 41 b) Apenas a afirmativa I está correta c) As afirmativas I e III estão corretas d) Apenas a afirmativa II está correta e) As afirmativas II e III estão corretas Questão 4 Em que momento se inicia o processo de auditoria em um procedimento médico? a) No telefonema de solicitação de liberação do atendimento. b) Ao atendente solicitar informações ao cadastro. c) Após a liberação da senha ao credenciado. d) Quando o paciente se interna. e) No dia da cirurgia. Questão 5 Qual dessas opções não condiz com a auditoria de enfermagem? a) Deve pautar seu trabalho dentro dos preceitos do Conselho Federal de Medicina. b) Deve checar se todos os procedimentos realizados estão devidamente documentados por solicitação médica e por anotação no prontuário do paciente. c) Deve checar se os protocolos de tratamento vêm sendo seguidos. d) Deve erificar se os procedimentos realizados pela equipe de enfermagem e se o material e medicamentos prescritos pelos médicos assistentes foram passados para o paciente. e) Deve verificar a conformidade com as técnicas habituais de enfermagem dentro do que está pactuado em contrato e se os valores condizem com as tabelas anexas ao contrato. AUDITORIA CONCORRENTE 42 Questão 6 Qual destas opções não faz parte da definição de preço dos serviços e materiais utilizados em um hospital para atendimento dos convênios com pagadores de serviços de saúde? a) Levantamentos feitos com base nos valores de aquisição. b) Prática de valores pelo mercado em geral. c) Margem de lucro que deve ser inserida para remunerar a empresa e seus acionistas. d) Prazo de pagamento no caso de pagadores de serviços. e) Glosas efetuadas pelos pagadores de serviços. Questão 7 Para que o faturamento possa realizar sua tarefa de forma clara e objetiva utiliza-se diversastabelas. Qual destas tabelas NÃO faz parte das consultas do faturamento? a) Procedimentos de enfermagem com os cuidados gerais dos pacientes internados. b) Honorários médicos. c) Material e medicamentos. d) Manutenção dos diversos equipamentos. e) Materiais e equipamentos utilizados em sala de cirurgia. Questão 8 Para que o faturamento não tenha problemas com a recepção de contas por parte das pagadoras de serviços médicos, as equipes de auditores devem sempre constatar se: a) Todos os lançamentos encontram-se respaldados nas solicitações dos médicos que assistem o paciente e na equipe de enfermagem que deve lançar todas as informações no prontuário do paciente. b) Os lançamentos de materiais utilizados encontram-se respaldados nas solicitações dos médicos que assistem o paciente e na equipe de enfermagem que deve lançar todas as informações no prontuário do paciente. AUDITORIA CONCORRENTE 43 c) Os lançamentos de procedimentos de enfermagem encontram-se respaldados nas solicitações dos médicos que assistem o paciente e na equipe de enfermagem que deve lançar todas as informações no prontuário do paciente. d) Os lançamentos das visitas médicas encontram-se respaldados nas solicitações dos médicos que assistem o paciente e na equipe de enfermagem que deve lançar todas as informações no prontuário do paciente. e) Os lançamentos do centro cirúrgico encontram-se respaldados nas solicitações dos médicos que assistem o paciente e na equipe de enfermagem que deve lançar todas as informações no prontuário do paciente. Questão 9 Sendo o faturamento uma das principais áreas de um hospital, tendo sua importância reconhecida por todos e por este motivo os profissionais que atuam nesta importante atividade são reconhecidos de forma especial pelo mercado, a qual departamento está subordinado? a) Diretoria Comercial b) Diretoria Médica c) Controladoria d) Diretoria Geral e) Diretoria Administrativa Questão 10 As revisões antes do faturamento são importantes para que possam representar de forma correta os valores que serão cobrados, e tendo qualquer inconsistência poderemos ter glosas que atrasam o retorno financeiro. Verifique as alternativas abaixo e escolha uma das opções: I. Cobrança em duplicidade, taxas de procedimentos acima dos valores pactuados. II. Cobrança de serviços que no aspecto médico são necessários e preencham os critérios de necessidades médicas. AUDITORIA CONCORRENTE 44 III. Cobrança de serviços com codificação incorreta (é informado um procedimento, mas o prontuário médico indica que um procedimento diferente foi efetivamente realizado). a) As afirmativas I e II estão corretas b) Apenas a afirmativa I está correta c) As afirmativas I e III estão corretas d) Apenas a afirmativa II está correta e) As afirmativas II e III estão corretas Aula 2 Exercícios de fixação Questão 1 - A Justificativa: O relatório é uma das principais ferramentas de um auditor para que possa apresentar às demais áreas da empresa os aspectos importantes de que teve conhecimento para que providências sejam tomadas. Questão 2 - B Justificativa: Devemos destacar a qualidade de um relatório para que todos possam conhecer os elementos que devem ser destacados e estes sempre estarem presentes em bom relatório. Questão 3 - E Justificativa: O objetivo da auditoria médica deve ser bem claro para todos os que atuam direta ou indiretamente em área de saúde, para que não venham a entender de forma incorreta essa ação tão importante na gestão pela saúde. Questão 4 - C Justificativa: O início do processo de auditoria é muito importante e saber quando devemos dar início à auditoria deve estar bem claro para todos. AUDITORIA CONCORRENTE 45 Questão 5 - A Justificativa: Auditoria de enfermagem complementa de forma especial a auditoria médica e seus atos devem ser conhecidos por todos. Questão 6 - E Justificativa: A compreensão do processo de faturamento em toda sua extensão é fundamental ao profissional de auditoria, o entendimento desse importante setor do hospital contribui para um trabalho mais objetivo. Questão 7 - D Justificativa: As bases estabelecidas para pagamento dos serviços e materiais devem ser suficientemente conhecidas por parte da equipe de auditoria. Questão 8 - A Justificativa: Esta informação é básica para os auditores que devem saber quais são os protocolos de autorização para que a conta seja aceita. Questão 9 - C Justificativa: É importante que o auditor conheça a estrutura de um hospital, em especial as áreas do faturamento e controladoria. Questão 10 - C Justificativa: Esses elementos são importantes para que o auditor faça a checagem do faturamento e deve conhecê-los de forma especial. AUDITORIA CONCORRENTE 46 Introdução A relação comercial no segmento de saúde tem sido um elemento importante de análise e de compreensão em especial daqueles profissionais que margeiam o processo e não participam do dia a dia.O início do processo de credenciamento de um hospital, clínica; laboratório de imagens ou de análises clínicas requer um relacionamento especial para obter a melhor condição, assim como no processo de pagamento ou até mesmo no processo de negociação de glosas, que sempre gera um desconforto, e a própria condição da auditoria, que requer muito tato na relação para evitar problemas com a equipe médica e de enfermagem do hospital. Objetivo: 1. Demonstrar a importância de um bom relacionamento como um fator diferencial na obtenção de um resultado mais favorável; 2. Apresentar uma das competências mais importantes em um profissional, a capacidade de negociação em situações adversas. AUDITORIA CONCORRENTE 47 Conteúdo Relacionamento entre prestadores de serviços hospitalares e pagadores de serviços A relação tem início com o interesse e ou necessidade de credenciamento de um hospital, clínica, laboratório de imagens ou de análises clínicas e até mesmo consultórios médicos, por seguradoras, operadoras de saúde ou cooperativa de médicos, os quais chamamos de pagadores de serviços, que encaminham um representante para uma visita de reconhecimento e verificação dos diversos serviços que poderão ser prestados aos beneficiários. Nesse primeiro encontro começam as tratativas de troca de informações e de negociação de um contrato. Atenção Geralmente as pagadoras já possuem contratos padrões, levam- nos nesse primeiro encontro e deixam uma cópia para análise, o prestador de serviços faz uma proposta de valores e tabelas que deverá ser utilizada no relacionamento comercial e iniciam-se diversas rodadas de negociação até que chegam a um ponto de concordância. Assinado o contrato, tem-se início o relacionamento, que passa ainda por um treinamento dos atendentes do prestador de serviços para tomarem conhecimento de todos os documentos que deverão ser preenchidos nos diversos tipos de atendimento, e os documentos que serão exigidos dos clientes dos pagadores de serviços. Com essa fase definida inicia-se a divulgação dos serviços para os clientes e médicos credenciados, começa então a procura e a solicitação de autorizações para a prestação dos serviços. AUDITORIA CONCORRENTE 48 Atenção No contrato são definidas as regras comerciais entre pagadores e prestadores e formas de pagamento e de auditoria de contas e processos de revisão de glosas são estabelecidas, como o prazo em que deverão revisar as glosas e efetuar o pagamento complementar quando devido. Processo de liberação de atendimento A autorização de atendimentos médicos hospitalares por uma pagadora de serviços ocorre geralmente antes da prestação dos serviços. O processo é ainda burocratizado em razão de inúmeras ocorrências de
Compartilhar